Empresários portugueses querem investir mais na IA independentemente da economia
A maioria dos CEO portugueses investir mais na IA independentemente da situação económica, segundo estudo da consultora KPMG. No entanto a confiança na economia reduziu 14% no último ano.
A maioria dos CEO portugueses consultados num estudo da consultora KPMG, 54%, quer investir na inteligência artificial (IA) independentemente das condições económicas. No entanto, a confiança dos empresários no crescimento da economia nos próximos três anos diminuiu 14% entre o ano passado e este.
“As visões dos CEO inquiridos em Portugal são muito convergentes com a visão global, mas em algumas matérias é possível verificar que alguns dos desafios ainda estão num nível de desenvolvimento diferente. Assim, se no caso do talento a perspetiva nacional é muito alinhada, já nos temas do ESG e da IA generativa ainda existem algumas diferenças relevantes entre a visão de Portugal e a visão global” explica Vitor Ribeirinho CEO da KPMG Portugal em comunicado.
O estudo CEO Outlook consultou mais de 1.300 gestores globais entre os quais 50 gestores portugueses, dos quais a maior parte (58%) acredita no crescimento económico das suas empresas nos próximos três anos e identifica como objetivos de crescimento a implementação da IA generativa, a execução de estratégias ESG e a gestão de riscos inflacionistas.
Em contraste, o risco reputacional é apontada pelos CEO portugueses como a principal ameaça ao crescimento empresarial. Globalmente, 72% dos empresários internacionais analisados confia no crescimento da economia e aponta o risco da cadeia de fornecimento como a sua principal preocupação sendo que, ao contrário do cenário nacional, a preocupação reputacional aparece em oitavo lugar no ranking.
Apesar da IA ser apontada como a principal prioridade de investimento nos negócios, 46% dos empresários nacionais acredita que os desafios éticos que esta tecnologia traz é uma questão difícil na implementação da mesma. Os gestores globais também apontam a IA como uma das prioridades de investimento para os próximos três anos, mas é a digitalização que assume o primeiro lugar.
Este investimento na IA não irá reduzir postos de trabalho, garantem 56% dos empresários. No entanto, afirmam que é necessário investir em novas competências e que a retenção de talento continua a ser uma prioridade para as empresas com 42% dos CEO portugueses a investir em mais formação para os seus colaboradores. Outra preocupação é o número elevado de trabalhadores em idade de reforma.
A neutralidade carbónica é outro destaque nas empresas portuguesas que, como o ECO/Capital Verde já tinha noticiado, apenas 24% dos CEO portugueses esperam atingir metas ambientais de 2030 com 60% dos empresários a admitir que “as expetativas dos stakeholders relativamente ao ESG (Environmental, Social and Governance) mudam mais rapidamente que a sua capacidade de adaptar a estratégia”, como indica o comunicado da consultora KPMG.
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