Atividade económica desacelera em julho
Já o indicador de clima económico, que sintetiza as questões relativas aos inquéritos qualitativos às empresas, estabilizou em agosto, após ter diminuído nos dois meses precedentes.
A atividade económica diminuiu em julho face ao mês anterior, mas o indicador de clima económico manteve-se em agosto face a julho, segundo dados divulgados esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
“Os indicadores de curto prazo relativos à atividade económica na perspetiva da produção, disponíveis para julho, apontam, em termos homólogos, para diminuições na indústria e uma aceleração real na construção e nominal nos serviços”, revela o INE em comunicado.
“Na perspetiva da despesa, os indicadores de atividade económica, consumo privado e investimento desaceleraram em julho”, escreve o INE. Desde abril que este indicador, que sintetiza um conjunto de indicadores quantitativos que refletem a evolução da economia, está a abrandar.
A fotografia à conjuntura económica do país aponta para uma desaceleração homóloga. O índice de volume de negócios da indústria entrou em terreno negativo ao passar de uma progressão de 1,6% em junho para uma contração de 3,5% em julho. O índice da produção nas fábricas nacionais, também já em terreno negativo em junho (-2,7%), registou um agravamento no mês seguinte (-4%).
O volume de negócios do comércio abrandou fortemente, passando de um crescimento homólogo de 3,6% em junho para 1,4% em julho, enquanto a componente do comércio a retalho abrandou para 1,9% em julho face aos 3,4% do mês anterior.
Já o volume de negócios dos serviços acelerou de 3,9% em junho para 4,6% em julho. Mas, em pleno verão, com o expectável aumento de turistas, as dormidas nos estabelecimentos hoteleiros — dados que se referem aos três segmentos de alojamento: hotelaria, alojamento local com 10 ou mais camas e turismo no espaço rural e de habitação — abrandaram dos 5% registados em junho para 2,1% no ano seguinte.
Outro indicador de desaceleração da atividade económica é o dos consumos energéticos. O consumo de gasóleo afundou ainda mais em julho: passou de -0,9% para -5,7%. E o consumo de médio de energia elétrica, medido em dias úteis, desacelerou de 2,3% em julho para 0,3% em agosto.
Já o indicador de clima económico, que sintetiza as questões relativas aos inquéritos qualitativos às empresas, estabilizou em agosto, após ter diminuído nos dois meses precedentes.
Em pleno verão, a confiança no comércio acelerou uma décima para um crescimento de 0,3%. Ao nível da indústria transformadora e da construção e obras públicas, a confiança, apesar de se manter em terreno negativo, registou uma melhoria: de -7,7% para -5,8% e de -4,1% para -3,3%, respetivamente.
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