Confiança dos consumidores em máximos desde fevereiro de 2022
Saldo das expectativas relativas à evolução futura da situação económica do país melhorou nos últimos cinco meses, superando as diminuições observadas entre julho e novembro.
A confiança dos consumidores melhorou em abril para máximos desde fevereiro de 2022, sobretudo graças ao contributo positivo das perspetivas de evolução futura da situação económica do país, da realização de compras importantes por parte das famílias e da situação financeira. No entanto, o indicador de clima económico das empresas recuou, contrariando o aumento registado no mês anterior.
“O indicador de confiança dos consumidores aumentou entre dezembro e abril, registando o valor mais elevado desde fevereiro de 2022 e situando-se acima da média histórica da série”, avança o Instituto Nacional de Estatística, esta segunda-feira. “A evolução do indicador em abril resultou do contributo positivo das perspetivas de evolução futura da situação económica do país, da realização de compras importantes por parte das famílias e da situação financeira do agregado familiar“, acrescenta. Já as opiniões sobre a evolução passada da situação financeira do agregado familiar registaram um contributo nulo.
O saldo das expectativas relativas à evolução futura da situação económica do país aumentou nos últimos cinco meses, superando as diminuições observadas entre julho e novembro. O saldo das perspetivas relativas à evolução futura da situação financeira do agregado familiar também aumentou nos últimos cinco meses, aproximando-se do valor registado em fevereiro de 2022. E o saldo das opiniões sobre a evolução passada dos preços aumentou em abril, após ter diminuído nos dois meses anteriores.
Já o indicador de clima económico, que sintetiza os saldos de respostas extremas das questões relativas aos inquéritos às empresas, diminuiu em abril, contrariando o aumento registado no mês anterior. Os indicadores de confiança diminuíram tanto na indústria transformadora como nos serviços, mas aumentaram no comércio e, apenas ligeiramente, na construção e obras públicas.
Nos principais fatores limitativos à atividade indicados pelas empresas de construção, a dificuldade em recrutar pessoal qualificado continuou a ser o principal obstáculo à atividade, “verificando-se um aumento da percentagem de empresas que referiu este obstáculo, após três meses consecutivos de diminuição”, especifica o INE.
Já ao nível do comércio, o indicador de confiança aumentou de forma moderada em abril, pelo terceiro mês consecutivo, após ter diminuído em janeiro. Um desempenho que resulta do contributo positivo das perspetivas de atividade da empresa, mas as opiniões sobre o volume de vendas contribuíram negativamente e as apreciações sobre o volume de stocks registaram um contributo nulo. Além disso, o indicador de confiança aumentou no comércio a retalho e diminuiu no comércio por grosso.
Por outro lado, as perspetivas de atividade recuperaram em abril, prolongando o perfil ascendente iniciado em outubro. Em sentido contrário, o saldo das opiniões sobre o volume de vendas diminuiu em março e abril, interrompendo o movimento ascendente iniciado em novembro.
O inquérito qualitativo de conjuntura à indústria transformadora e aos serviços mostra que mais de metade (57,9%) das empresas da indústria transformadora estima que em 2024 o investimento vai estabilizar face a 2023, enquanto cerca de um terço (34%) acredita que irá aumentar. Em 2023, o investimento estabilizou em 48,7% destas empresas, aumentou em 34,9% e diminuiu em 16,4%. Também a maioria (71,8%) das empresas de serviços acredita que o investimento vai estabilizar em 2024, enquanto 16,1% prevê uma subida e 12,1% uma diminuição. Cerca de 60,6% das empresas dos serviços estabilizaram o seu investimento em 2023, 16,2% aumentaram e 23,2% diminuíram.
(Notícia atualizada com mais informação)
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