Governo alivia cortes no consumo de água no Algarve. “Isto não deve ser entendido como facilitismo”, disse Montenegro

Com o alívio nas restrições em vigor, existirá um aumento do consumo autorizado de água até ao final do ano. Governo ressalva que situação "continua a ser delicada".

O Governo decidiu aliviar as restrições ao consumo de água no Algarve, em todos os setores, anunciou o primeiro-ministro após a reunião da comissão para prevenção dos efeitos da seca. Com esta decisão, vai avançar o aumento do consumo autorizado até ao final do ano, bem como um novo Plano Nacional da Água.

“Isto não deve ser entendido como facilitismo”, reiterou Luís Montenegro, em declarações após a reunião, destacando que vão continuar a “promover políticas de poupança e boa gestão da água”, tendo em vista “garantir que doravante não serão necessários novos momentos de medidas restritivas”.

Em comunicado, enviado após o anúncio, o Ministério do Ambiente e Energia explica que “no que respeita aos alívios anunciados, regista-se um aumento de 2,65 hm3 no volume autorizado para o setor Urbano, de 13,14 hm3 para a Agricultura e de 4,17 hm3 para o Turismo (incluindo golfe e alojamento turístico) face aos cortes decididos pelo anterior Governo”.

Foi possível avançar com este alívio das restrições devido à “evolução favorável dos níveis de água nas albufeiras do Algarve e, sobretudo, no impacto positivo dos investimentos a realizar no setor da água na Região – tanto os já previstos, cuja execução tem sido débil e se pretende agilizar, como novos investimentos”. Estão previstos 366 milhões de euros de investimentos, dos quais 103 milhões serão novas infraestruturas.

Apesar destas medidas salvaguardarem o abastecimento público no Algarve para o próximo ano, o Governo “ressalva que a situação continua a ser delicada e que será alvo de constante monitorização, frisando que a poupança, o combate ao desperdício e a reutilização serão prioridades que vamos reforçar”.

A nova estratégia da água, que será apresentada até ao fim o ano, é designada “Água que une” e vai ser financiada através de instrumentos como o PT2030, o PRR e o Fundo Ambiental.

(Notícia atualizada às 19h05)

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