Moody’s deixa inalterado rating de Portugal na última avaliação do ano
Na última avaliação do ano, a Moody's decidiu não mexer na notação da dívida soberana de Portugal. A pesar na nota está uma procura externa mais fraca que o antecipado e a "fragmentação parlamentar".
A Moody’s decidiu não mexer no rating de Portugal no nível ‘A3’ com perspetiva “estável” na última avaliação do ano, que estava marcada para esta sexta-feira. A última avaliação da agência norte-americana tinha sido em maio quando também manteve inalterado o rating da dívida soberana portuguesa.
Na avaliação divulgada esta noite, a agência de notação financeira considera que o ‘A3’ é reflexo de uma “economia competitiva e diversificada do país” e dos “níveis relativamente elevados de riqueza e a elevada solidez institucional“.
No entanto, a Moody’s aponta ainda assim para desafios, nomeadamente, o “elevado” rácio da dívida pública em comparação com a maioria dos países com notações semelhantes, embora reconheça que este rácio tem “vindo a diminuir de forma consistente desde o seu pico em 2020”. E também nota “potenciais desvantagens”, como uma procura externa mais fraca que o antecipado e um ciclo de políticas “mais complexo” devido à “fragmentação parlamentar”.
A “incerteza política”, se se estender no tempo, “pode ter um impacto negativo no crescimento” e na execução do PRR, avisa a agência.
A Moody’s acrescenta ainda que o desempenho económico e orçamental de Portugal manteve-se em linha com suas expectativas e que as perspetivas económicas e orçamentais “continuam a ser sólidas”. A agência prevê um crescimento real do PIB de 1,6% em 2024 e de 2,2% em 2025, após 2,5% em 2023.
Relativamente ao saldo orçamental, a Moody’s prevê que “os excedentes orçamentais contínuos”, associados a um crescimento robusto do crescimento nominal do PIB, “deverão manter o rácio da dívida pública numa trajetória descendente significativa de 2023 a 2025″. Ademais, informa o relatório, os indicadores de acessibilidade da dívida deverão manter-se “fortes”, com um rácio médio entre os pagamentos de juros e as receitas de 4,8% em 2024-25, em linha com as expectativas anteriores.
Nas últimas avaliações, a Fitch, em setembro, decidiu melhorar o outlook e manter a notação da dívida soberana em ‘A-‘. Antes, no final de agosto, também a Standard & Poor’s optou por não tocar no rating do país que, nesta agência, está também em ‘A-‘, com outlook positivo. Já a canadiana DBRS, em julho, melhorou a perspetiva para positiva e manteve em ‘A’ a notação de Portugal.
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