Menos mulheres e mais vice-presidências executivas. Esta é a nova equipa de von der Leyen na Comissão Europeia
Por não ter conseguido alcançar a paridade que tanto ambicionava, von der Leyen compensou a falta de mulheres na equipa criando mais vice-presidências executivas. Conheça a equipa.
Depois de um atraso de uma semana, Ursula von der Leyen apresentou a sua proposta para o novo colégio de comissários. A nova equipa será formada por 26 membros de cada país da União Europeia (excluindo a Alemanha que tem a presidência): 11 mulheres — uma delas é Maria Luís Albuquerque, que ficará com a pasta dos Serviços Financeiros, – e 16 homens.
“Quando recebi o primeiro conjunto de nomeações e candidatos, estávamos a caminho de ter cerca de 22% de mulheres e 78% de homens. Isso era inaceitável”, informou a presidente da Comissão, durante uma conferência de imprensa, esta terça-feira, confirmando ter encetado negociações com os Estados-Membros para “melhorar o equilíbrio”. A nova Comissão conta agora com 40% de mulheres e 60% de homens.
Ainda assim, para von der Leyen, “por muito que tenhamos conseguido – ainda há muito trabalho a fazer”, e por isso, foram designados seis vice-presidentes executivos: quatro mulheres e dois homens, que irão trabalhar em estreita colaboração com a presidente alemã e os restantes 20 comissários. O atual executivo, conta com três vice-presidências, dois homens (Valdis Dombrovskis e Maroš Šefčovič) e uma mulher (Margrethe Vestager).
“Seis vice-presidentes executivos: quatro mulheres, dois homens. Três dos Estados-Membros que aderiram antes da queda da Cortina de Ferro. E três dos Estados-Membros que aderiram depois da reunificação da Europa. Dos países bálticos, dos países nórdicos e da Europa de Leste. Ministros e primeiros-ministros. Com formações diferentes. Mas todos com um objetivo comum – tornar a Europa mais forte”, explicou a presidente alemã.
Veja aqui a equipa:
Apresentados os nomes, segue-se agora um processo de escrutínio no Parlamento Europeu que, no passado, já deixou candidatos a meio do caminho. Os aspirantes a comissários serão primeiro alvos de uma avaliação da idoneidade pela Comissão dos Assuntos Jurídicos (JÚRI) e terão de responder a um questionário geral por escrito, mais tarde.
Antes disso, os indigitados entregarão aos eurodeputados um conjunto de elementos, nomeadamente, a declaração de interesses, o currículo e a carta de missão. Esta última será também entregue ao Conselho Europeu. Só depois de estarem reunidas todas as condições é que começarão as audições presenciais pelos respetivos comités. O processo deverá arrancar em outubro para que a nova Comissão entre em funções a 1 de novembro.
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