Lifthium “empenhada” na refinaria de lítio mas ainda sem decisão final
O início de produção da refinaria da empresa da Bondalti e José de Melo, a Lifthium, está marcado para 2027. Mas a decisão final ainda não foi tomada, numa altura em que se nota turbulência no setor.
A Lifthium Energy, empresa criada pela Bondalti e José de Mello para atuar na área do lítio, afirma-se “empenhada” em avançar com o seu projeto de refinaria, mas não tem, para já, qualquer decisão final quanto a este investimento.
“A Lifthium Energy continua empenhada no desenvolvimento do projeto, prosseguindo as suas análises técnicas e de mercado, envolvendo possíveis financiadores, contactando autoridades com vista ao licenciamento do projeto e seus potenciais apoios no âmbito dos vários programas disponíveis, com vista a tomarmos uma decisão final de investimento”, indica a empresa, numa declaração escrita em resposta ao ECO/Capital Verde.
A empresa, detida em 15% pela Bondalti e em 85% pelo Grupo José de Mello, não se alonga sobre a futura localização do projeto, sendo que Portugal e Espanha são as hipóteses em cima da mesa, nem sobre as atuais condições de mercado e o significado que tem para o setor os problemas financeiros da Northvolt e o cancelamento do projeto de refinaria que a Galp tinha para Setúbal.
No passado dia 12 de setembro, o administrador da Bondalti Luís Delgado afirmou que a Liftium mantinha o objetivo de iniciar a produção da fábrica de refinação em 2027, estando em discussão a localização, com Portugal e Espanha como hipóteses. No entanto, o país vizinho posicionava-se como o mais atrativo em termos de licenciamento da unidade, o que foi tido como um possível fator de desempate, que levaria a fábrica para o lado de lá da fronteira.
A continuidade do projeto está debaixo de holofotes depois de a Galp ter cancelado o projeto Aurora, a refinaria de lítio que previa instalar em Setúbal através de uma parceria com a Northvolt. A decisão surge depois de a Northvolt ter travado o investimento no projeto conjunto com a petrolífera portuguesa, uma vez que se encontra com graves problemas financeiros.
A 21 de novembro, a parceira da Galp, Northvolt, apresentou um pedido de proteção contra credores nos Estados Unidos, depois de ter falhado um acordo com investidores para salvar a empresa de baterias, que já contou com uma injeção de capital superior a 14 mil milhões de euros.
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