CGTP atira ao Governo: “Jovens precisam é de melhor salário”
IRS Jovem, garantia pública para crédito, isenção de IMT. Governo anunciou várias medidas para os jovens, mas CGTP atira que são residuais e "estimulam as práticas de baixos salários".
As medidas anunciadas recentemente pelo Governo para apoiar os mais jovens estão longe daquilo que seria necessário. Quem o diz é a central sindical CGTP, que defende que o que esses portugueses precisam “é de mais e melhores salários“. No pacote aprovado em Conselho de Ministros está, por exemplo, uma revisão do IRS Jovem, que promete fazer subir os salários líquidos.
“Para o seu presente e futuro, os jovens precisam é de mais e melhor salário. Sem prejuízo de uma análise mais profunda, a Interjovem/CGTP-IN considera que as recentes medidas direcionadas à juventude, anunciadas pelo Governo PSD/CDS, passam distantes daquelas que têm de ser as respostas aos problemas com que a juventude se confronta, distantes daquelas que são as reivindicações pelas quais tem lutado nos seus locais de trabalho e nas ruas”, atira a central sindical, numa nota enviada às redações.
Na semana passada, o Governo aprovou em Conselho de Ministros um conjunto de medidas para os mais jovens, como a revisão do IRS Jovem (que passa a estar disponível até aos 35 anos), garantias públicas para o crédito à habitação e a isenção do imposto municipal sobre as transmissões onerosas de imóveis (IMT) e do imposto de selo, para imóveis até 316 mil euros.
Em reação, a CGTP salienta esta segunda-feira que essas medidas não só são residuais na sua abrangência e impacto, como “estimulam as práticas de baixos salários praticadas pelos patrões, quando o que se exige é uma real valorização dos salários, das carreiras e profissões.
“A juventude precisa não de pensos rápidos e sim da concretização efetiva do direito à saúde com um Serviço Nacional de Saúde universal, geral e gratuito capaz de dar resposta às suas necessidades. Para os jovens trabalhadores se poderem emancipar o que precisam é a concretização efetiva do direito a habitação através da promoção da oferta pública em oposição à especulação que tem empurrado milhares de jovens para fora das suas terras, assim como de uma verdadeira valorização dos seus salários”, realça ainda a CGTP.
Convém explicar que, embora tenham sido aprovadas em Conselho de Ministros, várias das medidas em causa carecem ainda do “sim” do Parlamento. O PSD não tem a maioria absoluta, pelo que poderão ainda ser feitos alguns ajustes às medidas em questão.
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