Pressionado por Bruxelas, Governo está a finalizar proposta de lei do IRC mínimo
Executivo conta aprovar iniciativa em breve no Conselho de Ministros para evitar que Bruxelas avance com ação no TJUE contra Portugal. Finanças reveem proposta deixada por Medina.
O Ministério das Finanças diz que está “em fase de finalização” a proposta de lei para transpor a diretiva europeia relativa às novas regras do IRC mínimo de 15% sobre os lucros das maiores multinacionais, prevendo que seja aprovada em breve em Conselho de Ministros, avança o Público (acesso condicionado). O texto legislativo seguirá para o Parlamento, que tem reserva sobre esta matéria, por estar em causa a tributação dos lucros das empresas.
A transposição da reforma fiscal, desenhada pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) e o G20, para o direito nacional deveria ter acontecido até 31 de dezembro de 2023. Porém, o anterior Governo não conseguiu avançar com uma proposta dentro deste prazo, o que levou a Comissão Europeia a desencadear um processo de infração em janeiro. Como o problema persistia em meados de maio, deu dois meses a Portugal para o resolver, ameaçando avançar com uma ação no Tribunal de Justiça da União Europeia (TJUE) por incumprimento do direito europeu.
De acordo com o jornal, a equipa tutelada pelo ministro Joaquim Miranda Sarmento procedeu “a uma revisão e atualização do anteprojeto de proposta de lei” sobre as regras do IRC mínimo (a serem aplicadas às grandes multinacionais, com receitas superiores a 750 milhões de euros por ano) deixado pelo Executivo de António Costa, para incorporar as orientações administrativas entretanto atualizadas pela OCDE no final de 2023 e a “versão consolidada dos comentários às regras modelo”, que foi publicada pela organização já em abril deste ano.
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