Sindicatos defendem que privatização da TAP deve manter Estado no capital

Plataforma de seis sindicatos da companhia aérea defendeu, em reunião no Ministério das Infraestruturas, que o Estado mantenha uma posição forte no capital no âmbito da privatização.

Uma plataforma de seis sindicatos do pessoal e terra da TAP defendeu, em reunião no Ministério das Infraestruturas e Habitação, que “o Estado português deve assegurar uma posição equilibrada na companhia aérea”, para preservar “a estratégia da própria companhia, o hub de Lisboa, a área da manutenção e os interesses do país”.

O encontro com membros do gabinete do ministério liderado por Miguel Pinto Luz decorreu na quinta-feira, tendo os sindicatos manifestado “preocupações relativamente a diversas questões laborais que preocupam esta plataforma e à privatização da TAP”, segundo o comunicado divulgado.

Sublinhando os “fundamentos estratégicos muito importantes para o país” da companhia área e os “milhares de postos de trabalho que gera”, a plataforma entende que “deve o Estado português assegurar uma posição equilibrada na companhia aérea, de modo a que possa assegurar a estratégia da própria companhia; o hub de Lisboa, a área da manutenção e consequentemente os interesses do país”. “Se dependêssemos dos privados, a TAP já não existiria“, acrescenta.

A plataforma integra o Sindicato da Industria Aeronáutica, o Sindicato dos Trabalhadores dos Aeroportos Manutenção e Aviação, o Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes de Portugal, o Sindicato dos Quadros da Aviação Comercial, o Sindicato das Industrias Metalúrgicas e Afins e o Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Aviação Civis.

O Governo pretende relançar ainda este ano o processo de reprivatização da TAP, segundo noticia esta sexta-feira o Jornal Económico.

O CEO do transportadora aérea também já se manifestou a favor da manutenção do Estado no capital e que a privatização se faça de forma faseada. “A minha recomendação seria que o governo português mantivesse uma posição, para ser parte de todo o processo de desenvolvimento”, afirmou Luís Rodrigues numa entrevista ao Financial Times, em maio.

A reprivatização de entre 51% e 100% da TAP foi aprovada no final de setembro do ano passado pelo anterior Governo, mas foi vetada pelo Presidente da República, que exigiu garantias adicionais sobre a defesa dos interesses do Estado. A queda do Executivo acabou por deixar o processo em suspenso.

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