Presidente cabo-verdiano visitou família de Odair Moniz

  • Lusa
  • 25 Novembro 2024

José Maria Neves quis "expressar, de viva voz, profundo pesar e apoio neste momento difícil" e inteirar-se "da situação da família enlutada, a viúva Mónica Moniz, os dois filhos".

O Presidente de Cabo Verde visitou esta segunda-feira, no Zambujal, Amadora, a família de Odair Moniz, cabo-verdiano de 43 anos baleado mortalmente, há um mês, por um agente da PSP, na Cova da Moura. “A iniciar a sua missão a Portugal, o Presidente da República, José Maria Neves, deslocou-se ao Zambujal, à casa de Odair Moniz”, indicou a equipa da presidência numa publicação, na Internet, exprimindo pesar pela vítima cabo-verdiana e solidariedade com a família.

Neves quis “expressar, de viva voz, profundo pesar e apoio neste momento difícil” e inteirar-se “da situação da família enlutada, a viúva Mónica Moniz, os dois filhos, de 20 e de três anos de idade, bem como Sílvia Silva, irmã da viúva”. Sem registos fotográficos dentro da casa, José Maria Neves foi acompanhado pela secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação de Cabo Verde, Miryan Vieira, e pelo embaixador cabo-verdiano em Portugal, Eurico Correia Monteiro.

Já na altura, dois dias após a morte, o chefe de Estado tinha expressado “solidariedade” para com a família, considerando “lamentável a forma trágica” da morte e entendendo “o sentimento de revolta e indignação que reina no seio da comunidade cabo-verdiana”. Todavia, o chefe de Estado apelou à “calma e serenidade”, confiando “nas autoridades do país”, lembrando que o Ministério da Administração Interna de Portugal determinou a abertura de um inquérito “com caráter de urgência” para apurar os factos relacionados com a morte de Odair Moniz.

Odair Moniz, morador no bairro do Zambujal, na Amadora, foi baleado mortalmente por um agente da PSP na Cova da Moura, no mesmo concelho, a 21 de outubro. O caso desencadeou incidentes em várias comunidades da Área Metropolitana de Lisboa, com autocarros, automóveis, motos e caixotes do lixo incendiados, dos quais resultaram duas dezenas de detidos e pelo menos seis pessoas feridas, umas das quais grave (o motorista de um autocarro).

De acordo com a versão oficial da PSP, Odair ter-se-á posto “em fuga” de carro depois de ver uma viatura policial e despistou-se na Cova da Moura, onde, ao ser abordado pelos agentes, “terá resistido à detenção e tentado agredi-los com recurso a arma branca”. A associação SOS Racismo e o movimento Vida Justa contestaram a versão policial e exigiram uma investigação “séria e isenta” para apurar responsabilidades, considerando que está em causa “uma cultura de impunidade” nas polícias.

As autoridades desencadearam inquéritos, mas ainda não são conhecidas conclusões. Segundo disse à Lusa o advogado do agente que baleou Odair Moniz, este permanece de baixa médica, aguardando ser chamado para prestar declarações no âmbito dos processos disciplinares a que foi sujeito.

O agente prestou declarações à Polícia Judiciária “logo a seguir aos factos”, na madrugada de 21 de outubro, mas ainda não o fez perante o Ministério Público, de acordo com a mesma fonte. A família de Odair Moniz lançou entretanto uma campanha de angariação de fundos (disponível online, no endereço https://www.gofundme.com/f/justica-por-odair-moniz), que já recolheu mais de 29 mil euros.

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Comissão Europeia diz ter exposição de 313 milhões de dólares a empréstimos à Northvolt

  • Lusa
  • 25 Novembro 2024

A porta-voz explicou que Bruxelas dá garantias a vários empréstimos resultando cada uma numa exposição pela Comissão, coberta pelo orçamento da União Europeia.

A Comissão Europeia disse, esta segunda-feira, ter uma exposição à empresa sueca de células para baterias de veículos elétricos Northvolt no valor de 313 milhões de dólares (297 milhões de euros), através de empréstimos do Banco Europeu de Investimento (BEI).

O executivo comunitário garantiu “vários empréstimos do Banco Europeu de Investimento (BEI) à fábrica de baterias da Northvolt”, num valor de 313 milhões de dólares (297 milhões de euros ao câmbio de hoje) do Fundo Europeu para Investimentos Estratégicos, referiu a porta-voz para os assuntos Económicos e Financeiros, Veerle Nuyts, na conferência de imprensa diária.

A porta-voz explicou que Bruxelas dá garantias a vários empréstimos resultando cada uma numa exposição pela Comissão, coberta pelo orçamento da União Europeia.

A Northvolt, parceira da Galp para a refinaria de lítio em Setúbal, anunciou em 22 de novembro ter apresentado um pedido de proteção contra a falência nos Estados Unidos da América, referindo que é mantida a fábrica da Suécia a operar.

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Grupo Esseco notifica Autoridade da Concorrência sobre intenção de comprar Ercros

  • Lusa
  • 25 Novembro 2024

Os italianos da Esseco, que lançaram uma oferta concorrente à da Bondalti sobre a espanhola Ercros, também receberam luz verde do Governo de Sánchez à operação.

O grupo Esseco, uma multinacional italiana da área química e de alimentação animal, notificou a Autoridade da Concorrência (AdC) da intenção de avançar com a aquisição da espanhola Ercros, cuja compra está a disputar com a portuguesa Bondalti.

“A operação de concentração consiste na aquisição, pela Esseco Industrial S.p.A., do controlo exclusivo sobre a Ercros, S.A.”, lê-se numa nota enviada à Autoridade da Concorrência, que detalhou ainda que o regulador recebeu, em 19 de novembro de 2024, a notificação prévia desta operação de concentração de empresas, depois de a empresa italiana também ter recebido luz verde do Governo espanhol à operação.

De acordo com a AdC, a Esseco é “uma subsidiária do Grupo Esseco S.p.A., um grupo industrial multinacional sediado em Itália, com três unidades de negócio principais”.

A empresa conta assim com a “divisão industrial, especializada na produção de cloro-álcali e de sais inorgânicos provenientes de enxofre, sódio, potássio e amoníaco”, a “divisão de enologia, especializada no desenvolvimento, fabrico e distribuição de produtos químicos e biotecnologias para a indústria vinícola, incluindo metabissulfitos de potássio e poliaspartato de potássio”, e “a divisão de alimentação animal, especializada na produção de aditivos para alimentação animal”.

Por sua vez, a Ercros tem “sede em Espanha, com atividade centrada no fabrico e comercialização de produtos para as indústrias química, farmacêutica, veterinária, agroquímica e alimentar”.

Segundo a AdC, a Ercros está organizada em três áreas principais de atividade”: a “divisão de derivados de cloro”, a de “produtos químicos intermédios” e a de “produtos farmacêuticos”.

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Negócios com impacto na economia azul em disputa em Matosinhos

O grande vencedor do BluAct ganha 5.000 euros, enquanto o projeto com maior impacto na indústria conserveira é premiado com 2.500 euros.

Um sistema de gestão de inventário através de inteligência artificial (IA), um drone autónomo que deteta lixo flutuante, ou uma solução para a gestão do impacto climático de empresas. Estas são algumas das ideias de negócio que disputam, nesta terça-feira, na câmara de Matosinhos, a grande final do BluAct 2024, o programa de apoio ao crescimento de startups na área da economia azul.

Os candidatos têm agora a oportunidade de apresentarem as suas ideias aos jurados, depois das sessões de mentoria para apoio ao desenvolvimento do modelo de negócio e preparação da apresentação pública dos projetos.

O grande vencedor do BluAct ganha um prémio pecuniário de 5.000 euros, oferecido pela Indaqua Matosinhos, assim como a participação gratuita na próxima edição da Escola de Startups da UPTEC – Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto. Já os três primeiros classificados têm acesso a incubação gratuita na UPTEC Mar durante um ano. A Conservas Portugal Norte atribui ainda 2.500 euros para o projeto com maior impacto na indústria conserveira.

Entre as ideias a concurso constam ainda uma plataforma que otimiza a gestão sustentável de destinos turísticos e um sistema de monitorização e intervenção em espécies marinhas que utiliza IA para analisar comportamentos e condições ambientais. Acresce uma solução de reutilização dos resíduos do fabrico de pranchas de surf e a utilização de macroalgas na agricultura biológica.

O BluAct é uma iniciativa da autarquia de Matosinhos, sob liderança da socialista Luísa Salgueiro, em parceria com a UPTEC, Indaqua e Conservas Portugal Norte.

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Negociações finais do Tratado Global dos Plásticos decorrem esta semana

  • ECO
  • 25 Novembro 2024

Negociações finais do Tratado Global dos Plásticos começa esta segunda-feira e vai até domingo. O tratado junta delegações de 175 países para combater a poluição proveniente dos plásticos.

A quinta sessão de negociações intergovernamentais para o Tratado Global dos Plásticos começou esta segunda-feira, e decorrerá até dia 1 de dezembro, em Busan, na Coreia do Sul, com a presença de delegados de 175 países. O tratado visa chegar a um acordo acerca de um instrumento global para abordar a poluição causada pelo plástico.

“O nosso trabalho em Busan esta semana é claro: concordar um tratado que nos põe no caminho para entregar um futuro livre da poluição do plástico de uma vez por todas“, refere Inger Andersen, diretora executiva do Programa das Nações Unidas para o Ambiente (PNUA), citada num comunicado divulgado aos jornalistas.

A Comissão da União Europeia está a participar nas negociações finais do tratado e propõe requisitos para resolver os níveis da produção primária dos polímeros de plástico e para melhorar a circularidade dos plásticos na indústria, segundo comunicado divulgado pela União Europeia. O bloco comunitário defende também que o tratado deve incluir regras sobre a eliminação de químicos prejudiciais nos plásticos, nomeadamente, proibições e eliminações progressivas desses produtos, como certos plásticos de utilização única. Outro requisito é a proibição de produtos que contêm microplásticos na sua composição.

A União Europeia, segundo o comunicado divulgado pelo bloco comunitário, defende também o “Princípio do Poluidor Pagador”, em que os maiores produtores suportam a sua parte na poluição do plástico através de responsabilidades financeiras.

Uma coligação de quase 70 países, como o Ruanda, a Noruega e o Reino Unido está a pressionar para um tratado de “grande ambição” para regular os químicos e eliminar gradualmente os plásticos de uso único, segundo relata a Bloomberg.

Países petrolíferos como a Arábia Saudita, o Irão, a Rússia, entre outros, argumentam que os plásticos são um material importante para o crescimento sustentável, uma vez que, por exemplo, são mais leves do que muitos substitutos e podem reduzir a utilização do combustível nos transportes, e que a poluição dos plásticos não resulta do material em si, mas da forma como é consumido e eliminado.

A produção de plástico vai aumentar 70% para 736 milhões de toneladas anualmente até 2040, referem os dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico.

De acordo com os dados do PNUA de 2021, citado pelo bloco comunitário, a produção mundial de plástico ascendia nesse ano cerca de 400 Mt anualmente, no entanto estima-se que 12% dos plásticos produzidos tenham sido incinerados e apenas 9% reciclados. Os dados estimam também que em 2021 houve 109 Mt plásticos acumulados nos rios e 30 Mt no oceano.

Segundo o “Global Plastics Outlook” de 2022, que prevê cenários de políticas acerca do tema até 2060, as fugas de plásticos para o ambiente estão previstas aumentar até 2060 para 44 milhões de toneladas (Mt) por ano. Segundo o estudo, as emissões de gás efeito estufa provenientes do ciclo de vida dos plásticos vão duplicar de 1,8 gigatoneladas de dióxido de carbono equivalente (Gt CO2e) para 4,3 Gt CO2e.

Antes das negociações do tratado, mais de 127 países já tinham introduzido regras sobre os plásticos de utilização única, segundo PNUA.

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CMVM rejeita apreciar queixa da Azul contra a TAP. Companhia não está cotada

Regulador do mercado de capitais afirma que TAP já não é emitente de valores mobiliários, pelo que não está sujeita à sua supervisão.

A companhia aérea brasileira Azul enviou uma carta à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) a pedir a intervenção do regulador sobre o que considera ser o incumprimento da TAP em relação às garantias prestadas no empréstimo de 90 milhões de euros realizado em 2016. O regulador respondeu que a transportadora portuguesa já não está sujeita à sua supervisão.

“A CMVM não pode pronunciar-se sobre casos concretos. Informamos, contudo, que a TAP já não é emitente de valores mobiliários admitidos à negociação e, por isso, não está sujeita à supervisão da CMVM“, esclareceu o regulador ao ECO.

A TAP informou os investidores da emissão de dívida de 400 milhões de euros, concluída este mês, que considera “nulas” as garantias prestadas à Azul pelo empréstimo obrigacionista celebrado em 2016, na altura em que David Neeleman era presidente da companhia brasileira e, com Humberto Pedrosa, o maior acionista da transportadora portuguesa.

“O nosso conselho de administração entende que os direitos de garantia previstos no Contrato de Garantia Azul são nulos e sem efeito, com base num parecer jurídico que classifica as Obrigações Azul como equivalentes a um empréstimo acionista subordinado à TAP SGPS, com a consequência de que todas as garantias concedidas em relação às Obrigações Azul são nulas e sem efeito”, lê-se no prospeto da emissão da TAP.

Uma opinião que tem sido fortemente contestada pela Azul, que recorreu já ao agente fiduciário do contrato de subscrição das obrigações, a Bondholders, uma sociedade com sede em Valência, Espanha, de forma a dirimir o conflito, pedindo que seja decretado um “incumprimento pela TAP” que leve ao reembolso imediato da dívida que, incluindo juros, já soma cerca de 160 milhões de euros.

A transportadora aérea portuguesa procedeu em junho de 2023 ao reembolso de uma emissão de 200 milhões de euros, colocada junto de pequenos investidores e institucionais, que tinha sido admitida à cotação na Euronext Lisbon. Desde então, deixou de ter instrumentos financeiros cotados no mercado português, daí a resposta da CMVM.

Além da Azul, também a Parpública subscreveu, em 2016, as obrigações em causa, num montante de 30 milhões de euros.

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Crise na saúde? “Somos co-responsáveis desde o primeiro dia”, admite Luís Montenegro

Primeiro-ministro considera que o Governo "não teve estado de graça" desde a tomada de posse, rejeitando a noção de que tem atirado as culpas para o anterior Executivo, sobretudo com a crise na Saúde.

Luís Montenegro rejeita a noção de que o seu Governo teve direito a um “estado de graça” aquando da tomada de posse, argumentando os membros do Governo são “co-responsáveis desde o primeiro dia sob todas as áreas“, sobretudo na área da saúde.

“Não podemos dizer que tivemos grande estado de graça. O que posso dizer é que as expectativas eram muito baixas e há meio ano havia muitas intervenções [públicas] que diziam que o Governo não ia durar a legislatura toda. Estamos focados nas pessoas”, garantiu o primeiro-ministro, esta segunda-feira durante o CNN International Summit, em Lisboa.

Questionado sobre o que faria se fosse líder da oposição perante a atual crise na saúde, Luís Montenegro foi perentório ao defender que, nessa situação, iria apelar para que fossem apuradas “responsabilidades”, não só entre os profissionais do setor mas também, “eventualmente, responsabilizar politicamente quem fosse responsável por isso, se essa evidência se tornar clara”.

Mesmo não sendo atualmente o líder da oposição, o chefe de Governo mantém que as responsabilidades políticas devem assumidas, “a começar pelo próprio primeiro-ministro”, diz.

“Tenho de assumir responsabilidade sobre aquilo que fazem os membros do Governo e instituições que tutelamos”, explica, ainda que isso não signifique, necessariamente, uma demissão à semelhança do que tem vindo defender relativamente à ministra da Saúde, Ana Paula Martins. “Assumir responsabilidades é um conceito novo. Não são as demissões que resolvem os problemas”, defende, sublinhando que este Governo “não se tem desculpado com aquilo que aconteceu antes de” tomar posse.

A atual crise na saúde surge na sequência da morte de, pelo menos, 11 pessoas após atrasos no atendimento pelos Centros de Orientação de Doentes Urgentes do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM). O Ministério Público já abriu seis inquéritos para apurar as causas de morte.

Ana Paula Martins tem estado no centro da polémica, tendo sido exigida a sua demissão pelos partidos da oposição. No entanto, a governante diz que só assumirá responsabilidades aquando da conclusão dos inquéritos. Até lá, o mandato da ministra da Saúde deverá prosseguir como previsto.

“Não é por se demitir pessoas que a responsabilidade política ficou cabalmente assumida e no dia seguinte está tudo bem”, continua. “O ministro A demite-se, e no dia seguinte a situação está igual. Então esse ministro vai se demitir também? A responsabilidade política sobre o que decidimos tem de ser aferida e consoante a gravidade da responsabilidade terão de ser tomadas as decisões”, termina Montenegro.

Governo está “empenhado” em aumentar pensões. Mas não agora

Numa altura em que prossegue o debate e votação das propostas para o Orçamento do Estado para 2025 (OE 2025), Luís Montenegro diz-se confiante de que relativamente à proposta da baixa do IRC em um ponto percentual (de 21% para 20%) será viabilizada graças ao PS.

O principal partido da oposição tornou pública com clareza a decisão de viabilizar a descida de 1 p.p“, afirmou o primeiro-ministro, não tendo, porém, as mesmas certezas em relação às pensões, isto numa altura em que o PS colocou em cima da mesa uma proposta que visa um aumento permanente já em 2025, anulando um novo eventual suplemento extraordinário do Governo. A atribuição deste novo suplemento estaria, no entanto, dependente da execução orçamental.

“A filosofia do Governo é prudência e responsabilidade. Como ainda não tenho a certeza absoluta de como vão correr execuções orçamentais no meu mandato, embora tenha confiança, quero ser prudente”, explicou, referindo haver “fatores de incerteza” na Europa e no mundo que obrigam ao Executivo a agir com cautela.

“Não significa que [eu] seja contrário a uma valorização maior. Estamos empenhados em fazê-lo”, diz, recordando que o Governo, de forma complementar, aumentou o complemento solidário para os idosos e alargou a comparticipação dos medicamentos para as pensões com menores rendimentos.

“Ninguém deve estar excluído” das presidenciais por ser militar

O primeiro-ministro considerou que “ninguém deve estar excluído” das presidenciais pela condição militar e disse ainda não estar escolhido o próximo chefe do Estado-Maior da Armada (CEMA), sem nunca se referir ao nome de Gouveia e Melo.

Na fase final de uma entrevista de cerca de meia hora, o primeiro-ministro foi questionado se considera preocupante a possibilidade de voltar a ter um militar na Presidência da República, numa referência a notícias que dão conta de uma candidatura do atual CEMA, o almirante Henrique Gouveia e Melo.

Não, por si só, não me parece que seja essa a questão. A questão que se vai colocar ao povo português é escolher a melhor personalidade para cumprir as competências constitucionais que estão determinadas para o exercício da mais alta magistratura do Estado, que é a Presidência da República, e ninguém deve estar excluído por ter determinada condição ou incluído por ter uma outra condição diferente”, afirmou Montenegro.

O primeiro-ministro defendeu que quem concluir estar em condições de concorrer a Belém deve ter “um perfeito conhecimento da realidade política, da realidade económica, da realidade social do país, do seu contexto a nível europeu e internacional” e voltou a defender que o PSD deve aguardar por candidatos dentro do partido, como refere a moção de estratégia com que se recandidatou à liderança dos sociais-democratas.

Temos dentro dos nossos militantes várias personalidades que têm perfil, que têm conhecimento, que têm aquilo que é essencial para nos próximos anos exercer a função de Presidente da República. Estou absolutamente convencido disso hoje, se calhar até estou mais hoje do que estava na altura em que redigi a moção”, disse.

Notícia atualizada às 17h05

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TikTok e Polígrafo lançam campanha de literacia mediática em Portugal

  • Lusa
  • 25 Novembro 2024

A campanha inclui funcionalidades interativas e recursos dentro da rede social, desenhados para promover o consumo de informações precisas e incentivar uma abordagem crítica na avaliação de conteúdos.

O TikTok anunciou esta segunda-feira uma parceria com o Polígrafo para lançar uma campanha de literacia mediática em Portugal com o objetivo de combater a desinformação, “capacitando os utilizadores” da rede social de competências neste âmbito.

Em comunicado, a rede social adianta que esta campanha é desenvolvida “em parceria com o Polígrafo, uma das principais organizações de verificação de factos, certificada pela International Fact-Checking Network (IFCN) e pela European Fact-Checking Standards Network (EFCSN)”, e “reflete o compromisso do TikTok de combater a desinformação“.

Em suma, “a iniciativa de literacia mediática do TikTok visa capacitar os utilizadores a tomarem decisões bem informadas sobre o conteúdo que encontram“.

Esta campanha “inclui várias funcionalidades interativas e recursos dentro da plataforma, especificamente desenhados para promover o consumo de informações precisas e incentivar uma abordagem crítica na avaliação de conteúdos“, refere o TikTok.

Entre as várias ferramentas consta uma app de literacia digital na plataforma, “um ‘hub’ de informação dedicado que fornece aos utilizadores orientações para avaliar a credibilidade dos vídeos, com dicas para distinguir entre conteúdo factual e enganador” e uma “série de vídeos educativos pelo Polígrafo“.

Trata-se de cinco vídeos educativos “criados pelo Polígrafo que abordam competências essenciais para a literacia mediática, que incluem métodos de verificação de factos, identificação de narrativas que tendem a propagar informação falsa, análise das fontes de informação e manutenção da vigilância contra a desinformação”, detalha o TikTok.

Inclui ainda “alertas integrados de desinformação: quando os utilizadores pesquisarem temas frequentemente associados a desinformação, serão direcionados para conteúdos relevantes de literacia mediática, reforçando a abordagem proativa do TikTok de educar os utilizadores” e uma campanha promocional na plataforma.

Em fevereiro, o TikTok e o Polígrafo já tinham estabelecido uma parceria para combater a desinformação, em especial no que dizia respeito às eleições legislativas de 10 de março. O acordo tinha como objetivo colocar o Polígrafo a ajudar na remoção “de forma consistente e precisa a desinformação sobre as eleições”.

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Thyssenkrupp Steel Europe vai cortar 11.000 empregos até 2030

  • Lusa
  • 25 Novembro 2024

A empresa alemã prevê reduzir a sua capacidade de produção desde 11,5 milhões de toneladas de aço por ano para um intervalo entre 8,7 e nove milhões de toneladas.

A divisão de aço do conglomerado alemão Thyssenkrupp anunciou esta segunda-feira uma redução de 11.000 postos de trabalho até 2030 face a dificuldades crescentes ligados à concorrência do aço chinês e a custos demasiado elevados. Nesta divisão, que acumula perdas, cerca de 5.000 empregos vão ser eliminados, enquanto 6.000 vão ser atribuídos a entidades externas, indicou a empresa em comunicado.

O grupo industrial disse que quer reduzir os custos salariais em 10% em média nos próximos anos para os “adaptar a um nível competitivo” e afirmou que o seu objetivo “continua a ser evitar despedimentos”. O Thyssenkrupp Steel prevê reduzir a sua capacidade de produção desde 11,5 milhões de toneladas de aço por ano para um intervalo entre 8,7 e nove milhões de toneladas.

“Vamos adaptar-nos às novas condições de mercado através de ajustes de capacidade e reduções de custos específicos”, sublinhou o líder da Thyssenkrupp Steel Europe, Dennis Grimm, para quem é necessária uma “otimização e racionalização abrangente” da rede de produção e dos processos.

“Estamos conscientes de que este caminho vai exigir muito a muitas pessoas, até porque teremos de cortar um grande número de postos de trabalho nos próximos anos para sermos mais competitivos”, afirmou o responsável da empresa, cujo quadro de pessoal ronda os 27.000 efetivos.

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Scholz será mesmo o candidato do SPD nas eleições antecipadas na Alemanha

  • Lusa
  • 25 Novembro 2024

O atual chanceler foi escolhido por unanimidade como o candidato do Partido Social-Democrata da Alemanha (SPD) nas eleições legislativas antecipadas de 23 de fevereiro.

Olaf Scholz foi escolhido por unanimidade como o candidato primeiro-ministro do Partido Social-Democrata da Alemanha (SPD) nas eleições legislativas antecipadas de 23 de fevereiro, anunciou hoje o partido.

“Nomeámos hoje [segunda-feira] por unanimidade o nosso chanceler, Olaf Scholz, como candidato a chanceler nas próximas eleições legislativas”, declarou copresidente do SPD, Saskia Esken, na sede do partido em Berlim, citada pela agência espanhola Efe. A decisão da direção do partido irá ser validada num congresso a realizar em janeiro.

Scholz, 66 anos, que se declarou praticamente candidato após o fim da coligação com os Verdes e os Liberais, a 6 de novembro, teve de enfrentar uma revolta no SPD, com manifestações de apoio ao ministro da Defesa, Boris Pistorius.

O SPD tenciona agora manter-se unido em torno de Scholz, mesmo sendo uma aposta arriscada para o partido mais antigo da Alemanha, que só conta com cerca de 15% das intenções de voto nas sondagens, segundo a agência francesa AFP.

A oposição conservadora CDU/CSU tem mais do dobro, 33%, e a extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD) segue à frente do SPD com 18%.

Scholz, o “rosto” do fracasso de um governo marcado por disputas internas, é “provavelmente o candidato mais fraco e menos adequado para a chancelaria que o SPD alguma vez apresentou”, escreveu a revista alemã Der Spiegel.

A coligação que liderava, no poder desde o final de 2021, foi desfeita quando o ministro das Finanças liberal foi demitido devido a divergências sobre a política orçamental, no meio de uma crise industrial na maior economia da Europa.

Imperturbável, Scholz tem reafirmado a convicção de que conduzirá o SPD a mais uma vitória. Scholz gosta de recordar que, em 2021, ganhou as eleições contra todas as probabilidades. Nessa altura, tirou o máximo partido das divisões no campo conservador, segundo a AFP.

Desta vez, a estratégia é apresentar-se como um homem de contenção no apoio militar à Ucrânia, na esperança de capitalizar o pacifismo profundamente enraizado entre os alemães desde os horrores dos nazis e uma corrente significativa de opinião pró-russa.

De acordo com uma sondagem recente da televisão pública ARD, 61% dos inquiridos apoiam a decisão de Scholz de não fornecer à Ucrânia mísseis Taurus, que podem atingir profundamente o território russo. Esta posição contradiz a adotada pelos principais aliados da Alemanha, os Estados Unidos, a França e a Grã-Bretanha.

Na mesma linha, a recente conversa telefónica de Scholz com o Presidente russo, Vladimir Putin, desagradou a algumas capitais, nomeadamente a Kiev.

Na Alemanha, a oposição conservadora acusa-o de ter contribuído para a propaganda de Moscovo para se apresentar como “chanceler da paz”, antes de uma eleição incerta para o SPD.

Os conservadores não esconderam que encaram a candidatura do chanceler com algum alívio. A decisão “é boa para nós”, disse o deputado Mathias Middelberg, referindo que “Pistorius teria sido mais desagradável para a CDU e a CSU”.

Scholz, um político veterano que foi presidente da câmara de Hamburgo (norte) e vice-chanceler com a pasta das Finanças no último governo de Angela Merkel (2005-2021), mostrou em várias ocasiões que pode vencer as probabilidades. Em 2021, ganhou ao apresentar-se como o verdadeiro herdeiro da chanceler conservadora.

Desta vez, pretende também tranquilizar as pessoas com a sua experiência num contexto geopolítico mundial conturbado e mergulhado no desconhecido com a eleição de Donald Trump como próximo Presidente dos Estados Unidos.

Scholz é “muito, muito experiente, tem mais do que um truque na manga, incluindo a nível internacional”, afirmou esta segunda-feira a Saskia Esken na rádio bávara.

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Vai nascer uma plataforma TVDE que só aceita mulheres como clientes e motoristas

  • Lusa
  • 25 Novembro 2024

A Pinker só vai aceitar clientes e motoristas que sejam mulheres, garantindo já ter mais de mil interessadas em estarem atrás do volante. Operação arranca nos próximos dias.

A Pinker, nova plataforma TVDE que irá ficar operacional nos próximos dias, pretende dar segurança às mulheres quando pedem um veículo, que será conduzido exclusivamente por mulheres, disse à Lusa a fundadora do projeto Mónica Faneco.

A nova plataforma eletrónica de transporte em veículos descaracterizados assume como principal diferença perante as suas concorrentes a operar em Portugal, Uber e Bolt, só aceitar motoristas do sexo feminino e ser para uso exclusivo de mulheres.

“Queremos trazer segurança, confiança às mulheres, nos nossos serviços, sendo uma alternativa ao que já existe”, explicou Mónica Faneco, recusando qualificar o serviço das aplicações já a operar em questões de segurança.

A operação da Pinker irá começar “no final desta semana, inicio da próxima”, disse Mónica Faneco, escusando-se a adiantar o dia exato em que a plataforma irá para a estrada, inicialmente em Lisboa, prevendo-se depois a expansão para a cidade do Porto e outras localidades.

A responsável contou que o projeto surgiu por volta de 2019 com a “ideia de um serviço de transfers e eventos” para mulheres, mas “houve algo que puxou para a necessidade de uma aplicação TVDE e expandiu-se a ideia”.

Entretanto, com a chegada da pandemia, a ideia ficou a amadurecer “e ajudou que as coisas ficassem bem estruturadas”, até que este ano o desafio teve o timing para seguir em frente.

“É uma aplicação 100% portuguesa, que não foi fácil criar de raiz, teve muito investimento, mas conseguimos lidar com tudo de uma forma tranquila e calma para colocar em funcionamento”, disse a empresária.

Embora a aplicação seja dedicada ao universo feminino, que está “a ter uma grande aceitação” tendo em conta as pré-inscrições na plataforma, tanto para utilizadoras, como para motoristas, Mónica Faneco adiantou que o feedback masculino também está a ser “muito bom”.

“Os homens têm filhas e mulheres, pelo que me dizem que é uma alternativa muito boa por ser destinada ao público feminino e com motoristas unicamente mulheres”, explicou.

Mónica Faneco referiu ainda que a Pinker já se encontra licenciada tanto em Portugal, como na Europa, e tem “mais de mil motoristas interessadas”.

Até ao momento, seis anos após a entrada em vigor da lei, publicada em Diário da República em agosto de 2018, que rege a atividade dos TVDE são duas as plataformas a trabalhar em Portugal: Uber e Bolt.

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Portugal arrecada 19 “óscares” do turismo. Conheça os premiados

Braga, Porto, Lisboa, Algarve, Madeira e Açores premiados nos World Travel Awards (WTW), a par de várias unidades hoteleiras espalhadas pelo país. Confira os projetos distinguidos na edição deste ano.

Praia do Vale de Centeanes, Algarve25 novembro, 2024

As cidades de Braga, Porto, Lisboa, Algarve e as regiões da Madeira e dos Açores estiveram sob os holofotes dos World Travel Awards (WTW), considerados os “óscares” do turismo. Desde os melhores destinos de praia, de golfe, turismo de aventura ou melhor cidade património mundial, Portugal arrecadou um total de 19 prémios.

Numa cerimónia que teve lugar no Funchal (Madeira), Lisboa conquistou, pela primeira vez, o prémio de melhor cidade património mundial e, pela segunda vez, o prémio melhor destino City Break do mundo nesta 31.ª edição dos WTW.

Este reconhecimento internacional reforça ainda o papel de Lisboa enquanto destino de excelência, e destaca a importância da preservação do seu património.

Carlos Moedas

Presidente da Câmara Municipal de Lisboa

A propósito deste reconhecimento, o autarca Carlos Moedas salienta, citado num comunicado, que “Lisboa é, hoje, símbolo de autenticidade, excelência e modernidade”. “A dupla distinção reflete a singularidade da cidade, onde a riqueza histórica e cultural se alia a uma constante inovação. Este reconhecimento internacional reforça ainda o papel de Lisboa enquanto destino de excelência, e destaca a importância da preservação do seu património”, refere o autarca.

A Associação Turismo de Lisboa (ATL) acrescenta, por sua vez, que “nos últimos anos, Lisboa tem apostado em ações de reabilitação e preservação dos equipamentos culturais; um esforço que é agora reconhecido, pela primeira vez, com o prémio de melhor cidade património mundial”. Elenca como exemplos o Mosteiro dos Jerónimos, a Torre de Belém, a Paisagem Cultural de Sintra e o Real Edifico de Mafra, classificados como Património Mundial da Unesco.

Com 200 quilómetros de praias, a região algarvia distinguiu-se nos WTW como o melhor destino de praia do mundo a par de 23 nomeados com paisagens conhecidas como Maldivas, Cancún (México), Seychelles, Filipinas ou Zanzibar. A região portuguesa já tinha conquistado este título em 2020 e 2021.

“Receber novamente este prémio é um orgulho imenso para a nossa região e a prova de que o Algarve continua a consolidar o seu posicionamento a nível global enquanto referência incontornável no turismo de praia”, assinala o presidente do Turismo do Algarve, André Gomes, citado numa nota.

“É também, ao mesmo tempo, uma responsabilidade acrescida, que reforça a nossa determinação em continuar a oferecer experiências únicas, alinhadas com as mais altas exigências internacionais e capazes de cativar os visitantes e de superar as suas expectativas”, completa o presidente do Turismo do Algarve.

O reconhecimento do trabalho que tem sido desenvolvido por todo o setor no sentido de reforçar o posicionamento internacional da região como um destino único, para todos, ao longo de todo o ano.

Eduardo Jesus

Secretário Regional de Economia, Turismo e Cultura e presidente da Associação de Promoção da Madeira

Já a ilha da Madeira distinguiu-se como o melhor destino insular do mundo e de golfe emergente, além do título de melhor Entidade de Turismo com o galardão atribuído à Associação de Promoção da Madeira.

Para o secretário Regional de Economia, Turismo e Cultura e presidente da Associação de Promoção da Madeira, Eduardo Jesus, trata-se do “reconhecimento do trabalho que tem sido desenvolvido por todo o setor no sentido de reforçar o posicionamento internacional da região como um destino único, para todos, ao longo de todo o ano”.

Madeira conquista “Óscar” de melhor destino insular do mundo nos WTW

Mais a Norte de Portugal Continental, a cidade de Braga distinguiu-se na categoria de melhor destino emergente, passando à frente de cidades como Ha Nam (Vietname), Hobart (Austrália), Huesca La Magia (Espanha), Melaka (Malásia), Okinawa (Japão) e Valladolid (México).

O presidente da câmara de Braga considera que esta distinção “terá reflexos extremamente positivos na notoriedade da cidade enquanto destino turístico, aportando novos benefícios para a economia local, regional e nacional”. Ricardo Rio salienta ainda que “este prémio confirma que Braga é muito mais do que uma cidade histórica”. “Somos um espaço vibrante, inovador e acolhedor que atrai visitantes de todo o mundo”, sublinha.

Estes “Óscares” do turismo também distinguiram pela segunda vez o Porto de Lisboa como o melhor Terminal de Cruzeiros da Europa. “O Terminal de Cruzeiros de Lisboa reafirma o seu estatuto como referência internacional, ao conquistar este título pela segunda vez, superando outros terminais de renome como os de Barcelona, Oslo, Valeta e Amesterdão”, refere a empresa num comunicado.

Braga distinguida como o melhor destino emergente do mundo nos “Óscares” do turismo25 novembro

“Este galardão confirma o Terminal de Cruzeiros de Lisboa como uma obra que honra a arquitetura portuguesa, ao mesmo tempo que posiciona Lisboa entre os melhores portos da Europa. É um símbolo de hospitalidade e inovação ao serviço do turismo”, nota Carlos Correia, presidente da Administração do Porto de Lisboa (APL).

Carlos Correia realça ainda “o papel pioneiro do Porto de Lisboa na sustentabilidade do setor, com iniciativas como a criação do Comité de Sustentabilidade da Atividade de Cruzeiros em Lisboa e o lançamento do programa Cruzeiros pela Comunidade, que promove a integração social e o desenvolvimento sustentável na cidade”.

A TAP também recebeu uma distinção de companhia líder nas ligações aéreas a África e à América do Sul. Igualmente os Passadiços do Paiva foram distinguidos como melhor atração para turismo de aventura, o Dark Sky Alqueva o melhor projeto de turismo responsável e a Parques de Sintra – Monte da Lua a melhor empresa do mundo em conservação.

No que concerne a unidades hoteleiras, destaque para a Amazing Evolution como a melhor na gestão de hotéis boutique; o Olissipo Lapa Palace (Lisboa) como o melhor hotel clássico; o Dunas Douradas Beach Club (Almancil) como o melhor resort de golf e villas; e o Bairro Alto Hotel (Lisboa) como o melhor hotel histórico de referência. Já o título de hotel de luxo foi para o Savoy Palace (Madeira)

Atribuídos desde 1993, os WTA são considerados os “óscares” do turismo mundial e reconhecidos pelos profissionais do setor à escala mundial.

Secretário de Estado confere medalhas de mérito

O secretário de Estado do Turismo, Pedro Manuel Monteiro Machado, atribui esta segunda-feira, em Diário da República, a medalha de mérito turístico a um conjunto de individualidades e entidades pelo seu trabalho em prol deste setor de atividade económica.

Entre os medalhados com 1.º grau (ouro) constam:

  • Rede das Aldeias do Xisto
  • Associação das Aldeias Históricas, Associação de Desenvolvimento Turístico
  • Côa Parque – Fundação para a Salvaguarda e Valorização do Vale do Côa.

Entre as entidades com medalha mérito turístico, 2.º grau (prata):

  • Passadiços do Paiva
  • Rota Vicentina, exemplo pioneiro de sustentabilidade no turismo.
  • Associação Portuguesa de Hotelaria, Restauração e Turismo (APHORT).
  • Bernardo Trindade, presidente da Associação de Hotelaria de Portugal (AHP) para o mandato 2022-2024, administrador do Porto Bay Hotels & Resorts e presidente do Conselho Estratégico do Turismo do Porto e Norte de Portugal.
  • Carlos Moura, presidente da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP), vice-presidente do Conselho Diretivo da Confederação do Turismo de Portugal (CTP)
  • A empresária Chitra Stern, do grupo Martinhal, marca de resorts e hotéis de luxo de referência em Portugal, “com uma forte reputação pela excelência no serviço e inovação”.
  • Albano Cymbron, CEO da Agência de Viagens Melo, que nos anos 80 foi pioneiro na criação de experiências de natureza.
  • A empresária Margarida Almeida, “reconhecida pela sua liderança na área de gestão hoteleira”, mentora da Amazing Evolution, especializada na gestão de unidades hoteleiras.

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