Mercadona inicia construção do primeiro supermercado em Lisboa. Abre em 2025 e inclui piso de escritórios

Retalhista espanhola prepara-se para arrancar com as obras na rua Hermínio da Palma Inácio, na freguesia de Santa Clara, que acolherá no próximo ano a primeira loja na capital portuguesa.

A Mercadona vai avançar com a construção de um supermercado na Alta de Lisboa, adiantou ao ECO fonte oficial. Com abertura prevista para 2025, será o primeiro espaço comercial da retalhista espanhola na capital portuguesa. Situada na rua Hermínio da Palma Inácio, na freguesia de Santa Clara, a nova loja vai ser edificada num terreno com uma área total de 5.000 metros quadrados.

Além do supermercado, que será um dos dez que a Mercadona pretende abrir no próximo ano em Portugal, o projeto prevê ainda a construção de um piso onde irá ficar instalado um centro de coinovação, em que serão testados os produtos com os clientes, e uma área de escritórios para albergar a equipa com cerca de 100 pessoas que tem em Lisboa em funções como recursos humanos, logística e obras. A operação de loteamento foi desenvolvida pela SGAL – Sociedade Gestora da Alta de Lisboa.

Estas obras na Alta de Lisboa vão arrancar um ano e meio depois de a autarquia liderada por Carlos Moedas ter aprovado por maioria um “parecer favorável condicionado de pedido de informação prévia para viabilidade de obras de alteração” para um outro projeto que tinha sido apresentado pela sociedade Irmãdona, localizado na Quinta do Lambert.

A Mercadona abriu o primeiro supermercado em Portugal a 2 de julho de 2019 em Canidelo, Vila Nova de Gaia, calculando já ter investido até ao momento um total de 1.000 milhões de euros no país e gerado perto de 6.000 novos empregos, apontando ao objetivo de chegar aos 150 espaços comerciais. Deste lado da fronteira, até ao final do ano irá chegar às 60 lojas e concluir o bloco logístico de Almeirim (distrito de Santarém).

Na região de Lisboa, a empresa de distribuição conta atualmente com cinco supermercados: dois em Sintra, um em Oeiras, um em Alverca e outro em Torres Vedras. No dia 24 de outubro vai inaugurar a terceira loja em Sintra (Rio de Mouro). Já no próximo ano e no mesmo distrito, além desta loja na freguesia de Santa Clara tem prevista a abertura em Santa Iria da Azoia. Outra localização já confirmada para 2025 é Penafiel, no distrito do Porto.

A sede da operação portuguesa da Mercadona está em Vila Nova de Gaia, onde a retalhista liderada por Juan Roig vai instalar um hub de desenvolvimento de software, como o ECO noticiou na semana passada. Esta nova estrutura será integrada na Mercadona IT, responsável pela digitalização da empresa de Valência e que conta com mais de 1.000 profissionais.

No ano passado, a cadeia de supermercados Mercadona faturou um total de 35.527 milhões de euros, dos quais 1.403 milhões de euros em território português, onde quase duplicou (+90%) as vendas face ao ano anterior e “pela primeira vez não [perdeu] dinheiro”, como assinalou a administração durante a apresentação de resultados. A empresa reclama ainda ter 1.000 fornecedores portugueses aos quais diz já ter comprado, desde 2019, mais de 3.000 milhões de euros.

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Aguiar-Branco pede que OE2025 não seja “transformado numa moção de censura”

  • ECO
  • 27 Setembro 2024

Aguiar-Branco considera ainda que o Parlamento corre o risco de perder a "base de recrutamento" e de não conseguir atrair bons quadros.

O presidente da Assembleia da República, que completa seis meses no cargo, espera que o Orçamento do Estado para 2025 não seja chumbado.Não podemos deixar que se transforme esta situação numa moção de censura”, diz José Pedro Aguiar-Branco em entrevista conjunta ao Público e Renascença.

“O orçamento é nós olharmos para o interesse superior do país e vermos qual é esse interesse superior neste momento. E, neste momento, acho que os portugueses não querem novas eleições, não compreenderiam que nós, políticos e na Assembleia da República, não encontrássemos o consenso que permitisse não termos uma terceira eleição em três anos”, diz o número dois da nação.

Aguiar-Branco considera ainda que o Parlamento corre o risco de perder a “base de recrutamento” e de não conseguir atrair bons quadros se não for feita uma revisão “sem demagogia” para melhorar as condições dos políticos, incluindo dos salários. O social-democrata defende “menos incompatibilidades” e “mais transparência” para os titulares de cargos políticos (e não só dos deputados). “A minha manifestação de princípio é: sou favorável a que haja maior escrutínio — o máximo que se possa ter no registo de interesses e na transparência — e, depois, punir os desvios. Mas que sejamos mais abertos nas incompatibilidades, porque a dada altura é tudo incompatível”, sublinhou.

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Hoje nas notícias: Orçamento, TAP e Mexia

  • ECO
  • 27 Setembro 2024

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

O presidente da Assembleia da República pede que o Orçamento do Estado para 2025 não seja transformado numa moção de censura e defende melhores salários, mais transparência e redução de incompatibilidades para os políticos. O Governo vai usar as avaliações financeiras prévias realizadas pela EY e o Banco Finantia no processo de privatização da TAP. Conheça as notícias em destaque na imprensa nacional esta sexta-feira.

Aguiar-Branco pede que OE2025 não seja “transformado numa moção de censura”

O presidente da Assembleia da República, que completa seis meses no cargo, espera que o Orçamento do Estado para 2025 não seja chumbado. “Não podemos deixar que se transforme esta situação numa moção de censura”, diz José Pedro Aguiar-Branco em entrevista conjunta ao Público e Renascença. Aguiar-Branco, considera que o Parlamento corre o risco de perder a “base de recrutamento” e de não conseguir atrair bons quadros se não for feita uma revisão “sem demagogia” para melhorar as condições dos políticos, incluindo dos salários. O social-democrata defende “menos incompatibilidades” e “mais transparência” para os titulares de cargos políticos (e não só dos deputados).

Leia a entrevista completa no Público e na Rádio Renascença (acesso pago)

Governo usa avaliações da EY e Finantia na privatização da TAP

O Governo vai usar as avaliações financeiras já realizadas pela EY e o Banco Finantia no processo de privatização da TAP, tendo em conta o contrato de assessoria financeira firmado em julho de 2023. Enquanto o relatório do Grupo TAP avalia a companhia aérea num valor que oscila entre os 800 milhões e 1,1 mil milhões de euros, a avaliação levada a cabo pelo Banco Finantia aponta para um valor situado entre os mesmos montantes indicados pelo Grupo e a da EY avalia entre os 900 milhões e os 1,1 mil milhões de euros. A transportadora, cuja privatização só deverá arrancar após a aprovação do Orçamento do Estado, terá de ser vendida por um valor implícito acima destes intervalos para que se possa considerar que o interesse público foi salvaguardado.

Leia a notícia completa no Jornal Económico (acesso pago)

Ministério Público vai investigar origem dos cinco milhões de euros de Mexia

A origem dos 6 milhões de dólares (5,3 milhões de euros) que António Mexia, ex-presidente da EDP, deteve numa sociedade offshore durante vários anos vai ser investigada pelo Ministério Público (MP). A investigação vai decorrer no âmbito de um inquérito aberto a suspeitas de corrupção na construção da barragem do Baixo Sabor, em Torre de Moncorvo (Bragança), um dos casos que foi separado do processo principal da EDP. Há muito tempo que o Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) tenta identificar o nome de código “Príncipe”, que constava dos pagamentos paralelos da construtora Odebrecht, suspeita de corrupção na “Operação Lava-Jato”, no Brasil, e que foi a responsável pela construção da barragem, em 2008, tendo recebido da EDP um prémio extra de 20 milhões de euros.

Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago)

Marcelo quer travar candidatura de Gouveia e Melo a Belém

Marcelo Rebelo de Sousa não vê com bons olhos uma candidatura do almirante Gouveia e Melo à Presidência da República, por ver nele sinais de populismo autoritário. Para evitar essa hipótese, que o atual Chefe de Estado considera ter potencial para ser bem-sucedida — ainda esta semana, uma sondagem da Aximage mostrava Gouveia e Melo com 21% das intenções de voto e como vencedor de uma segunda volta –, Marcelo pretende reconduzir o almirante no cargo de Chefe do Estado-Maior da Armada (CEMA) por mais um mandato de dois anos. Esta recondução, a acontecer no final de dezembro e que precisa primeiro de ser proposta pelo Governo, tornaria inviável uma candidatura de Gouveia e Melo às eleições presidenciais, previstas para janeiro de 2026.

Leia a notícia completa no Expresso (acesso pago)

Só metade dos novos médicos especialistas têm contrato com o SNS

As unidades locais de saúde (ULS) e os institutos de oncologia contrataram 722 médicos recém-especialistas este ano, o que equivale a 53% dos 1.374 médicos que terminaram o internato de especialidade na primeira época de 2024 (abril/maio). No entanto, ainda há 139 concursos a decorrer, segundo a Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde. Em junho, o Governo de Luís Montenegro alterou as regras de contratação de médicos, pondo fim aos concursos centralizados e permitindo que cada ULS abra os seus concursos, com mais de 2.200 vagas autorizadas.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago)

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Distrito 2024 fecha as suas portas com 12.754 executivos que conheceram as opções otimistas do capital imobiliário

  • Servimedia
  • 27 Setembro 2024

O Distrito 2024 encerrou as suas portas, consolidando a sua posição como o principal ponto de encontro do capital imobiliário na Europa.

A cimeira contou com a presença de 12.754 executivos de mais de 30 países, que conheceram em primeira mão o rumo do mercado imobiliário e descobriram as macrotendências que marcarão o seu percurso nos próximos meses.

O impacto económico do The District na cidade de Barcelona foi superior a 27 milhões de euros, reforçando a projeção da cidade como enclave estratégico para a realização de eventos do setor, ao mesmo tempo que atrai capitais, segundo os organizadores.

Durante os três dias, o evento recebeu 417 líderes de grandes empresas mundiais, como Blackstone, Stoneshield, Brookfield, King Street e Hines, que referiram a atual situação macroeconómica encorajadora, com a descida das taxas de juro, e sublinharam o novo círculo virtuoso em que o setor imobiliário está imerso, após dois anos caracterizados pela instabilidade.

Em conclusão, o presidente de The District, Juan Velayos, declarou que “podemos dizer que o sentimento agora é de confiança e de otimismo. Estamos a preparar-nos para regressar porque temos os ingredientes para carregar no botão do investimento. Em termos de pormenor de ativos, há e haverá um enfoque na logística e no “viver”, que na verdade já está a ser equiparado ao “viver flexível”, que é um conceito que está a ganhar força. O mesmo se passa com os centros de dados, onde Espanha é um país atrativo para atrair investimentos. Mas o protagonista destes dias e do setor é, sem dúvida, a habitação a preços acessíveis”. “Há consenso e começa-se a perceber que o diálogo público-privado está a começar a funcionar, com o capital internacional, no caso de Espanha, a mostrar interesse no segmento”, explicou.

Ainda a nível nacional, Velayos acrescentou que “a Espanha é vista à escala global como um mercado que está no topo das prioridades dos fundos de capital, uma vez que as condições macroeconómicas, a dívida competitiva de Espanha em comparação com outros países do nosso meio e o baixo rácio de alavancagem, entre outros fatores, posicionam o país como um mercado ao qual a indústria dedicará muito tempo nos próximos anos”.

ATIVOS

Se alguma coisa ficou clara no último dia do The District 2024, é que agora é o momento de investir em ativos alternativos. Várias vozes sublinharam a inclinação, alertando para o facto de o futuro do imobiliário residir nestes ativos não tradicionais e de a oportunidade não poder ser desperdiçada devido à sua rentabilidade e capacidade de crescimento.

Neste sentido, um dos setores que mais espaço ocupou no debate foi o dos centros de dados, impulsionado pela expansão da inteligência artificial e das suas funcionalidades como solução para alojar a grande quantidade de informação que é gerada.

Este facto foi reconhecido pelo diretor-geral da Quetta Data Centers, David Hurtado, que salientou que “este será um sector-chave para a Europa nos próximos anos. Embora os fundamentos destes centros não sejam comparáveis aos de outras classes de ativos, as suas condições são únicas e têm uma elevada taxa de expansão. De facto, espera-se que a dimensão do mercado duplique em Espanha nos próximos dois anos.

Miguel Ochoa, Diretor Strategy, Risk & Transactions- Real Estate da Deloitte Espanha, salientou dois aspetos fundamentais dos centros de dados: “a dimensão e a potência energética. Por exemplo, na Europa, a maioria dos mercados centrais, como Frankfurt, Amesterdão, Londres ou Paris, acumulam necessidades de 4.500 megawatts. A Espanha é um mercado emergente, com uma capacidade de 250 megawatts e um investimento de 800 milhões de euros. E as previsões incluem um aumento total do tráfego global de dados de 50% ao ano”.

RESIDÊNCIAS DE ESTUDANTES

Outro dos novos ativos alternativos que está a atrair a atenção dos investidores é o alojamento para estudantes. Uma possibilidade que, para Alberto Nin, diretor-geral da Brookfield Asset Management, “se institucionalizou. Quando começámos a investir nestas instalações, o alojamento para estudantes estava a ser desenvolvido no Reino Unido e a crescer noutros países europeus. Agora o mercado amadureceu operacionalmente e o setor está a provar o seu valor operacional, proporcionando oportunidades para os investidores entrarem e levarem-no para o próximo nível”.

Em Espanha, de acordo com o Diretor-Geral, Co-Head of Iberia da AMRO Partners, Pablo García-Morales, “grandes cidades como Barcelona, Madrid, Málaga e San Sebastián são locais interessantes para o desenvolvimento destas residências”.

Paralelamente, a cimeira analisou a enorme atenção do capital para as infra-estruturas dedicadas às ciências da vida, onde se localizam laboratórios e outros centros de investigação.

Para Jorge Rodrigues, Vice-Presidente de Negócios Internacionais do CHC Lab, “nos países desenvolvidos, o investimento em I&D é tão elevado que a ciência se torna um negócio. Neste sentido, os EUA e o Reino Unido estão à frente da Europa, mas a Espanha está a recuperar graças às suas boas ligações, qualidade de vida, bom clima e bons espaços. Quando o capital de risco investe, o negócio dos laboratórios de desenvolvimento cresce, e vice-versa”.

Por sua vez, o diretor executivo da Deeplabs e do Distrito de Inovação Científica de Madrid, Javier de Pablo, afirmou que “os laboratórios estão agora mais próximos de espaços de luxo do que o estereótipo do laboratório tradicional de há décadas. Já não são sujos ou poluentes. Isto significa que as autoridades públicas estão mais abertas a este tipo de investimento”.

INSTALAÇÕES DE SAÚDE

Em relação a esta questão, a oportunidade apresentada pelas instalações de saúde e tudo o que está relacionado com o segmento “cuidados de saúde e vida sénior” também foi colocada em cima da mesa. Felipe Pérez, Head of Spain da Praemia REIM, salientou que “o risco reputacional é muito importante, uma vez que se trata de ativos sociais em que temos residentes vulneráveis”. Relativamente ao mercado espanhol, salientou que “com a inflação a 1,5% e o crescimento do PIB, podemos estar otimistas, uma vez que partimos de excelentes fundamentos de mercado devido às elevadas taxas de ocupação, que não são comparáveis a outras classes de ativos”.

Philip De Monie, Chief Business Development Officer da Care Property Invest, explicou que “as pessoas querem agora unidades de habitação mais pequenas e comunidades, em vez de quartos individuais numa instalação enorme, como acontecia no passado”, como a razão para o boom destes ativos.

Neste último dia do The District 2024, Inmaculada Sanz, Vice-Prefeita de Madrid, participou na cerimónia de encerramento, destacando a cidade, os seus desenvolvimentos urbanos e o seu potencial para acolher projetos imobiliários.

 

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Os cardiologistas apelam a uma estratégia de saúde cardiovascular centrada na prevenção na Europa

  • Servimedia
  • 27 Setembro 2024

Especialistas em cardiologia que participaram esta sexta-feira na conferência “Pelo coração da Europa” na sede do Parlamento Europeu em Espanha.

Organizada pela Sociedade Espanhola de Cardiologia (SEC) e pela Fundação Espanhola do Coração (FEC), com a colaboração da Novartis, os especialistas apelaram às instituições europeias para que desenvolvam uma estratégia de saúde cardiovascular centrada na prevenção.

O objetivo da conferência era instar a União Europeia a promover uma estratégia de saúde cardiovascular que dê prioridade à prevenção. Durante a reunião, realizada no âmbito do Dia Mundial do Coração, que se comemora a 29 de setembro, foram analisados os passos que estão a ser dados para avançar para uma Estratégia Europeia de Saúde Cardiovascular.

Mais de 1,7 milhões de pessoas morreram em 2021 na Europa devido a doenças cardiovasculares, de acordo com os últimos dados disponíveis do Eurostat. Em Espanha, de acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE), registaram-se mais de 120.000 mortes por doenças cardiovasculares em 2022, representando estas patologias 26,1% do total de mortes.

No entanto, 80% das mortes prematuras por doenças cardiovasculares são evitáveis, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Neste sentido, o Dr. Andrés Íñiguez, presidente da FEC, sublinhou a necessidade de uma mudança de paradigma. “Em contraste com o modelo clássico centrado na abordagem e no tratamento da doença, deve ser dada prioridade a novas estratégias baseadas na prevenção, através da educação e da promoção da saúde através de estilos de vida saudáveis desde a infância”, afirmou.

Este é precisamente um dos pontos fortes da Estratégia de Saúde Cardiovascular do Sistema Nacional de Saúde (ESCAV). A Espanha é o único país com uma estratégia deste tipo, que tem por objetivo melhorar a saúde cardiovascular da população através de uma abordagem global. Trata-se de um plano ambicioso e pioneiro, não só na Europa mas também a nível mundial, razão pela qual os especialistas consideram necessário avançar na sua aplicação.

“Apesar da grande importância da investigação na prevenção das doenças cardiovasculares, talvez o nosso maior desafio seja aplicar o que já sabemos à população. De facto, os dados sobre a prevalência dos diferentes fatores de risco cardiovascular na população espanhola ainda têm uma clara margem para melhorar”, afirmou o Dr. José Tuñón, do Comité Executivo da Sociedade Espanhola de Cardiologia (SEC).

Natividad Calvente, Diretora de Assuntos Públicos da Novartis Espanha, sublinhou que “a prevenção das doenças cardiovasculares deve ser uma prioridade que temos de abordar enquanto sociedade. Por isso, conhecer o nosso risco cardiovascular é fundamental. No âmbito das iniciativas que são promovidas neste sentido, não devemos esquecer a prevenção secundária. As pessoas que sofreram um evento cardiovascular precisam de um SNS que as acompanhe, que minimize o risco de um segundo evento e as sequelas que este gerou, com o consequente impacto na sua qualidade de vida. Como empresa comprometida com os doentes e a saúde das pessoas, continuaremos a trabalhar e a colaborar com todas as partes interessadas para o conseguir”.

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ONU Turismo posiciona o setor como motor da paz mundial

  • Servimedia
  • 27 Setembro 2024

O Dia Mundial do Turismo de 2024, organizado pela ONU Turismo em Tbilisi, na Geórgia, coloca em destaque o tema crucial “Turismo e Paz”.

Este evento global reúne figuras de destaque dos setores público e privado, decisores políticos e peritos de todo o mundo para explorar a forma como o turismo pode servir de catalisador para a paz, a compreensão cultural e o desenvolvimento sustentável. A Geórgia acolheu 472 participantes, 51 países, 13 ministros e 8 ministros georgianos na celebração do Dia Mundial do Turismo.

O setor do turismo é reconhecido há muito tempo pelo seu poder económico, criando emprego, impulsionando as economias e contribuindo para o desenvolvimento sustentável. No entanto, o seu papel como força de paz está a ser cada vez mais reconhecido”.

O setor é também um catalisador do intercâmbio cultural e da construção da paz. Tal como salientado pelos principais oradores e líderes de opinião na conferência, “o turismo tem a capacidade única de aproximar pessoas de diferentes origens. À medida que as viagens e o turismo continuam a crescer a nível mundial, proporcionam uma plataforma para promover o diálogo e a compreensão mútua entre diferentes culturas, lançando as bases para uma coexistência pacífica.

O Diálogo Ministerial de Alto Nível do evento explorou a forma como o turismo internacional pode ser um instrumento estratégico para construir pontes entre as nações e promover a paz no meio de tensões geopolíticas crescentes. “O turismo é mais do que uma potência económica”, afirmou o Secretário-Geral do Turismo da ONU, Zurab Pololikashvili, durante o discurso de abertura. “É um meio de promover a compreensão internacional, o intercâmbio cultural e, em última análise, a paz mundial. Este ano, o nosso objetivo é mostrar como o turismo pode contribuir para a resolução de conflitos, apoiar a reconciliação e prevenir futuras tensões”.

PROMOVER A PAZ

Um aspeto fundamental do evento deste ano centrou-se no papel do setor privado na promoção da paz através de práticas de turismo responsáveis e sustentáveis. Dado que as empresas continuam a expandir-se globalmente, o setor privado tem o potencial de criar interações pacíficas e sustentáveis através do turismo. Oradores de organizações proeminentes, como Jerry Inzerillo, da Diriyah Company, e David Ruetz, da Messe Berlin, sublinharam a importância de soluções inovadoras para aproveitar os benefícios económicos do turismo, promovendo simultaneamente a coesão social e a prevenção de conflitos.

“Temos visto repetidamente como o turismo pode transformar regiões pós-conflito, criar emprego e promover iniciativas empresariais. O setor privado deve continuar empenhado em utilizar os seus recursos para construir a paz e criar oportunidades em regiões emergentes e vulneráveis”, afirmou Natalia Bayona, Diretora Executiva da ONU Turismo, durante o seu discurso.

Ao longo da história, o turismo tem desempenhado um papel fundamental na diplomacia, promovendo intercâmbios culturais que ajudaram a fomentar a compreensão internacional. As missões diplomáticas e as organizações internacionais continuam a utilizar o turismo para promover a paz, com iniciativas como a criação de “rotas de paz” em regiões afetadas por conflitos. Estes projetos procuram restabelecer a confiança e promover o diálogo entre comunidades divididas por conflitos

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O dia em direto nos mercados e na economia – 27 de setembro

  • ECO
  • 27 Setembro 2024

Ao longo desta sexta-feira, 27 de setembro, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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“A marca Portugal não pode ser um colecionável de virtudes”, alerta Duarte Vilaça

O fundador da Born destaca ainda que “sem uma visão estratégica não haverá marca possível.” Desta forma, "sobra o sol, o fado e o Cristiano Ronaldo", diz.

“É um tema recorrente da nossa governação e do nosso mercado. Continuo a aplaudir — naturalmente — mas tenho todas as reservas que saímos do campo das intenções”. O ceticismo de Duarte Vilaça é sobre o objetivo anunciado pelo Governo de “afirmar a marca Portugal no contexto global”, uma das 60 medidas apresentadas em julho para dinamizar a economia.

As reservas do fundador e partner da Born traduzem-se na ideia de que a meta apresentada pelo Governo “requer uma combinação de visão, coragem e consistência“.

Indo por partes. A “visão” de uma marca, explica, traduz-se numa estratégia e de um posicionamento. Ora, “o programa apresentado pelo Governo fala sobre turismo, sustentabilidade, tecnologia e conhecimento. Há muito a fazer nesses campos, mas diria que 70% dos países poderiam falar da mesma coisa. Sem uma visão estratégica não haverá marca possível”.

Onde entra o tema da coragem? “Olhe-se para o tema do turismo, por exemplo. A aposta feita há cerca de 10 anos no surf e golfe, em detrimento de muitos outros clusters, teve sucesso”, aponta. Mas, “a marca Portugal não pode ser um colecionável de virtudes. Tem de estar assente num set de valores relevantes para os territórios onde nos queremos posicionar, deixando outros de fora”. Para o especialista em marcas, o turismo é um adquirido e a aposta no talento devia ser core, enumera.

O último ponto é o da “consistência”. Segundo o fundador da Born, “vigora em muitos casos a política da terra queimada. Novo Governo, nova estratégia. Enquanto assim se mantiver, poderá falar-se em marca como algo de orgânico, que resulta daquilo que dizem de nós pelo mundo fora, não numa estratégia de marca.”

Vigora em muitos casos a política da terra queimada. Novo governo, nova estratégia. Enquanto assim se mantiver, poderá falar-se em marca como algo de orgânico, que resulta daquilo que dizem de nós pelo mundo fora, não numa estratégia de marca.

Duarte Vilaça

Partner da Born

A ideia dada a conhecer pelo Governo no início do verão passado estaca assente na “elaboração de um plano de ação para o desenvolvimento do conceito ‘Marca Portugal’ de forma transversal a todos os setores económicos do país, de maneira a afirmar os seus produtos e serviços com maior valor acrescentado nas cadeias globais”. O plano, prossegue o Executivo, “será assente em dimensões como o conhecimento, inovação, segurança, criatividade, qualidade e sustentabilidade”.

Cerca de dois meses e meio após o anúncio — feito em pleno início de verão, é certo –, e o caderno de encargos ainda não foi divulgado, mas o tema continua a ser afirmado como uma prioridade.

O Ministério da Economia está empenhado e comprometido com o desenvolvimento de uma proposta de valor robusta para fortalecer a marca Portugal num cenário global”, responde o ministério liderado por Pedro Reis ao +M, quando questionado sobre a evolução da medida.

“Estamos a trabalhar internamente, baseados nas melhores práticas implementadas em diversos setores exportadores, e lado a lado com alguns dos nossos organismos, em particular com a AICEP, na abordagem deste tema”, conclui o ministério.

Sem mais dados, Duarte Vilaça alerta para possíveis erros a evitar. “Os dois piores erros são acreditar que a marca é o começo de uma estratégia, quando no limite é um fim, e achar que a marca deve ser tudo, uma espécie de enumeração infinita de virtudes”, acredita.

Em resumo, justifica, a marca tem de ser um resumo orientado para potenciar uma estratégia previamente definida. “Imagine-se que o caminho passa por atrair a fixação de empresas estrangeiras: qual a política fiscal para elas e para os seus colaboradores, qual o nível de burocracia a que estamos disponíveis a abdicar, etc”, dá como exemplo.

“Parece-me que nada disto é visto como um todo. Por isso sobra o sol, o fado e o Cristiano Ronaldo…”, critica o responsável da agência de branding.

Quanto ao que é hoje a “marca Portugal”, na avaliação de Duarte Vilaça, beneficia indiretamente da emergência das marcas Lisboa, Porto e Algarve e do “bom trabalho de promoção e do ambiente de incentivos, criado no passado para o investimento no setor imobiliário”.

Beneficia, em suma, “de ativos extraordinários para o qual nenhum de nós contribuiu, como a nossa geografia, clima e hospitalidade histórica”. “Quanto é que da boa reputação deriva da nossa estratégia? Diria que muito pouco. Quanto haveria que aproveitar? Imenso”.

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La Fageda abre uma loja temporária na Gran Vía, em Madrid, onde os seus iogurtes estarão expostos para degustação

  • Servimedia
  • 27 Setembro 2024

La Fageda, o projeto de economia social conhecido pela integração sócio-ocupacional de pessoas de grupos vulneráveis, abre uma loja temporária pop-up na Gran Vía onde oferecerá os seus iogurtes.

Segundo La Fageda, o espaço foi inaugurado esta quinta-feira com a participação de Sílvia Domènech, diretora-geral de La Fageda, e Francesc Galí, diretor de Marketing e Vendas, que sublinharam “a importância de levar o nosso projeto social e os nossos produtos a Madrid, um território estratégico para La Fageda”.

A iniciativa tem como objetivo dar a conhecer o seu trabalho e os seus iogurtes “extraordinariamente diferentes” em Madrid, um mercado em que entrou há pouco mais de um ano.

Durante cinco dias, os visitantes poderão conhecer as chaves e a evolução deste projeto social, que cuida e acompanha pessoas em situação de vulnerabilidade graças à produção de iogurtes e sobremesas lácteas, entre outras atividades. O espaço pretende criar uma experiência imersiva para todos os que o desejarem visitar, com o objetivo de partilhar os valores de La Fageda e permitir-lhes experimentar os seus produtos.

A loja será também palco de sorteios e concursos. O espaço alberga um “photocall” de iogurte gigante, uma roleta com prémios e um concurso para um fim de semana no Parque Natural da Zona Vulcânica da Garrotxa, onde se encontra La Fageda. Os visitantes poderão também provar os iogurtes La Fageda que, a partir do início de 2023, serão igualmente comercializados na Comunidade de Madrid através de BM Supermercados, AhorraMas, El Corte Inglés, Suma e Supermercados Plaza.

Na loja, a La Fageda irá destacar a sua “diferença extraordinária”, o conceito que define o seu novo posicionamento no mercado. Um conceito que é a soma de cinco atributos que estão na base do posicionamento de La Fageda: o seu propósito como projeto ao serviço de pessoas em situação de vulnerabilidade (pessoas com perturbações mentais, deficiências intelectuais e outras em risco de exclusão), o seu compromisso como empresa social sem fins lucrativos, a sua história única que começou nas condições de vida dos hospitais psiquiátricos, a sua localização na floresta emblemática de La Fageda d’en Jordà no Parque Natural da Garrotxa e a qualidade dos seus produtos.

Com esta ativação, La Fageda pretende continuar a ganhar protagonismo em Madrid, território em que desembarcou há menos de dois anos com os iogurtes grego, natural, de morango e de limão, aos quais acrescentou o iogurte natural sem lactose e o pudim de baunilha. Os seus iogurtes são uma referência na Catalunha, com uma quota de 7,4% em valor até ao final de 2023 e uma produção de mais de 86 milhões de unidades de iogurtes e sobremesas lácteas. Agora, La Fageda procura continuar a crescer em Madrid com o objetivo de apoiar e expandir o seu projeto social para continuar a servir grupos com necessidades especiais.

 

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Eurofirms aposta em formação para ajudar a resolver escassez de trabalhadores no turismo

Formação "é fulcral" para resolver carência de trabalhadores no turismo, defende a country leader da Eurofirms, empresa que lançou um programa para dar competências a quem queira apostar nesse setor.

O problema está diagnosticado há vários anos, mas continua por resolver: faltam milhares de trabalhadores ao setor do turismo. Para ajudar a mitigar esta escassez, a multinacional Eurofirms lançou um programa de formação gratuito, que dá competências técnicas a quem esteja interessado em trabalhar em hotelaria.

Em dois anos, foram formados 350 trabalhadores, mas a country leader, Sara Pimpão, deixa claro que, para resolver este dilema, não basta dar competências ao talento. É mesmo preciso tornar o setor mais atrativo, o que passa por dar mais estabilidade, melhores salários e maior flexibilidade nos horários aos trabalhadores, avisa.

Comecemos pela formação. A Academia de Hotelaria surgiu logo após a pandemia, “numa altura em que não existiam pessoas qualificadas para trabalhar nas áreas de food & beverage e housekeeping [comida e bebida, e limpeza]”, relata Sara Pimpão, em declarações ao ECO.

“Os colaboradores deste setor, que foram obrigados a parar de trabalhar durante a pandemia, não queriam regressar a esta área, pois havia maior flexibilidade de horário e eram melhor remunerados noutras áreas“, explica.

A Academia de Hotelaria nasceu, portanto, para garantir mão de obra de qualidade às unidades hoteleiras. A formação é gratuita e está aberta a qualquer pessoa que esteja motivada para trabalhar no setor (as candidaturas devem ser feitas online). “O único requisito para participar é a motivação. Para funções de empregado de mesa pode ser necessário ter um determinado nível de inglês, mas os nossos formadores ensinam o vocabulário técnico para exercer a função“, adianta a country leader.

As nossas formações oferecem um contexto histórico sobre a hotelaria, abordam os perfis dos funcionários , ensinamos técnicas de serviço e transmitimos dicas úteis. Também damos ênfase à abordagem ao cliente.

Sara Pimpão

Country leader da Eurofirms

Estão, neste momento, disponíveis dois cursos, para o segmento de comida e bebida e para o segmento de limpeza, que incluem um contexto histórico sobre a hotelaria, “desde o seu nascimento”, mas também abordam os perfis dos funcionários deste setor (os perfis de empregados de mesa ou os perfis de empregados de andares), ensinam técnicas de serviço e transmitem “dicas úteis”.

“E, claro, também damos ênfase à abordagem ao cliente, que é muito importante. Trabalhamos competências como a disciplina, o brio, o trabalho em equipa e a comunicação”, detalha Sara Pimpão.

Além da componente teórica, os formandos têm também à disposição uma componente de experiência de trabalho, que lhes “proporciona um contacto real com o mundo hoteleiro“. “Os nossos formandos ficam assim a conhecer melhor os procedimentos dos hotéis e testemunham em primeira mão como funciona a estrutura de uma unidade hoteleira“, indica a responsável já mencionada.

Neste momento, a Academia de Hotelaria tem presença em Lisboa, no Porto, e em Évora, estando também no horizonte a expansão para mais cidades portuguesas (especialmente, na região Centro), de acordo com Sara Pimpão.

Quanto ao perfil dos formandos, a maioria dos que passaram, até agora, por este programa tem entre 18 a 30 anos. São estudantes que procuram ter um emprego para conjugar com os seus estudos ou imigrantes que procuram uma oportunidade de trabalho, identifica a mesma responsável.

Se lhes for dada maior estabilidade, melhores condições financeiras e se lhes proporcionarem uma melhor flexibilidade de horários, acredito que o turismo assume-se como mais atrativo para os trabalhadores.

Sara Pimpão

Country leader da Eurofirms

Dos 350 trabalhadores formados até agora, cerca de 100 já foram contratados, ainda que a prazo, conforme é tendência neste setor, observa a mesma responsável. Essa instabilidade laboral é, de resto, um dos motivos para o turismo não ser atrativo para os trabalhadores, a par dos salários “baixos” e os horários praticados, enumera Sara Pimpão.

“São fatores que pesam quando as pessoas procuram trabalho. Em 2022, realizámos um estudo do setor. Neste estudo, mais de 58% dos inquiridos afirmaram que não se viam a trabalhar em hotelaria no espaço de cinco anos. Os trabalhadores deste setor procuram ter maior estabilidade e assegurar contratos com maior durabilidade“, sublinha.

Perante estes dados, a country leader não tem dúvidas: “é urgente dignificar os profissionais” do turismo. Torná-lo mais atrativo passa por dar “maior estabilidade e segurança, melhores condições em termos financeiros e proporcionar uma melhor flexibilidade de horários“, defende.

“Também podem ser concedidos mais benefícios aos colaboradores, tanto a nível de formação, como no alojamento, por exemplo. Estes gestos, estas ações, a preocupação com os colaboradores, tudo isto será essencial para os manter a trabalhar no setor do turismo“, remata Sara Pimpão.

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Regulador da água investiga faturas com grandes acertos no Seixal

Regulador investiga reclamações junto da Câmara Municipal do Seixal, que gere a água no município. O ECO teve acesso a uma fatura que disparou de 110 euros mensais para os 2300 euros.

A Entidade Reguladora dos Serviços de Água e Resíduos (ERSAR) afirma que está a investigar quais os motivos para vários residentes do Seixal terem reportado faturas com valores acima do habitual.

João Martins, nome fictício, residente no Seixal, mudou de casa em setembro de 2022, e a primeira leitura que a Câmara fez foi em maio de 2023. Até essa data, tinha pago cerca de 15 euros mensais, pelo que em maio foi confrontado com um acerto de 500 euros, os quais pagou. A partir desse momento, passou a receber faturas com uma estimativa de 110 euros mensais, e não voltou a ter uma leitura presencial. Em agosto, chegou uma surpresa: uma fatura de 2300 euros, à qual o Eco teve acesso. “Não percebemos”, queixa-se o munícipe.

No Seixal, a entidade responsável pelos serviços de abastecimento de água é a Câmara Municipal. Questionada sobre o volume de faturas da água cujo valor mais do que duplicou nos últimos meses, a Câmara Municipal não quantifica. Confirma apenas que fez acertos na contagem e que “nalguns casos se verificou um aumento do valor da fatura”, sendo que os acertos abarcaram em torno de 20% dos consumidores. “Não houve nenhum aumento do preço da água, houve apenas acertos de faturação entre o valor estimado da fatura e o valor real de consumo”, afirma a Câmara, em declarações ao ECO/Capital Verde.

Na sequência de cerca de uma dezena de reclamações efetuadas por consumidores à Câmara Municipal do Seixal desde o final de agosto, associadas à emissão de faturas com acertos de valores para um período que remonta a 2022, e às quais a ERSAR teve acesso, o regulador indica que “estão a ser solicitados esclarecimentos à Câmara Municipal do Seixal no sentido de apurar as exatas circunstâncias que levaram à emissão destas faturas”, seguindo o procedimento habitual de gestão de reclamações.

De acordo com o regulador, está a ser averiguado se foram respeitadas as regras aplicáveis a este tipo de situações e “se há necessidade de correção de procedimentos”. O regulador também pretende apurar se a situação se estende a faturas e consumidores além do vertido nas reclamações, assumindo que as reclamações recebidas indiciam que estas situações podem não ser pontuais. Deverá ser a entidade gestora a responder às reclamações, mas cabe ao regulador acompanhar a forma como a entidade, neste caso a Câmara Municipal do Seixal, gere a situação.

As faturas referem-se a consumos reais, pelo que entendemos que a cobrança é devida”, defende a Câmara Municipal. A mesma informa que qualquer um dos consumidores que notaram um acerto de consumos pode fazer acordos de pagamento com a Câmara, sem juros, os quais podem ir até 36 meses, conforme o valor da fatura. “Vamos chegar a acordo com todos os consumidores e por isso não vão haver consequências”, afirma a Câmara, confrontada com as possíveis repercussões nos consumidores que optem por não pagar as faturas com os acertos.

Quais são as regras para a emissão e cobrança de faturas?

As faturas devem ser emitidas, por regra, com uma periodicidade mensal, indica a ERSAR. Estas podem basear-se em valores de consumo lidos pela entidade gestora ou comunicados pelos consumidores, ou ainda apresentar valores de consumo estimados, tendo por base o histórico de consumos.

Quando se realiza uma leitura do contador, os valores anteriormente faturados por estimativa são sujeitos a um acerto, calculando-se o valor devido para todo o período entre leituras. Se a leitura apresentar um valor mais baixo que o estimado, deve descontar-se o valor já pago, “de forma que não haja prejuízo para o consumidor”.

Pelo contrário, se a leitura implicar a necessidade de um pagamento adicional por parte do consumidor, e se este for de valor superior ao consumo médio mensal, a entidade gestora deve facultar ao consumidor a possibilidade de pagamento fracionado, realça o regulador. O valor mensal a pagar decorrente do acerto de faturação não deve ultrapassar em mais de 25% o consumo médio mensal registado nos últimos seis meses. Para além disso, nos casos em que os consumos estimados sejam inferiores aos consumos reais, a lei apenas permite o acerto das faturas que tenham sido pagas nos seis meses anteriores.

Para evitar desencontros entre a estimativa e a leitura, a entidade gestora deve realizar, no mínimo, duas leituras por ano ao contador. Sempre que, por indisponibilidade do consumidor, não seja possível, por duas vezes consecutivas, o acesso ao contador por parte da entidade gestora, esta deve avisar o consumidor, por carta registada ou meio equivalente, de uma nova data. Esta deve ser apresentada com uma antecedência mínima de dez dias a contar desde a terceira deslocação para a realização de leitura. No aviso deve ainda constar que, caso não seja possível a leitura na data indicada ou caso o consumidor não indique data alternativa, a entidade gestora pode interromper o serviço. Neste caso, fica em suspenso o prazo de caducidade para a realização dos acertos.

Na eventualidade de serem emitidas faturas de acerto que não respeitem as regras tal como descrito, o consumidor deve reclamar, aconselha a ERSAR. Contudo, a reclamação não suspende o prazo de pagamento da fatura. Ainda assim, o pagamento não prejudica o direito do consumidor à devolução de valores quando se comprove que não foi respeitado o prazo de caducidade para os acertos de faturação.

Para aqueles que considerem não pagar a fatura, face aos valores avultados, a ERSAR avisa que podem deparar-se com a suspensão do serviço. A entidade gestora pode fazê-lo, desde que envie aviso escrito, “com uma antecedência mínima de 20 dias”. Uma vez pagos os valores em dívida, o serviço deve ser restabelecido no prazo máximo de 24 horas.

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Pedra portuguesa “rola” até Itália a exportar quase 500 milhões e a valer 14 mil empregos

Portugal é o sétimo maior produtor e extrator de pedra natural a nível mundial. Mais de meia centena de empresas nacionais estão em Verona a participar na Marmomac, a mais importante feira do setor.

Mais de meia centena de empresas (57) do setor da pedra natural voaram até Verona, em Itália, para marcar presença na Marmomac 2024, a mais importante feira internacional dedicada à fileira, que termina esta sexta-feira. Portugal ocupa a sétima posição dos principais produtores e extratores de pedra natural a nível mundial. No ano passado, o país exportou 488 milhões de euros, essencialmente para França, China e Espanha, equivalendo a 0,6% das vendas de bens portugueses no exterior.

Fonte: Assimagra

O presidente da Associação Portuguesa da Indústria dos Recursos Minerais (Assimagra) estima ao ECO que o setor faturou 1,2 mil milhões de euros no ano passado. Em 2022 contabilizava 2.066 empresas (1.652 de transformação e 414 de extração) e 14.052 colaboradores (10.537 da indústria transformadora e 3.515 da extração). “Somos dos setores de atividade que mais valor acrescenta à economia portuguesa, afirma Miguel Goulão.

Somos dos setores de atividade que mais valor acrescenta à economia portuguesa.

Miguel Goulão

Presidente da Associação Portuguesa da Indústria dos Recursos Minerais

Sobre esta participação das empresas nacionais na Marmomac, Miguel Goulão expressa que é o “evento mais importante que se realiza no mundo no setor das rochas ornamentais” e nota que “as empresas portuguesas têm ganho cada vez mais expressão ao longo dos anos no evento”.

O presidente da Assimagra reforça que a presença nesta feira italiana “constitui uma oportunidade estratégica para as empresas portuguesas se posicionarem no epicentro do setor a nível internacional, permitindo-lhes estabelecer ligações com outros profissionais, explorar novas tendências e tecnologias, e consolidar a sua presença global como líderes na indústria da pedra natural”.

Miguel Goulão, presidente da Assimagra

Das 57 empresas portuguesas presentes, 34 são apoiadas pela Assimagra através do projeto conjunto de internacionalização que visa promover e fortalecer a posição nacional no mercado global com o apoio do Portugal2030, Compete2030 e União Europeia, através do Feder.

A Assimagra lidera o projeto Broot – Dialogues from Within que tem o propósito representar alguns dos principais materiais tradicionais portugueses nas mais importantes feiras do setor. Nesta primeira edição da Coleção Broot serão apresentadas 25 peças originais criadas por cinco artistas contemporâneos, entre designers, artistas e arquitetos.

Com curadoria de Gisella Tortoriello, a primeira coleção intitula-se “Dialogues” estreou-se este mês na INDEX Saudi Arabia. Segue-se a Maison et Objet (janeiro 2025), a Milan Design Week (abril 2025), a NYCxDesign (maio 2025) e a Expo Osaka (abril a outubro 2025).

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