Espanhola Sesame chega a Portugal para ser “referência na gestão digital de recursos humanos”

Nasceu como uma ferramenta de controlo de horários, mas não tardou a evoluir para a gestão de férias, recrutamento e até de avaliação de desempenho. A espanhola Sesame chega agora a Portugal.

Nove anos depois de ter nascido enquanto plataforma para controlar os horários dos trabalhadores, a espanhola Sesame expandiu as ferramentas que disponibiliza aos empregadores (somando aos horários, as férias, o recrutamento e até a gestão financeira) e saltou agora para lá das fronteiras hispânicas, chegando agora a Portugal. Em declarações ao ECO, o CEO, Albert Soriano, adianta que o objetivo é ser “uma referência na gestão digital de recursos humanos” também no mercado português.

Albert Soriano é CEO e fundador da Sesame.

Portugal é estratégico enquanto vizinho ibérico, e porque já percebemos que existe, a nível nacional, o reconhecimento do valor que software como o nosso pode aportar às empresas”, sublinha o responsável, que adianta que a proximidade cultura e geográfica foi outro fator importante para a expansão para este lado da Península.

“Sendo uma empresa espanhola, reconhecemos muitas semelhanças entre os ambientes empresariais, o que facilita a adaptação da nossa plataforma às necessidades locais. Portugal, sentimos, também valoriza a inovação e a transparência nos processos de recursos humanos“, realça Albert Soriano.

Para já, o responsável não revela quantos clientes acompanham a estreia da Sesame em Portugal. Indica apenas que a operação arranca com uma “base inicial de clientes de setores estratégicos, como a tecnologia e a consultoria” e destaca que os eventos de lançamento (em Lisboa, Porto e Braga) conseguiram reunir “mais de 100 profissionais de topo“.

“Temos sido recebidos de forma muito positiva, o que tem sido extremamente gratificante e motivador. Sobretudo, reparamos na vontade e energia dos profissionais com quem já contactámos em fazer mais e melhor pelos colaboradores das empresas onde trabalham”, afirma o CEO.

Os nossos objetivos em Portugal passam por alargar a nossa base de clientes e tornar-nos uma referência na gestão digital de recursos humanos.

Albert Soriano

CEO da Sesame

Quanto ao futuro em Portugal, o objetivo da Sesame é alargar a sua base de clientes, ter um crescimento sustentável e tornar-se “referência na gestão digital dos recursos humanos“, enumera o responsável.

E avança que, à medida que a operação crescer, será avaliada a abertura de escritórios em Portugal para oferecer apoio direto aos clientes (neste momento, há uma equipa alocada à operação portuguesa, mas o escritório é em Valência, Espanha).

Oito mil empresas e 300 mil trabalhadores em Espanha

Sesame já conta com mais de oito mil empresas clientes, que impactam diretamente cerca de 300 mil trabalhadores.

Fundada em 2015, a Sesame nasceu para dar resposta a “uma necessidade prática e num contexto específico”: controlar os horários dos trabalhadores. “Percebemos que muitas empresas gastavam tempo e recursos valiosos a gerir manualmente os horários e a assiduidade, o que afetava a eficiência e o foco das equipas”, explica Albert Soriano.

E à medida que essa primeira ferramenta de gestão digital de horários foi ganhando tração, a Sesame foi afinando a sua plataforma para incluir mais funcionalidades, como o controlo das férias e do recrutamento.

“A nossa missão tornou-se clara: desenvolver uma ferramenta que simplificasse o dia a dia administrativo, e que também promovesse um ambiente de trabalho mais organizado e eficiente”, assegura o responsável.

Hoje, a Sesame é, portanto, uma “plataforma all in one” [tudo em um, em tradução direta] de gestão de recursos humanos, com funcionalidades que vão da gestão de férias à avaliação de desempenho, passando pela gestão financeira.

Albert Soriano destaca, além, que a plataforma “é bonita e de fácil uso para qualquer pessoa”. “Creio que a minha formação em artes pode ter contribuído para essa preocupação fundamental, e acho que se reflete na velocidade de adoção que o nosso software tem tido“, declara.

Em Espanha, já contamos com mais de oito mil empresas a utilizar a nossa plataforma, impactando diretamente mais de 300 mil pessoas.

Albert Soriano

CEO da Sesame

Nove anos depois, a Sesame conta agora com mais de oito mil empresas clientes, que impactam diretamente mais de 300 mil pessoas. “O balanço tem sido extremamente positivo visto que nos conseguimos estabelecer como líderes de mercado“, comenta o CEO, que frisa que em maio a Sesame concluiu uma ronda de financiamento de 23 milhões de euros, que permitiu reforçar a plataforma e acelerar a expansão internacional.

A propósito, ao ECO, Albert Soriano revela que o objetivo da Sesame é chegar a mais de 30 países.

Na América Latina, o México é “um país chave” (a Sesame já tem operação aí há mais de um ano, com escritório próprio e uma equipa de 50 pessoas), mas esta empresa espanhola também já tem um pé noutros países (na Colômbio e na Costa Rica). Já na Europa, depois de Portugal, estão agora a avançar para outros países, como Itália.

Pôr a IA ao serviço da gestão de talento

Uma das “mais-valias” da Sesame, segundo o seu diretor executivo, é a integração de inteligência artificial nas ferramentas que a compõem, libertando os profissionais de tarefas mais repetitivas e administrativas e tornando mais ágil a tomada de decisões.

“O nosso software foi desenvolvido para ajudar as empresas a fazerem mais com menos esforço. Queremos libertar os recursos humanos das tarefas repetitivas e administrativas, para que possam focar-se no que realmente importa: desenvolver talento e promover o bem-estar dos colaboradores, enquanto aumentam a eficiência das empresas”, salienta Albert Soriano.

Segundo o responsável, com base nesta tecnologia, tarefas morosas, como o tratamento dos dados de desempenho, a triagem de candidatos em processos de recrutamento ou a gestão dos dias de férias, são automatizadas pela Sesame, agilizando-se os processos e reduzindo-se os erros manuais.

“Acelera-se a conclusão de tarefas que poderiam ser mais demoradas e estes gestores ficam mais livres para se focarem em vertentes estratégicas dentro dos seus papéis organizacionais”, diz o CEO. Por outro lado, enfatiza o mesmo, os empregados passam a ter uma relação mais transparente com o empregador, contribuindo para o bem-estar no seio das empresas.

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