Função Pública em greve amanhã. Escolas, tribunais e até repartições de finanças em risco de fechar

Greve deverá ser mais sentida nas escolas do pré-escolar e primeiro ciclo, prevê Filinto Lima, que alerta que pais devem ter "plano b". Repartições de finanças e tribunais também devem ser afetados.

Os funcionários públicos vão estar em greve esta sexta-feira, dia 17 de maio. A paralisação foi convocada pela Frente Comum, cujo coordenador explica ao ECO que deverão ser impactadas as escolas, as repartições de finanças, os serviços da Segurança Social, os tribunais, mas também “muitos serviços” da administração local e central. O presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas detalha que a greve deve ser sentida em particular nas escolas do pré-escolar e do primeiro ciclo.

“Temos avisos prévios na Administração Central. Temos também avisos prévios da parte da Fenprof. É esperado que haja escolas encerradas, serviços de finanças e da Segurança Social, tribunais. Há de haver também perturbações em muitos serviços da administração central e local“, avança o coordenador da Frente Comum, Sebastião Santana.

No que diz respeito à administração local, os dados disponibilizados pela Direção-Geral da Administração e do Emprego Público (DGAEP) permitem perceber, por exemplo, que no município de Lisboa há um aviso prévio de greve que cobre todos os trabalhadores, incluindo os das empresas municipais, intermunicipais, fundações e até das freguesias da capital.

Já no que diz respeito às escolas, o presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas, Filinto Lima, explicou ao ECO que o fecho de escolas por efeito da greve deverá ser “mais sentido” no primeiro ciclo e no pré-escolar, porque são estabelecimentos onde, tipicamente, há menos funcionários.

Já nas escolas do 5º ano em diante, como há vários funcionários e docentes ao serviço, o encerramento dependerá do grau de adesão à greve. “Peço que os pais estejam munidos de um plano b para a eventualidade de as escolas não abrirem“, realça o responsável, que defende que é “preciso devolver a paz às escolas“.

A propósito, numa altura em que decorrem negociações entre o Governo e os professores em torno da recuperação do tempo de serviço “perdido”, Filinto Lima apela ao Ministério das Finanças que “trate muito bem a Educação e os seus profissionais”, que têm, afirma, sido “maltratados nos últimos anos”. “É preciso valorizar a carreira docente. Isso passa muito pelo Ministério das Finanças“, atira.

No que diz respeito à greve desta sexta-feira, convém explicar que a Frente Comum reivindica um aumento intercalar dos salários de todos os funcionários públicos, bem como a valorização das carreiras e o reforço dos serviços públicos. A estrutura sindical quer também que o salário mínimo atinja os mil euros ainda este ano.

Além da greve, está prevista uma manifestação em frente ao Ministério das Finanças, em Lisboa, pelas 15h. Sebastião Santana antecipa que a adesão será forte.

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