Montenegro mantém “não” ao Chega e espera indigitação de Marcelo para começar a governar

Líder da Aliança Democrática aguarda para que o Presidente da República o indigite para formar Governo. E sobre uma coligação com o Chega mantém a nega: "Cumprirei a minha palavra".

O líder da Aliança Democrática garantiu que não irá recuar no “não é não” respondido ao Chega em matéria de coligação, sublinhando que perante os resultados eleitorais “irá respeitar a vontade dos portugueses“.

Assumi dois compromissos na campanha e naturalmente cumprirei a minha palavra. Nunca faria tamanha maldade de incumprir o meu compromisso”, prometeu Luís Montenegro perante os simpatizantes e militantes do PSD, CDS-PP e PPM na sala de imprensa do Epic Sana Hotel, local que escolheu para acompanhar a noite eleitoral.

Parece incontornável que a AD ganhou as eleições e que o PS perdeu as eleições“, começou por afirmar no seu discurso de vitória, sublinhando que a “vontade dos portugueses” ficou expressa perante um resultado eleitoral que embora reflita uma vitória da coligação, ainda aguarda pelo apuramento dos votos da comunidade portuguesa, dentro e fora da Europa. À hora destas declarações restava ainda uma freguesia por apurar e entre o PS e a AD, a diferença era de um mandato. Mas a AD venceu as eleições ao eleger 79 deputados depois de apurados os resultados nas 3.092 freguesias do país. Contando os votos da Madeira onde PSD e CDS foram coligados sem o PPM, a AD recolheu 1.810.871 votos (29,49%). Já o PS conquistou 1.759.937 votos (28,66%) elegendo um total de 77 deputados.

Ainda assim, a expectativa de Montenegro é de que o resultado eleitoral não sofra alterações e que, nos próximos dias, o Presidente da República o convide a Belém para o “indigitar para formar Governo.”

“A mudança vai-se cumprir com um novo primeiro-ministro, novo Governo e novas políticas. Sabemos que o desafio é grande e que vai exigir grande sentido de responsabilidade, grande capacidade de diálogo e tolerância democrática, mas temos de dar ao país e cumprir a base do programa que foi hoje sufragado”, continua Montenegro.

No discurso de vitória, Luís Montenegro aproveitou para apelar à “responsabilidade” de todos os partidos com assento parlamentar, sobretudo do PS, argumentando que o partido liderado por Pedro Nuno Santos “teve muito menos votos e muito menos mandatos”.

“A minha expectativa é que estejamos todos à altura daquilo que é servir o interesse do país e o interesse do povo português. O que se pede ao PS é que respeite a vontade do povo português. A minha expectativa é que o PS e o Chega não constituam uma maioria negativa para impedir o Governo da AD”, apelou.

Quanto à orgânica do futuro Executivo, Luís Montenegro não revela se o CDS, o PPM, ou até mesmo a Iniciativa Liberal farão parte da solução. “Teremos oportunidade de falar com o Presidente da República. Nessa altura irei esclarecer esses e outros assuntos que tenham que ver com a orgânica do futuro Governo.

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IL disponível para assumir responsabilidades e ser parte da solução

  • Lusa
  • 11 Março 2024

Presidente da IL está disponível para assumir responsabilidades e ser parte da solução para garantir a estabilidade governativa em Portugal.

O presidente da IL afirmou este domingo que o cenário político que saiu das eleições legislativas é complicado e que os próximos dias serão determinantes para a sua clarificação, mostrando-se disponível para assumir responsabilidades e ser parte da solução.

“Seremos responsáveis nos cenários que se venham a colocar, não será pela Iniciativa Liberal que não haverá uma solução estável de governação. Portanto, cabe aos outros assumirem”, disse Rui Rocha em reação aos resultados das eleições legislativas de domingo, na Estufa em Monsanto, distrito de Lisboa, onde decorreu a noite eleitoral da IL.

O dirigente liberal, que tinha ao seu lado no palco onde discursou o antigo líder da IL, João Cotrim de Figueiredo, frisou que o partido político contribuirá para uma solução, “naturalmente excluindo” as opções que sempre excluíram, referindo-se ao Chega.

Durante a campanha eleitoral, Rui Rocha deixou claro desde o início que nunca fará entendimentos com o partido de André Ventura.

“Estaremos cá para assumir as nossas responsabilidades, para contribuir para as soluções, para tornar Portugal um país mais próspero. Aguardemos os próximos dias”, vincou o líder da IL.

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Líder do ADN considera que partido foi “grande vencedor da noite”

  • Lusa
  • 11 Março 2024

O líder do partido Alternativa Democrática Nacional (ADN) defendeu que o partido foi "o grande vencedor da noite" ao conseguir mais de 99 mil votos.

O líder do partido Alternativa Democrática Nacional (ADN), e cabeça de lista por Lisboa nestas eleições legislativas, defendeu este domingo que o partido foi “o grande vencedor da noite” ao conseguir mais de 99 mil votos.

“Parabéns ao ADN, que foi o grande vencedor da noite. O ADN hoje já venceu”, disse Bruno Fialho, num discurso feito por volta das 00:15, na sede de campanha do partido, em Lisboa, imediatamente aplaudido pelos cerca de 15 apoiantes presentes.

Com o resultado deste domingo, o partido passa a ter direito a receber subvenção pública para o seu financiamento, algo que está previsto a partir dos 50 mil votos, mesmo que não eleja qualquer deputado para a Assembleia da República.

Bruno Fialho recusou que o resultado deste domingo — em que consegue, quando faltam contabilizar duas freguesias em Lisboa, 99.475 votos, contra 9.895 nas eleições de 2022 – seja fruto de uma qualquer confusão entre siglas de partidos.

“Utilizar a confusão de qualquer sigla é desconsiderar os eleitores, que votam nestas duas forças políticas, que supostamente criaram confusão, mas é também chamar de ignorantes a todos aqueles que supostamente se enganaram”, defendeu, referindo-se à possibilidade de engano de alguns eleitores, que em vez de votarem na Aliança Democrática (AD), votaram no ADN.

Na opinião de Bruno Fialho, “não houve enganos”, sublinhando que AD e ADN são “partidos completamente diferentes”.

“Se não, durante 50 anos os eleitores também se teriam confundido entre PS e PSD, CDU e CDS”, apontou.

“Os portugueses não são ignorantes”, afirmou.

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“Só grande irresponsabilidade” de Montenegro impedirá direita de governar, diz Ventura

Ventura repete disponibilidade para se aliar ao centro-direita para formar um Governo “para quatro anos”. Se não o conseguir, “está escrito nas estrelas” que Chega vencerá as próximas legislativas.

“O Chega e o PSD têm maioria absoluta nestas eleições. Só um ato de grande irresponsabilidade pode afastar uma solução de Governo [à direita]”, disse esta noite André Ventura, antes mesmo de fazer a declaração oficial. Já no palco, repetiu que “só o líder de um partido muito irresponsável [Luís Montenegro] deixará o PS governar quando [tem] na mão formar um Governo de mudança”.

Discursando em Lisboa, o líder do Chega prometeu fazer “todo o esforço possível para ter um Governo alternativo ao PS em Portugal”. “O povo pediu à direita para governar. O nosso mandato é para governamos Portugal nos próximos quatro anos”, acrescentou. Ainda assim, admitiu que “não [o] espantaria” que o PSD recusasse um acordo de governação, cedendo à esquerda.

“Mas está escrito nas estrelas que este foi o último degrau para esta enorme força nacional. Não sei se será daqui a seis meses, daqui a um ano ou daqui a dois anos, mas [o Chega] vai mesmo vencer as eleições legislativas em Portugal”, completou André Ventura, que este domingo superou um milhão de votos e quadruplicado a votação face às eleições de 2022.

Não sei se será daqui a seis meses, daqui a um ano ou daqui a dois anos, mas [o Chega] vai mesmo vencer as eleições legislativas em Portugal.

André Ventura

Presidente do Chega

O líder do Chega aproveitou ainda para apontar baterias a Marcelo Rebelo de Sousa. Esta mensagem “tem de ser ouvida no Palácio de Belém, onde o Presidente da República procurou à última hora condicionar o voto dos portugueses. Quem escolhe o Governo de Portugal são os portugueses, não é mais ninguém”, resumiu, em referência à manchete do Expresso que garantia, citando fonte de Belém, que o Chefe de Estado iria fazer tudo para impedir Ventura de ir para o Executivo.

Os jornalistas, os comentadores e as empresas de sondagens foram outros dos alvos de Ventura, voltando a reclamar que o Chega foi nas últimas semanas “o partido mais perseguido em toda a história da democracia portuguesa”. Lembrou ainda a participação de Cavaco Silva, Durão Barroso ou Assunção Cristas na campanha da AD para concluir que “os portugueses não querem um desfile do passado, mas o futuro – e votaram no único partido que lhes garante esse futuro”.

O líder do terceiro partido mais votado nas legislativas antecipadas falou ainda de um “ajuste de contas com a história por parte de um país silencioso que viu [Portugal] transformar-se na desilusão de abril”. Prometendo “começar já amanhã a libertar Portugal da extrema-esquerda”, que disse ter “[reduzido] à sua insignificância”, Ventura destacou os resultados nos “bastiões comunistas do Sul”, em referência à vitória no Algarve e à eleição em Beja; e o terreno conquistado ao centro-direita no Centro e no Norte do país, particularizando os sete deputados eleitos no círculo do Porto.

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Costa faz mea culpa por eventual derrota do PS: “Aqui estou eu para assumir as responsabilidades”

Com os socialistas taco a taco com a AD, o primeiro-ministro admite que "é provável que hoje não se saiba o resultado". Contudo, assume já a responsabilidade pela possível perda do partido.

Com os votos no PS e na AD taco a taco, o primeiro-ministro, António Costa, assumiu, este domingo, que “muito provavelmente hoje não serão conhecidos os resultados destas eleições” legislativas. Mas, aproveitou, para fazer já mea culpa pelas perdas do PS, que ficou muito aquém das últimas legislativas. “Quando o PS perde, perdemos todos, mas se é preciso algum responsável, aqui estou eu para assumir as responsabilidades“, afirmou à entrada do hotel Altis, em Lisboa, a sede de campanha do PS.

Costa tinha dito que só iria ao quartel-general dos socialistas em caso de derrota para dar uma palavra de apoio a Pedro Nuno Santos. Diante de um cenário incerto que pode dar a vitória a PS ou AD, o ex-líder do PS decidiu ir pelo sim e pelo não. “Neste momento, os resultados quase finais são menos claros, mas, em termos de mandatos, há praticamente um empate entre PS e AD, uma proximidade muito grande”, indicou aos jornalistas, no lobby do hotel.

“A única certeza”, continuou, “é que, tendo em conta o volume de votos que chegarão nos próximos dias dos círculos da emigração, provavelmente não será hoje que vamos ter o resultado destas eleições, a não ser que nas votações, que ainda não conhecemos, das grandes freguesias de Lisboa e do Porto, a margem se torne tal que seja possível” determinar quem venceu.

Independentemente do resultado final, Costa reconheceu que “o PS teve uma descida muito significativa da sua votação”. Por isso, e porque “o PS ficou aquém do que desejaríamos”, o ex-líder do PS dá o corpo às balas: “Quando o PS perde, perdemos todos, mas se é preciso algum responsável, aqui estou eu para assumir as responsabilidades”.

“É manifesto que um grande número de eleitores que votou no PS, em mim, no nosso programa há dois anos, agora não votou”, assumiu, embora mantenha que é preciso esperar pelo resultado final.

Ainda assim, considera que os resultados da AD não estão a ser brilhantes. “A soma do PSD de Rui Rio com a do CDS, há dois anos, é mais ou menos aquilo que a AD teve”. Ou seja, “não se verificou uma grande subida da AD, que manteve a mesma ordem de grandeza”, assinalou.

Subida do Chega é voto de protesto ou estrutural?

E há “indiscutivelmente uma subida do Chega“, que preocupa o primeiro-ministro demissionário. “Sobre essa subida, é fundamental analisar o que tem de estrutural de mudança de fundo na sociedade portuguesa e o que possa ser um voto de protesto, “que resultou de um quadro conjuntural atípico, porque estas eleições ocorreram depois de dois anos de uma crise inflacionista como o país não vivia há 30 anos, que foi acompanhada por uma brutal subida das taxas de juro, muito dura para as famílias, onde procuramos responder mas que não foi suficiente para as necessidades das famílias e isso criou um mau estar geral”, justificou Costa.

Para além disso, acrescentou, “o facto de estas eleições terem ocorrido numa situação de sobressalto de dúvidas judiciais criou um caldo para o populismo”, admitiu, numa indireta à Operação Influencer, levada a cabo pelo Ministério Público, que o implicou em suspeitas de corrupção nos negócios ligados ao lítio, hidrogénio verde e centro de dados de Sines. Foi este processo que levou à demissão do primeiro-ministro e à consequente convocação destas eleições antecipadas pelo Presidente da República

“É preciso percebe a dimensão do voto em que houve um protesto e o que corresponde a uma mudança de fundo na sociedade portuguesa. Os partidos do centro democrático têm de refletir sobre este voto de protesto“, alertou.

Questionado se a indicação de que Marcelo Rebelo de Sousa iria recusar um Governo da AD sem Luís Montenegro e com o Chega, como foi noticiado pelo Expresso, poderá ter tido impacto no aumento dos votos do partido de André Ventura, Costa rejeitou mais uma vez comentar as mensagens de Belém: “Não comento nem as palavras, nem os silêncios, nem os passeios, nem o que dizem fontes de Belém que o próprio diz que é ele”.

Sobre se o PS deve ou não viabilizar um eventual Governo minoritário da AD, a decisão caberá a Pedro Nuno Santos: “Quem tem legitimidade para falar é o atual secretário-geral socialista, eu sou um mero militante”.

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Projeções das televisões dão abstenção entre 32% e 46,5%

  • ECO e Lusa
  • 10 Março 2024

A única certeza que se tem neste momento é que a taxa de abstenção ficará abaixo dos níveis registados nas últimas eleições legislativas, em 2022. Vejo aqui o gráfico preparado pelo ECO.

As projeções das televisões para a abstenção nas eleições legislativas de hoje indicam que deverá situar-se entre os 32% e os 46,5%. A RTP avançou às 19h00 uma previsão de abstenção de 32% a 38%, a SIC com 35,5% a 40,5% e a CNN entre os 40,5% e os 46,5%.

Nas legislativas anteriores, em 30 de janeiro de 2022, a taxa de abstenção situou-se nos 48,54%, tendo-se verificado uma descida em relação às legislativas de 2019, nas quais a taxa de abstenção atingiu o número recorde de 51,43%.

Se as projeções da Universidade Católica para a RTP à boca das urnas se confirmarem, a abstenção poderá mesmo ficar abaixo da barreira dos 40% pela primeira vez desde as eleições legislativas de 2005. Veja aqui o gráfico preparado pelo ECO com os dados da abstenção desde 1975:

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Segundo dados divulgados pelo Ministério da Administração Interna (MAI), até às 16h00 votaram 51,96% dos eleitores, uma percentagem superior à das últimas legislativas, realizadas em 30 de janeiro de 2022, quando a afluência média às urnas à mesma hora se estimava em 45,66%.

À chegada da sede da noite eleitoral do PS no Hotel Altis, Pedro Nuno Santos foi questionado sobre a elevada afluência e reconheceu que “é uma base importante”, acrescentando que “é um dia muito feliz para a democracia portuguesa”.

Francisco Louçã considerou “um bom indício” que as pessoas tenham votado com uma maior afluência às urnas, permitindo uma franca redução da abstenção face às legislativas de 2022. “É bom para a democracia”, disse o antigo líder do Bloco de Esquerda em declarações transmitidas pelas televisões. “A decisão de pessoas que se tinham vindo a abster votarem é um excelente sinal. É assim que deve ser”, acrescentou.

O Chega espera que os resultados da abstenção ainda melhorem. “Estamos satisfeitos com a adesão às urnas. Uma taxa de abstenção de 35% a 40% é uma das melhores nos últimos 20 anos”, disse Rui Paulo Sousa, do Chega. Na sede de campanha, em reação aos resultados das sondagens à boca das urnas relativamente à abstenção, o responsável disse esperar que o número ainda melhore tendo em conta que se trata de uma projeção. “Os portugueses decidiram que era seu dever votar e dar uma resposta aos acontecimentos”, acrescentou.

As mesas de voto para as eleições legislativas abriram hoje às 08:00 em Portugal Continental e na Madeira e encerraram às 19:00. Nos Açores, fecham uma hora mais tarde (20h00 em Portugal continental) Segundo a Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna (SGMAI), estavam inscritos para votar 10.819.122 eleitores.

No total, serão eleitos 230 deputados, em 22 círculos eleitorais — 18 dos quais em Portugal continental e os restantes nos Açores, na Madeira, na Europa e fora da Europa. Concorreram a estas legislativas antecipadas 18 forças políticas, menos três do que nas eleições de 2019 e 2022.

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ADN. Que partido é este que terá sido confundido com a AD?

O ADN era o antigo Partido Democrático Republicano, mas mudou de nome para evitar confusões com partidos como o PNR. Mas o mal-entendido repetiu-se com a AD.

O que era referenciado ao longo da campanha como uma possibilidade absurda pode ter-se tornado realidade: ao longo da votação deste domingo, começaram a surgir casos de pessoas que votaram no ADN – Alternativa Democrática Nacional, quando queriam votar na AD – Aliança Democrática, coligação que junta PSD, CDS e PPM. As sondagens à boca das urnas indicam que o ADN pode ter até 3% dos votos e os resultados oficiais mostram que o partido já multiplicou por oito a votação face a 2022 e tem 80 mil votos. Afinal, que partido é este?

O partido nasceu em 2014 com o nome Partido Democrático Republicano, pela mão do advogado António Marinho e Pinto, antigo eurodeputado pelo Partido da Terra (MPT). Tanto nas eleições legislativas de 2015 como de 2019 não elegeu nenhum deputado.

Em 2020, Bruno Fialho assumiu a presidência do partido e foi em 2021 que surgiu a decisão de mudar para a atual designação, com o aval do Tribunal Constitucional. E já na altura, a confusão com o nome de outros partidos era um problema. Como disse Fialho em entrevista ao Novo, tal “era problemático”. “Tivemos algumas situações em que simpatizantes nos enviavam mensagens a dizer que tinham acabado de votar em nós e a fotografia que enviavam era do PNR, porque os nomes confundem-se”, disse. Em 2022, o partido teve apenas 0,20% dos votos nas legislativas: foram 10.911 votos.

Agora, a confusão é com outra coligação, a AD. A coligação não é nova, sendo que este nome foi utilizado algumas vezes ao longo da história. Mais recentemente, tinha sido usada nas legislativas de 2022, mas apenas no círculo dos Açores.

Boletim de voto do círculo eleitoral de Lisboa

Esta possibilidade de mal-entendido foi identificada durante a campanha, quando foram impressos os boletins de voto e também com o crescimento do ADN nas sondagens. Luís Montenegro chegou a pronunciar-se sobre o assunto, apontando: “O ADN não tem nada a ver connosco. A AD são três partidos, PSD, CDS-PP e PPM. O voto da esperança e da energia positiva é o da AD”. A AD lançou também uma campanha nas redes sociais para evitar confusões.

No dia das eleições, no entanto, começaram a surgir queixas de que eleitores se teriam enganado e votaram ADN em vez de AD. A AD apelou por isso à intervenção da Comissão Nacional de Eleições (CNE) devido à semelhança com ADN nos boletins de voto, mas a CNE escusou-se a discutir os eventuais problemas associados aos boletins de voto com semelhanças entre as denominações dos partidos AD e ADN, proibindo referências a partidos e coligações. Já o ADN apresentou uma queixa à CNE contra AD por interferência eleitoral.

Os resultados apurados até agora pela Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna revelam que o ADN já obteve 82.393 votos, oito vezes mais do que em 2022.

Segundo a página do ADN, o manifesto do partido defende que “fruto da necessidade do partido se afirmar como uma verdadeira alternativa, sem qualquer preconceito ideológico, abraçando as opções políticas e/ou ideológicas que, a cada momento, forem as melhores para o país e para os portugueses, o ADN recusa todas as velhas dicotomias que têm servido apenas para dividir os portugueses”.

Não se identificam assim na linha esquerda/direita: “o ADN não pode ser catalogado de acordo com a velha dicotomia esquerda/direita, pois é um partido que defende o primado da ética no exercício da atividade política e tem na sua matriz ideológica e constitutiva os valores universais do Humanismo, da liberdade, da justiça e da solidariedade”.

“A principal mudança que pretendemos consiste em introduzir uma forte componente de cidadania na atividade política“, enunciam no programa político.

Neste programa, o ADN reitera também que “recusa o falso cientismo, que tem levado os partidos instalados a executar programas e políticas nefastas ao interesse nacional” e defendem que “por motivos de soberania nacional, os setores estratégicos nacionais devem ser controlados pelo Estado ou pelo menos haver uma forma de garantir a independência do país em caso de confronto militar ou económico com quem detém as empresas desses setores, possibilitando a revisão de todos os processos, regras e contratos relacionados com as privatizações de empresas de setores estratégicos ou parcerias público-privadas”.

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AD consegue mais deputados que PS. Fica a faltar voto dos emigrantes

Aliança Democrática tem mais deputados que PS, mas resultado ficou renhido. Chega mais do que triplica votação face a 2022 e CDS regressa oficialmente ao Parlamento.

As sondagens à boca das urnas apontavam todas para a vitória da Aliança Democrática, mas com pouca distância do PS. Os resultados apurados mostram que o PS seguia nos calcanhares da AD, mas a coligação que juntou PSD, CDS e PPM obteve mais deputados (com a Madeira), ainda que falte o voto dos emigrantes. O Chega consolidou-se enquanto terceira força política e mais do que triplicou as votações face a 2022.

Com todas as freguesias apuradas, a AD, contando os votos da Madeira onde PSD e CDS foram coligados sem o PPM, recolheu 1.810.871 votos (29,49%), obtendo 79 deputados. Já o PS recolheu 1.759.937 votos (28,66%) elegendo um total de 77 deputados. O Chega, por sua vez, tem 18,06% dos votos e 48 deputados, segundo os resultados da Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna.

A Iniciativa Liberal e o Bloco mantiveram o mesmo número de deputados: oito e cinco, respetivamente. O CDS já voltou oficialmente ao Parlamento, sendo que Nuno Melo foi eleito pelo Porto, e a CDU conseguiu manter um grupo parlamentar na Assembleia — ainda que com quatro deputados, menos dois face a 2022 — enquanto o Livre passou de um para quatro deputados.

Já o PAN manteve a deputada única Inês Sousa Real. O ADN, partido cuja sigla terá criado confusão com a AD, obteve cerca de 100 mil votos (o que compara com uma votação de 10 mil votos em 2022), pelo que já terá direito à subvenção pública, mesmo que não eleja nenhum deputado.

Legislativas 2025
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    Ficam a faltar os votos do estrangeiro, que compõem dois círculos eleitorais: Europa e fora da Europa, que elegem dois deputados cada. Apesar da diferença entre o PS e a AD ser menor do que quatro, os líderes já anteveem que o resultado não vai mudar.

    A projeção SIC/ICS-ISCTE dava a AD com 27,6% a 31,8%, o PS com 24 a 28% e o Chega com 16% a 20%. Já a Iniciativa Liberal terá 4% a 7%, segundo esta sondagem, enquanto o BE recolhe 3% a 6% dos votos e o Livre 2% a 4%. Já a CDU estão com projeções entre 1% e 4% e o PAN pode ter de 0,5% a 3%. Tal corresponde a 77 a 89 deputados para a AD, 68 a 80 deputados para o PS e 44 a 54 deputados para o Chega.

    a sondagem CNN/TVI/Pitagórica apontava para vitória da AD, com 28% a 33% e 79 a 91 deputados, enquanto o PS terá 24,5% a 29,5% e 63 a 75 deputados. Já o Chega projeta-se que terá 16,6% a 21,6% dos votos, o que corresponde a 35 a 47 deputados. A IL, por sua vez, obtém 3,3% a 6,3% dos votos, com 9 a 15 deputados, enquanto o Livre terá entre 2,2% e 5,2%, com 6 a 12 deputados. O BE pode ter 3% a 6% dos votos, com 3 a 7 deputados, à frente da CDU, que terá entre 2,3% a 5,3% dos votos, com 1 a 5 deputados. Para o PAN projeta-se que terá entre 0,8% a 2,8%, com 1 a 3 deputados.

    Nas projeções da RTP/Católica, a AD tinha 33%-29% das intenções de voto, enquanto o PS surgia com 29%-25% dos votos. Já o Chega obtém 17% a 14% dos votos e a Iniciativa Liberal de 7% a 5%.

    Quanto à sondagem da CMTV/Intercampus, a AD conseguia 27,2% a 33,2% dos votos, correspondendo a 77 a 89 deputados. Já o PS terá entre 23,8% a 29,8%, com 67 a 79 deputados. O Chega projeta-se ter entre 15,6% a 20,6%, o que permitiria ter 42 a 52 deputados, enquanto a IL tem 3,3% a 7,3% dos votos e 6 a 12 deputados.

    Nestas projeções, o BE terá 2,7% a 6,7% dos votos, conseguindo 4 a 10 deputados, o Livre: 2,1% a 6,1% com 4 a 8 deputados e a CDU 1,2% a 5,2%, com 1 a 5 deputados. Já o PAN obtém entre 0,5% a 3,5% dos votos, com 0 a 4 mandatos. E o ADN poderá ter entre até 2,9% dos votos, podendo obter um mandato.

    Em todas as sondagens, a margem mínima da AD coincidia com a margem máxima do PS. O Livre encontrava-se à frente da CDU em todas as projeções — mas acabaram com o mesmo número de deputados.

    Recorde-se que nas eleições legislativas de 2022 o PS conseguiu ter maioria absoluta com 41,37% dos votos, conseguindo 120 deputados. Já o PSD teve 27,67% dos votos e 72 deputados e o Chega obteve 7,18% dos votos e 12 mandatos.

    Quanto à abstenção, as sondagens à boca das urnas indicavam que deverá ficar entre 32% e 46,5%. A RTP/Católica apontava para 32%-38%, a SIC/ICS-ISCTE para 35,5%-40,5% e a TVI/Pitagórica para 40,5%-46,5%. A abstenção reduziu-se, sendo que a participação às 16.00 horas já era maior do que o total de 2022.

    (Notícia atualizada à 1h55)

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    CNE alerta para a proibição de menção de partidos e coligações no dia de hoje

    • Lusa
    • 10 Março 2024

    Após escusa-se a discutir os eventuais problemas associados aos boletins de voto com semelhanças entre das denominações dos partidos AD e ADN.

    A Comissão Nacional de Eleições (CNE) afirmou hoje que os nomes dos partidos e coligações não devem ser abordados nem discutidos em dia de eleições, “sob pena de tal questão poder consagrar uma violação da lei eleitoral”.

    “As denominações, siglas e símbolos dos partidos e coligações que constam dos boletins de voto são, como legalmente têm que ser, as que se encontram no registo do Tribunal Constitucional. O tema não deve ser abordado nem discutido em dia de eleições, sob pena de tal questão poder consagrar uma violação da lei eleitoral”, disse a CNE em comunicado.

    Esta posição surge após reunião plenária do órgão superior da administração eleitoral, na sequência de um pedido da Aliança Democrática (AD) relacionado com a semelhança de nomes no boletim de voto com o partido Alternativa Democrática Nacional (ADN).

    A AD pediu que a CNE promova o “voto esclarecido” e ADN levantou depois uma queixa contra a AD junto da CNE, criticando a publicidade através dos meios de comunicação “com a desculpa” de enganos entre ADN e AD.

    Neste âmbito, a CNE determinou que “os órgãos de comunicação social cessem qualquer referência a quaisquer candidaturas ou partidos políticos a respeito deste tema”.

    O órgão superior da administração eleitoral esclareceu ainda que o voto depois de depositado na urna não pode ser repetido.

    As mesas de voto abriram hoje às 8 horas em Portugal continental e na Madeira, encerrando às 19 horas enquanto nos Açores abrem e fecham uma hora mais tarde em relação à hora de Lisboa, devido à diferença horária.

    Segundo dados divulgados pelo Ministério da Administração Interna (MAI), cerca de 51,96% dos 10,8 milhões de eleitores inscritos nas eleições legislativas de hoje tinham votado até às 16 horas. Nas últimas legislativas, realizadas em 30 de janeiro de 2022, a afluência média às urnas à mesma hora era de 45,66%.

    De acordo com a Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna (SGMAI), podem votar 10,8 milhões de eleitores. No total, serão eleitos 230 deputados, em 22 círculos eleitorais — 18 dos quais em Portugal continental e os restantes nos Açores, na Madeira, na Europa e fora da Europa –, num ato eleitoral que terá um custo a rondar os 24 milhões de euros.

    Concorrem a estas eleições legislativas antecipadas 18 forças políticas, menos três do que nas eleições de 2019 e 2022.

    A Nova Direita é o único partido estreante neste ato eleitoral, juntando-se a PS, Aliança Democrática (PSD/CDS/PPM), Chega, IL, BE, CDU (PCP/PEV), PAN, Livre, Nós, Cidadãos!, Alternativa 21 (MPT/Aliança), ADN, PTP, RIR, JPP, Ergue-te, Volt Portugal e PCTP/MRPP.

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    Afluência às urnas até às 16h era de 51,96%. A maior desde pelo menos as eleições de 2009

    Até às 16h votaram mais de 5,6 milhões de eleitores. Trata-se de um aumento de 13,8% face aos números das eleições legislativas de 2022 e já é certo que a taxa de abstenção será inferior.

    Os eleitores continuam a acorrer às assembleias de voto com grande afluência. Até às 16 horas deste domingo tinham votado 51,96% dos 10.819.122 eleitores inscritos, segundo dados divulgados pelo Ministério da Administração Interna (MAI) recolhidos nas cerca de 13 mil mesas de votos disponíveis por todo o país.

    Os números agora revelados pela Comissão Nacional de Eleições (CNE) traduzem-se em 5,6 milhões de eleitores que expressaram a sua vontade política ao longo das primeiras 8 horas de votação, 13,8% mais eleitores do que nas últimas eleições legislativas realizadas a 30 janeiro de 2022 que, na altura, também até às 16 horas, apresentava uma taxa de afluência de 45,66%.

    “Há um aumento de participação às 16 horas [face às eleições de 2022 no mesmo período)]. É um indicador de que há maior participação”, refere Fernando Anastácio, porta-voz da Comissão Nacional de Eleições.

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    Além disso, Fernando Anastácio ressalva que “o número já nos permite concluir que, provavelmente, até às 19 horas esta fotografia não será muito alterada. Isso é bom. É sinal que houve uma maior participação dos cidadãos e é isso que, no fundo, se quer de umas eleições.”

    Recorde-se que nas eleições legislativas de 2022 a taxa de abstenção final foi 48,54%. Considerando que a taxa de afluência até às 16 horas de hoje é 6,3 pontos percentuais superior à taxa de afluência até à mesma hora nas eleições de 2022 “e que ainda temos três horas de voto, dá um indicador seguro que a participação neste ato eleitoral será maior e a abstenção será menor”, refere Fernando Anastácio.

    Aliás, já é certo concluir que a taxa de abstenção destas eleições ficará abaixo da taxa de abstenção das eleições legislativas de 2022. Com uma taxa de afluência de 51,96% até às 16 horas, significa que se mais ninguém tivesse colocado votos nas urnas daí em diante, a taxa de abstenção seria de 48,04%.

    Com base numa taxa de afluência de 25,21% até ao meio-dia, significa que entre as 12 horas e as 16 horas foram contabilizados cerca de 2,9 milhões votos. Em 2022, neste período quatro horas tinham sido contabilizados cerca de 2,4 milhões de votos.

    Concorrem pelo voto dos portugueses 3.600 candidatos de duas dezenas de partidos ou coligações, com o intuito de ocuparem um dos 230 lugares disponíveis do Parlamento. Os dois maiores círculos eleitorais (Lisboa e Porto) são responsáveis por eleger 88 deputados (48 Lisboa e 40 Porto), 38% dos 230 deputados.

    As assembleias de voto para as eleições legislativas abriram às 8 horas deste domingo em Portugal Continental e na Madeira, e encerrarão às 19 horas. Após essa hora só podem votar os eleitores que se encontrem na assembleia de voto. Nos Açores, as mesas de voto abriram e vão encerrar uma hora depois em relação à hora de Lisboa, devido à diferença horária.

    Segundo a Comissão Nacional de Eleições estão registados 10.819.122 eleitores para votar nestas 18.ª eleições legislativas que se realizam desde 1975, menos 1.215 do que nas anteriores legislativas.

    Cerca de 32,5% dos eleitores estão registados em Lisboa e no Porto, que em conjunto agregam mais de 3,5 milhões de pessoas. No canto oposto está Portalegre com pouco mais de 93 mil eleitores registados.

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    “Estou convencido de que a abstenção vai diminuir”, vaticina Ramalho Eanes

    • ECO
    • 10 Março 2024

    O ex-Presidente da República acredita que a taxa de abstenção voltará a cair, mas lamenta que a campanha eleitoral não tenha tratado a questões internacionais.

    Antes de exercer o direito de voto em Lisboa, Ramalho Eanes falou com os jornalistas, em que mostrou estar preocupado com os níveis de abstenção, mas vaticinou que “estou convencido de que a abstenção vai diminuir.”

    O ex-Presidente da República referiu que o “25 de Abril deu a liberdade aos portugueses de maneira definitiva” para votar e expressar as suas opiniões políticas, mas acima de tudo tem “o Estado de direito democrático.”

    Ramalho Eanes referiu ainda que, “contrariamente aquilo que tenho ouvido dizer, os indecisos representam um bom sinal. É sinal de que os portugueses não vão votar de maneira clubística”, mas “vão votar depois de pensarem, de meditarem, de refletirem” e que, por isso, também “acredito nos portugueses e acredito até na ciência política dos portugueses.”

    Sobre a campanha eleitoral, Ramalho Eanes destaca que teve “pena que não tenha tratado a questões internacionais, os perigos que daí advêm para o país.” Questionado sobre porque não participou na campanha, o 16.º Presidente da República e o primeiro democraticamente eleito após a Revolução de 25 de Abril de 1974 revelou que não o fez porque “considerei que a minha participação não ia melhorar em nada. Só ia produzir ruído.”

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    ADN apresenta queixa à CNE contra AD por interferência eleitoral

    • Lusa
    • 10 Março 2024

    O partido ADN acusa a Aliança Democrática de fazer publicidade através dos meios de comunicação “com a desculpa” de enganos entre ADN e AD.

    O partido Alternativa Democrática Nacional (ADN) apresentou hoje uma queixa à Comissão Nacional de Eleições (CNE) contra a Aliança Democrática (AD), criticando a publicidade através dos meios de comunicação “com a desculpa” de enganos entre ADN e AD.

    “A campanha eleitoral serviu para clarificar essas situações, pelo que, usar este subterfúgio ridículo apenas para tentar cativar eleitores a irem votar na AD e denegrir o ADN é inaceitável”, afirmou o partido ADN, em comunicado, acusando a AD de interferência eleitoral.

    Neste âmbito, o ADN enviou uma queixa à CNE “devido à publicidade que está a ser feita no voto na AD, através dos meios de comunicação, com a desculpa de que estão a existir enganos entre ADN e AD”.

    Questionado sobre queixas e pedidos de repetição do voto, o porta-voz da CNE afirmou que “são muito pontuais”, indicando que as situações de que tem conhecimento chegaram, “essencialmente, por reporte de órgão de comunicação social, sem uma aferição”.

    Em causa está o apelo feito hoje pela AD, coligação que junta PSD, CDS e PPM, para que a CNE promova o “voto esclarecido” devido à semelhança de nomes nos boletins, o que tem motivado pedidos de repetição do ato eleitoral.

    Em declarações à agência Lusa, o porta-voz da CNE, Fernando Anastácio, disse que a situação reportada pela AD, coligação que junta PSD, CDS e PPM, vai ser analisada “daqui a pouco”, sem adiantar mais detalhes: “Em conformidade com a lei eleitoral e com a situação em concreto, iremos obviamente tomar uma posição”, garantiu.

    Num comunicado dirigido à CNE, a direção de campanha nacional da AD alertou que tem recebido “inúmeros relatos” de pedidos de repetição do voto. O diretor de campanha nacional da AD, Pedro Esteves, adiantou à Lusa que se registam “muitos relatos em muitas secções de pessoas que se confundem entre dois partidos, neste caso é o ADN e a AD, e pedem para corrigir votos”.

    Além disso, há cartazes que estão a circular nas redes sociais, tendo como fundo o símbolo do ADN e com a presença dos três líderes partidários da AD.

    O pedido da AD é para que a CNE, órgão superior da administração eleitoral, apele à atenção dos cidadãos eleitores antes de votarem para que seja um “voto consciente”, indicou Pedro Esteves.

    Questionado sobre queixas e pedidos de repetição do voto, o porta-voz da CNE afirmou que “são muito pontuais”, indicando que as situações de que tem conhecimento chegaram, “essencialmente, por reporte de órgão de comunicação social, sem uma aferição”.

    “A repetição do voto é possível se a pessoa se enganou. O boletim é anulado, dão-lhe outro e ela vota com deve ser”, indicou Fernando Anastácio, advertindo que tal é possível desde que não tenha colocado o primeiro boletim – aquele em que se enganou – dentro da urna.

    A CNE também tem reporte da situação dos cartazes com o fundo do ADN e os líderes da AD, que será vista em conjunto com o tema dos boletins de voto, apontou o porta-voz.

    As mesas de voto abriram hoje às 08:00 em Portugal continental e na Madeira, encerrando às 19:00, enquanto nos Açores abrem e fecham uma hora mais tarde em relação à hora de Lisboa, devido à diferença horária.

    Segundo dados divulgados pelo Ministério da Administração Interna (MAI), cerca de 25,21% dos 10,8 milhões de eleitores inscritos nas eleições legislativas de hoje tinham votado até às 12:00. Nas últimas legislativas, realizadas em 30 de janeiro de 2022, a afluência média às urnas à mesma hora era de 23,27%.

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