Exclusivo Noesis vai contratar 175 trabalhadores e abrir escritório em Castelo Branco

Cloud, cibersegurança, desenvolvimento de software, Data Analytics, inteligência artificial e automação são as áreas para as quais a consultora de tecnologias de informação procura profissionais.

Depois de fechar no ano passado com mais de 1.000 trabalhadores, para este ano, a consultora de tecnologias de informação (TI) Noesis tem como objetivos reforçar a equipa em 175 pessoas “maioritariamente em Portugal” e abrir em setembro um novo escritório em Castelo Branco.

“O número de talentos com o grau de especialização e qualificação necessário para as nossas áreas de atuação, em especial em tecnologias específicas, é escasso face ao surgimento contínuo de novos projetos tecnológicos. No entanto, estamos a crescer. Este ano, planeamos aumentar a equipa em cerca de 175 colaboradores, maioritariamente em Portugal. Será um aumento de 16%, alcançando um novo total de 1.296 profissionais, 94,4% em Portugal”, revela ao ECO Teresa Lopes Gândara, human capital senior director da Noesis.

Em Portugal, quer investir em todos os escritórios, situados em Lisboa, Porto, Coimbra, Proença-a-Nova, Guarda e Covilhã, e “muito em breve também em Castelo Branco”, reforça a responsável da consultora de TI. Setembro é a data apontada pela empresa. Não estão ainda fechados os números de colaboradores para o novo centro regional da Noesis no país.

Cloud, cibersegurança, desenvolvimento de software, Data Analytics, inteligência artificial e automação são as áreas para as quais a empresa procura profissionais.

“Este ano, o investimento ao nível de recursos humanos, ainda estará concentrado na contratação de talento qualificado em Portugal”, refere Teresa Lopes Gândara. “Dado a internacionalização da Noesis, contamos que exista uma distribuição por mercado de 94,4% do capital humano em Portugal, no Brasil 4,12%, nos Estados Unidos da América 0,58%, nos Países Baixos 0,5% e na Irlanda com 0,16%, mas a curto prazo acreditamos que a presença internacional ganhará maior peso“, diz ainda.

A empresa — parte do Grupo Altia, cotado na bolsa espanhola BME Growth e que conta com mais de 3.500 profissionais em oito países e mais de 20 localizações –, emprega um total de 1.213 colaboradores, distribuídos por Portugal, Países Baixos, Irlanda, Brasil (onde já conta com mais de 50 profissionais) e EUA. No ano passado, registou um volume de negócios de 67,7 milhões de euros.

Na consultora, que presta serviços de TI, de forma remota, a partir dos centros de competências localizados em Portugal, mas não só, está implementado um modelo de trabalho flexível. “Com base nas preferências de cada colaborador, aferidas através de employee surveys, foi definido um modelo de flexibilidade e de trabalho híbrido, proporcionando a cada um decidir qual o regime mais adequado, dependendo da sua especialidade, área de trabalho, função, projeto, cliente, etc. No entanto, há uma diretriz geral e extensível a toda a empresa que contempla a presença de, pelo menos, dois dias por semana no escritório”, descreve a human capital senior director da Noesis.

Na mesa do recrutador com Teresa Gândara, Human Capital Diretor da Noesis - 31MAR21

“A pandemia veio ainda desbloquear o conceito de work from anywhere e encaramos esta realidade como a ordem natural do crescimento e evolução da Noesis. Ainda que liderar uma equipa à distância traga desafios que a liderança presencial não tem, acreditamos que a base deve ser a mesma, ou seja, ter uma equipa composta por bons profissionais, preparada e dimensionada para os objetivos e a ambição da organização”, reforça a responsável quando questionada sobre se a empresa admitia mudar o modelo de trabalho. Dados do mais recente estudo da Landing.jobs sobre o setor tech, dão conta que os modelos híbridos de trabalho estão a recuar (-6,9%), com o escritório a ganhar (+3%) e o full remote a subir 3,9%.

“Na gestão moderna, não há espaço para o chamado micromanagement ou para uma liderança que controla e decide tudo e o mesmo acontece num cenário de liderança à distância. Por isso, continuamos a apostar num modelo de responsabilidades e de governance muito claros, onde a confiança é o alicerce e cada equipa tem um amplo espetro de atuação e um elevado nível de autonomia“, diz ainda.

Há menos portugueses a trabalhar para empresas tecnológicas fora do país, mas esse facto — apontado no estudo da Landing.Jobs — não está a reduzir a pressão da escassez de talento na indústria.

“Continuamos a sentir que há uma escassez de talentos na área da tecnologia, com mais vagas de emprego do que talentos para as preencher. A pandemia veio acelerar este desfasamento ao impor um ritmo acelerado de inovação e ao exigir talentos especializados para a adoção das tecnologias emergentes. Este é o maior desafio das empresas em todo o mundo, dificultando a aceleração para a transformação digital”, afirma Teresa Lopes Gândara.

“Atrair, contratar, reter e valorizar os colaboradores que trabalham connosco tem sido um dos principais focos da Noesis. Preocupamo-nos em colocar as pessoas no centro da organização e acreditamos que o nosso sucesso é o sucesso de cada um dos nossos talentos. Cabe-nos a nós, enquanto empresa, criar um ambiente de trabalho saudável e agradável, que proporcione experiências enriquecedoras e o crescimento profissional dos nossos colaboradores, garantindo assim, maiores índices de satisfação, produtividade e motivação. Por isso, optamos, também, por apostar na flexibilidade horária e numa política de benefícios e compensação“, refere.

Mas quando questionada sobre qual foi a evolução salarial na empresa, a responsável não revela valores. “O salário é ainda um fator decisivo no momento da contratação e na decisão de mudar de empresa, mas cada vez mais não é o único”, começa por dizer, reforçando que a empresa não deixa de “acompanhar as tendências de mercado e garantir o nível de vida dos nossos talentos” e que tem “investido em dar resposta às necessidades mais individualizadas de cada um, por forma a que se sintam recompensados e motivados.

Aprendizagem no local de trabalho, academias internas de formação, as Noesis Academy, na área das tecnologias, mas também na área de soft skills e de gestão — “apostamos na plataforma Udemy para que os colaboradores tirem maior valor acrescentado de formações, com a orientação dos seus responsáveis” –; mobilidade dos colaboradores, “não só internamente, mas também a nível internacional”; benefícios complementares “ajustados ao ciclo de vida dos colaboradores”; programa de descontos nPlus, em serviços de Health & Wellness, Beauty and Relax, Culture & Events, Hotels & Restaurants, Convenience Services e Education; oferta dia de aniversário ou kit bebé são alguns dos benefícios elencados.

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