Dívida externa líquida de Portugal cai para rácio mais baixo desde final de 2005
Dívida externa líquida de Portugal reduziu-se para o nível mais baixo desde o último trimestre de 2005, situando-se em 50% do PIB.
A dívida externa líquida de Portugal caiu no primeiro semestre de 2024 para 50% do Produto Interno Bruto (PIB), o rácio mais baixo desde o final de 2005, de acordo com dados divulgados esta terça-feira pelo Banco de Portugal.
Desde o primeiro trimestre de 2021, quando se situava em 88,46%, que o rácio da dívida externa líquida, que corresponde à dívida externa bruta deduzida do mesmo tipo de ativos que os residentes detêm sobre não residentes, tem vindo a cair sistematicamente.
Os dados mais atualizados indicam, por exemplo, que reduziu-se de 53,8% do PIB (142,7 mil milhões de euros), no final de 2023, para 50% do PIB (136,9 mil milhões de euros), no primeiro semestre de 2024. “Trata-se do rácio mais baixo desde o final de 2005″, quando se situou em 50,21%.
A dívida externa líquida do país está muito associada à posição de investimento internacional (correspondendo ao simétrico de um subconjunto dos ativos e passivos considerados na posição de investimento internacional), pelo que se deve destacar que a posição de investimento internacional (PII) de Portugal passou de -72,5% do PIB (-192,5 mil milhões de euros), no final de 2023, para -66% do PIB (-180,9 mil milhões de euros), no final de junho de 2024.
“Este é o rácio menos negativo desde o final do primeiro semestre de 2005”, sublinha o BdP.
Para esta variação da posição de investimento internacional de Portugal contribuíram, principalmente, a variação positiva dos ativos líquidos sobre o exterior, de 4,1 mil milhões de euros, refletida no saldo da balança financeira do primeiro semestre de 2024, as variações de preço positivas, de 7,5 mil milhões de euros, e as variações cambiais positivas, de 0,8 mil milhões de euros, que resultam, essencialmente, da apreciação dos ativos líquidos externos denominados em dólares americanos (0,9 mil milhões de euros).
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