Exames de radiologia nos convencionados custam 106 milhões. É a terceira maior despesa do SNS com privados

Dos cerca de 106 milhões de euros gastos em 2022, a maior fatia dos encargos diz respeito à região Norte com cerca de 33,3 milhões de euros, seguida pelo Algarve com quase 26,4 milhões de euros.

Em 2022, o Estado pagou 106,1 milhões de euros por exames de radiologia a entidades convencionadas do SNS, o que representa uma queda de 14,8% face aos cerca de 124,5 milhões de euros pagos em 2021, segundo os dados divulgados esta segunda-feira pela Entidade Reguladora da Saúde (ERS). É a terceira maior despesa convencionada com o SNS.

Em termos regionais, dos cerca de 106 milhões de euros gastos em 2022, a maior fatia dos encargos diz respeito à região Norte com cerca de 33,3 milhões de euros (31,3% do total), seguida pelo Algarve com quase 26,4 milhões de euros (24,9% do total). No polo oposto está o Alentejo com quase de 8,3 milhões de euros (7,8%) e a região Centro com quase 12,8 milhões de euros (12%).

A contribuir para a redução dos encargos face ao ano anterior estiveram as regiões de saúde do Centro e de Lisboa e Vale do Tejo que “exibiram uma redução considerável em 2022, face ao ano anterior, de 60,1% e de 52,2%, respetivamente“, nota a ERS. Já “as restantes regiões de saúde contrariaram esta tendência, destacando-se, com aumentos significativos, as regiões de saúde do Alentejo (181,4%) e do Algarve (132,6%)”, lê-se.

Já no que toca ao primeiro semestre de 2023, os encargos com exames de radiologia do setor convencionado ascenderam a 67,9 milhões de euros. Deste total, a maior fatia continua a dizer respeito à região Norte, com quase 26,9 milhões de euros (39,6%), seguida por Lisboa e Vale do Tejo, cujo montante ascende a quase 23,8 milhões de euros (35%).

No que toca à oferta, em novembro de 2023 havia 870 estabelecimentos em Portugal prestadores de cuidados na área da radiologia, dos quais 108 (12,4%) de natureza pública e 762 (87,6%) de natureza privada, cooperativa ou social (não pública).

Trata-se de mais 221 estabelecimentos (25,4%) face aos registados em 2021. Apesar de se ter verificado um aumento da oferta em todos as regiões do país há fortes disparidades regionais: o Alentejo conta com apenas 33 estabelecimentos (dos quais apenas nove públicos) e o Algarve com apenas 48 (dos quais 6 públicos).

A ERS nota ainda que “42,1% dos concelhos de Portugal continental ([o equivalente a] 117 concelhos – menos 16 que em 2022) não têm oferta disponível na valência de radiologia”. Por outro lado, o regulador realça ainda que “o número de estabelecimentos convencionados aumentou em quatro das cinco regiões de saúde (com exceção da região do Alentejo, com menos um estabelecimento do que em 2022)” e que “55,1% dos estabelecimentos não públicos detêm convenção com o SNS (420 estabelecimentos)”.

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