Governo confirma RTP sem publicidade. São 30 as medidas do plano de ação para os media

  • Lusa e + M
  • 8 Outubro 2024

O Governo confirma fim da publicidade na RTP. São 30 as medidas do plano de ação para a comunicação social, com o tempo de publicidade da RTP a diminuir dois minutos ao ano.

O Governo confirma o fim progressivo da publicidade na RTP, tal como o +M/ECO avançou no fim de semana. A publicidade vai diminuir dois minutos ao ano, até 2027. Ou seja, dos atuais seis minutos passa para quatro, de seguida para dois e, em 2027, deixa de ter publicidade comercial.

A medida faz parte do Plano de Ação para a Comunicação Social, apresentado esta terça-feira por Luís Montenegro e Pedro Duarte, e que prevê nova legislação para o setor e novo contrato de concessão de serviço público para a RTP, o reforço da independência da Lusa e incentivos ao setor.

De acordo com o documento a que a Lusa teve acesso, o plano está dividido em quatro eixos — regulação do setor, serviço público concessionado (RTP e Lusa), incentivos ao setor e combate à desinformação e literacia mediática — cada um dos quais com diversas medidas cuja monitorização e prestação de contas na execução estará a cargo da Estrutura de Missão (#PortugalMediaLab), criada pelo Governo em agosto passado.

A criação de um Código da Comunicação Social, atualizando a Lei de Imprensa e do Estatuto da imprensa regional (que datam de 1988), a Lei da Rádio, da Televisão e dos Serviços Audiovisuais e a Lei da Transparência dos Media e Decreto dos Registos é uma das medidas propostas no plano e que o Governo quer ver concretizado no primeiro semestre de 2025.

Para a RTP, a eliminação gradual da publicidade comercial até 2027, a compensar com “espaços de promoção de eventos e iniciativas culturais”, é a maior novidade do plano, onde se prevê igualmente a revisão do contrato de concessão do serviço público, a fim de “modernizar” e “diferenciar” a televisão do Estado dos outros canais.

Está também previsto um programa de reorganização, com um plano de saídas voluntárias (até 250 trabalhadores), maiores sinergias com a Lusa (sem fusão de empresas ou de redações) e a criação de uma plataforma de verificação de factos.

Quanto à Lusa (já detida pelo Estado em 95,86% do capital) o Governo pretende concluir a sua aquisição total e, ao mesmo tempo, reforçar a sua independência, criando um novo modelo de governação, com a criação de um conselho de supervisão com uma composição multissetorial, e implantando um programa de modernização tecnológica e digital e mais meios humanos.

A redução do custo dos serviços da Lusa para os órgãos de comunicação social é também encarada no plano como um dos meios de ajuda ao setor, com a agência a fazer descontos a órgãos de informação, locais e nacionais, segundo o Plano de Ação para a Comunicação do Governo que é hoje apresentado. Os descontos vão de 30 a 75%.

O executivo tem dúvidas jurídicas quanto à gratuitidade do serviço da Lusa, defendido pelo anterior Governo (PS), devido ao direito da concorrência da União Europeia (UE), e optou por descontos, de 50% a 75% para os órgãos regionais e locais e de 30% a 50% para os media nacionais.

Uma responsabilidade acrescida no campo cultural e no combate à desinformação e reforço da literacia mediática são outras tantas tarefas que o Governo contempla para a agência pública.

No capítulo dos incentivos ao setor em geral, o Governo reconhece que é necessário fazer um estudo do mercado jornalístico e avaliar o atual regime, promovendo ao mesmo tempo a integração das plataformas digitais e a promoção da modernização tecnológica.

Neste capítulo, é dedicada atenção especial à inteligência artificial (IA), prevendo-se o apoio à capacitação dos jornalistas nesta área e a elaboração de um “livro branco” sobre a IA aplicada ao jornalismo.

O apoio à distribuição de publicações periódicas em zonas de baixas densidade populacional e a garantia da sua distribuição em todo o país, o apoio à formação empresarial e valorização das rádios locais estão também previstos no plano.

O último “eixo” do plano, sobre o combate à desinformação e literacia mediática, prevê a bonificação pelo Estado em 50% das assinaturas digitais dos órgãos de comunicação social e a sua oferta aos estudantes do ensino secundário. Está também em fase de arranque um novo Plano Nacional de Literacia Mediática e o projeto-piloto “literacias”, que consiste na adoção de uma disciplina obrigatória no ensino secundário que promova junto dos alunos competências nesta área.

Com este plano, o Governo diz pretender “resolver pragmaticamente os problemas estruturais do setor, sem disrupções desnecessárias nem quaisquer motivações ideológicas”.

De acordo com o documento, a grandeza e variedade dos desafios que enfrentam o setor e o próprio exercício da atividade dos jornalistas levam o Governo a intervir para “lançar as bases de uma nova política para a comunicação social”, na medida em que esta área é considerada como “absolutamente crítica para a saúde da nossa democracia e da nossa sociedade”.

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“Plano de intervenção na floresta sai em 90 dias e é para aplicar no 91.º”

Três semanas depois dos grandes incêndios que assolaram o país, o ECO organiza uma conferência sobre o valor económico da floresta nacional.

Três semanas depois dos grandes incêndios que assolaram o país, o Eco organiza uma conferência sobre o valor económico da floresta nacional, “A Economia pode salvar a floresta?“. Uma conferência que contará com a presença de representantes de setores tão diversos quanto o setor da agricultura, da biomassa e da indústria papeleira.

Lívia Madureira, professora Universitária na UTAD, apresentou o estudo “Valorização Económica dos Bens e Serviços dos Ecossistemas Florestais de Portugal”, que contabiliza o valor total económico da floresta em 2,24 mil milhões de euros.

 

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Será uma boa altura para continuar a investir em ouro?

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  • 8 Outubro 2024

Queda das taxas de juro e incerteza global podem manter preço do ouro a subir, tornando-o uma aposta interessante para investidores a longo prazo. Em entrevista, dois analistas da XTB explicam porquê.

Só este ano, o preço do ouro subiu cerca de 30% e o crescimento parece querer manter-se pelo menos num futuro próximo. Numa altura em que os bancos centrais têm como intenção continuar a descer as taxas de juro até ao final deste ano, e em que a instabilidade geopolítica se mantém no panorama internacional, esta continua a ser uma boa aposta para muitos investidores. No âmbito da Semana Mundial do Investidor, que decorre entre 7 e 13 de outubro, o ECO falou com Henrique Tomé e Vítor Madeira, analistas da plataforma digital XTB, para perceber o que reserva o futuro para a negociação deste metal precioso.

Com a redução progressiva das taxas de juro e da inflação, acreditam que o ouro continuará a atingir novos máximos históricos?

É expectável que o preço do ouro continue a valorizar, uma vez que o seu desempenho está muito relacionado com o desempenho do dólar americano e das yields das obrigações soberanas nos EUA. A redução progressiva das taxas de juro, em simultâneo com a inflação, acabam por afetar o valor do ouro, bem como as yields. Logo, os preços do ouro acabam por sair beneficiados neste contexto. A juntar a tudo isto, é também importante dizer que a massa monetária é outro fator que também influencia o comportamento do ouro e é necessário de ter isso em conta.

Assistimos, desde o início da guerra na Ucrânia, a uma espécie de corrida ao ouro por vários bancos centrais, mas países como a China parecem ter interrompido essa procura. Que impacto pode ter no preço do ouro?

Para além dos fatores já referidos, o ouro também é visto como um ativo de refúgio e em período de incerteza tende logo a valorizar, tal como aconteceu no início da guerra na Ucrânia e também noutros momentos em que houve maior instabilidade geopolítica e incerteza sobre o futuro. No entanto, o papel do ouro era ainda mais abrangente há uns anos, uma vez que o seu valor acabava por refletir também o valor da moeda (pré-Bretton Woods). O facto de termos a China a comprar grandes quantidades de ouro pode ser visto como um fator de valorização para a própria moeda e não tem de estar relacionado com o que se está a passar com a guerra que continua a decorrer no Leste da Europa.

Além da Ucrânia, a instabilidade geopolítica tem vindo a crescer e em novembro teremos eleições presidenciais nos EUA. Antecipam alguma contaminação do mercado com estas alterações?

O que podemos retirar daqui é o facto de os períodos eleitorais, principalmente nesta fase de taxas de juro elevadas, acabarem por estar muito associados a momentos em que os políticos tendem a aliciar o eleitorado ao prometer mais estímulos económicos, acabando por colocar pressões adicionais na reserva federal a fim de facilitar ainda mais a política monetária. Portanto, estas potenciais mudanças mais “agressivas” na política monetária poderão beneficiar ainda mais o comportamento do ouro pela via da desvalorização do dólar. Não obstante, se por algum motivo a instabilidade geopolítica voltar a aumentar, vamos naturalmente ver os preços do ouro a valorizar mais devido a esse fator.

Que conselhos dariam aos investidores que procuram proteger os seus ativos a longo prazo? O ouro continua a ser um porto seguro?

Quem pretende proteger os seus investimentos de longo prazo deve usar técnicas de cobertura de risco, exposição e diversificação no mercado. O ouro não serve como ativo de refúgio em caso de crash da bolsa. Vejamos que numa situação de pânico, os investidores vendem todos os seus ativos e o ouro é um deles. Conseguimos verificar isso ao longo da história. Para além disso, nessa situação o dólar tende a disparar e, como tal, tem uma pressão negativa automática na cotação do ouro. O ouro serve como um porto seguro para instabilidades geopolíticas, proteção contra inflação (reserva de valor) e proteção contra a desvalorização do dólar.

Depois de um período de vendas, os ETFs de ouro voltaram a aumentar as suas compras. Que implicações poderá ter este movimento para a oferta e procura? O que devemos esperar dos fundos de investimento nos próximos meses?

Nesta altura, a oferta e a procura ainda se encontram desequilibradas, visto que a oferta continua a ser superior à procura de ouro a nível mundial. Temos vindo a observar, ao longo dos últimos anos, que os ETFs têm um impacto muito positivo na cotação do ouro, principalmente quando estes aumentam as suas compras. Se os fundos de investimento continuarem a aumentar as suas compras de ouro, é de esperar que a cotação do ouro aumente ou que, pelo menos, mantenha o seu preço.

A diversificação da carteira de investimentos é uma boa prática que muitas pessoas procuram aplicar. Neste momento, na sua perspetiva, faz sentido pensar no ouro? Do ponto de vista de um analista, a melhor abordagem é o foco em ETFs?

Sim, a diversificação é uma das componentes muito importantes no que toca aos investimentos. Assim, para quem tem uma ótica de investimento a longo prazo faz sentido incorporar o ouro na sua carteira. A forma mais fácil de o fazer pode ser através de ETFs, devido aos baixos custos de negociação, armazenamento e segurança.

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Empresários pedem fim de restrições a veículos turísticos no centro do Porto

  • Lusa
  • 8 Outubro 2024

Empresários do setor de animação turística do Porto alertam que a limitação ameaça postos de trabalho e atira os trabalhadores "para uma situação de precariedade".

Vários empresários do setor de animação turística do Porto lamentaram as restrições aos veículos no centro da cidade e apelaram para que sejam removidas, defendendo que contribuem para a promoção do comércio e economia locais.

Uma semana depois da entrada em vigor do projeto-piloto de restrição ao trânsito de veículos turísticos no centro do Porto, vários empresários do setor manifestaram o seu descontentamento na Assembleia Municipal do Porto, que decorreu na segunda-feira a noite.

“Apresentamos a cidade e o nosso património. Fazemos a primeira introdução à cidade do Porto”, afirmou Ruben Batista, empresário da animação turística que, fruto da entrada em vigor do projeto-piloto tem visto a faturação da empresa “cair a pique”, com cancelamentos constantes que “põe em risco o negócio”.

“Nunca poderemos ser substituídos por transportes públicos“, defendeu o empresário, apelando para que as restrições sejam removidas e para que o município ouça os operadores.

Também Romeu de Oliveira lamentou a “discriminação sem precedentes” ao setor e acusou o município de estar a “tentar varrer uma atividade do centro histórico”.

“Foi encetada uma autêntica caça aos tuk-tuks”, considerou, dizendo que no espaço de uma semana foram mais de 80% os cancelamentos e estimou que, até ao final do mês, os prejuízos ascendam a mais de 30 mil euros, colocando em risco oito postos de trabalho.

“Estas restrições não afetam apenas o nosso setor, mas os que dependem umbilicalmente dos nossos serviços”, lembrou, manifestando também disponibilidade para colaborar com a autarquia, mas “sem sacrificar as empresas”.

Considerando que os operadores da animação turística foram “utilizados como bode expiatório” pelo município e que os problemas de mobilidade persistem na cidade, António Teixeira lamentou que a resposta às propostas apresentadas ao município tenha sido “um sorriso cínico de que nada será mudado”.

Já Tânia Rodrigues lembrou que o propósito dos tuk-tuks é “permitir os que querem descobrir a história da cidade”, dizendo acreditar ser possível que os dois setores – transporte público e animação turística – possam coexistir na cidade.

“Como é que os membros da autarquia chegaram a conclusão de que a nossa atividade deve ser restringida? Com que base nos acusam de causar os problemas de trânsito da cidade?”, questionou.

Às preocupações de Tânia somaram-se as de Leandro Batista que questionou a pertinência “de ameaçar postos de trabalho, cancelar reservas” e atirar os trabalhadores do setor “para uma situação de precariedade”.

Também o presidente da Associação Alojamento Local Porto e Norte, David Almeida, solicitou esclarecimentos sobre o projeto-piloto, lembrando que as restrições “impactam todos”.

Sendo o turismo o maior promotor económico do país não se compreende esta medida”, considerou, apelando para o diálogo e o agendamento de uma reunião urgente com o executivo.

Em 01 de outubro entrou em vigor um projeto-piloto de restrição ao trânsito de veículos turísticos, que durará um ano. Os operadores ficam sujeitos a um regime de autorização prévia por parte do município.

Atualmente, apenas um comboio turístico e autocarros de dois andares ‘hop-on, hop-off’ podem circular numa zona delimitada no centro do Porto, ao abrigo de licenças municipais.

Como foi interposta uma ação em tribunal com vista a suspender a atribuição de licenças por parte da câmara, não há atualmente licenças para ‘tuk-tuks’ ou autocarros de serviço ocasional.

O acesso, circulação e paragem para tomada e largada de passageiros podem ser autorizados pelo município “mediante a capacidade da infraestrutura” e restrições horárias.

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Atraso na inteligência artificial generativa pode tirar até 17 mil milhões ao PIB

Estudo da Google conclui que adoção generalizada da inteligência artificial (IA) generativa pode acrescentar 8% ao PIB. Serviços empresariais são os que mais podem beneficiar.

A generalização da inteligência artificial generativa (IA) pode, no seu pico, gerar um aumento de 8% no PIB de Portugal, o equivalente a entre 18 e 22 mil milhões de euros, calcula um estudo da consultora Implement Counsulting Group para a Google. Atraso na adoção reduz significativamente o impacto.

Apenas 8% das empresas portuguesas adotaram pelo menos uma solução de IA no ano passado, percentagem que fica abaixo dos 11% da média da União Europeia. As PME são mais lentas na adoção, com apenas 7% a usarem a tecnologia, muito abaixo dos 35% apurados para as grandes empresas.

O potencial económico da IA generativa em Portugal — aumento de 8% no PIB, no pico da adoção da tecnologia — está alinhado com a União Europeia. Mas caso Portugal se atrase, poderá existir uma forte divergência.

“Devido a algumas lacunas nos principais impulsionadores da adoção da IA, Portugal corre o risco de sofrer um atraso de cinco anos na adoção e no desenvolvimento da IA ​​​​generativa”, refere o relatório, citado pelo country manager da Google em Portugal, Bernardo Correia. Neste ano o potencial de crescimento da economia ficaria reduzido a 2%, menos 15 a 17 mil milhões do que no cenário sem atraso.

O país está bem posicionado nos “drivers básicos” de adoção de IA, mas está atrasado nos drivers de inovação, nomeadamente “no que diz respeito ao talento”, aponta Bernardo Correia.

A Google.org vai avançar com a formação de 2.000 jovens residentes em Portugal através do Experience AI, um programa educativo criado em conjunto com a Google DeepMind. O programa, gerido pela Raspberry Pi Foundation, recebeu 230 mil euros da Google.org, e o parceiro local será a TUMO. A iniciativa durará até dezembro de 2025.

Setor dos serviços com maior impacto

O impacto económico resulta sobretudo do aumento da produtividade, que deverá abranger 60% dos trabalhadores e chegar a 1,5%, no ponto mais alto.

O setor dos serviços empresariais é o que apresenta maior potencial para aumentar o valor acrescentado bruto através da IA generativa (6 mil milhões), seguido do comércio, transportes e turismo (5 mil milhões) e do setor público (4 mil milhões). Este último beneficiará “através de instrução personalizada na educação, apoio ao diagnóstico e interações com doentes na área da saúde e tratamento automático de documentos e tomada de decisão preparatória na administração pública”.

O impacto para a indústria transformadora e construção é calculado em 2,5 mil milhões. Na agricultura é contabilizado um aumento do valor acrescentado bruto de 500 milhões, “através de agricultura de precisão e otimizar o consumo de recursos”.

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Portuguesa Science4you abre escritório nos EUA

Com cerca de 10 milhões de euros de faturação, o mercado internacional representa 70% das vendas da empresa de brinquedos educativos.

A portuguesa Science4you acaba de abrir um escritório em Los Angeles, nos Estados Unidos, mercado onde já tem à venda brinquedos no gigante de ecommerce Amazon. Depois de Madrid e Londres, é o terceiro escritório da empresa no mercado externo. Com cerca de 10 milhões de euros de faturação, o mercado internacional representa 70% das vendas.

“Temos vindo a trabalhar nos Estados Unidos da América desde Portugal, mas o crescente interesse dos operadores levou-nos a reforçar a aposta no país com a criação de um escritório de representação e showroom em Los Angeles, contando com uma equipa dedicada em parceria com uma empresa local“, adianta Miguel Pina Martins, chairman da Science4You, ao ECO.

“O nosso objetivo é aprofundar a relação com retalhistas com os quais já trabalhamos, como é o caso da Amazon USA, mas também chegar a novos retalhistas, tanto físicos como online, levando os nossos produtos a um número crescente de pessoas”, continua o gestor que, em setembro, assumiu como chairman da empresa que fundou, com Filipe Ramos, até então head of sales, assumido como CEO.

Miguel Pina Martins (chairman) e Filipe Ramos (CEO) da Science4you

Desde novembro de 2022, a Science4You conta com uma nova estrutura acionista com a entrada da Atena Equity Partners, através do fundo Atena II, no capital da empresa. A sociedade gestora de private equity liderou ainda liderar uma injeção de capital de 11 milhões de euros na empresa foi divulgado na época.

“A estratégia da Science4You prevê o reforço da posição no mercado português e o acelerar da sua internacionalização, aproveitando a qualidade e inovação dos brinquedos educativos que desenvolvemos. Em termos geográficos, a expansão no exterior passa pelo crescimento nos mercados onde já estamos presentes, mas também em novos mercados”, diz Miguel Pina Martins.

No âmbito desta estratégia, “o mercado norte-americano apresenta-se como uma grande oportunidade para capitalizarmos as mais-valias da nossa oferta de brinquedos STEAM”, isto é, brinquedos das áreas de Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática, refere ainda o chairman.

Com os produtos à venda em mais de 50 países, entre os quais Espanha, Alemanha, Reino Unido e França, a Science4you exporta 70% das suas vendas. “A abertura do escritório nos Estados Unidos deverá contribuir para reforçar o peso do negócio internacional”, diz Miguel Pina Martins, sem precisar valores.

No primeiro semestre de 2024, a empresa regista uma subida de cerca de 30% das vendas. Com mais de 100 trabalhadores, a empresa tem uma uma faturação anual de cerca de 10 milhões de euros, segundo dados partilhados pela companhia.

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Hoje nas notícias: escolas, RTP e habitação

  • ECO
  • 8 Outubro 2024

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Câmaras de norte a sul do país têm milhões de euros em défice com a gestão das escolas. O Governo não pretende aumentar a Contribuição Audiovisual (CA), apesar de querer o fim da publicidade na RTP. O aumento do preço das casas está a absorver o benefício da isenção de IMT. Estas são algumas das notícias em destaque nos jornais esta terça-feira.

Câmaras têm milhões de euros de défice com gestão de escolas

A generalidade das câmaras injeta milhares de euros para cobrir as despesas com a educação, visto que as transferências do Estado são insuficientes. Em alguns municípios, a fatura chega mesmo aos milhões, como é o caso do Porto e Lisboa. Os municípios com maior défice na educação são Lisboa (fechou 2023 com défice de 14 milhões), Oeiras (fecha com défice de 8,1 milhões desde 2020), Albufeira (6,5 milhões em 2023) e Braga (5,5 milhões), enquanto a cidade Invita registou um défice de quatro milhões. Os principais valores que pesam no desequilíbrio são o pagamento das refeições escolares, a subida dos custos dos bens essenciais (como a água, luz, gás e limpeza), os encargos com os funcionários e o transporte dos alunos.

Leia a notícia completa no Jornal de Noticias (acesso pago).

Governo não sobe taxa audiovisual apesar do fim da publicidade na RTP

A publicidade saíra gradualmente da RTP nos próximos três anos. Não obstante, o Governo não vai subir a taxa da Contribuição Audiovisual (CA) para colmatar os cerca de 20 milhões de euros que a estação de televisão deverá perder em receitas. O Executivo espera que ganhos na eficiência colmatem as perdas da receita. Segundo fonte do Ministério dos Assuntos Parlamentares, a eliminação dos anúncios não terá implicações sobre os contribuintes e o Governo vai revelar nesta terça-feira o pacote de medidas de apoio à comunicação social. A estratégia de médio prazo é diferenciar a estação pública dos concorrentes privados pela qualidade dos conteúdos: o tempo que será libertado com a eliminação da publicidade será dedicado à transmissão de programas de promoção de eventos e iniciativas culturais.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago).

Só 4% das novas convenções incluem complementos de pensão

A contribuições das empresas para planos complementares de pensão dos trabalhadores registou em 2023 a expressão mais reduzida de sempre no histórico disponível de contratação coletiva: no ano passado, apenas 4% das novas convenções coletivas publicadas incluíram este tipo de compensação, segundo os dados do último relatório anual sobre a evolução da negociação coletiva. Isto surge apesar do número de ter registado uma subida no número de convenções que incluem este tipo de prestação, mas a opção por contribuições para complementos de reforma está em queda.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Polícia Municipal de Lisboa passou a ostentar crachás da PSP

Os elementos da Polícia Municipal (PM) de Lisboa passaram a envergar na lapela de fardamento os crachás da Polícia de Segurança Pública (PSP) há três semanas, substituído outro exibindo as armas da cidade. A alteração dos símbolos ostentados no fardamento faz parte da estratégia da Câmara de Lisboa em afirmar a força policia como uma entidade com amplos poderes a nível de segurança pública – incluindo fazer detenções de suspeitos de crimes, como defende o presidente da autarquia, Carlos Moedas, posição que tem sido bastante critica. O Crachá da PSP tinha sido deixado de ser usado pela PM em 2017 durante a presidência do município de Fernando Medida. A Nova mudança alinha-se com o discurso de Moedas que tem vindo a reivindicar nas últimas semanas um papel mais ativo da PM no combate à criminalidade.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago).

Aumento do preço das casas absorve benefício da isenção de IMT

O aumento do preço dos imóveis está a absorver os benefícios de isenção do Imposto de Selo (IS) e Imposto Municipal sobre Transações Onerosas (IMT) aos jovens até aos 35 anos, que entrou em vigor a 1 de agosto deste ano. Quando a medida arrancou, um jovem que quisesse comprar uma casa de 150 mil euros teria uma isenção de 1.279 euros em IMT e 1.200 euros em IS, poupando 2.479 euros. Mas, segundo o Idealista, o preço das habitações subiram 2% em termos trimestrais, pelo que a mesma habitação passou a custar 153 mil euros. Ora, este aumento de 3.000 euros absorve totalmente os 2.653 euros que o jovem passaria a poupar com a isenção fiscal, calcula o jornal. O Partido Socialista alertou para este efeito, defenderam que acaba por criar uma falsa ideia de facilidade da compra da primeira casa pois até podem pagar menos impostos, mas acabam por pagar mais pela casa decido ao aumento do preço dos imóveis em quase todas as zonas dos país.

Leia a notícia completa no Jornal Económico (acesso pago).

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Euromilhões chegou há 20 anos a Portugal. Recorde as campanhas mais icónicas

O primeiro sorteio do Euromilhões em Portugal foi há 20 anos. Decorridas duas décadas, o +M recorda as campanhas mais icónicas lançadas pelos Jogos Santa Casa no âmbito deste jogo de lotaria europeu.

Chegado há duas décadas a Portugal, o Euromilhões já criou vários “excêntricos”. Mais precisamente, desde o primeiro sorteio a 8 de outubro de 2004, o Euromilhões já atribuiu 79 primeiros prémios no país, num total de 2.9 mil milhões de euros, ocupando o quarto lugar no ranking internacional de primeiros prémios atribuídos, avança.

No que diz respeito à comunicação, esta “acompanha o posicionamento diferenciador e os valores da marca – grandiosa, ‘excêntrica’, inovadora, inspiradora, próxima e partilhada, que tem vindo a explorar situações e experiências emocionantes, umas mais quotidianas e outras mais insólitas em contextos familiares ou de comunidades”. “Trata-se de um jogo com uma imagem de modernidade e sofisticação, que invariavelmente utiliza na sua comunicação um tom descontraído e humorístico“, explica Ana Delgado, diretora de marketing dos Jogos Santa Casa, ao +M.

No entanto, esta comunicação tem vindo a evoluir ao longo dos anos. “Inicialmente, a comunicação do Euromilhões focava-se apenas em apresentar este jogo como uma oportunidade única de transformar vidas, utilizando campanhas que destacavam os grandes prémios e a emoção do jogo. Ao longo dos anos, o conceito da comunicação da marca evoluiu para incluir os eixos de partilha e a responsabilidade social, destacando o impacto positivo desta marca na sociedade e comunidade“, refere, acrescentando que está previsto o lançamento de uma nova linha criativa já em 2025.

Até ao final de 2024 os Jogos Santa Casa têm ainda previstas algumas novidades, como a comunicação de um “sorteio especial do tipo Chuva de Milionários”, em novembro, e a ativação de uma “campanha de sexta-feira 13”, em dezembro, adianta.

Hoje, o Euromilhões é uma “marca amplamente conhecida dos portugueses com uma notoriedade próxima dos 100% e uma imagem construída e consolidada por dezenas de campanhas above e below the line“, refere Ana Delgado ao +M, exemplificando com algumas das campanhas mais icónicas lançadas ao longo dos anos:

  • “Estacionamento” (a primeira campanha do Euromilhões em Portugal), da JWT

  • “Dakar”, da JWT

  • “Cabral TV”, da JWT

  • “Ilha”, da JWT

  • “Machado Costa”

  • “Casaquinho”, da Fuel

  • “Esfinge”, da Fuel

  • “Esquecido”

No total, o Euromilhões já atribui 7,5 mil milhões de euros em Portugal, ocupando atualmente o quarto lugar do ranking das vendas europeias deste jogo. Em termos de vendas brutas, ao longo destes 20 anos, o Euromilhões em Portugal acumulou cerca de 16.271 milhões de euros, “o que permitiu aos Jogos Santa Casa distribuir aos seus beneficiários cerca de 6.230 milhões de euros para o desenvolvimento das políticas sociais do Estado nas áreas da saúde, solidariedade social, desporto e cultura”, refere-se em nota de imprensa.

O primeiro prémio mais alto de sempre em Portugal foi sorteado a 25 de junho de 2024, no valor de 213 milhões de euros. O impacto deste prémio foi tão significativo que o excedente da balança de rendimentos secundários disparou 74%.

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Autarca e promotor de hotel travam batalha pelo Castelo de Cerveira

Quase cinco anos depois de concessão ser formalizada, a Câmara de Vila Nova de Cerveira acusa o promotor de não cumprir o contrato. Concessionário culpa a autarquia por "obstaculizar o licenciamento".

No final de 2019, no âmbito do Programa Revive, o Castelo de Vila Nova de Cerveira foi concessionado à empresa Revergogi com o objetivo de o transformar num hotel de quatro estrelas. Quase cinco ano depois, a obra ainda não arrancou. O presidente da Câmara, Rui Teixeira, acusa o concessionário de “não cumprir o contrato e de não cuidar do património”, enquanto o promotor Eurico da Fonseca culpa a autarquia por “obstaculizar o licenciamento”.

Em declarações ao ECO/Local Online, o autarca acusa o promotor de “incumprimento grosseiro por não zelar pelo património e por não cumprir com o estipulado, que era começar com a obra até ao final de 2023″, garantindo ter avançado em tribunal contra o concessionário por incumprimento de prazo. “Teve quatro anos com património do Estado completamente abandonado, vandalizado, impediu as visitas e promoveu a falta de segurança”, critica o presidente da Câmara, Rui Teixeira.

Eurico da Fonseca argumenta ao ECO/Local Online que logo após Rui Teixeira assumir o cargo, em outubro de 2021, “declarou ser contra o projeto de desenvolvimento de um hotel no interior do Castelo de Cerveira” e que o “projeto foi constantemente indeferido desde a tomada de posse do presidente do município”. “O autarca impediu durante mais de dois anos o licenciamento do projeto por razões subjetivas e nunca por razões legais e técnicas”, reage o empresário.

A concessionária teve quatro anos com património do Estado completamente abandonado, vandalizado e impediu as visitas e promoveu a falta de segurança. Foi um incumprimento grosseiro porque não zelou pelo património e não cumpriu com o estipulado, que era começar com a obra até ao final de 2023.

Rui Teixeira

Presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Cerveira

Em 2021, por causa da pandemia, o Turismo de Portugal prorrogou por dois anos a data-limite para este projeto, que mais tarde voltou a ver prorrogado até 2026 o prazo fixado para o início da exploração. Eurico da Fonseca salienta que “a Direção-Geral do Tesouro e Finanças (DFTF) voltou a prorrogar o prazo por reconhecer que os atrasos ocorridos se devem a impedimentos por parte da autarquia”. “Se não licencia o projeto não foi por falta de vontade da minha parte. O Estado concedeu uma prorrogação de três anos devido ao comportamento do presidente da Câmara em não licenciar o projeto”, afirma o empresário.

Lamentando a decisão da prorrogação, o autarca contesta que “o Turismo de Portugal deveria ter auscultado o município antes de renovar o prazo” e faz uma descrição das principais datas do processo. “A licença foi deferida a 15 de março de 2023 e notificada ao requerente a 22 de março do mesmo ano com prazo para levantar de um ano. No limite do prazo pediu prorrogação – indeferida porque não tinha justificação, mas conseguiu com isto mais tempo para levantar. Pagou as taxas e levantou a licença a 22 julho de 2024. A 8 de agosto deste ano foi emitido o alvará, que só é emitido depois de pagas as taxas e levantada a licença”, detalha Rui Teixeira.

Castelo de Vila Nova de CerveiraGilberto Coutinho

No entanto, Eurico da Fonseca assegura que só em maio, dois meses depois, é que soube que a licença tinha sido deferida – e porque ligou para a Câmara. Quanto ao atraso, o promotor justifica-o por ter estado “a aguardar a prorrogação de prazo de três anos por parte do Estado, que foi concedida em agosto”. “Antes da prorrogação do prazo não ia avançar com coisa nenhuma, eu não estou a brincar com dinheiro”, refere.

O porta-voz da empresa concessionária denuncia ainda que o presidente da Câmara de Vila Nova de Cerveira “utiliza um artefacto legal de modo a deixar passar bastante tempo entre respostas a contestações”. “Ele apenas responde de 60 em 60 dias. Anda de 60 em 60 dias para responder à mínima coisa e por isso é que passaram quase dois anos. Andou a arrastar o licenciamento”, sentencia Eurico da Fonseca.

Promotor garante hotel concluído em 2026

Eurico da Fonseca garante que levantou o alvará em setembro e que a obra já está em concurso. O promotor prevê que as obras vão arrancar em janeiro do próximo ano e estar concluídas no prazo de um ano. Situado no distrito de Viana do Castelo, o Castelo de Cerveira vai ser transformado num hotel de quatro estrelas com 44 quartos, num investimento superior a três milhões de euros e que vai permitir a criação de cerca de 30 postos de trabalho.

O autarca tem afirmado publicamente que a falta de avanço no projeto é responsabilidade do concessionário que, desde que lhe foi atribuída a concessão ‘nada fez’, nada construiu. São declarações falsas e manipuladoras com objetivos que não se compreendem, prejudicando Cerveira e os cerveirenses em milhões de euros, considerando que o hotel já poderia estar em operação há bastante tempo.

Eurico da Fonseca

Proprietário da Revergogi

Eurico da Fonseca lamenta as declarações públicas do autarca, que tem “afirmado publicamente que a falta de avanço no projeto é responsabilidade do concessionário que, desde que lhe foi atribuída a concessão “nada fez”, nada construiu”. “São declarações falsas e manipuladoras com objetivos que não se compreendem, prejudicando Cerveira e os cerveirenses em milhões de euros, considerando que o hotel já poderia estar em operação há bastante tempo. Constitui uma importante infraestrutura hoteleira com a necessária contratação de pessoal, de fornecedores e geradora de envolvimento de recursos, fomentando a economia local e regional”, conclui o promotor.

Rui Teixeira disse ao ECO/Local Online que já apresentou uma queixa contra Eurico da Fonseca por “difamação” e” por estar a denegrir a sua imagem sem qualquer razão”. Apesar de reconhecer que a lei está a ser cumprida, o autarca do Alto Minho mostra-se contra a construção do hotel: “o Castelo é um espaço nobre no centro da vila de Cerveira e deveria ser do usufruto de toda a população e dos turistas e importante para a economia local”.

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Plano de reestruturação Santa Casa de Lisboa terá impacto de 350 milhões de euros até 2027

  • Lusa
  • 8 Outubro 2024

Só o impacto financeiro direto na Santa Casa da Misericórdia de Lisboa será de 146 milhões de euros, "depois de distribuído o impacto do Departamento de Jogos pelas entidades beneficiárias".

A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa estima que o plano de reestruturação tenha um impacto financeiro de mais de 350 milhões de euros ao longo de três anos e meio, com a implementação dos quatro programas operacionais. O plano também prevê atingir rendimentos dos jogos sociais superiores a 200 milhões de euros em 2027.

De acordo com o documento, a que a Lusa teve acesso, “entre o segundo semestre de 2024 e o final de 2027, o impacto financeiro total dos quatro Programas Operacionais será de aproximadamente 350,4 milhões de euros”.

Este valor diz respeito ao conjunto da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) e do Departamento de Jogos (DJ), já que o impacto financeiro direto na SCML será de 146 milhões de euros, “depois de distribuído o impacto do Departamento de Jogos pelas entidades beneficiárias”.

A instituição estima que até ao final de 2024 o impacto financeiro seja de perto de 58,8 milhões de euros entre a SCML e o DJ, e de 49,6 milhões de euros de impacto direto na SCML, novamente depois da devida distribuição pelas entidades beneficiárias.

A SCML distribui parte dos resultados líquidos dos jogos sociais por várias entidades, como o Ministério da Administração Interna, Presidência do Conselho de Ministros, Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ministério da Saúde, Ministério da Educação, Governo Regional da Madeira, Governo Regional dos Açores, sendo que a própria SCML recebe apenas 26,52% do total destas verbas.

Depois de ter sido feito um pré-diagnóstico à instituição, a atual direção elaborou um plano de reestruturação assente em quatro programas operacionais, desdobrados por 19 iniciativas, a que correspondem cem medidas.

Os programas operacionais incluem um “Programa de Garantia de Receita”, um “Programa de Redução de Custos”, um “Programa de Eficiência Operacional” e um “Programa de Investimento e Desinvestimento”.

Refere que, “desagregando o impacto financeiro total em termos anuais, observa-se que o impacto económico-financeiro dos programas operacionais aumenta ao longo do período de implementação do Programa de Reestruturação”, passando de um impacto positivo de 58,8 milhões no segundo semestre de 2024 para 159,6 milhões de euros em 2027, ou seja, mais 171%.

Em 2026, o impacto económico-financeiro salta de cerca de 68,3 milhões de euros para quase 160 milhões de euros, um aumento de 91,2 milhões de euros que a SCML justifica com a “consolidação da Iniciativa ‘Jogos Sociais’ do Programa Operacional de Garantia de Receita, que deverá começar a consolidar o seu impacto a partir do primeiro semestre de 2027”, lê-se no documento.

“Na elaboração das demonstrações económico-financeiras estimadas para 31 de dezembro de 2027, com base nas “Metas 2027” fixadas, a SCML apresentará um Resultado Corrente de 97,2 milhões de euros e um Resultado Líquido do Exercício de 87,2 milhões de euros”, refere a SCML.

Acrescenta que os saldos globais da instituição “foram significativamente negativos entre 2020 e 2022, tendo a situação sido invertida em 2023, apesar de as estimativas para 2024 apontarem novamente para um saldo global negativo de 3,3 milhões de euros”.

No entanto, estima obter um resultado líquido — “o indicador financeiro que representa o lucro ou prejuízo total da SCML durante cada ano económico” — positivo de 10.356 mil euros para 2024.

Segundo o que está definido no plano de reestruturação, os objetivos gerais passam por garantir que a sua implementação tem um impacto económico-financeiro positivo já no segundo semestre de 2024, diversificar e aumentar receita, além de reduzir custos.

A SCML estima que o plano de reestruturação tenha um impacto financeiro de mais de 350 milhões de euros ao longo de três anos e meioHugo Amaral/ECO

Santa Casa quer ultrapassar 200 milhões nos rendimentos dos jogos sociais em 2027

Por outro lado, o plano de reestruturação também prevê atingir rendimentos dos jogos sociais superiores a 200 milhões de euros em 2027, aumentando postos de venda, criando novos jogos ou expandindo a raspadinha para o digital.

Segundo o que está definido no documento, a que a Lusa teve acesso, nas projeções financeiras até 2027, com a aplicação dos programas operacionais, a SCML tem uma estimativa para 2024, em relação aos rendimentos provenientes dos jogos sociais, de 192.122.000 euros, valor que aumenta para quase 193 milhões de euros em 2025, cerca de 195,6 milhões no ano seguinte e atinge os 200.244.000 em 2027. Significa que entre 2024 e 2027, a SCML espera crescer 4,13% nos rendimentos provenientes dos jogos sociais.

Refere que, em 2023, os jogos sociais resultaram num total de vendas brutas de mais de 3,1 mil milhões de euros, através de 4.896 pontos de venda e uma rede com 18.978 mediadores. O valor representou mais 66 milhões do que as vendas registadas em 2022.

“Pelo peso que detêm na estrutura de rendimentos da SCML, é crucial atuar sobre as receitas dos jogos sociais do Estado e incrementá-las”, lê-se no documento, que refere que o departamento de jogos tem vindo desde 2021 a implementar medidas para aumentar as vendas, mas ainda não conseguiu atingir os valores registados em 2019, antes da pandemia.

O Programa Operacional de Garantia de Receita (POGR) tem como objetivo o aumento das receitas através de iniciativas nos jogos sociais, saúde, ação social e imobiliário. Concretamente em relação aos jogos sociais, e segundo o que está escrito no documento, é objetivo da Santa Casa da Misericórdia (SCML) “aumentar em dez milhões de euros o valor a distribuir pelas entidades beneficiárias”.

“Esta medida visa aumentar as vendas brutas e melhorar a margem e as operações dos jogos sociais, nomeadamente ao nível da rede de mediadores e do impacto das ações de marketing, publicidade e comunicacionais”, lê-se no documento.

Há 14 medidas pensadas para os jogos sociais, desde o alargamento da rede em mais 200 postos de venda ainda durante o ano de 2024, o que poderá ter um impacto financeiro superior a 9 milhões de euros, e outros 800 no ano de 2025.

Para aumentar as receitas dos jogos sociais vai ser equacionado o “lançamento de novas dinâmicas de jogos da Raspadinha Física com uma vertente digital (Phygital), que permite estender a experiência de jogo da rede física para o canal digital”.

O objetivo é “implementar uma solução de inovação para rejuvenescer a lotaria instantânea física, que permitirá a conexão de jogos físicos com os interativos digitais, promovendo uma experiência de entretenimento digital exclusivo” e, através disso, tentar “captar novos públicos”.

O impacto total da medida será de 42,5 milhões de euros, aos quais se somam cerca de 7,6 milhões de euros para uma “campanha publicitária integrada”, que irá destacar a “conveniência de jogar online ou em postos de venda físicos”.

Está pensado um novo jogo de apostas mútuas, “baseado em prognósticos numéricos [que] visa diversificar o portfólio de jogos, oferecendo sorteios mais frequentes” e que a SCML espera que promova “um crescimento significativo das receitas de jogos (…), atraindo novos públicos e expandindo a base de clientes através de uma proposta inovadora e atrativa”.

Prevê-se que este projeto esteja concluído em finais de 2026 e estima-se um impacto total de quase 136,4 milhões de euros.

O programa para os jogos sociais inclui a modernização dos equipamentos de ponto de venda e plataformas de suporte, mas também um projeto-piloto, chamado Cauteleiros, cujo objetivo será “suportar tecnológica e processualmente a venda ambulante existente para os jogos da Lotaria Clássica, Popular e Instantânea, promovendo um maior controlo da atividade de Venda de Jogo, potenciando a proximidade física, digital e humana”.

De acordo com o documento, os objetivos gerais do plano de reestruturação preveem que possa ter “impacto económico-financeiro positivo ainda no segundo semestre de 2024”, traga diversificação de receitas, uma gestão mais eficaz das despesas e uma redução dos custos.

(Notícia atualizada às 8h33 com mais informação)

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Aliseda lança mais de 40 lotes de terreno em Málaga com capacidade para construir 5.600 habitações e pagamento diferido até 2025

  • Servimedia
  • 8 Outubro 2024

A Aliseda Inmobiliaria apresentou em Málaga o seu plano “Somos Todoterreno” de venda de terrenos a promotores, cujo objetivo é impulsionar o crescimento do parque residencial espanhol.

Concretamente, nesta região, a empresa dispõe de 43 lotes de terreno para promoção residencial, onde podem ser construídas até 5.600 habitações e onde 50% destes terrenos são de utilização finalista.

Com “Somos Todoterreno”, Aliseda afirma que proporciona aos promotores a flexibilidade necessária para lançarem os seus projetos de promoção imobiliária antes de obterem financiamento bancário, o principal obstáculo com que estes profissionais se deparam quando iniciam os seus empreendimentos. A nível nacional, a empresa oferece condições que descreve como vantajosas em 890 lotes de terreno de valor superior a 500 000 euros, com fórmulas de pagamento flexíveis: entrada a partir de 5% do preço e pagamento diferido até 2025 em diferentes modalidades. A flexibilidade oferecida ao promotor permite-lhe iniciar estes projetos, mesmo que não disponha de todo o financiamento. A Aliseda também oferece aos promotores um acompanhamento completo durante todo o processo de aquisição de terrenos, projetos de construção para venda, comercialização de ativos e acompanhamento de projetos.

No âmbito deste evento, o economista Gonzalo Bernardos fez uma panorâmica geral do contexto macroeconómico espanhol, destacando as previsões de crescimento, os dados favoráveis sobre o emprego e as taxas de juro. O economista salientou a “saúde de ferro” da economia espanhola, bem como a solidez do setor imobiliário, dois elementos que fazem da atual oportunidade de investimento um marco.

Quanto aos desafios que o setor enfrenta, Bernardos aludiu à falta de investimento e de despesa, e apelou a uma maior agilização dos processos burocráticos por parte da administração pública, especialmente em termos de habitação a preços acessíveis e de financiamento para os promotores.

Bernardos destacou também o crescimento empresarial de Málaga nos últimos anos e apontou para uma maior diversificação dos empreendimentos, não só na zona costeira, mas também nos arredores da cidade. “Os arredores de Málaga são sítios muito interessantes para desenvolver. Depois de Madrid, Málaga é a segunda cidade mais adequada em Espanha para o desenvolvimento de habitações”, afirmou. Assim, fatores como o aumento da procura externa contribuíram para este posicionamento, explicou o economista.

O Diretor de Terrenos da Aliseda, Luis Alonso Plaza, destacou o facto de a empresa ser o maior promotor de terrenos em Espanha, com mais de 4.000 ativos deste tipo em todo o país. Alonso destacou também o potencial da cidade de Málaga e a presença da Aliseda em toda a província, sublinhando o apoio da empresa aos promotores locais e as condições flexíveis que oferece. “A partir da Aliseda, sentimo-nos parte da solução. Somos o aliado dos promotores para além da mera venda de terrenos, estamos também a colaborar com estes profissionais para comercializar o seu produto”, afirmou.

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O dia em direto nos mercados e na economia – 8 de outubro

  • ECO
  • 8 Outubro 2024

Ao longo desta terça-feira, 8 de outubro, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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