Empresários, futebolistas e estrelas da TV. As caras da administração Trump

Ultraconservadores, estrelas da televisão ou empresários, mas todos republicanos leais a Trump e à sua agenda. Presidente eleito já está a juntar as peças para a próxima administração. Saiba quem são.

O 47.º Presidente dos EUA toma posse em menos de 60 dias e já começou a montar a equipa que vai levar para a Casa Branca. Durante a campanha, Trump evitou confirmar quaisquer nomeações, mas deu frequentemente a entender quem gostaria de ter na equipa de topo. Embora alguns nomes já sejam conhecidos, os nomeados têm de passar por uma audição no Senado antes de serem aprovados. Mas os republicanos têm pleno poder, dominando as duas câmaras do Congresso, o que poderá facilitar o escrutínio dos candidatos, numa tentativa de não empatar a Administração Trump.

Porém, mesmo com a direita no controlo, algumas das nomeações para a futura administração são controversas e podem ser bloqueadas, seja por serem consideradas ultraconservadoras, seja por serem estrelas de televisão e empresários com fraco, ou inexistente, percurso político. Mas também por constarem na lista nomes envolvidos em processos criminais, envolvendo acusações de agressão e de tráfico sexual de menores. O futuro diretor de comunicação da Casa Branca, Steven Cheung, rejeita as críticas e garante que os nomes escolhidos contemplam “candidatos de alto calibre e extremamente qualificados para servir na sua administração”. Quem são eles?

Mark Rubio, secretário de Estado

Marco RubioLusa

Marco Rubio, senador da Florida, foi apontado para suceder a Anthony Blinken na chefia da diplomacia norte-americana. Depois de ter disputado a candidatura presidencial pelos republicanos em 2016 contra Donald Trump, Rubio é agora chamado a atuar como principal conselheiro do Presidente para os negócios estrangeiros e o principal diplomata do país.

O primeiro latino-americano a presidir o cargo é conhecido por ter visões sobre uma política externa conservadora no que toca à Ucrânia — foi um dos 15 senadores republicanos a votar contra um pacote de ajuda militar de 95 mil milhões de dólares a Kiev — e a China — é apologista de uma postura mais agressiva em relação ao principal rival comercial norte-americano, indo além das tarifas que deverão ser adotadas.

Além de ser responsável por gerir a posição política norte-americana em relação à Ucrânia e a China, Rubio ficará encarregue de definir a política diplomática no que toca ao Médio Oriente e à NATO, trabalhando diretamente com Elsie Stefanik, indicada para embaixadora das Nações Unidas e Matthew Whitaker, candidato a embaixador da NATO.

Trump mostrou-se confiante na escolha, argumentando que Rubio é um líder “respeitado”, “destemido” e com uma voz “forte pela liberdade”. Se aprovado, Rubio promete gerir o cargo com “responsabilidade” e “confiança” colocando os interesses dos norte-americanos “acima de todos os outros”.

Scott Bessent, secretário do Tesouro

Scott Bessent, secretário do TesouroWikipedia

O investidor Scott Bessent foi o escolhido de Donald Trump para o cargo de secretário do Tesouro, o equivalente em Portugal a ministro das Finanças. O líder do hedge fund Key Square Capital Management foi um dos principais conselheiros económicos da campanha do Presidente eleito e terá agora uma palavra a dizer sobre a política económica do país. Besset terá um papel essencial na aplicação do programa económico de Trump e já se manifestou a favor da desregulamentação e de reformas fiscais.

Na rede social que detém, a Truth Social, Trump escreveu que Bessent vai ajudar a administração a “inaugurar uma nova era de ouro para os EUA, à medida que o país fortalece a posição como “principal economia do mundo, centro de inovação e empreendedorismo, destino para o capital, enquanto sempre, e sem dúvida, mantendo o dólar americano como moeda de reserva do mundo”, escreveu Donald Trump.

Russell Vought, chefe do Gabinete de Gestão e Orçamento

Russell Vought, chefe do Gabinete de Gestão e OrçamentoEPA/Stefani Reynolds / POOL

Russel Thurlow Vought, um dos arquitetos do programa governamental ultraconservador Projeto 2025, foi escolhido para chefiar o Gabinete de Gestão e Orçamento do futuro Governo, repetindo a proeza durante o primeiro mandato presidencial de Trump (2017-2021). O Projeto 2025, elaborado pelo grupo ultraconservador Heritage Foundation, mas do qual Trump se distanciou, prevê um enorme corte na Função Pública e o desmantelamento das agências federais.

“Fez um excelente trabalho: eliminámos quatro regulamentos por cada novo regulamento e foi um grande sucesso!”, afirmou Trump, na rede social Truth Social, recordando que Vought passou muitos anos a trabalhar em políticas públicas em Washington e é um “agressivo cortador de custos e desregulador” que ajudará o seu governo a implementar a sua agenda “América Primeiro” em todas as agências.

Howard Lutnick, secretário do Comércio

Howard Lutnick, secretário do ComércioEPA/SARAH YENESEL Copyright:© 2024 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A

O multimilionário Howard Lutnick, CEO da financeira Cantor Fitzgerald, foi a escolha de Trump para ser o próximo secretário do Comércio. Com 63 anos, Lutnick tem sido uma personalidade próxima de Trump e assumirá agora este departamento que é responsável pela gestão da dívida pública, regulação de instituições financeiras e implementação de políticas económicas.

A probabilidade de os Estados Unidos imporem novos impostos sobre as importações dos produtos estrangeiros, incluindo da União Europeia, torna-se assim mais real. Lutnik ficou conhecido por defender uma imposição de tarifas de 60% sobre produtos chineses e de 10% sobre bens de outros países, e por sugerir que as criptomoedas poderiam ser usadas como forma de pagamento de impostos, uma proposta que gerou controvérsia na comunidade financeira.

Além de CEO da Cantor Fitzgerald, uma das principais empresas de serviços financeiros do mundo, Howard Lutnick é ainda presidente e diretor executivo do BGC Group e presidente do Newmark Group, um líder mundial em serviços imobiliários comerciais.

Sean Duffy, secretário dos Transportes

Sean Duffy, secretário dos TransportesWikipedia

Outrora uma cara familiar nas televisões, Sean Duffy foi chamado a presidir o departamento dos Transportes, ficando encarregue de regular sobre os setores da aviação, automóvel, ferrovia e aviação, e de gerir um orçamento que deverá superar os 100 mil milhões de dólares.

Depois de vários anos na política, primeiro na Câmara de Wisconsin e depois no Congresso, transitou para o mundo do entretenimento. Duffy era um dos defensores mais visíveis de Trump nas notícias por cabo. Foi o apresentador de “The Bottom Line” na Fox Business e, antes, participou num reality show da MTV onde conheceu a sua mulher, a coapresentadora do “Fox and Friends Weekend” Rachel Campos-Duffy. O casal tem nove filhos.

Chris Wright, secretário da Energia

Chris Wright, secretário da Energialibertyenergy.com

O governador de Dakota do Norte, antes pouco conhecido fora do seu estado, é um ex-candidato republicano às primárias presidenciais e um forte apoiante de Donald Trump. Chegou a ser considerado para vice-presidente, mas, no final, J.D Vance acabou o escolhido. Wright foi CEO da petrolífera Liberty Energy, tem laços estreitos com líderes da indústria de energia e tem uma visão negacionista em relação à transição energética, uma vantagem para Trump, que pretende aumentar a produção de combustíveis fósseis na maior economia do mundo.

Num vídeo publicado no LinkedIn, Chris Wright afirmou: “Não existe crise climática e não estamos a meio de uma transição energética.”

Lori Chavez-DeRemer, secretária do Trabalho

Lori Chavez-DeRemer
Lori Chavez-DeRemer, secretária do TrabalhoWikipedia

Trump escolheu a congressista do Oregon, Lori Chavez-DeRemer, de origem hispânica, para ser a próxima secretária do Trabalho, departamento que supervisiona a saúde e segurança dos trabalhadores, as leis laborais, a gestão do desemprego e a compensação dos trabalhadores.

Em comunicado citado pela imprensa norte-americana, Trump considera que Chavez-DeRemer “trabalhou incansavelmente com o setor empresarial e laboral para desenvolver a força de trabalho dos Estados Unidos e apoiar os homens e mulheres trabalhadores”.

Linda McMahon, secretária da Educação

Linda McMahon, secretária da EducaçãoEPA/SHAWN THEW Copyright:© 2024 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.

A multimilionária magnata do wrestling profissional (WWE) vai voltar a integrar a Administração Trump. A aliada de longa data do presidente republicano, Linda McMahon, presidiu a Administração de Pequenas Empresas durante o primeiro mandato do republicano e doou milhões de dólares à sua campanha presidencial.

Ficará encarregue do Departamento de Educação — um órgão que Donald Trump ameaçou desmontar durante a campanha eleitoral, face às “ameaças ideológicas” da ala mais democrata. Aos olhos do Presidente eleito, McMahon vai “liderar” o esforço para “devolver a Educação aos Estados” e “lutar incansavelmente para capacitar os pais a tomarem as melhores decisões educativas para as suas famílias”.

Scott Turner, secretário da Habitação

Scott Turner, secretário da HabitaçãoEPA/ERIK S. LESSER

Para dar resposta à crise na habitação e executar as promessas nesta matéria patentes no Project 2025, Donald Trump escolheu um veterano da liga desportiva de futebol americano, NFL, e orador motivacional, Scott Turner. Ex-diretor executivo do Conselho de Oportunidades e Revitalização durante o primeiro mandato de Trump.

Durante a sua carreira de nove anos na NFL, iniciada em 1995, Turner jogou pelos Washington Redskins, San Diego Chargers e Denver Broncos. No final de carreira, virou-se para a política, tendo já um percurso que já dura há duas décadas.

Turner é o primeiro afro-americano nomeado para o Gabinete de Trump na sua próxima Administração. E embora não tenha origens na Florida, como a maioria dos membros da equipa, é proveniente de um estado altamente conservador, o Texas.

Brooke Rollins, secretária da Agricultura

Brooke Rollins
Brooke Rollins, secretária da AgriculturaWikipedia

A cofundadora e diretora do America First Policy Institute, um grupo de reflexão apoiado pelo movimento Make America Great Again (MAGA), vai liderar o departamento responsável pela gestão da Agricultura. Brooke Rollins regressa agora à Casa Branca depois de ter sido diretora do Gabinete de Inovação Americana e diretora interina do Conselho de Política Interna, no primeiro mandato de Donald Trump.

Doug Collins, secretário dos Assuntos dos Veteranos

Doug Collins, secretário dos Assuntos dos VeteranosEPA/ERIK S. LESSER Copyright:© 2020 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.

Congressista da Geórgia, entre 2012 e 2021, veterano da guerra do Iraque e atualmente capelão do Comando da Reserva da Força Aérea dos Estados Unidos, Collins foi escolhido para dirigir o Departamento de Assuntos dos Veteranos dos EUA na próxima Presidência.

Como republicano e membro do Comité Judiciário da Câmara, o veterano ganhou atenção nacional como um dos apoiantes mais vocais do então Presidente Donald Trump durante o primeiro inquérito de impeachment (destituição) de Trump em 2019.

Agora vai para presidir o departamento dos Assuntos dos Veteranos, cargo que Trump garante estar bem entregue. “Temos de cuidar dos nossos corajosos homens e mulheres de uniforme, e o Doug será um grande defensor dos nossos militares no ativo, veteranos e famílias de militares para garantir que têm o apoio de que necessitam“, publicou o presidente eleito na sua rede social.

Pete Hegseth, secretário da Defesa

Pete Hegseth, secretário da DefesaEPA/Albin Lohr-Jones / POOL Copyright:© 2016 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.

Pete Hegseth, apresentador da Fox News, foi escolhido para liderar o Departamento da Defesa, numa altura em que as tensões geopolíticas sobem de tom.

Antigo major do exército norte-americano e veterano condecorado das guerras no Iraque e no Afeganistão, Hegseth não tem experiência política, mas, para o Presidente eleito, isso não é um problema. “Ninguém defende mais as tropas” que Hegseth, disse Trump.

O passado complicado torna a nomeação uma das mais polémicas. Hegseth foi investigado, em 2017, por uma alegada agressão sexual. Apesar de nunca ter sido detido e acusado, a polémica ganhou força depois de o seu advogado ter confirmado que, no mesmo ano, Hegseth pagou a uma mulher para se manter em silêncio sobre uma alegada agressão que temia que lhe custasse o emprego na Fox News. Mais uma vez, negou qualquer irregularidade.

Agora, e mais próximo de um lugar na Casa Branca, Hegseth afasta qualquer risco e desvaloriza as polémicas. “É muito simples. A questão foi completamente investigada, e fui ilibado, e mais não digo“, afirmou recentemente, em declarações aos jornalistas.

Se for confirmado pelo Senado, herdará o cargo mais alto durante uma série de crises globais — desde a guerra da Rússia na Ucrânia e os ataques em curso no Médio Oriente por representantes iranianos até à pressão para um cessar-fogo entre Israel, o Hamas e o Hezbollah e a escalada de preocupações com a crescente aliança entre a Rússia e a Coreia do Norte.

Kristi Noem, secretária de Segurança Interna

Kristi Noem, secretária de Segurança InternaEPA/SHAWN THEW Copyright:© 2024 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.

A antiga governadora do Dakota do Sul ficou conhecida por ser das poucas governantes que não impôs restrições durante a pandemia da Covid-19. Em vez disso, declarou o seu Estado “aberto à atividade”. Aliás, Noem permitiu que Trump realizasse um comício com fogo-de-artifício no Monte Rushmore em julho de 2020, uma das primeiras grandes concentrações da pandemia.

Agora, ficará responsável por presidir o principal cargo de supervisão da segurança dos EUA, que inclui a gestão de fronteiras, ameaças cibernéticas, terrorismo e a gestão da agenda contra a imigração.

Ademais, ficará responsável por diversas agências do setor, desde a Alfândega e Proteção das Fronteiras até à Agência Federal de Gestão de Emergências, passando pelos Serviços Secretos dos EUA e os agentes da Administração de Segurança dos Transportes que trabalham nos aeroportos.

Mike Waltz, conselheiro da Defesa Nacional

Mike Waltz, conselheiro da Defesa NacionalEPA/AARON SCHWARTZ

Veterano das Forças Especiais do Exército, que serviu em várias missões de combate no Afeganistão, Médio Oriente e África, e também trabalhou no Pentágono como conselheiro político quando Donald Rumsfeld e Robert Gates eram chefes de defesa. Mike Waltz será o principal arquiteto da política externa do Presidente, que prometeu acabar rapidamente com as guerras na Ucrânia e no Médio Oriente.

Defensor de uma política mais agressiva contra a China, país que descreveu como uma “ameaça existencial”, Waltz é da opinião que a ajuda dos Estados Unidos a Kiev deve continuar e condena, veementemente, a agressão de Moscovo. Quanto ao Médio Oriente, o futuro conselheiro da Defesa Nacional acredita que os EUA devem manter uma aliança sólida com Israel e com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, uma vez que é a favor do direito à autodefesa do Estado israelita.

Robert Kennedy Jr., secretário da Saúde

Robert Kennedy Jr., secretário da Saúde EPA/DAVID BLAKEMAN Copyright:© 2024 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.

Depois de ter desistido de concorrer contra Donald Trump, Robert Kennedy, sobrinho do antigo presidente John F Kennedy, foi chamado para presidir o departamento de saúde.

Conhecido por ser um defensor de teorias de conspiração e de questionar as políticas de vacinação, sobretudo na altura da pandemia da Covid-19, o ex-candidato Presidencial será o responsável por gerir a Administração de Alimentos e Medicamentos, os Centros para o Controlo e Prevenção de Doenças e o Medicare.

Donald Trump não poupou nos elogios ao antigo advogado. Na rede social Truth Social, o Presidente eleito sublinha que Kennedy é “um sujeito fantástico”, capaz de garantir que os consumidores norte-americanos ficarão protegidos contra “produtos nocivos, poluentes, pesticidas, produtos farmacêuticos e outros aditivos perigosos”, sem detalhar a quais se refere.

Apesar do aval de Trump, Kennedy é um dos nomes que poderão ficar pelo caminho nas audições no Senado. Além de não ter experiência prévia na saúde, muitos especialistas médicos expressaram sérias preocupações com a sua nomeação, argumentando ser uma fonte de desinformação no que toca às vacinas e a outras questões de saúde. Ademais, tem-se especulado sobre controvérsias passadas, incluindo o despejo de uma carcaça de urso no Central Park de Nova Iorque.

Mehmet Oz, administrador dos Centros de Serviços Medicare e Medicaid

Dr. Mehmet Oz
Mehmet Oz, administrador dos Centros de Serviços Medicare e Medicaid EPA/SHAWN THEW

Ainda no setor da saúde, Donald Trump chamou o apresentador de televisão Mehmet Oz, mais conhecido por Dr. Oz, para liderar os centros de serviços do Medicare, um programa de saúde dos EUA para pessoas com mais de 65 anos e para portadores de deficiência, e o Medicaid, um programa de saúde dos EUA para pessoas com baixos rendimentos. O Presidente eleito garante que os dois programas de saúde estarão em boas mãos dada a experiência de Oz, antecipando um “corte na despesa e uma redução na fraude” naquela que é a terceira maior agência governamental dos Estados Unidos.

Com uma carreira televisiva de várias décadas, Oz despediu-se do seu programa dedicado à saúde em 2022. Nesse ano, entrou no mundo da política, concorrendo para o Senado, em representação do estado da Pensilvânia.

Susie Wiles, chefe de gabinete

Susie Wiles (segunda pessoa à esquerda) aplaude durante o discurso do presidente eleito Donald J. Trump, em West Palm Beach.EPA/CRISTOBAL HERRERA-ULASHKEVICH

Susie Wiles será a primeira mulher a ocupar o cargo de chefe de gabinete de um Presidente nos EUA, e foi o primeiro nome anunciado por Donald Trump nesta nova era, ainda que não seja, formalmente, um membro da Administração. Willies, embora tivesse passado a maior parte do tempo na sombra das duas campanhas Presidenciais que geriu do candidato republicano, é encarada como uma peça central do seu sucesso. E Trump fez questão de apontar esse mérito no discurso de vitória das eleições, no passado dia 6 de novembro.

Dias depois, era anunciada a escolha de Wiles para chefiar o gabinete do presidente na Casa Branca, considerando ser uma pessoa “dura, esperta, inovadora” e “respeitada”.

A mulher de 67 anos, residente do estado da Florida, tem uma carreira política na ala republicana que se estende por décadas, mas tem-se mantido afastada da ribalta e raramente dá entrevistas. Nem quando Trump ganhou a eleição pela primeira vez, em 2016, quis ser mencionada. Agora estará no centro das decisões políticas do futuro presidente por, pelo menos, dois anos.

Karoline Leavitt, secretária de imprensa da Casa Branca

Karoline Leavitt, secretária de imprensa da Casa BrancaEPA/JABIN BOTSFORD / POOL

Karoline Leavitt tem 27 anos e será a secretária de imprensa mais nova de sempre no cargo.

Leavitt foi anteriormente secretária de imprensa adjunta durante a última parte do primeiro mandato de Donald Trump, mas agora dará a cara na sala de conferências de imprensa da Casa Branca — um espaço que levou a inúmeras trocas tensas entre jornalistas e funcionários na primeira Administração Trump.

Antes, a jovem republicana candidatou-se ao Congresso, ganhando a nomeação republicana para o New Hampshire em 2022, perdendo apenas nas eleições gerais para o democrata Chris Pappas.

Pam Bondi, procuradora-geral

Pam Bondi, Procuradora-geralLusa

Depois de o congressista da Florida, Matt Gaetz, ter desistido da corrida a procurador-geral, o Presidente eleito nomeou Pam Bondi para procuradora-geral dos Estados Unidos. A substituição ocorreu cerca de seis horas depois da retirada de Gaetz, que desistiu do cargo por suspeitas numa investigação federal sobre tráfico sexual.

Pam Bond, aliada de longa data de Trump, foi uma das suas advogadas durante o primeiro julgamento de destituição quando o republicano foi acusado. Foi também procuradora-geral da Florida, entre 2011 e 2019, e ainda presidente do America First Policy Institute, um grupo de reflexão criado por antigos funcionários da anterior Administração Trump.

Além de ser uma republicana da ala mais conservadora, opondo-se, nomeadamente, ao casamento entre homossexuais, Bondi junta dois elementos comuns a outras nomeações feitas por Trump nos últimos dias: a ligação à Florida e à televisão. Bondi foi comentadora assídua e apresentadora na Fox News.

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