EUA, Itália, Espanha e Grécia evacuam embaixadas em Kiev. Embaixada portuguesa continua aberta
Embaixada norte-americana foi a primeira a ser evacuada, mas logo se seguiram as representações diplomáticas dos três países europeus. Embaixada de Portugal na capital da Ucrânia mantém-se aberta.
A Embaixada dos EUA em Kiev, a capital da Ucrânia, está a ser evacuada esta quarta-feira para prevenir um “potencial ataque aéreo significativo”, informa um comunicado oficial. Espanha, Itália e Grécia seguiram o exemplo dos Estados Unidos. Portugal mantém a sua embaixada aberta, confirmou ao ECO fonte do Ministério dos Negócios Estrangeiros.
“A embaixada dos EUA em Kiev recebeu informação específica de um potencial ataque aéreo significativo no dia 20 de novembro. Por precaução, a embaixada será encerrada e os seus trabalhadores estão a ser instruídos para se abrigarem no local”, refere a mesma na nota.
Ademais, a embaixada recomenda os cidadãos norte-americanos na Ucrânia “a estarem preparados para imediatamente se abrigarem caso seja anunciado um alerta [de ataque] aéreo”.
O comunicado não fornece detalhes sobre a potencial ameaça, mas surge numa altura em que estão a escalar as tensões entre os EUA e a Rússia, depois de o Presidente norte-americano ter autorizado a Ucrânia a usar mísseis norte-americanos em ataques contra território russo.
Entretanto, Espanha, Itália e Grécia seguiram os Estados Unidos e decidiram também encerrar temporariamente as suas embaixadas na Ucrânia, alegando motivos de segurança.
Já a embaixada portuguesa em Kiev “mantém-se aberta”, segundo confirmou ao ECO fonte do Ministério dos Negócios Estrangeiros. “Mas está tudo em avaliação”, acrescentou a mesma fonte. “O encerramento pode ser decidido a qualquer momento, se a situação justificar”, concluiu.
Na semana em que se assinalou o milésimo dia desde a invasão da Ucrânia pela Rússia, a guerra entrou num novo capítulo, com Joe Biden a autorizar o uso de mísseis ATACMS de longo alcance pelas forças ucranianas contra a Rússia.
Estes mísseis, com um alcance máximo de várias centenas de quilómetros, permitirão à Ucrânia atingir os locais de logística do exército russo e os aeródromos de onde descolam os bombardeiros.
Os EUA justificaram esta autorização com o destacamento de tropas norte-coreanas para apoio às forças russas que combatem na Ucrânia.
No entanto, perante estes factos, o Kremlin retaliou. Esta terça-feira, foi anunciado que o Presidente da Rússia, Vladimir Putin, assinou um decreto que alarga as possibilidades de uso de armas nucleares pela Rússia.
Também na terça-feira foi noticiado pelas agências internacionais que a Ucrânia já realizou o primeiro ataque com mísseis ATACMS norte-americanos em território russo.
(Notícia atualizada pela última vez às 12h36)
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