Gestores da operadora espanhola MásOrange piscam o olho a prémio de 100 milhões

Equipa liderada por Meinrad Spenger receberá bónus caso cumpra certos objetivos de valorização. Pacote está a ser ultimado numa altura em que se negoceia redução de trabalhadores.

A equipa de gestão da operadora espanhola MásOrange poderá beneficiar de um prémio avaliado em mais de 100 milhões de euros caso consiga vender a empresa ou colocá-la em bolsa a partir do ano que vem. A notícia foi avançada esta terça-feira pelo jornal espanhol El Confidencial, numa altura em que a empresa está a negociar uma redução do número de trabalhadores.

Além do CEO da operadora, Meinrad Spenger, considerado o arquiteto da fusão entre a Orange e a MásMóvil, a lista de beneficiários, caso a MásOrange atinja certos objetivos de valorização, inclui, segundo o jornal, o diretor de operações, Germán López, o administrador financeiro, Ludhovic Piech, e o CTO, Miguel Santos, entre outros diretores e responsáveis da cúpula da operadora.

Este pacote de incentivos está a ser ultimado pelos donos da empresa que resultou da fusão entre a MásMóvil e a Orange, escreve o jornal espanhol. A intenção é alinhar os objetivos da direção com os interesses dos acionistas, nomeadamente a Orange, que controla 50%, e a Lorca, dona da outra metade, e que é controlada pelos fundos KKR, Cinven e Providence.

Este pacote de incentivos é conhecido numa altura em que a MásOrange tem estado a negociar com os sindicatos um processo de redução no número de trabalhadores após a fusão. Este mês, numa nova reunião com os sindicatos, a empresa propôs reduzir em 50 o número de efetivos, para 695, depois de já ter eliminado 50 empregos numa primeira fase após a operação.

Contactada pelo jornal, fonte oficial da MásOrange disse que “não se formalizou ainda nenhum novo plano de inventivos para trabalhadores do Grupo MásOrange”. “Se no futuro se formalizasse um plano novo, estaria estritamente vinculado à geração de valor nos próximos anos, de forma a que, se não se produzisse essa geração de valor, não haveria incentivo algum para nenhum empregado ou diretor”, acrescentou.

Em Portugal, até aos últimos dias, a Lorca detinha a operadora Nowo. Mas a Lorca estava decidida a desinvestir do mercado português desde a fusão entre a MásMóvil e a Orange, intenção que já conseguiu concretizar, depois de, na semana passada, a Autoridade da Concorrência ter viabilizado a venda da Nowo à romena Digi por 150 milhões de euros.

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