CEO da TAP espera verão “o mais tranquilo possível” nos aeroportos
O presidente executivo da TAP afirma que "pontualmente" podem existir cancelamentos de voos, mas está otimista. Sobre a privatização da companhia, espera novidades em setembro.
“O verão em aviação nunca é tranquilo”, assinala o presidente da TAP. Luís Rodrigues está, no entanto, otimista em relação à capacidade de resposta dos aeroportos nacionais durante os meses de época alta no transporte aéreo.
“Trabalhámos com todos os elementos do ecossistema para garantir um verão o mais tranquilo possível. Estamos otimistas em relação a isso”, afirmou, em declarações à margem da 27.ª conferência mundial da Air Transport Research Society, que decorre esta semana no Instituto Superior de Educação e Ciências, em Lisboa. “Pontualmente pode haver algum cancelamento, mas neste momento está tudo normal“, acrescentou o gestor.
Depois de a companhia aérea registar prejuízos de 71,9 milhões no primeiro trimestre, Luís Rodrigues garantiu que as contas do segundo trimestre correram “muito melhor que o primeiro”, como já tinha afirmado recentemente no Parlamento. Sobre a privatização, disse apenas que “a TAP está preparada para qualquer cenário”. “O ministro já tornou público que em setembro haveria novidades”, afirmou, acrescentando, no entanto, que “não falou sobre o assunto com o Governo”.
Voos para a China? Só se for com o novo acionista
O presidente da TAP foi um dos oradores principais da 27.ª conferência mundial da Air Transport Research Society. Após a apresentação, foi questionado sobre quando existira um voo direto entre Lisboa e Pequim. Luís Rodrigues afastou essa possibilidade, respondendo que a estratégia da companhia portuguesa “é voar para Oeste”. “Talvez o novo acionista tenha ideias diferentes, mas deixo para eles”, acrescentou.
Durante a apresentação, elegeu a sustentabilidade como o principal desafio do setor, mas considerou que “foi criada na opinião pública uma perceção errada sobre o impacto da aviação nas emissões“, que diz terem rondado os 2,5% a 3%. Ainda assim, defendeu que o setor tem de atingir emissões líquidas zero “o mais rapidamente possível”.
A Lufthansa anunciou recentemente a aplicação de uma sobretaxa entre 1 e 72 euros em todas as passagens aéreas para voos a partir de 2025 devido aos custos ambientais, incluindo a obrigatoriedade de utilizar 2% de combustíveis sustentáveis (SAF, na sigla inglesa), que são mais caros que o querosene.
Questionado sobre se a TAP pretende aplicar um sobrecusto idêntico, Luís Rodrigues afirmou que a companhia aérea está a “avaliar todas as opções”. “Não temos decisão sobre isso. Em função das imposições regulatórias tomaremos as decisões na melhor altura”, disse.
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