Mota-Engil e Zagope disputam construção da linha de metro entre Loures e Odivelas

  • ECO
  • 24 Outubro 2024

Consórcios liderados pelas construtoras portuguesas submeteram propostas para o concurso da linha Violeta do metro de Lisboa, que tem previsto um investimento total de 527,3 milhões de euros.

Depois de ganharem as maiores obras da expansão da rede do metro de Lisboa, os consórcios liderados pela Mota-Engil e pela Zagope disputam agora o concurso público para a construção da linha Violeta, o metro ligeiro de superfície que vai ligar Loures a Odivelas. Uma terceira empresa, a Masterstylo – Eletricidade e Telecomunicações, com sede em Matosinhos, também submeteu documentação no âmbito deste concurso, lançado em março deste ano com um valor base de 450 milhões de euros.

Segundo o Jornal de Negócios, o processo está em análise pelo júri do concurso, que antes ainda tem de determinar se as propostas apresentadas são ou não válidas. Não são conhecidos os valores propostos pelos consórcios, sendo que o critério do preço assume um peso de 65% na decisão de adjudicação da nova linha, que terá um total de 17 estações e cerca de 11,5 quilómetros de extensão.

Entre os projetos anteriormente adjudicados à Zagope, detida pelo grupo brasileiro Andrade Gutierrez, constam o concurso para o primeiro lote da linha circular, para o troço entre Rato e Santos, por 48,6 milhões de euros, e, em consórcio com a Comsa, o lote quatro do prolongamento das linhas Amarela e Verde, para a construção dos acabamentos e sistemas por 69,9 milhões. Já a Mota-Engil, aliada à Spie Batignolles, ganhou o segundo lote desse mesmo empreendimento, entre Santos e Cais do Sodré, por 73,5 milhões, bem como o prolongamento da linha Vermelha entre São Sebastião e Alcântara por 321,9 milhões.

A linha que fará a ligação rápida entre o Hospital Beatriz Ângelo e o Infantado tinha um custo inicial previsto de 250 milhões de euros, assegurados integralmente pelo PRR. Mas na sequência de uma “alteração substancial, designadamente a necessidade da inclusão da construção de viadutos e de 3,3 quilómetros de via em túnel”, assim como pelo aumento dos preços da energia e dos materiais de construção, e o custo com expropriações, o custo do projeto foi elevado para 527 milhões de euros.

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