Novobanco é o maior credor da Inapa Portugal com créditos de 16 milhões de euros (e há mais 67 credores)

O banco é o maior credor, com cerca de 36% dos 44,8 milhões de euros de dívida reconhecida na lista de credores da distribuidora de papel. CGD, com 8,4 milhões de euros, é o segundo maior.

O Novobanco e a CGD são os maiores credores da Inapa Portugal. De acordo com a lista de credores da distribuidora de papel, o banco liderado por Mark Bourke tem 16,04 milhões de euros de empréstimos concedidos à empresa, o equivalente a 35,78% dos cerca de 45 milhões de euros em créditos à empresa. Já o banco público emprestou 8,4 milhões de euros (18,75% do total) à empresa, que entregou um pedido de processo especial de revitalização no início de setembro, numa tentativa de recuperar a empresa, e cujo processo está a ser gerido pelo administrador Bruno da Costa Pereira.

A Inapa Portugal apresenta uma dívida total de 44,8 milhões de euros, segundo a lista provisória de credores elaborada pelo administrador Bruno Costa Pereira, que está também a gerir o processo de insolvência da holding Inapa IPG e cuja dívida é apenas uma parte dos créditos detidos pelo grupo. O Novobanco e a CGD destacam-se numa lista com 68 credores, contabilizando juntos mais de metade dos créditos da companhia.

Na lista dos maiores lesados destaca-se outro banco, o Caixa Económica Montepio Geral, com créditos de 3,95 milhões de euros, o equivalente a 8,81% do total em dívida da empresa, que está a tentar negociar um plano para recuperação operacional com os seus credores.

A lista de credores indica ainda um crédito no valor de 1,84 milhões de euros do Santander, um de 1,48 milhões de euros do Abanca e outro de 1,67 milhões atribuível ao Crédito Agricole Leasing & Factoring. Com uma exposição residual à distribuidora de papel surgem o BCP, BPI e Bankinter, com créditos de 95 mil euros, 200 mil euros e 600 mil euros, respetivamente.

A Navigator também está entre as entidades lesadas pela situação financeira da Inapa Portugal, com um crédito reconhecido de 1,57 milhões de euros.

O maior fundo imobiliário português, o CA Património Crescente, proprietário de dois armazéns onde a Inapa desenvolve ainda a sua atividade, também surge na lista de credores, com uma dívida a receber no valor de 241,9 mil euros.

A empresa de trabalho temporário ADECCO, empresas de fornecimento de papel e outras prestadoras de serviços, ou a empresa de segurança Securitas são outros dos nomes que constam da lista com mais de seis dezenas de credores.

A Inapa Portugal é a responsável pela distribuição de papel em Portugal e em Angola, detendo participação também na área da comunicação visual, e a empresa acredita que ainda poderá recuperar a empresa, apesar de a holding ter apresentado o seu pedido de insolvência no passado dia 29 de julho, com a assembleia de credores realizada no passado mês de setembro a aprovar duas propostas de venda no valor de 45 milhões de euros, cujas operações foram aprovadas entretanto.

A subsidiária Inapa Packaging SAS foi vendida à francesa Next Pack SAS por 20 milhões de euros e a Japan Pulp and Paper Co. (JPP) comprou o negócio de papel da Inapa em França por 25 milhões.

As ações da Inapa IPG serão excluídas da Euronext Lisbon a partir de 29 de outubro de 2024. Num comunicado ao mercado feito na quarta-feira, a empresa explicou que a decisão da Euronext se deve ao facto de a empresa ter sido declarada insolvente.

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