Grupo de Pombal compra dona das marcas Sonatural e Snock

A Indumape, detida pelo grupo Patris através da Real Vida Seguros, comprou a GL Food, a empresa que detém os sumos de fruta da marca Sonatural.

Três meses depois de ter comprado a Frutíssima, a Indumape, empresa de Pombal detida pelo grupo Patris através da Real Vida Seguros, notificou a Autoridade da Concorrência da aquisição da GL Food, que controla a marca de sumos naturais Sonatural e a Snock.

Com uma dívida de cerca de 13 milhões de euros, a GL Food estava desde o passado mês de agosto em Processo Especial de Revitalização (PER), após falhar a venda e a reestruturação da dívida detida pelo grupo alimentar, de acordo com uma notícia avançada pelo Jornal Económico no passado mês de agosto.

A empresa que detém a marca de sumos naturais Sonatural e a marca Stock, especializada na comercialização de refeições prontas refrigeradas, como saladas, sandes, hambúrgueres e wraps, conta com uma fábrica na Azambuja. Inaugurada em 2011, a fábrica da Azambuja destina-se à produção de sanduíches, saladas e outras soluções de refeição e é, segundo o site da empresa, a maior fábrica da Península Ibérica no ramo, com uma dimensão de 6.000 metros quadrados e um potencial de produção de 12 milhões de unidades anuais.

Em dificuldades financeiras, a empresa do ramo alimentar é agora adquirida pela empresa liderada por Gonçalo Pereira Coutinho e atualmente controlada pelo grupo Patris, através da Real Vida Seguros, que já em agosto tinha comprado a Frutíssima do Fundão.

Localizada em Pombal, a Indumape apresenta-se como o maior transformador de fruta portuguesa, com recolha a nível nacional, exportando cerca de 80% da sua produção. A empresa, que inaugurou uma segunda unidade em Lamego em outubro do ano passado, detém ainda um entreposto em Armamar para recolha de fruta de produtores locais e um pomar para produção própria de maçã biológica, no Tramagal.

A operação de aquisição da GL Food foi notificada à Autoridade da Concorrência, que deu um prazo de dez úteis para lhe serem remetidas “quaisquer observações” sobre esta operação de concentração, que “devem ser acompanhadas de uma versão não confidencial, bem como da fundamentação do seu caráter confidencial, sob pena de serem tornadas públicas”.

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Proposta da COP sobe fasquia de financiamento mas atrasa-a uma década

A reação ao texto que prepara o acordo final da COP29 está a ser de grande contestação. Dos cientistas climáticos aos países em desenvolvimento, o balanço é insatisfatório.

A Cimeira do Clima (COP29) das Finanças já tem um número em cima da mesa para ser discutido nas próximas horas de negociação: a proposta de texto final coloca a fasquia para a angariação de fundos para a ação climática nos 1,3 biliões de dólares anuais, considerando todas as fontes disponíveis, e nos 250 mil milhões de dólares anuais, considerando apenas as contribuições governamentais. Mas acrescenta um grande “senão”: em vez de esta nova fasquia se aplicar a partir de 2025, abre-se caminho a que se concretize até 2035, uma década depois do esperado.

Estes objetivos são mais ambiciosos do que o atual, de 100 mil milhões de dólares anuais provenientes dos orçamentos dos países desenvolvidos, que compara diretamente com os 250 mil milhões anuais inscritos no texto. Um valor também ligeiramente acima do admitido inicialmente pela União Europeia (200 mil milhões de dólares).

No entanto, as organizações não governamentais apontavam a fasquia de um bilião como a quantia correspondente à soma das necessidades climáticas estimadas nos principais relatórios das Nações Unidas. Um valor que só deverá ser coberto com a ajuda de outras fontes de financiamento, para além dos governos.

Os co-presidentes do grupo de Especialistas Independentes de Alto Nível das Nações Unidas classifica os 250 mil milhões de dólares como “demasiado baixo e não consistente com o Acordo de Paris”.

Bill Hare, cientista climático há 30 anos e CEO da Climate Analytics, que é já um “veterano” das COP, considera o texto que será discutido como “incrivelmente fraco” no que diz respeito aos objetivos financeiros. Entre as ausências, destaca que “não há qualquer menção” ao fundo de Perdas e Danos nem ao objetivo do teto de 1,5 graus centígrados de aquecimento global, definido em 2015 em Paris. “Os países desenvolvidos não estão a aceitar a responsabilidade que têm”, remata.

“Migalhas”, é como descreve o acordo Chiara Martinelli, diretora da Rede de Ação Climática Europeia, uma coligação de organizações sem fins lucrativos de que a portuguesa Zero, presente na COP, faz parte.

O grupo de negociação que representa os países africanos, os quais estão entre os principais beneficiários dos fundos que se pretende angariar, já que se destinam à ação em países em desenvolvimento, mostraram o desagrado com esta primeira versão do acordo. “O objetivo de 250 mil milhões de dólares por ano é totalmente inaceitável e desadequado”.

Por parte dos países desenvolvidos, a enviada especial alemã para o clima, Jennifer Morgan, citada pelo The Guardian, afirma que “isto não é ainda o ponto onde aterramos, mas pelo menos já não estamos a voar sem mapa”. Por seu lado, o ministro das Alterações climáticas da Austrália, Chris Bowen, classifica o texto como uma “tentativa genuína” que deverá ser sujeito a “conversações longas e duras” ao longo da noite.

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Hedge fund reduz posição a descoberto sobre a Mota-Engil e ações sobem 6%

  • ECO
  • 22 Novembro 2024

O hedge fund Muddy Waters Capital Domino Master Fundo revelou que reduziu em 0,08 pontos percentuais a sua posição a descoberto sobre as ações da Mota-Engil para apenas 0,57%.

Na sessão desta sexta-feira da Euronext Lisboa, as ações da Mota-Engil EGL 0,81% foram a estrela do PSI, contabilizando atualmente uma subida de 6,1%, com os investidores a mostrarem-se bastante ativos na negociação da empresa liderada por Carlos Mota Santos.

Na sessão desta sexta-feira, a Mota-Engil registou um volume de negociação diário de quase 7,6 milhões de euros, cerca de 1,54 vezes acima da média diária do último ano.

A sustentar este comportamento dos títulos da construtora e o aumento do interesse dos investidores está a redução da posição a descoberto do Muddy Waters Capital Domino Master Fund LP sobre as ações da Mota-Engil.

Há cerca de três meses, este hedge fund norte-americano comunicou ao mercado que tinha uma posição a descoberto de 0,67% sobre as ações da construtora. Desde então, as ações avolumaram significativamente a tendência de que apresentavam desde 5 de março (quando chegaram a transacionar nos 5,94 euros, o valor mais elevados dos últimos 10 anos), contabilizando até ao fecho da sessão de ontem uma queda de 60% desde o máximo histórico alcançado em março. No entanto, só desde 6 de setembro, a cotação das ações afundou 21%.

Dias após se saber desta posição do Muddy Waters Capital Domino Master Fund sobre as ações da construtora nacional, Carlos Mota Santos referiu que a queda das ações da Mota-Engil era um movimento “especulativo que não reflete a atividade operacional.”

Esta quarta-feira, a Muddy Waters Capital Domino Master Fund LP comunicou ao mercado que a sua posição a descoberta sobre as ações da Mota-Engil tinha passado para 0,57%, menos 0,08 pontos percentuais face à posição comunicada a 2 de setembro. Nesse dia, a 20 de novembro, as ações da construtora fecharam a cair 3,3% e no dia seguinte voltaram a terminar a sessão em terreno vermelho, contabilizando uma queda de 0,65%. No entanto, esta sexta-feira os títulos fecharam a subir 6,1%.

Ações da Mota-Engil em queda desde março

(Notícia atualizada às 17h11 com os dados de fecho da sessão desta sexta-feira)

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Maputo parou de novo ao som de apitos e buzinadelas de contestação

  • Lusa
  • 22 Novembro 2024

"Estamos aqui, primeiramente, para reivindicar a verdade eleitoral", ouvia-se nas ruas de Maputo no terceiro dia de protestos convocados pelo candidato presidencial Venâncio Mondlane,

Ainda não eram 12:00 e já os apitos ecoavam nas ruas de Maputo, que rapidamente paralisaram, no terceiro dia de protestos convocados pelo candidato presidencial Venâncio Mondlane, provocando um ruído ensurdecedor na capital durante 15 minutos.

À hora prevista, Alberto Zimba, e um grupo de amigos, montou o banco no cruzamento das avenidas 24 de Julho e Guerra Popular e dali não saiu, sentado, de apito na boca, cumprindo o protesto, enquanto os automobilistas, parados no trânsito, um pouco por toda a cidade, se juntavam com buzinadelas.

“Estamos aqui, primeiramente, para reivindicar a verdade eleitoral”, explicava o apoiante confesso, como todos os outros que o secundavam, de Venâncio Mondlane. “Abandonamos os nossos trabalhos, os nossos negócios, estamos aqui para reclamar, para reivindicar e manifestar: Venâncio Mondlane no poder”, atirava.

Naquele cruzamento, no coração da cidade de Maputo, centenas, vestidos de preto, em luto, juntaram-se ao protesto, muitos subiram aos tejadilhos dos carros e até de autocarros imobilizados na via, tocando tambores, com apitos e vuvuzelas, enquanto muitos outros, de telemóvel na mão, transmitiam o momento pelas redes sociais.

Moçambique protestosLusa

Ao volante, Aristides Amocha passava no local antes ainda das 12:00 (10:00 em Lisboa) e por ali ficou, no interior da viatura, buzinando: “Parar das 12:00 às 12:15, apitar, buzinar e depois continuar a exercer as atividades”. Antes de chegar a hora de libertar a rua, Dinis Alves aproveitava para mostrar o cartaz contra as desigualdades em Moçambique e reclamando pela “reposição da verdade eleitoral”.

“Há muita injustiça no país”, afirmava, para rapidamente continuar a passear por uma avenida totalmente ocupada por manifestantes. Também para Adélcio Langa foi um dia diferente. Buzinou na avenida 24 de julho, de mãos no volante: “Paralisei a minha viatura e estamos a manifestar”.

“Reivindicar aquilo que é o nosso direito, o nosso voto, sou a favor da mudança”, explicava ainda. Enquanto decorriam os 15 minutos do protesto, dezenas dançavam, cantavam e lançavam gritos de apoio a Venâncio Mondlane, como Mário Laule, subindo e descendo a Guerra Popular.

O povo está no poder. Aqui viemos reivindicar a vitória dos moçambicanos. Nós fomos às urnas, votamos no nosso candidato Venâncio Mondlane, queremos ele na Presidência”, garantia. Com o aproximar das 12:15, muitos começavam a fazer sinal e a gritar: “Está na hora”.

Pouco depois, o trânsito começava a circular, paulatinamente, enquanto muitos dos que antes se manifestavam tentavam agora apoiar na regularização do trânsito, até porque, das 13:00 às 13:25, um novo protesto prometia tomar conta da cidade, igualmente convocado por Venâncio Mondlane, desta vez entoando o hino nacional em homenagem a Elvino Dias e Paulo Guambe, seus apoiantes, assassinados numa emboscada em 18 de outubro, em Maputo.

Esta nova fase de protestos – paragem nas ruas entre as 12:00 e as 12:15 – foi convocada pelo candidato presidencial Venâncio Mondlane, que não reconhece os resultados anunciados pela Comissão Nacional de Eleições (CNE), e centenas de pessoas responderam saindo às ruas da capital, vestidas de preto, ou parando as viaturas no meio do trânsito.

Esta sexta, novamente, carros parados e o buzinão alastraram a outras artérias centrais de Maputo, como as avenidas de Moçambique, Karl Max, 24 de Julho, Eduardo Mondlane, entre outras zonas, como o mercado Estrela. A ação, disse o candidato, é o luto pelas vítimas, manifestantes – segundo o candidato um total de 50 mortos nos últimos dias –que participaram em ações de protesto anteriores, “baleadas pelas autoridades que as deviam proteger”.

Enquanto carros, camiões e viaturas de transporte público paravam na rua, juntando-se ao protesto com buzinadelas, muitos outros voltaram a sair dos estabelecimentos comerciais e instituições públicas, aglomerando-se também nos passeios, entoando cânticos de apoio a Venâncio Mondlane.

Venâncio Mondlane contesta a atribuição da vitória a Daniel Chapo, candidato apoiado pela Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo, no poder), com 70,67% dos votos, segundo os resultados anunciados em 24 de outubro pela CNE e que ainda têm de ser validados pelo Conselho Constitucional.

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Tribunal de Santarém mantém sentenças de todos os arguidos no caso de Tancos

  • Lusa e ADVOCATUS
  • 22 Novembro 2024

O Tribunal Judicial de Santarém manteve as condenações dos 11 dos 23 arguidos no processo do furto e recuperação de material militar dos Paióis Nacionais de Tancos.

O Tribunal Judicial de Santarém manteve esta sexta-feira as condenações dos 11 dos 23 arguidos no processo do furto e recuperação de material militar dos Paióis Nacionais de Tancos (PNT), com os autores materiais a receberem prisão efetiva.

Na leitura do acórdão, o presidente do coletivo de juízes, Nelson Barra, considerou válidas as declarações proferidas em sede de julgamento, mantendo a decisão da primeira instância.

O processo do furto e recuperação de material militar dos Paióis Nacionais de Tancos tinha terminado com os autores materiais a receberem prisão efetiva. Foram condenados a penas de prisão efetiva o autor confesso do furto, João Paulino, com a pena mais grave, e os dois homens que o ajudaram a retirar o material militar na noite de 28 de junho de 2017, João Pais e Hugo Santos. Os três foram condenados pelo crime de terrorismo, praticado em coautoria material, e João Paulino e Hugo Santos também por tráfico e outras atividades ilícitas, tendo o cúmulo jurídico resultado numa pena de prisão efetiva de oito anos para João Paulino, de cinco anos para João Pais e de sete anos e seis meses para Hugo Santos.

O ex-ministro da Defesa Azeredo Lopes, um dos 23 acusados no processo, foi absolvido dos crimes de denegação de justiça, prevaricação, favorecimento pessoal praticado por funcionário e abuso de poder. O furto das armas foi divulgado pelo Exército em 29 de junho de 2017 com a indicação de que ocorrera no dia anterior, tendo a recuperação de algum material sido feita na região da Chamusca, Santarém, em outubro de 2017, numa operação que envolveu a Polícia Judiciária Militar em colaboração com elementos da GNR de Loulé.

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Governo aprova estatuto da carreira diplomática

  • Lusa
  • 22 Novembro 2024

Uma novidade é a figura de embaixador itinerante que "atue a partir de Lisboa", tenha "plenos poderes", ao estar acreditado em países onde Portugal não tem representação diplomática.

O Conselho de Ministros aprovou esta sexta-feira o novo estatuto da carreira diplomática, assim como a nomeação do antigo eurodeputado social-democrata Carlos Coelho para presidir às comemorações dos 40 anos de Portugal na União Europeia (UE).

Na conferência de imprensa após a reunião do executivo no Palácio das Necessidades, sede do Ministério dos Negócios Estrangeiros, em Lisboa, o chefe da diplomacia, Paulo Rangel, congratulou-se com a aprovação da carreira “26 anos depois e que muitos consideravam missão impossível”.

Incluindo a participação da Associação Sindical dos Diplomatas Portugueses, as alterações contemplam, por exemplo, a revisão estatuto da família, para “facilitar a atratividade da carreira”, do estatuto remuneratório de “forma faseada, evolutiva, gradual”, acrescentou Paulo Rangel. Outra novidade é a figura de embaixador itinerante que “atue a partir de Lisboa”, tenha “plenos poderes”, ao estar acreditado em países onde Portugal não tem representação diplomática.

O primeiro embaixador com estas características deverá ser alocado aos três países bálticos – Lituânia, Letónia e Estónia, prevendo-se que esteja uma semana em cada capital destes países, detalhou ainda o ministro dos Negócios Estrangeiros.

Aos jornalistas, Paulo Rangel anunciou ainda que o antigo eurodeputado Carlos Coelho será o comissário para as comemorações dos 40 anos da adesão de Portugal ao espaço europeu, detalhando que as celebrações também vão envolver Espanha.

Em 12 junho, o primeiro-ministro, Luís Montenegro, anunciou que o Governo iria criar uma comissão para programar as comemorações dos 40 anos da assinatura do tratado de adesão de Portugal à então Comunidade Económica Europeia.

O anúncio no dia em que se assinalaram 39 anos da assinatura desse tratado, em 12 de junho de 1985 pelo então primeiro-ministro e vice-primeiro-ministro Mário Soares e Rui Machete, foi feito num encontro com a comunidade portuguesa em Zurique, no âmbito das comemorações do Dia de Portugal na Suíça, numa deslocação conjunta com o Presidente da República.

Também foi decidida a criação da Direção Geral do Direito Europeu e Internacional, tendo ainda o ministro informado que o Instituto Camões vai abrir um linha de um milhão de euros para a cooperação municipal internacional.

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Talk Inovação 5G acontece a 28 de novembro

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  • 22 Novembro 2024

O mês dedicado à quinta geração móvel culmina com esta Talk que promove, na manhã de 28 de novembro, um debate sobre o poder do 5G em vários setores – da saúde à mobilidade.

O que têm em comum o espaço, a saúde, a mobilidade, ou a sustentabilidade? São todas áreas que já estão a ser transformadas pelo 5G. Depois de um debate sobre o poder do 5G nos vários setores, vão ser apresentados alguns dos projetos que estão a ser desenvolvidos em parceria com a NOS. Tudo isto acontece na manhã de 28 de novembro na Talk Inovação 5G, que se realiza no NOS Hub 5G, no Parque das Nações.

O evento encerra assim o mês de comemoração da NOS pelo terceiro aniversário do 5G em Portugal e vai ser exibido em streaming aqui:

PROGRAMA

10h00 Welcome Coffee

10h30 KeyNote Speaker

Manuel Ramalho Eanes, Administrador Executivo NOS

10h40 Painel Inovação

Francisco Vilhena da Cunha, CEO GEOSAT
Jorge Graça, Administrador da NOS
José Rui Felizardo, Presidente Executivo do CEIIA
Maria João Baptista, Presidente do Conselho de Administração da ULS de São João
Susana Sargento, Professora Catedrática da Universidade de Aveiro
Moderação: André Veríssimo, Subdiretor do ECO

11h30 Apresentação de UseCases 5G

Capacetes Cirúrgicos | 4LifeLab
Ambulâncias Conectadas | INEM
Fato de Proteção Individual | Viatel
Redes Não Terrestres 5G | Connected
Mobilidade Sustentável Integrada | CEiiA

12h30 Encerramento

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Portugal quase duplica meta de Bruxelas para redução do consumo de gás natural

  • Lusa
  • 22 Novembro 2024

Portugal superou também largamente a média de 17,9% registada da União Europeia.

Portugal reduziu o consumo de gás natural em 28,2% entre agosto de 2022 e abril de 2024 face à média homóloga dos cinco anos anteriores, quase o dobro da meta de 15% traçada Comissão Europeia, divulgou hoje o INE.

Segundo os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), a redução de 28,2% do consumo mensal acumulado de gás natural em Portugal superou também largamente a média de 17,9% registada da União Europeia.

Em causa está a meta de redução voluntária do consumo de gás natural de 15% face à média dos cinco anos anteriores para os meses considerados, estabelecida em 2022 no regulamento comunitário para redução voluntária da procura.

A iniciativa surgiu como resposta à crise energética global e à crescente volatilidade nos mercados de gás natural observada desde o segundo semestre de 2021, agravadas em fevereiro de 2022 pela invasão russa da Ucrânia.

Através do denominado Plano REPowerEU, a Comissão Europeia (CE) visou garantir a independência dos combustíveis fósseis, em particular os importados da Rússia, reforçar a segurança e eficiência energética da Europa, diversificar o aprovisionamento energético e acelerar a transição energética.

A redução de 15% do consumo de gás foi estabelecida com base num cenário pessimista calculado pela Comissão, correspondente a um corte total pela Rússia do fornecimento de gás natural antes ou durante um inverno excecionalmente frio.

Neste contexto, a UE poderia confrontar-se com um défice de aprovisionamento que poderia chegar até aos 45.000 milhões de metros cúbicos de gás natural, o que representava aproximadamente 15% do que os Estados-membros consumiam em média entre agosto e março.

Segundo os dados divulgados hoje pelo INE, em 2022 as importações feitas pela UE de gás natural proveniente da Rússia recuaram 44,4%, face a 2021. Ainda assim, a Rússia mantém-se como o principal fornecedor de gás natural da União, tendo passado de 40,7% no período 2017-2021 para 21,1% em 2022.

Já em Portugal a alteração foi marginal, tendo as importações de gás natural provenientes da Rússia passado de 5,0% no período 2017-21 para 4,3% em 2022, uma vez que o principal fornecedor nacional continua a ser a Nigéria (41,8% em 2017-2021 e 45,2% em 2022).

Com a diminuição da dependência de gás natural proveniente da Rússia, outros países fornecedores ganharam importância, destacando-se os EUA, cujo peso relativo aumentou quer em Portugal (passou de 13,0% no período 2017-2021 para 31,7% em 2022), quer na UE (2,7% no período 2017-2021, que compara com 12,8% em 2022).

De acordo com o INE, outro fator que distingue Portugal da UE é a utilização dada ao gás natural. Tendo por base os dados de 2022, verifica-se que na UE o gás natural é maioritariamente disponibilizado para consumo final (62,8%), onde é utilizado sobretudo para aquecimento (o setor doméstico foi responsável por 40,6% do consumo final de gás natural).

Já em Portugal, é sobretudo aproveitado para novas formas de energia (63,3%), sendo que o gás natural disponibilizado para consumo final é maioritariamente consumido pela indústria (66,4% do total do consumo final de gás natural), com o setor doméstico a deter um peso muito inferior (16,4%).

No período 2017-2023, os cinco principais consumidores de gás natural na UE foram Alemanha, Itália, França, Espanha e Países Baixos, que em 2023 responderam por 69,9% do total de gás natural na UE.

Portugal surge sensivelmente a meio (14.º lugar no ‘ranking’) no conjunto da UE, apresentando uma representatividade relativamente estável do total de gás natural consumido na União (média de 1,6% do total UE no período 2017-2022), com uma ligeira tendência de decréscimo no ano de 2023 (1,4% do total UE).

 

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Número de alunos sem aulas a pelo menos uma disciplina caiu 90%, garante Montenegro

O primeiro-ministro garantiu que as medidas aplicadas pelo Executivo têm permitido aumentar o número de professores, reduzindo a percentagem de alunos sem aulas.

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, garantiu esta sexta-feira que o número de alunos sem aulas a pelo menos uma disciplina baixou 90% face ao último ano letivo. O líder do Executivo justificou a melhoria com as medidas avançadas pelo Governo, que têm permitido aumentar o número de professores disponíveis.

“Vamos acolher mais 200 novos docentes no Algarve e mais 1.000 na região Lisboa, o que contribui de forma muito significativa para a diminuição do impacto face ao ano anterior”, permitindo “chegar ao final do primeiro período com uma diminuição do número de alunos sem professor pelo menos a uma disciplina de 90%“, adiantou Montenegro, a falar aos jornalistas após a visita a uma escola em Lisboa.

O primeiro-ministro reforçou que era uma meta “muito ambiciosa” do Governo, mas neste momento já se verifica uma 89% de diminuição do número de alunos sem aulas pelo menos a uma disciplina.

As declarações do líder do Executivo vão ao encontro de uma notícia do Expresso desta sexta-feira, que adianta que há, atualmente, 2.338 alunos que ainda não tiveram aulas a pelo menos uma disciplina, o que representa uma diminuição de 90% face aos quase 21 mil que se mantinham nessa situação no final do 1.º período do ano passado.

Montenegro apontou os apoios lançados pelo Governo aos professores, realçando “o lançamento do concurso extraordinário, apoios à deslocação, apoios para acolher novos docentes”, medidas que permitiram aumentar o número de professores na escola pública.

Mas a notícia avançada esta sexta-feira pelo Expresso surge depois de o Diário de Notícias ter escrito esta semana que, até agora, as medidas extraordinárias ainda só reduziram em 10% o número de alunos sem aulas, citando especialistas e diretores escolares, que se queixavam de que as medidas anunciadas pelo Governo ainda não teriam surtido o efeito desejado.

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Governo avisa que excedente orçamental “é limitado e deve ser preservado” por segurança

  • Lusa
  • 22 Novembro 2024

Leitão Amaro garantiu que, "por responsabilidade orçamental, o mais adequado seria, como em outubro deste ano, pagar um suplemento extraordinário na medida da disponibilidade orçamental".

O ministro da Presidência avisou esta sexta que o excedente orçamental “é limitado” e “deve ser preservado por respeito e segurança” dos portugueses, criticando o que considerou “mais uma coligação entre PS e Chega” para um aumento adicional das pensões.

“O equilíbrio orçamental é fundamental. O Governo preparou uma proposta de orçamento com excedente, que é um excedente limitado, que essencialmente deve ser preservado por respeito e por segurança para os portugueses em geral e para todos os contribuintes, que não querem seguramente ver o país regressar a défices de má memória do final dos anos 2000″, afirmou António Leitão Amaro quando questionado sobre a esperada aprovação de aumento de pensões no âmbito da especialidade do Orçamento do Estado para o próximo ano (OE2025).

Na conferência de imprensa no final do Conselho de Ministros, que decorreu na sede do Ministério dos Negócios Estrangeiros, em Lisboa, o ministro defendeu que, “por responsabilidade orçamental, o mais adequado seria, como em outubro deste ano, pagar um suplemento extraordinário na medida da disponibilidade orçamental”.

António Leitão Amaro assinalou que “o orçamento tem várias medidas para valorização do rendimento dos pensionistas”.

“Essa é a perspetiva do Governo, que aposta na valorização dos rendimentos, sobretudo das pensões mais baixas. Temos feito, não são palavras, são decisões tomadas, este é um Governo que tem valorizado o poder de compra dos pensionistas, tem subido o rendimento dos pensionistas, sobretudo com pensões mais baixas. Tem feito isso mas tem-no feito com um grande sentido de responsabilidade orçamental que nos tem caracterizado”, sustentou.

Sobre as propostas de alteração do orçamento, o ministro disse registar “mais uma confluência, mais uma cumplicidade, mais uma aliança de voto para fazer aprovar propostas, entre segundo e o terceiro maiores partidos”.

“Mais uma coligação entre PS e Chega. Os seus eleitores dirão se votaram para essa coligação”, afirmou.

Sobre o impacto da medida – caso seja aprovada a proposta do PS para aumentar em 1,25 pontos percentuais, além da atualização prevista na lei – Leitão Amaro referiu que o Governo alertou “para a importância do equilíbrio orçamental” e de “manter o rumo e a ideia de governação que está subjacente ao orçamento e em linha com o programa do Governo, que os partidos quando viabilizaram o Governo se comprometeram a aceitar”.

“E dissemos qual é que é a nossa visão responsável para uma permanente lógica de sucessivo aumento de poder de compra de pensionistas. Temos prometido e feito, os pensionistas sabem que este Governo é sinónimo de aumento do poder de compra”, acrescentou.

O Chega anunciou que se vai abster na votação da proposta do PS para aumentar as pensões em 1,25 pontos percentuais, além da atualização prevista na lei, que será acompanhada também por BE, PCP e Livre, pelo que será viabilizada.

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Governo aprova diploma que concretiza acordo com os enfermeiros

  • ECO e Lusa
  • 22 Novembro 2024

Acordo com os enfermeiros sobre atualizações remuneratórias representa uma despesa em 2027, quando estiver estabilizado o impacto destas alterações, de cerca de 230 milhões, disse Leitão Amaro.

O Conselho de Ministros aprovou esta sexta-feira o diploma legal que efetiva o acordo com os enfermeiros relativo a atualizações remuneratórias, anunciou o ministro da Presidência, António Leitão Amaro.

“Este diploma corresponde àquilo que foi negociado em termos de alterações remuneratórias nas posições com os representantes sindicais dos enfermeiros e que representa uma despesa em 2027, quando estiver estabilizado o impacto destas alterações, de cerca de 230 milhões de euros”, especificou o ministro no final da reunião do Governo, realizada no Ministério dos Negócios Estrangeiros.

A tutela acordou com os sindicatos uma valorização destas carreiras que passa pela subida do salário mínimo desta profissão dos 1.333,35 euros mensais brutos (nível 15) para os 1.491,25 euros (nível 18) com efeitos já neste mês de novembro. Nos próximo anos e até ao final da legislatura, a carreira de enfermagem terá novas valorizações, de forma faseada, até o ordenado de entrada desta profissão atingir o nível 21, isto é, os 1.649,15 euros da tabela Remuneratória Única (TRU) atual.

No mesmo Conselho de Ministros foi aprovada também a despesa de 136 milhões de euros para os meios aéreos de combate aos fogos florestais e de 30 milhões de euros para a recolha de animais mortos em 2025 e 2026, considerando que o sistema de recolha enfrenta uma pressão adicional devido à língua azul, explicou Leitão Amaro.

Numa reunião centrada essencialmente em temas do Ministério dos Negócios Estrangeiros, o ministro Paulo Rangel apelidou o dia como histórico, já que foi aprovada a revisão do estatuto dos diplomatas, que não era alterado há 27 anos.

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Dependência energética nacional sobe 4,2 pontos para 69,9% em 2022

  • Lusa
  • 22 Novembro 2024

Destaca-se a diminuição das exportações de gasóleo rodoviário, que reduziram 45,4%.

A dependência energética nacional aumentou 4,2 pontos percentuais para 69,9% em 2022, reforçando a tendência crescente registada desde 2020, divulgou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).

A dependência energética resulta do rácio entre as importações líquidas de energia e a utilização interna de energia.

De acordo com a “Conta de Fluxos Físicos de Energia 2000-2022” do INE, em 2022 registou-se um ligeiro aumento de 0,1% das exportações de fluxos energéticos, interrompendo a tendência decrescente que se verificava desde 2017 e refletindo a subida das exportações de produtos petrolíferos (+3,5%), nomeadamente, querosene e ‘jet fuel’ (combustível para aviação, +160,0%), nafta (+47,1%) e fuelóleo (+8,2%).

Em sentido oposto, destaca-se a diminuição das exportações de gasóleo rodoviário (-45,4%). Entre 2021 e 2022, o INE dá conta de um aumento de 1,6% na utilização de energia pelas famílias, com subidas nas utilizações de calor (+10,5%), gasolina sem biocomponentes (+8,0%) e gasóleo para transportes sem biocomponentes (+5,1%).

Em sentido oposto, observaram-se no setor das famílias reduções na utilização de gás de refinaria, etano e GPL (-8,1%), gás natural sem biocomponentes (-6,9%) e eletricidade (-2,5%).

Já nos ramos de atividade económica, entre 2021 e 2022 assistiu-se a um aumento de 0,9% da utilização de energia, com subidas nas utilizações de gasolina sem biocomponentes (+8,2%), madeira, desperdícios de madeira e outra biomassa sólida, carvão vegetal (+5,8%) e gasóleo para transportes sem biocomponentes (+4,9%).

Pelo contrário, diminuiu a utilização de gás natural sem biocomponentes (-11,1%), de calor (-5,7%) e de biocombustíveis líquidos (-2,8%).

Os dados divulgados pelo INE apontam ainda que a extração de recursos energéticos naturais (recursos endógenos) diminuiu 4,1% em 2022, mas foi, ainda assim, 28,8% superior à média anual do período compreendido entre 2000-2022.

Já a utilização de resíduos para fins energéticos aumentou 1,4% face ao ano anterior, representando um valor 21,2% superior à média da série temporal em análise.

Intensidade energética diminui pelo quinto ano

Da última edição da “Conta de Fluxos Físicos de Energia” resulta ainda que, em 2022, houve uma diminuição em 4,5% da intensidade energética da economia portuguesa (rácio entre a utilização interna líquida de energia e o Produto Interno Bruto (PIB) a preços constantes), refletindo um aumento de 2,0% da utilização de energia, inferior à variação positiva de 6,8% do PIB em termos reais.

Segundo destaca o INE, trata-se do quinto ano consecutivo de redução da intensidade energética da economia e do resultado mais baixo desde o ano 2000, o primeiro a que remonta a série.

Em 2021, último ano com informação disponível para a União Europeia (UE), Portugal foi o Estado membro com a terceira mais baixa intensidade energética da economia. No que se refere à produção de eletricidade com origem renovável, diminuiu 6,1% em 2022, devido sobretudo à menor disponibilidade hídrica (-45,1%).

Ainda assim, a contribuição das energias renováveis para a produção de eletricidade foi de 51,0%, o segundo valor mais elevado do período 2000-2021, só ultrapassado pelo ano de 2021, com 52,9%.

Este resultado traduziu o efeito conjugado da eliminação da utilização de carvão, por encerramento em 2021 das duas últimas centrais de produção de eletricidade a carvão em Portugal, com o aumento de utilização de fontes renováveis, com destaque em 2022 para a energia solar (+38,7%).

Ainda segundo o INE, em 2022 as utilizações energéticas na atividade da fabricação de coque e de produtos petrolíferos refinados aumentaram 5,6% face a 2021, invertendo o decréscimo verificado desde 2017, ano em que se registou o máximo da série em análise. Para este crescimento foram determinantes os aumentos na produção de querosenes e ‘jet fuels’ (+74,5%), outros produtos petrolíferos (+9,7%), gasolina (+4,7%) e fuelóleo residual (+4,4%).

 

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