Seguradoras defendem “venda consultiva” para melhorar gestão de risco das empresas

  • Francisca Pinto Goncalves
  • 3 Julho 2024

David Castro, diretor comercial da Caravela, acredita que o setor pode "reduzir a imagem menos positiva", que muitas vezes lhe é atribuída, se apostar na literacia para os seguros.

As seguradoras devem apostar em prestar serviços de consultoria a empresas, de modo a que estas passem a entender os seguros como um investimento para o negócio e não apenas como uma despesa. A ideia foi defendida por todos os oradores do painel “A segurança financeira das empresas e os seguros”, realizado no último dia do Fórum Nacional de Seguros 2024, evento organizado pelo ECOseguros e a Zest.

Francisco Botelho, diretor-executivo do ECO Seguros, David Castro, diretor comercial da Caravela, Jorge Pinto, diretor de vendas e distribuição da Zurich e Rafael Jorge, diretor técnico da Lusitânia.Gonçalo Gomes

O painel começou com a contribuição de David Castro, diretor comercial da Caravela, que enfatizou que cabe às seguradoras fazer o levantamento das necessidades das empresas relativamente aos riscos que estas enfrentam e apresentar-lhes a cobertura ideia para o seu negócio.

A necessidade de uma “venda consultiva” de seguros para ajudar as empresas a mitigar os riscos foi realçada por Jorge Duarte Pinto, head of sales and distribution da Zurich Portugal, que também apontou que o tecido empresarial não está suficientemente preocupado com os riscos que podem afetar as suas operações.

Há experiências menos positivas que têm impacto na decisão do empresário ou gestor na contratação ou manutenção de um contrato de seguro ou transferência de responsabilidade para uma seguradora. Os empresários só se lembram que as seguradoras existem quando as coisas acontecem

David Castro, Diretor Comercial da Caravela

Rafael Jorge, diretor técnico da Lusitânia, acredita que os seguros não devem ser vistos como “um custo, mas [como] uma componente do que é a exploração [do negócio]”.

Deste modo, o diretor técnico da Lusitânia e os demais membros de painel concordaram que as seguradoras devem realizar um levantamento inicial dos riscos do negócio, permitindo aos empresários compreender melhor as ameaças às suas operações.

Segundo David Castro, a apresentação da análise de riscos completa pode “reduzir a imagem menos positiva” do setor pois ajuda os clientes a compreender as suas coberturas e a evitar surpresas em caso de sinistro (como, por exemplo, um dano que não é coberto pelo seguro).

No âmbito da literacia para os seguros, o diretor-executivo do ECO Seguros anunciou o novo projeto do ECO em parceria com a Associação Portuguesa de Seguradores dedicado a esta temática. “Seguros para PMEs” será lançado em setembro para todos os leitores do ECO, adiantou Francisco Botelho.

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