Crédito ao consumo bate recorde acima dos 4,1 mil milhões no primeiro semestre

As famílias pediram 638,5 milhões de euros em crédito que tem como finalidade o consumo em junho, levando o valor total destes empréstimos a superar a fasquia dos quatro mil milhões no semestre.

O crédito aos consumidores continua a fixar novos máximos. Os bancos e financeiras emprestaram 4,1 mil milhões de euros com a finalidade de consumo nos primeiros seis meses do ano, um valor que representa um novo recorde e que superou os 3,8 mil milhões pedidos em crédito para consumo na primeira metade de 2023.

Trata-se de um aumento de 7,3% face ao mesmo semestre do ano passado e um novo valor inédito desde pelo menos 2013, data a partir da qual o Banco de Portugal passou a recolher estes dados, segundo revelam os dados divulgados esta quinta-feira pelo Banco de Portugal.

Depois de um abrandamento nos anos da pandemia, em 2020 e 2021, o crédito ao consumo retomou em força, ultrapassando os valores fixados antes da pandemia, apesar da subida das taxas de juro registada nos últimos anos.

 

O crédito concedido através do crédito pessoal e o crédito para a aquisição de automóvel lideram a concessão de novos empréstimos. Entre janeiro e junho, as instituições financeiras emprestaram 1,77 mil milhões de euros para outros créditos pessoais (excluem créditos para educação, saúde, energias renováveis e locação financeira de equipamentos), acima dos 1,69 mil milhões financiados um ano antes.

Já no que diz respeito ao crédito automóvel, os consumidores pediram 1,57 mil milhões de euros em crédito para esta finalidade.

Apesar do novo recorde acumulado no semestre, o crédito aos consumidores registou uma desaceleração mensal em junho. Os consumidores pediram 638 milhões emprestados para o consumo, abaixo dos 722 milhões pedidos no mês anterior.

(Notícia atualizada às 12h10)

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