Filipe Anacoreta Correia: “A mobilidade é a grande paixão, é o tema da cidade”

  • ECO
  • 30 Setembro 2024

Os grandes investimentos de Lisboa na melhoria da mobilidade da cidade foram apontados por Filipe Anacoreta Correia, Vice-Presidente da Câmara de Lisboa, durante a conferência Outlook Auto.

Numa reflexão sobre o papel vital da mobilidade no desenvolvimento urbano, Filipe Anacoreta Correia, Vice-Presidente da Câmara de Lisboa, destacou a importância deste tema para a cidade de Lisboa. O vice-presidente frisou, durante o encerramento da conferência Outlook Auto, que hoje, mais do que questões de urbanismo ou licenciamento, os debates mais acesos nas grandes cidades giram em torno da mobilidade.

Numa conversa com António Costa, Diretor do ECO, o vice-presidente admitiu que esta é uma área que provoca polarização, com diversas soluções a serem testadas, desde a redução das emissões de carbono à reestruturação das frotas de transporte público.

"Todos os projetos que têm havido ligados à sustentabilidade, nomeadamente zonas de emissões reduzidas, são muito mais eficientes na dimensão ambiental, na renovação da frota, do que na redução do número de carros.”

Filipe Anacoreta Correia, Vice-Presidente da Câmara de Lisboa

Nesse sentido, destacou o compromisso da capital, que já se comprometeu a antecipar em 20 anos o objetivo de neutralidade carbónica, uma vez que quer alcançar essa meta até 2030, sendo a mobilidade sustentável o pilar desta transformação. No entanto, segundo Filipe Anacoreta Correia, apesar de progressos visíveis na qualidade da mobilidade e na redução das emissões, a diminuição do número de carros nas ruas ainda não é tão expressiva quanto o desejado, algo que se espelha em muitas outras cidades no mundo.

Encerramento da conferência Outlook Auto com Filipe Anacoreta Correia, Vice-Presidente da Câmara de Lisboa, e António Costa, Diretor do ECOHugo Amaral/ECO

“Do acompanhamento que temos feito no âmbito do circuito das C40, das grandes cidades mundiais, aquilo que temos ouvido é que todos os projetos que têm havido ligados à sustentabilidade, nomeadamente zonas de emissões reduzidas, são muito mais eficientes na dimensão ambiental, na renovação da frota, e numa mobilidade mais sustentável, do que na redução do número de carros”, disse.

Investimento histórico no transporte público

O investimento que a Câmara de Lisboa tem feito no transporte público foi algo que o autarca também mencionou, nomeadamente os passes gratuitos para jovens e idosos, que já beneficiam mais de 110 mil pessoas, e que, ao mesmo tempo, promovem a sustentabilidade na capital. Filipe Anacoreta Correia destacou, ainda, que metade dos beneficiários destes passes não fazia parte do sistema anteriormente, o que representa um aumento significativo no uso dos transportes públicos.

Estamos a fazer um investimento realmente sem precedentes, pelo menos nos últimos 15 anos, na renovação e no alargamento da frota dos autocarros. É um investimento superior a 220 milhões de euros até 2027. Nós precisamos de mais e melhor frota para alargar a oferta. E, por isso, o nosso objetivo é, até 2028, ter uma percentagem muito grande, com quase 90% de uma frota limpa“, revelou.

"Estamos a fazer um investimento realmente sem precedentes, pelo menos nos últimos 15 anos, na renovação e no alargamento da frota dos autocarros. É um investimento superior a 220 milhões de euros até 2027.”

Filipe Anacoreta Correia, Vice-Presidente da Câmara de Lisboa

O vice-presidente explicou que esta transformação está a ser feita sem o apoio do PRR (Plano de Recuperação e Resiliência), um cenário que difere de outras cidades europeias como Madrid, que conseguiu modernizar toda a sua frota com este financiamento. Mesmo assim, o autarca garantiu: “Aqui, em Portugal, não foi feita essa opção, e nós lamentamos, mas não deixamos de fazer esse investimento”.

Filipe Anacoreta Correia, Vice-Presidente da Câmara Municipal de LisboaHugo Amaral/ECO

Também a expansão da rede de mobilidade suave, através do sistema de bicicletas partilhadas Gira, faz parte desta aposta. Filipe Anacoreta Correia revelou que a rede e o número de bicicletas aumentaram mais de 50% desde o início do mandato, com o objetivo de cobrir as 24 freguesias. E uma medida que poderá ajudar a atingir este objetivo é a integração das bicicletas no passe navegante: “Para os residentes que têm o passe navegante, a Gira passa a estar incluída no passe. Portanto, nós estamos a dar cada vez mais argumentos às pessoas para andarem em transporte público, já que têm, até na última milha do destino final, modos complementares de mobilidade para poderem prescindir do carro”.

Outra inovação mencionada foi o projeto dos Parques de Navegantes, que incentiva os residentes a deixar os carros em parques de estacionamento nas periferias e a utilizar o transporte público até ao centro da cidade. Este conceito está em fase de teste em zonas como o Lumiar, com a possibilidade de expansão para a área metropolitana.

Carros vão sair de Lisboa?

Filipe Anacoreta Correia também respondeu à questão da possível proibição de carros em Lisboa, algo que refutou, argumentando que essa decisão já gerou resultados menos positivos noutras cidades europeias. “Houve cidades que procuraram chegar a um modelo quase persecutório em relação à utilização do carro. Mas aquilo que algumas dessas cidades nos indicam é que o resultado não foi muito feliz porque, hoje em dia, essa medida tornou-se muito pouco amiga dos residentes, que foram logo os primeiros a sofrer as consequências. A começar pelos obstáculos de acesso e de visitas, que conduziu a que muitas dessas cidades se tenham tornado bibelôs turísticos, sem grande vida. O nosso modelo vai precisamente noutro sentido”, revelou.

"A mobilidade é a grande paixão, é o tema da cidade.”

Filipe Anacoreta Correia, Vice-Presidente da Câmara de Lisboa

Em vez de “perseguir” o carro, o objetivo de Lisboa, segundo o autarca, é tornar determinadas zonas, como a Baixa, mais acessíveis para quem realmente precisa de estar lá, eliminando o tráfego de atravessamento. Para o vice-presidente, a ideia é “abrir” a cidade, preservando o património e garantindo que os espaços urbanos sejam vibrantes e habitáveis.

Encerramento da conferência Outlook AutoHugo Amaral/ECO

“Ao fim dois anos na mobilidade, já começo a ver algumas coisas a acontecerem. E acredito que, neste último ano, muitas dessas coisas vão começar a surgir. No fundo, isso significa que há sempre um lastro, ou seja, parte do próximo ano será um ano para concluir projetos que aprovámos, e será altura de os ver aparecer e, ao mesmo tempo, de planear todos os outros. Claramente, a mobilidade é a grande paixão, é o tema da cidade”, concluiu.

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“A mobilidade tem direito a estar no pódio dos desafios urbanos”

  • ECO
  • 30 Setembro 2024

O desafio da mobilidade é, para Miguel Castro Neto, Diretor da NOVA Information Management School, um dos principais problemas dos centros urbanos modernos.

Entre os vários desafios que as cidades enfrentam, Miguel Castro Neto, Diretor da NOVA Information Management School, considera que a mobilidade deverá estar entre os principais. Esta conclusão foi partilhada durante a conferência Outlook Auto, num painel que também reuniu Miguel Eiras Antunes, Partner da Deloitte, e que foi moderado por Shrikesh Laxmidas, Diretor-Adjunto do ECO.

Miguel Castro Neto apontou Lisboa como exemplo das dificuldades que as cidades enfrentam no caminho para a neutralidade carbónica. Segundo ele, “50% das emissões [da capital] vêm dos transportes, da mobilidade”, um indicador que torna essa área num dos maiores desafios que qualquer cidade moderna enfrenta. Lisboa faz parte da missão «Cidades com Impacto Neutro no Clima e Inteligentes até 2030», tem o objetivo de antecipar a neutralidade carbónica para 2030, bem antes do limite estabelecido para 2050. Mas, para cumprir isso, o diretor da NOVA Information Management School considera os transportes públicos e a adoção de novas tecnologias serão pilares centrais nesse processo.

"50% das emissões [da capital] vêm dos transportes, da mobilidade.”

Miguel Castro Neto, Diretor da NOVA Information Management School

O diretor também destacou o impacto das falhas de mobilidade em outras áreas urbanas, como o acesso à habitação. “Muitos dos problemas que nós, por vezes, imputamos às cidades resultam das dificuldades da mobilidade”, afirmou, sublinhando que o planeamento urbano deve considerar a oferta de soluções de transporte acessíveis e sustentáveis, capazes de ligar as pessoas a empregos, educação, serviços de saúde e outras necessidades diárias. Referiu ainda que, na sua visão, o conceito de cidades dos 15 minutos – em que os cidadãos podem aceder a tudo o que necessitam num raio de 15 minutos a pé ou de bicicleta – é um objetivo desejável, mas extremamente desafiador.

Por tudo isto, Miguel Castro Neto afirmou mesmo que “a mobilidade tem direito a estar no pódio dos desafios urbanos” pelo facto de afetar não só o setor dos transportes, mas também todos os outros que dependem dela.

Miguel Castro Neto, Diretor da NOVA Information Management SchoolHugo Amaral/ECO

Por sua vez, Miguel Eiras Antunes, que coordena a área de Smart Cities na Deloitte, partilhou uma visão integrada para a transformação da mobilidade, ao apresentar o trabalho que a sua equipa tem desenvolvido a nível global. “A mobilidade é uma componente muito relevante nas smart cities“, disse, enfatizando a necessidade de colaboração entre especialistas de vários setores – desde o automóvel aos transportes públicos e privados. O especialista referiu ainda a participação da Deloitte em grandes eventos internacionais, como o Smart Cities World Congress e o Fórum Económico Mundial, nos quais têm sido debatidas as tendências e inovações no setor da mobilidade urbana.

"A transição para veículos elétricos é inevitável.”

Miguel Eiras Antunes, Partner da Deloitte

Entre os exemplos práticos que o responsável da Deloitte mencionou, destacou-se o envolvimento da Deloitte em projetos de mobilidade em cidades como Bruxelas, onde foram implementadas novas soluções tecnológicas, e NEOM, o maior projeto de desenvolvimento urbano do mundo, para o qual a consultora tem contribuído com estratégias de mobilidade inteligente.

Miguel Eiras Antunes, Partner da DeloitteHugo Amaral/ECO

A necessidade de uma mudança urgente no setor automóvel também foi frisada pelo partner da Deloitte, que sublinhou que a mobilidade sustentável passa pela transição para veículos elétricos e pela adaptação das empresas às novas regulamentações, como a proibição de venda de veículos a combustão a partir de 2035. “A transição para veículos elétricos é inevitável”, afirmou, apontando que os jovens, com hábitos de consumo diferentes das gerações anteriores, estão mais inclinados para a mobilidade partilhada e serviços de subscrição de veículos, uma tendência que terá um impacto direto nos modelos de negócio dos operadores automóveis.

"Nós não estamos a resolver o verdadeiro problema das cidades, que é termos carros a mais.”

Miguel Castro Neto, Diretor da NOVA Information Management School

Esta ideia também foi reforçada por Miguel Castro Neto, que alertou para o risco de se perpetuar o excesso de veículos nas cidades, mesmo com a eletrificação das frotas. “Nós não estamos a resolver o verdadeiro problema das cidades, que é termos carros a mais”, disse, referindo que a proliferação de veículos autónomos poderá até agravar a circulação de automóveis nas cidades, já que estes poderão estar constantemente em movimento, ao invés de estacionados. Para ele, a solução passa por um “ajustamento dinâmico” do transporte público, que deve ser eficiente e flexível para responder às necessidades dos cidadãos em tempo real.

Painel “Smart Cities – Impacto no setor”Hugo Amaral/ECO

Outro tema abordado foi a crescente importância de soluções de mobilidade para populações específicas, como idosos, crianças e pessoas com deficiência. Segundo Miguel Eiras Antunes, este é um dos desafios que pode abrir novas oportunidades de receita para o setor automóvel, mas que requer inovação e adaptação das infraestruturas de mobilidade.

"O cidadão deve estar no centro [das soluções de mobilidade].”

Miguel Eiras Antunes, Partner da Deloitte

Nesse sentido, os especialistas foram, ainda, unânimes ao destacar o papel central do cidadão nas cidades do futuro. “O que eu acho que vai acontecer é que vamos poder usar soluções de mobilidade de forma invisível”, defendeu Miguel Castro Neto, explicando que o objetivo é criar um ambiente em que os cidadãos possam usufruir dos serviços urbanos sem fricções, com soluções de mobilidade que resolvam de forma prática os desafios diários de deslocação: “Ou seja, quando sair de casa [o cidadão], terá uma solução de mobilidade que combina transporte público e transporte privado, diferentes modalidades, de forma a levá-lo ao seu destino. É esse o caminho”.

Esta visão também foi complementada por Miguel Eiras Antunes, que afirmou que “o cidadão deve estar no centro” das soluções de mobilidade, com opções complementares que permitam uma experiência fluida entre transporte público, privado e partilhado.

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Inflação em Portugal acelera em setembro e volta a situar-se acima dos 2%

A taxa de variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor aumentou para 2,1% em setembro, após se ter situado abaixo de 2% no mês anterior.

A taxa de inflação voltou a situar-se acima dos 2% em setembro, após a forte desaceleração registada em agosto. O Índice de Preços no Consumidor acelerou para 2,1%, em termos homólogos, um aumento de 0,2 pontos percentuais (pp.) à observada no mês anterior, de acordo com a estimativa rápida divulgada esta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Descontando os produtos alimentares não transformados e energéticos, a taxa de inflação acelerou para 2,8%, o que compara com a taxa de 2,4% no mês precedente.

Fonte: Instituto Nacional de Estatística

No entanto, a taxa de inflação dos produtos energéticos diminuiu para -3,5% (-1,4% no mês anterior), essencialmente devido à conjugação da redução mensal nos preços dos combustíveis e lubrificantes (-1,0%) com o efeito de base associado ao aumento registado em setembro de 2023 (3,2%).

Por outro lado, a subida dos preços dos produtos alimentares não transformados acelerou para 0,9%, contra 0,8% em agosto, enquanto a taxa de inflação dos produtos alimentares transformados registou uma variação homóloga de 4,26%, que compara com os 4,58% em agosto.

Já o IPC excluindo habitação registou uma variação homóloga de 1,88%, o que compara com os 1,65% registados em agosto.

O Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) português também acelerou para 2,6%, quando em agosto foi de 1,8%.

(Notícia atualizada às 11h18)

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Tabaqueira e Sintra juntaram-se contra os resíduos deixados no espaço público

  • ECO
  • 30 Setembro 2024

Cerca de 350 pessoas uniram-se no Dia Mundial da Limpeza para recolha de resíduos junto à fábrica da Tabaqueira, tendo retirado do espaço 1,5 kg de pontas de cigarro e quase 70 kg de plástico e metal.

A câmara de Sintra e a Tabaqueira promoveram, no Dia Mundial da Limpeza, uma ação de sensibilização para a boa gestão da água, mobilizando cerca de 350 pessoas para recolha de resíduos no Bairro da Tabaqueira e em três ribeiras que passam no perímetro da fábrica da empresa. A iniciativa “Juntos por uma Sintra mas Limpa” permitiu retirar do espaço público 197 kg de resíduos espalhados nas imediações da subsidiária da Philip Morris International, em Sintra, dos quais a maioria, quase 70 kg, plástico e metal.

A prevalência junto de linhas de água destes dois resíduos — para os quais a população dispõe do ecoponto amarelo — comprova, uma vez mais, a intervenção da mão humana no ciclo de contaminação dos rios e mares com plástico e microplástico.

Entre os outros resíduos para os quais o país disponibiliza igualmente ecopontos, o vidro representou 55 kg e o papel somou 22 kg. Os resíduos indiferenciados ascenderam a 50kg e, relevante pela associação à indústria do tabaco, foram também recolhidos 1,5 kg de pontas de cigarros.

A Tabaqueira foi uma das cerca de 200 afiliadas da Philip Morris International que assinalaram o Dia Mundial da Limpeza, na passada quarta-feira. A empresa explica, em comunicado, que soma mais de uma década de ações de sensibilização ambiental, designadamente a campanha “Portugal não é um cinzeiro”, dirigida aos fumadores, apelando a que não arremessem indevidamente pontas de cigarro para o espaço público.

Esta ação reflete o nosso compromisso com a construção de um futuro mais sustentável e livre de fumo, ao reforçar uma boa gestão dos resíduos gerados pelos seus produtos e ao sensibilizar todas as partes envolvidas sobre os impactos ambientais e a necessidade de uma gestão sustentável dos recursos naturais”, afirmou Marcelo Nico, diretor-geral da Tabaqueira. Por seu lado, a diretora de sustentabilidade da Philip Morris International diz que os responsáveis da empresa norte-americana estão “cientes da necessidade de mitigar o impacto ambiental dos nossos produtos, bem como os seus efeitos na saúde pública. O nosso objetivo é preservar os recursos naturais, reduzir a produção de resíduos e evitar o seu descarte inadequado, que frequentemente acaba no chão”.

Pedro Ventura, vereador da Câmara Municipal de Sintra, apela à “reflexão”, no contexto da “situação verdadeiramente dramática no nosso país, devido aos incêndios, de destruição de vidas humanas, de destruição de património cultural, natural e privado. E é por isso que esta ação também deve ter o devido enquadramento que é a grande valorização do património natural que temos aqui no Bairro da Tabaqueira”, realça o responsável da autarquia.

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Portugueses vão poder entrar na China sem visto a partir de 15 de outubro

  • ECO
  • 30 Setembro 2024

Até 31 de dezembro de 2025, os detentores de passaporte português vão poder entrar no país asiático sem necessidade de visto, por um período até 15 dias, para atividades como negócios ou turismo.

A China vai alargar a política de isenção de vistos para cidadãos de mais quatro países europeus, incluindo Portugal. A partir de 15 de outubro e até 31 de dezembro de 2025, os detentores de passaportes portugueses, gregos, cipriotas e eslovenos vão poder entrar no país sem necessidade de visto, por um período até 15 dias e para atividades como negócios, turismo e visitas familiares.

A extensão da política de isenção de vistos a Portugal, que era reclamada há vários meses pelos empresários portugueses, foi anunciada esta segunda-feira em conferência de imprensa pelo porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian, citado pela imprensa estatal chinesa.

Desta forma, um total de 20 países europeus passam a beneficiar desta pedida implementada pelo Executivo de Pequim e que visa estimular o turismo internacional e o investimento estrangeiro, abalados pela pandemia da Covid-19, durante a qual a China impôs um encerramento quase total das fronteiras.

Nos últimos meses, o país asiático adotou uma série de medidas para ajudar os viajantes internacionais, incluindo a disponibilização dos serviços de pagamento eletrónico WeChat Pay e Alipay aos utilizadores estrangeiros que visitam a China.

No primeiro semestre deste ano, os visitantes estrangeiros mais do que duplicaram para 14,64 milhões. Segundo dados da Administração Nacional de Imigração, as entradas sem visto ultrapassaram 8,5 milhões, equivalendo a 58% das viagens, que, ainda assim, estão ainda abaixo do nível pré-pandemia.

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Suplemento de 300 euros começa a ser pago às Forças Armadas em outubro

A atualização será faseada e o suplemento vai chegar aos 400 euros a 1 de janeiro de 2026. Governo atribuiu ainda benefícios adicionais de saúde aos antigos combatentes.

O aumento do suplemento de condição militar dos atuais 100 para 300 euros começa a ser pago a partir de outubro de 2024, com retroativos a 1 de julho.

“O aumento do suplemento de condição militar começa a ser pago a partir de outubro de 2024, com retroativos a 01 de julho. A atualização será faseada, de 100 para 300 euros no corrente ano, aumentando para 350 euros a 01 de janeiro de 2025 e para 400 euros a 01 de janeiro de 2026”, lê-se no comunicado do Ministério da Defesa

Foi aprovado ainda aos militares e militarizados das Forças Armadas o direito a uma compensação especial por invalidez permanente ou morte, quando estas sejam diretamente decorrentes dos riscos próprios da atividade militar. O valor da compensação por morte é de 250 vezes o valor da retribuição mínima mensal garantida. Já o valor da compensação por invalidez permanente corresponde, no mínimo, a 150 vezes o valor da retribuição mínima mensal garantida e tem como limite máximo 250 vezes aquele valor.

O Governo aprovou ainda a atribuição de benefícios adicionais de saúde aos antigos combatentes. Os antigos combatentes pensionistas têm direito a 100 % da parcela não comparticipada dos medicamentos pelo SNS, enquanto os antigos combatentes não pensionistas têm direito a uma majoração para 90 % da comparticipação dos medicamentos psicofármacos. A comparticipação é efetuada de forma faseada, sendo 50 % a 1 de janeiro de 2025 e 100 % a partir de 1 de janeiro de 2026.

O Executivo deu luz verde ao aumento do suplemento de embarque e criou dois novos suplementos, a aplicar a partir de janeiro do próximo ano: o suplemento de deteção e inativação de engenhos explosivos e o suplemento para operador de câmara hiperbárica.

As medidas anunciadas vão ter um impacto orçamental de 120 milhões de euros no terceiro ano de aplicação, ou seja, em 2026, de acordo com a estimativa do Governo social-democrata.

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Fisco deixou cair IMI das barragens após reuniões com EDP

  • ECO
  • 30 Setembro 2024

Os encontros decorreram em 2016 e 2017 e contaram com a presença da diretora-geral da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT). Dois meses após a última reunião, o Fisco isentou as concessionárias.

A diretora-geral da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), Helena Borges, e outros dirigentes do Fisco reuniram-se duas vezes com representantes da EDP em 2016 e 2017 para falar sobre a tributação das barragens em sede de IMI. As reuniões, a 27 de julho de 2016 e a 14 de março de 2017, decorreram numa altura em que o Fisco estava a discutir se as centrais hidroelétricas de utilidade pública (onde privados desenvolvem uma atividade económica) deveriam pagar IMI. Depois destes encontros, a AT decidiu isentar as concessionárias deste pagamento.

Segundo a informação avançada esta segunda-feira pelo Público, foi dois meses após a segunda reunião que o Fisco tomou a decisão final em relação ao IMI: a 23 de maio de 2017, a subdiretora-geral da área dos impostos sobre o património, Lurdes Silva Ferreira, manda os serviços de finanças eliminarem das matrizes prediais os aproveitamentos hidroelétricos “com utilidade pública declarada”, por considerar que o facto de o edificado explorado pelos privados integrar o domínio público isenta as concessionárias de pagar o IMI, uma decisão que beneficia sobretudo a EDP.

A existência destas duas reuniões foi tornada pública porque a Câmara de Miranda do Douro — onde estão localizadas duas das seis barragens que a EDP vendeu ao consórcio da Engie em 2020 no polémico negócio isento de Imposto de Selo — foi para tribunal contra a AT para confirmar se, de facto, tinham existido reuniões, em que datas e que notas guardara a autoridade tributária do encontro. Numa primeira resposta, a AT recusou responder, mas o município recorreu judicialmente e o tribunal forçou as Finanças a prestarem o esclarecimento.

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Nuno Santana: “O desafio de um empreendedor é conhecer as pessoas e o seu comportamento”

  • ECO
  • 30 Setembro 2024

O empresário, que diz que "vive de juntar pessoas", é o convidado do terceiro episódio do podcast “E Se Corre Bem?”.

 

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Nuno Santana é um empreendedor que atua em diferentes áreas de negócio. É dono e fundador da empresa de eventos e marketing NIU, a produtora do Wonderland Lisboa, sócio do Grupo Praia, dono de vários restaurantes e é, ainda, responsável por outras funções.

Nuno Santana, Empresário, no podcast do ECO “E se Corre Bem?”Hugo Amaral/ECO

Diz que vive de «juntar pessoas e que todos os seus negócios são juntar pessoas». Talvez, por isso, tenha nascido o Grupo Praia. Segundo o próprio, este projeto «nasce de uma necessidade de ter uma sala para receber amigos e sobretudo para continuarmos juntos», diz.

"Há aquela coisa de ativação de marca, mas nós não ativamos marcas, ativamos pessoas, que, por sua vez, vão ativar as marcas”

Nuno Santana, empresário

Ao longo da conversa, Nuno Santana realçou a importância da parte humana para o sucesso de um negócio. «Há aquela coisa de ativação de marca, mas nós não ativamos marcas, ativamos pessoas, que, por sua vez, vão ativar as marcas. O desafio de um empreendedor, hoje em dia, é conhecer as pessoas e o seu comportamento», explica.

No entanto, esta não foi só uma conversa sobre negócios. O imediatismo da sociedade, a cultura do trabalho em Portugal e no mundo, o impacto do turismo e as tendências de ócio que estão a mudar, também foram alguns dos temas discutidos.

Relativamente ao medo de arriscar, o empresário diz que o que lhe causa receio é o facto de não ter estímulos novos. «A falta de adrenalina é o que me dá ansiedade», refere.

 

Apesar de admitir que não consegue desligar em tempos de descanso, Nuno é um defensor da terapia, cujo nome prefere trocar por «educação emocional».

«Eu acho que o tema de saúde mental tem um problema de branding. A terapia não se devia chamar de terapia, devia chamar-se de educação emocional e deveria ser obrigatória», afirma.

Este podcast está disponível no Spotify e na Apple Podcasts, com o apoio do Doutor Finanças e da Nissan.

Se preferir, assista aqui:

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Incentivo em IRC para aumentar salários só chegou a 513 empresas no primeiro ano

  • ECO
  • 30 Setembro 2024

Despesa fiscal do incentivo à valorização salarial relativo ao ano passado foi de 6,7 milhões de euros, um valor muito inferior aos 75 milhões que estavam no último Orçamento do Estado.

O incentivo à valorização salarial para as empresas que aumentassem os salários em 5,1% no último ano só chegou a 513 empresas. Embora as majorações de encargos salariais envolvidos ascendam a quase 50 milhões de euros, a despesa fiscal deste benefício foi de 6,7 milhões de euros em 2023. O relatório do Orçamento do Estado previa que custasse 75 milhões.

O Governo anterior aprovou um benefício que permite às empresas que aumentem os salários dos seus trabalhadores em linha com os referenciais acordados na Concertação Social pagar menos IRC (5,1% em 2023). No entanto dados do Ministério das Finanças citados pelo Jornal de Negócios (acesso pago) mostram que este incentivo chegou a um número residual de empresas — 513 — , quando o relatório do Orçamento para 2023 referia que a medida era dirigida a “mais de 500 mil empresas” e previa um custo orçamental de 75 milhões de euros.

Como o ECO noticiou, o Executivo liderado por Luís Montenegro quer reforçar o benefício previsto em sede de IRC para as empresas que aumentem os salários dos seus trabalhadores. De acordo com a proposta entregue às confederações empresariais e centrais sindicais, propõe que os empregadores que assegurem um aumento mínimo de 4,7% do seu salário médio e das remunerações mais baixas beneficiem de uma majoração de 50% dos encargos correspondentes ao aumento salarial, em sede de IRC, sendo o montante máximo dos encargos majoráveis o equivalente a cinco vezes o salário mínimo nacional (4.350 euros, considerando a retribuição mínima já anunciada para 2025).

 

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Economistas de todo o mundo apelam a reforma das regras da contratação pública da UE

  • Lusa
  • 30 Setembro 2024

Cerca de 80 economistas chama a atenção para a necessidade de melhorar as condições de trabalho em setores de mão-de-obra intensiva, como os serviços de limpeza, segurança e alimentação.

Dezenas de economistas mundiais, entre eles portugueses como Francisco Louçã, apelaram esta segunda-feira a uma reforma das regras de contratação pública da União Europeia que reforce a negociação coletiva e melhore as condições de trabalho em setores essenciais.

Numa carta aberta divulgada esta segunda-feira no jornal Público, o grupo, composto por cerca de 80 economistas, coloca-se ao lado dos trabalhadores essenciais e chamam a atenção para a necessidade de melhorar as condições de trabalho em setores de mão-de-obra intensiva, como os serviços de limpeza, segurança e alimentação.

Os economistas, principalmente professores universitários, referem que, apesar de terem sido estes os trabalhadores que mantiveram as comunidades as comunidades seguras, limpas e alimentadas durante a pandemia, eles são frequentemente considerados “como meros fatores de custo, e não como investimentos cruciais na saúde, segurança e bem-estar da sociedade”.

“Um ano e meio depois de a Organização Mundial de Saúde ter declarado o fim da Covid-19 como uma emergência sanitária mundial, o fim da emergência social que muitos trabalhadores essenciais enfrentam ainda não chegou”, escreve o grupo de economistas, que, entre os portugueses, inclui ainda Alexandre Abreu, professor auxiliar do Departamento de Economia, ISEG, Universidade de Lisboa.

Recordam que muitos dos trabalhadores essenciais são trabalhadores migrantes — na sua maioria mulheres — e enfrentam a ameaça de uma extrema-direita crescente “que utiliza o seu poder político não só para se opor a políticas económicas progressistas, mas também para estratificar ainda mais o mercado de trabalho em função da nacionalidade, da religião, do género e da orientação sexual”.

Pedem uma “reforma progressiva” das diretivas da UE relativas aos contratos públicos, sublinhando que a contratação de empresas privadas pelas autoridades públicas para o fornecimento de bens e serviços ascendem a dois biliões de euros, cerca de 14% do PIB da União Europeia e que “milhões de trabalhadores são empregados na UE através destes contratos”.

“As normas criadas através dos contratos públicos influenciam os salários e as condições de trabalho em todo o setor privado”, consideram, frisando que as atuais práticas de contratação pública — com a ênfase dominante no preço mais baixo das propostas — “criam condições de mercado que permitem aos proponentes ignorar os critérios sociais”.

A ênfase da diretiva da UE relativa aos contratos públicos no preço como principal critério de adjudicação “marginaliza outros fatores críticos, como os direitos laborais e condições de trabalho justas, que são essenciais para um crescimento económico sustentável e bons empregos”, insistem

Numa altura em que a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou uma revisão das orientações para os contratos públicos no seu próximo mandato, os especialistas que assinam esta carta aberta manifestam apoio aos trabalhadores essenciais e aos sindicatos europeus na sua luta para “garantir normas de trabalho justas, reforçar a negociação coletiva e a voz dos trabalhadores no âmbito destes serviços externalizados”.

“Trabalharemos em conjunto com todas as forças progressistas que procuram melhorar os meios de subsistência e as condições de trabalho dos trabalhadores, independentemente do seu estatuto, identidade e profissão”, escrevem.

Dizem ainda apoiar a mobilização do movimento laboral para “travar o nivelamento por baixo” nos contratos públicos que terá lugar em Bruxelas no dia 01 de Outubro de 2024, sublinhando que a negociação coletiva e os direitos sindicais “são um pilar fundamental de mercados de trabalho equitativos”.

“É imperativo que os seus princípios sejam integrados e aplicados em todos os processos de contratação pública”, defende o grupo de especialistas, que integra economistas europeus e norte-americanos.

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Conferência sobre o papel da Economia na proteção da floresta acontece a 8 de outubro no CCB

  • ECO
  • 30 Setembro 2024

Durante uma manhã, vamos debater o papel da Economia na defesa e valorização da floresta.

Depois dos incêndios, o ECO vai promover um debate sobre o valor económico da floresta. O evento acontece na manhã de 8 de outubro, no Centro Cultural de Belém.

O Secretário de Estado das Florestas Rui Ladeira já confirmou a sua presença neste evento. Lívia Madureira, Professora na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, António Luís Marques, Diretor da Confederação dos Agricultores de Portugal, e o arquiteto paisagista Henrique Pereira dos Santos são outros nomes já confirmados.

Esta conferência conta com o apoio da Central de Biomassa do Fundão e da Toscca. A entrada é gratuita, sujeita a inscrição aqui.

Conferência A Economia pode salvar a floresta?

 

PROGRAMA (em atualização)

09h30 Abertura

‌António Costa, Diretor do ECO

09h40 Apresentação do Estudo ECOFOR.PT – Valorização Económica dos Bens e Serviços dos Ecossistemas Florestais de Portugal

Lívia Madureira, Professora Universitária na UTAD

10h00 Floresta e Economia: Oportunidades para um Crescimento Sustentável

António Luís Marques, Diretor da CAP
Henrique Pereira dos Santos, Arquiteto Paisagista
Manuel Pitrez de Barros, Diretor-Geral da CBN (Centrais de Biomassa do Norte)
Pedro Pinhão, Fundador da Toscca

Moderação: Mónica Silvares, Editora-executiva do ECO

‌11h00 Coffee-break

‌11h15 Talk

Nuno Neto, Diretor de Património e Produção Florestal da Navigator, à conversa com António Costa, Diretor do ECO

‌11h45 O Valor Económico da Floresta

Nuno Calado, Diretor de Sustentabilidade e Floresta da Sonae Arauco
Gonçalo Almeida Simões, Diretor-Geral da BIOND

‌Moderação: André Veríssimo, Subdiretor do ECO

‌12h30 Encerramento

Rui Ladeira, Secretário de Estado das Florestas

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Supermercados pedem fim de obstáculos fiscais à recolha e doação de alimentos

  • Lusa
  • 30 Setembro 2024

APED quer revisão dos limites associados ao volume de vendas anual das empresas para a majoração em sede de IRC dos custos com donativos prevista no Regime do Mecenato.

As empresas de distribuição pedem aos decisores políticos para eliminarem obstáculos fiscais ao processo de recolha e doação de alimentos. A Associação das Empresas de Distribuição (APED) revelou, em comunicado, que o setor doou mais de 24.000 toneladas de alimentos no ano passado e pediu mais apoio para as instituições.

Para a associação, é necessário simplificar processos, flexibilizar restrições fiscais, fornecer “orientações claras” sobre a elegibilidade dos produtos alimentares e promover a capacitação das entidades recetoras.

“As doações são limitadas a instituições e entidades públicas que cumpram um conjunto de requisitos de natureza fiscal. O facto de apenas as IPSS, o Estado e as ONG sem fins lucrativos serem passíveis de isenção de IVA, acaba por penalizar as empresas do ponto de vista fiscal”, alegou a organização.

A revisão dos limites associados ao volume de vendas anual das empresas para a majoração em sede de IRC dos custos com donativos prevista no Regime do Mecenato é uma das propostas feitas num documento divulgado esta segunda-feira.

A APED sinalizou ainda falta de meios e equipamentos “necessários ao acondicionamento e transporte dos produtos”, bem como escassez de voluntários, sobretudo fora dos grandes centros urbanos.

Para ajudar a resolver a situação, propôs apoios do Estado ou das autarquias para o financiamento de equipamentos ou infraestruturas e a construção de um sistema de vantagens fiscais para voluntários e para empresas / organizações que queiram fazer as recolhas e redistribuição pelas instituições beneficiárias.

De acordo com estimativas citadas pela associação, em 2023 evitou-se o desperdício de mais de 26.000 toneladas de produtos alimentares que estavam prestes a atingir a data de validade, através de um circuito para facilitar o consumo em condições de segurança alimentar, “por exemplo, através da identificação com etiqueta específica e depreciação do preço”. Este valor corresponde a um total de 2.676 lojas abrangidas pela medida, segundo a mesma fonte.

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