Da flexibilidade à análise de dados, as “competências fundamentais” para os trabalhadores do futuro na indústria

Análise de dados, flexibilidade, pensamento crítico, adaptabilidade tecnológica. Estas são as competências que os trabalhadores terão de ter para enfrentar o futuro no setor industrial.

O mercado de trabalho está em transformação e, à boleia, também as competências que são exigidas aos trabalhadores estão a mudar. A indústria não foge a essa regra: a análise de dados, a adaptabilidade tecnológica, a flexibilidade, apetência para a inovação e o pensamento crítico são as competências que serão fundamentais para os trabalhadores desse setor no futuro, de acordo com as projeções da empresa de recursos humanos ManpowerGroup.

“Nos últimos anos, o setor industrial tem sido palco de mudanças significativas. Entre os desafios, destacam-se a atração de profissionais qualificados capazes de acompanhar a transformação das empresas, bem como a necessidade de upskill e reskill das atuais bases de talento, para que possam acompanhar a rápida evolução de tecnologias e ferramentas de automação cada vez mais complexas”, sublinha a ManpowerGroup, na análise divulgada esta terça-feira.

Com base no reconhecimento desse desafio, a empresa de recursos humanos identifica, então, as três competências técnicas se as três competências humanas mais relevantes para “o desenvolvimento de carreiras de futuro no setor industrial”.

No que diz respeito às competências técnicas, a análise de dados assume a dianteira. “A recolha de dados automatizada a partir de máquinas conectadas, combinada com os avanços na inteligência artificial (IA) e machine learning vão reforçar as capacidades de modelação de dados e de previsão de cenários futuros, transformando muitas das funções ligadas à gestão e planeamento das fábricas e linhas de montagem”, é explicado.

Nesse futuro, os profissionais da indústria terão, então, de utilizar os dados e a análise preditiva para “otimizar o planeamento da produção, antecipar e prevenir problemas na cadeia de abastecimentos e identificar oportunidades de melhoria”.

Outra competência técnica considerada fundamental é a melhoria contínua, isto é, a capacidade de ir avaliando o desempenho e melhorando os processos.

Além disso, está em destaque a adaptação tecnológica. “Compreender a forma como o mundo está a inovar e a utilizar a tecnologia permitirá ganhar importantes insights sobre as operações industriais, e preparar-se para a sua implementação”, prevê a ManpowerGroup.

Do lado das competências humanas, o pensamento crítico aparece à cabeça. Em causa está a capacidade de “identificar ou prever problemas, avaliar cenários e conceber soluções ótimas“. “O pensamento crítico permitirá compreender problemas complexos – algo que a IA ainda não consegue fazer na totalidade e com qualidade – permitindo analisar o panorama geral a abordar, avaliar os prós e os contras das diferentes opções e colaborar para identificar soluções eficazes”, é realçado na referida análise.

Outra competência que será valorizada, segunda a ManpowerGroup, é a flexibilidade, ou seja, trabalhadores que “possuam adaptabilidade, curiosidade e sede de novos conhecimentos, em detrimento de especialistas limitados a máquinas ou processos específicos”.

Por outro lado, há a realçar a apetência para a inovação, que será “cada vez menos reservada exclusivamente aos cargos de liderança”. “Num ambiente industrial em transformação, a apetência para a inovação não só impulsiona a criatividade e a eficiência, como também estimula a adaptação às mudanças e promove o crescimento organizacional“, observa a ManpowerGroup.

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