Euribor sobe a três meses e desce a seis e a 12 meses

  • Lusa
  • 15 Agosto 2024

A Euribor, que serve como indexante para os créditos à habitação, manteve-se acima de 3% nos três prazos. A taxa a três meses permanece acima da taxa a seis e a 12 meses.

A taxa Euribor subiu esta quinta-feira a três meses e desceu a seis e a 12 meses face a quarta-feira, mantendo-se acima de 3% nos três prazos. Com as alterações de hoje, a taxa a três meses, que subiu para 3,549%, continuou acima da taxa a seis meses e da taxa a 12 meses.

  • A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 01 de dezembro, baixou esta quinta para 3,375%, menos 0,023 pontos, depois de ter atingido 4,143% em 18 de outubro, um máximo desde novembro de 2008.
  • No prazo de 12 meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 29 de novembro, também recuou hoje, para 3,117%, menos 0,031 pontos, contra o máximo desde novembro de 2008, de 4,228%, registado em 29 de setembro.
  • A Euribor a três meses subiu para 3,549%, mais 0,007 pontos, depois de ter atingido 4,002%, um máximo desde novembro de 2008.

Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a junho apontam a Euribor a seis meses como a mais utilizada, representando 37,5% do ‘stock’ de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a 12 e a três meses representava 33,7% e 25,7%, respetivamente.

Em 18 de julho, o BCE manteve as taxas de juro diretoras e a presidente do BCE, Christine Lagarde, não esclareceu o que vai acontecer na próxima reunião em 12 de setembro, ao afirmar que tudo depende dos dados que, entretanto, forem sendo conhecidos.

Na reunião anterior, em junho, o BCE tinha descido as taxas de juro diretoras em 25 pontos base, depois de as ter mantido no nível mais alto desde 2001 em cinco reuniões e de ter efetuado 10 aumentos desde 21 de julho de 2022.

Os analistas antecipam que as taxas Euribor cheguem ao final do ano em torno de 3%.

A média da Euribor em julho voltou a descer a três, a seis e a 12 meses, mas mais acentuadamente no prazo mais longo, tendo baixado 0,040 pontos para 3,685% a três meses (contra 3,725% em junho), 0,071 pontos para 3,644% a seis meses (contra 3,715%) e 0,124 pontos para 3,526% a 12 meses (contra 3,650%).

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Donald Trump promete atacar a inflação e fazer crescer a economia

  • Lusa
  • 15 Agosto 2024

Trump disse que "com quatro anos de Harris, as finanças nunca se recuperarão" e acrescentou que há um risco de um 'crash' [queda acentuada] da economia, como houve em 1929.

O candidato republicano Donald Trump prometeu na quarta-feira que, se ganhar as eleições presidenciais em novembro, vai atacar a inflação, fazer crescer a economia e reduzir as despesas com energia a metade.

Ao discursar durante um evento eleitoral em Asheville, no Estado da Carolina do Norte, Trump falou sobre economia, mas sem evitar os ataques à sua oponente, a vice-presidente democrata Kamala Harris, e ao atual titular do cargo de presidente dos EUA, Joe Biden.

Em concreto, acusou o governo de Biden de ter causado uma subida generalizada de preços.

“Com quatro anos de Harris, as finanças nunca se recuperarão”, disse Trump, que acrescentou que há um risco de um ‘crash’ [queda acentuada] da economia, como houve em 1929.

Pela sua parte, garantiu que iria haver um ‘boom’ económico se ganhar as eleições, o que conduziria a uma descida de preços.

Um dos apoios para o seu plano viria dos combustíveis fósseis, que permitiria “cortar, pelo menos, para metade os preços da eletricidade”, ao mesmo tempo que criticou a “ameaça de Harris de proibir o ‘fracking'”, em alusão à técnica de fraturação hidráulica usada para obter gás e petróleo.

Por outro lado, Trump voltou a acusar a equipa de Harris e o seu companheiro de lista, o governador do Estado do Minesota, Tim Walz, de lhe roubarem ideias, como a de eliminar os impostos federais incidentes em atividades nos setores de hotelaria e serviços.

Na Carolina do Norte, um Estado-chave nas eleições deste ano, o republicano não evitou as suas temáticas recorrentes como a imigração indocumentada, que classificou como uma nova categoria de criminalidade, o “crime migratório”, que disse ter provocado a chegada de “traficantes de droga e assassinos” aos EUA.

Disse ainda que os crimes na Venezuela baixaram 72% graças a todos os criminosos que chegaram aos EUA, em resultado da política de “fronteiras abertas” do governo de Biden.

Voltou ainda a prometer a maior deportação da história do país, operação que vai por em marcha assim que tomar posse, no caso de ganhar as eleições.

Neste mesmo dia, o Departamento do Trabalho dos EUA informou que a taxa de inflação anual alcançou em julho o seu nível mais baixo em mais de três anos.

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#9 As férias de Pedro Carvalho. Não levar “absolutamente nada”, de forma a poder focar nas pessoas

O CEO da Generali Tranquilidade aproveita às férias para dedicar-se à família e aos amigos, mas admite que podem acontecer "alguns contactos de natureza mais urgente".

  • Ao longo do mês de agosto, o ECO vai publicar a rubrica “Férias dos CEO”, onde questiona os gestores portugueses sobre como passam este momento de descanso e o que os espera no regresso.

 

Família é prioridade, reflexões estratégicas só no regresso

Nestas férias, o CEO da Generali Tranquilidade, Pedro Carvalho, vai optar por focar na família e amigos e deixar os livros, séries e podcasts fora da bagagem. Admite que não vai desligar totalmente até porque os negócios não param, mas é defensor que as decisões estratégicas fazem-se em equipa. Após o merecido descanso, o gestor acredita que o regresso ao trabalho será marcado pelo Orçamento de Estado e pela “corrida à Casa Branca” – que “vai certamente agitar os mercados bolsistas”.

Que livros, séries e podcasts vai levar na bagagem e porquê?

Este ano opto por não levar nada, absolutamente nada – nem texto, nem áudio, nem vídeo. Quero focar-me nas pessoas com quem vou ter alguns dias de férias: família e amigos.

Desliga totalmente ou mantém contacto com as equipas durante as férias?

A verdade é que a vida não para só porque alguém vai de férias. Os clientes, os parceiros e a companhia não fecham, pelo que é natural que alguns contactos de natureza mais urgente, ou particularmente importantes ocorram, durante este período.

As férias são um momento para refletir sobre decisões estratégicas ou da carreira pessoal?

De todo. Decisões e reflexões estratégicas fazem-se em equipa e introspeções podem e devem fazer-se ao longo do ano – não acredito muito na eficácia das reflexões com “hora marcada” nem em visões resultantes das introspeções de um só indivíduo. Para mim, férias são o período em que dedico mais tempo ao lazer e à vida em família.

Que temas vão marcar o seu setor na rentrée?

O setor financeiro e o segurador, em particular, são especialmente sensíveis ao desempenho da economia e dos mercados financeiros (capitais, taxas de juro e inflação também). Em Portugal, certamente a aprovação do Orçamento de Estado será chave para a nossa economia e vida quotidiana, no próximo triénio, em que, a nível internacional, enfrentamos um contexto particularmente volátil.

Entretanto, a “corrida à Casa Branca” vai certamente agitar os mercados bolsistas. E os conflitos na Ucrânia e na Palestina têm potencial para voltar a atrapalhar a estabilização da inflação e a redução das taxas de juro.

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PSP alerta para aumento do ‘spoofing’ que pode culminar em burlas

  • Lusa
  • 15 Agosto 2024

A polícia aconselha a duvidar de qualquer chamada telefónica ou SMS que contenha uma saudação genérica em vez do nome real do recetor ou de uma mensagem personalizada dirigida ao recetor.

A PSP alertou esta quinta-feira que no primeiro semestre deste ano tem registado “diversas ocorrências” relacionadas com ‘spoofing’, prática que consiste em falsificar dados pessoas e pode culminar em burlas informáticas.

Em comunicado, a Direção Nacional da PSP avança com diversos conselhos de segurança e pede que se denunciem todas as burlas, incluindo meras tentativas.

“Proteja-se dos criminosos que se protegem atrás de um ecrã”, sublinha a PSP.

O ‘spoofing’ consiste na falsificação de uma entidade como ‘email’, número de telefone, ‘site’, endereço IP, entre outros, para dar uma aparência de legitimidade e de confiança naquele contacto, tendo em vista iludir a vítima.

Segundo a PSP, os casos registados “mais recorrentes” reportam-se a ‘spoofing’ de ‘email’ e de chamadas e SMS (mensagens).

“O cibercriminoso, com recurso a sistemas informáticos, reproduz endereços de ‘email’ e números telefónicos, fazendo-se passar por entidades bancárias, empresas amplamente conhecidas ou instituições públicas, com o objetivo de obter os dados pessoais da vítima ou credenciais para fins criminosos”, descreve a Direção Nacional na nota divulgada hoje.

A PSP alerta que “estas situações podem acontecer a qualquer pessoa”, razão pela qual frisa: “A prevenção é o melhor método de segurança”.

A polícia aconselha a duvidar de qualquer chamada telefónica ou SMS que contenha uma saudação genérica em vez do nome real do recetor ou de uma mensagem personalizada dirigida ao recetor.

No caso das mensagens ou telefonemas por parte de alegadas entidades bancárias, onde sejam solicitados códigos, credenciais ou palavras passe, deve ser verificada a veracidade do pedido junto da entidade bancária em questão.

Já perante ‘emails’ ou SMS que contenham ‘links’ duvidosos, devem os mesmos ser ignorados e as mensagens de imediato eliminadas.

É ainda recomendado que não se coloque o contacto telefónico nas redes sociais e que se bloqueie manualmente números provenientes de chamadas indesejadas e duvidosas.

É considerado importante “respeitar o alerta sobre chamadas ou SMS marcadas como ‘spam’ [lixo] nos aparelhos telefónicos mais recentes”.

E, ao receber um ‘email’ ou outra qualquer comunicação que evidencie a prática de ‘spoofing’, deve ser informado o suposto remetente sobre o sucedido, no sentido de ajudar a impedir novos ciberataques deste tipo.

“Podem fazê-lo nos sites das empresas visadas que, normalmente, possuem páginas onde é possível relatar ‘spoofing’ e outros problemas de segurança”, conclui a PSP.

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PSI em baixa com Ibersol e Galp Energia a liderarem as perdas

  • Lusa
  • 15 Agosto 2024

A bolsa lisboeta segue em queda ligeira, a contrariar os ganhos das congéneres europeias, que estão a reagir positivamente aos números do PIB no Reino Unido.

A bolsa de Lisboa segue a negociar em baixa na sessão desta quinta-feira, com seis dos 16 títulos do PSI a caírem, liderados pelos da Ibersol e Galp Energia, que desciam, respetivamente, 1,12% e 0,81%.

O PSI seguia a deslizar 0,04% para 6.600,51 pontos, com seis ‘papéis’ a descer, oito a subir e dois a manter a cotação (EDP Renováveis em 14,16 euros e Corticeira Amorim em 8,82 euros).

Às ações da Ibersol e Galp Energia, que desciam, respetivamente, 1,12% para 7,06 euros e 0,81% para 18,91 euros, seguiam-se as da Greenvolt, que se desvalorizavam 0,60% para 8,30 euros.

Em queda estavam também os títulos da Sonae, CTT e EDP, que recuavam 0,43% para 0,93 euros, 0,36% para 4,16 euros e 0,08% para 3,71 euros.

Em sentido contrário, as ações da Semapa e da Altri valorizavam 0,85%, respetivamente para 14,22 euros e 4,76 euros, as da Navigator ganhavam 0,78% para 3,63 euros e as da Mota-Engil subiam 0,69% para 3,48 euros.

Em alta estavam também os títulos da NOS, REN, BCP e Jerónimo Martins, a valorizar 0,57%, 0,42%, 0,31% e 0,12%, para 3,51 euros, 2,37 euros, 0,39 euros e 16,30 euros, respetivamente.

As principais bolsas europeias estavam hoje em alta, após a divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) do Reino Unido, depois de Wall Street ter fechado com ganhos na quarta-feira face ao abrandamento da inflação nos EUA.

Num dia marcado pela publicação de diversos indicadores macroeconómicos, pelas 09:15 em Lisboa, o EuroStoxx 600 estava a subir 0,38% para 506,01 pontos.

As bolsas de Londres, Paris e Frankfurt avançavam 0,10%, 0,18% e 0,59%, bem como as de Madrid e Milão, que se valorizavam 0,38% e 1,00%, respetivamente.

Na Europa, os investidores estavam pendentes da divulgação de dados do PIB do Reino Unido, que cresceu 0,6% no segundo trimestre.

Em Wall Street, os principais índices fecharam na quarta-feira a verde, depois de se saber que o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) dos EUA caiu uma décima em julho, para 2,9%.

Estes são os melhores dados de inflação desde março de 2021, aumentando as expectativas de que a Reserva Federal dos EUA (Fed) comece a cortar as taxas de juro em setembro.

Neste contexto, o Dow Jones subiu 0,61%, o S&P 500, 0,38% e o tecnológico Nasdaq 0,03%.

Esta quinta são publicados nos EUA outros indicadores macroeconómicos relevantes, como a produção industrial e as vendas a retalho.

No Japão foi publicado o PIB do segundo trimestre, que cresceu 0,8% em termos trimestrais graças à recuperação do consumo, do investimento imobiliário e das exportações.

Já na China foi conhecida a evolução da produção industrial, que cresceu 5,1% em termos homólogos em julho, uma percentagem inferior à do mês anterior.

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EUA a um passo de superar domínio britânico no turismo em Portugal

Entre janeiro e junho Portugal recebeu mais de um milhão de turistas norte-americanos, surgindo atrás do Reino Unido e posicionando-se como o segundo país de onde vêm mais hóspedes estrangeiros.

Há cada vez mais turistas norte-americanos a viajarem para Portugal. Segundo os dados revelados pelo INE esta quarta-feira, que mostram um crescimento de 4,5% no turismo no primeiro semestre, entre janeiro e junho o turismo registou mais de um milhão de turistas provenientes dos Estados Unidos, o que representa um crescimento de 15% face ao período homólogo de 2023.

Além dos EUA, apenas o Reino Unido, que continua a liderar o ranking com mais turistas em Portugal, registou mais de um milhão de hóspedes a Portugal até ao final de junho. Os EUA surgem assim como o segundo país origem de turistas não residentes, colado ao Reino Unido, o principal mercado para o setor turístico nacional.

No primeiro semestre do ano, o INE contabilizou cerca de 1,2 milhões de turistas britânicos, mais 119 mil turistas que os Estados Unidos e um aumento de 6% face ao período homólogo.

O Reino Unido é historicamente o principal contribuidor da atividade turística nacional, com um peso de 13% nos turistas estrangeiros e de 18% nas dormidas – 4,7 milhões das 25 milhões de dormidas de hóspedes não residentes foram geradas por britânicos –, contudo os Estados Unidos têm vindo a ganhar relevância nos últimos anos e ultrapassaram países como Espanha ou a Alemanha.

O número de turistas norte-americanos têm vindo a aumentar nos últimos anos, com a popularidade de Portugal enquanto destino de férias a crescer nos Estados Unidos. O número de turistas americanos quase duplicou no espaço de dois anos, passando de 584,7 mil na primeira metade de 2022, para 902 mil até junho de 2023 e mais de um milhão no último semestre.

Estrangeiros pesam quase dois terços dos hóspedes

A atividade turística, que mantém uma dinâmica de crescimento positiva, tem contado com o contributo dos estrangeiros. No primeiro semestre do ano, o INE revela que foram registados 14,4 milhões de turistas, mais 5,6% que no período homólogo. Destes, 8,8 milhões, ou 62%, são estrangeiros.

Em termos de dormidas, os EUA são o quinto maior mercado, com 2,35 milhões de dormidas no primeiro semestre, atrás do Reino Unido, Alemanha, Espanha e França. Tal como acontece no número de hóspedes, também nas dormidas, os estrangeiros representam a maior fatia.

Do total das dormidas, 25,5 milhões, ou 71,5%, foram geradas por hóspedes estrangeiros. Os cinco principais mercados – Reino Unido, Alemanha, Espanha, França e EUA – geraram 14,4 milhões de dormidas, mais de metade do total de dormidas de estrangeiros.

Em termos globais, as dormidas registaram um crescimento de 4,5%, atingindo 35,5 milhões, dando origem a aumentos de 12,3% nos proveitos totais e de 12,1% nos de aposento, uma evolução determinada pelo contributo dos estrangeiros.

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Greve na easyJet pode afetar voos a partir desta quinta-feira

  • Lusa
  • 15 Agosto 2024

A greve convocada pelos tripulantes, que vai durar três dias, forçou a easyjet a cancelar 232 voos. A companhia diz que vai operar 62% dos voos programados antes da greve.

A greve convocada pelo Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) na companhia aérea easyJet arranca esta quinta-feira e pode, até sábado, afetar os voos da transportadora aérea.

O SNPVAC convocou três dias de greve para todos os voos realizados pela easyJet, bem como para os demais serviços a que os tripulantes de cabine estão adstritos, “cujas horas de apresentação ocorram em território nacional com início às 00:01 do dia 15 de agosto e fim às 24:00 do dia 17 de agosto”, segundo o pré-aviso entregue no dia 31 de julho.

Assim, um voo que tenha origem fora de Portugal, com destino, por exemplo, a Lisboa e regresso à base de origem não está abrangido pelo pré-aviso de greve.

A easyJet, por sua vez, disse que planeia operar 62% dos voos programados com origem ou destino em Portugal antes da greve de tripulantes de cabine, o que inclui os não abrangidos pelo pré-aviso de greve.

“Devido a esta ação de greve desnecessária, a easyJet teve de cancelar alguns voos do seu programa. No entanto, a companhia aérea planeia operar 62% do seu programa de voos em Portugal durante o período da greve”, referiu, numa nota enviada à Lusa.

Questionada pela Lusa, a easyJet esclareceu que “os 62% referem-se à operação original de voos programados com origem ou destino em Portugal antes da greve”, ou seja, “a companhia prevê operar 62% dos voos originalmente programados que tocam em Portugal“.

“Entre 15, 16 e 17 de agosto, estávamos a planear 1.138 voos de e para Portugal, mas tivemos de cancelar 232 voos devido à greve. Isto significa que, de e para Portugal, estamos a planear voar 906 voos”, disse a transportadora.

O SNPVAC apelou para o “bom senso da empresa, para que possa ceder nas justas reivindicações dos seus trabalhadores” e que “em vez de cancelar voos em série encontre soluções para evitar” a greve.

A greve foi aprovada em assembleia-geral, com 99% de votos a favor, e o sindicato acusa a empresa de ignorar as várias tentativas de resolução de questões laborais, entre as quais a falta de pessoal e o aumento do número de horas de trabalho.

A companhia adiantou que os clientes dos voos cancelados já foram contactados e que terão direito a um reembolso ou à transferência gratuita para um novo voo.

A easyJet aconselhou ainda os clientes que viajam de e para Portugal no período da greve a verificar o estado dos seus voos.

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Montenegro anuncia suplemento extra de 100 a 200 euros para reformas mais baixas

  • ECO
  • 14 Agosto 2024

Na rentrée política do PSD, o chefe de Governo anunciou três medidas: um suplemento extra para as pensões mais baixas em outubro, um passe ferroviário de 20 euros mensais e mais vagas em medicina.

O primeiro-ministro arrancou a Festa do Pontal, a primeira em que o PSD está no poder desde 2015, na defensiva. “Não estamos a tomar medidas menores”, disse no calçadão de Quarteira, Algarve. Luís Montenegro garantiu que o seu Governo não está a “resolver problemas pequenos”, mas a tratar “estrategica e estruturalmente do futuro de Portugal”.

Num discurso de cerca de meia hora, o chefe de Governo deixou para o fim o anúncio de um suplemento para as pensões mais baixas. Em outubro, mês da apresentação do Orçamento do Estado para 2025, quem recebe até 509,26 euros (um IAS – Indexante de Apoios Sociais) receberá um cheque extra de 200 euros. Para as pensões entre os 509,26 e 1018,52 euros, o suplemento será de 150 euros. Já as reformas entre os 1.018,62 e 1.527,78 euros receberão mais 100 euros.

Montenegro reiterou que o Complemento Solidário para Idosos atingirá 820 euros em 2028 e garantiu que as pensões vão continuar a crescer ao ritmo da inflação, uma diferença face a “outros”, numa farpa ao Governo de António Costa que em 2022 antecipou aumentos aos pensionistas e, depois suspendeu durante meses, a atualização das reformas pela inflação.

Sob pressão na saúde, com urgências encerradas durante o verão, o chefe de Governo começou por não querer entrar na polémica “absurda” sobre a execução do plano de 60 dias. Mas, ainda assim, acusou de “elevada desonestidade política e intelectual” quem criou a tese de “que em 60 dias” os problemas da saúde seriam resolvidos. “O que o Governo prometeu foi apresentar um plano a 60 dias, que será aplicado em 2024 e 2025”, disse.

Depois de enumerar algumas medidas, como a linha telefónica para grávidas, Montenegro garante que o Governo “não está distraído” e que, na saúde, “a situação é muito melhor do que era no ano passado”. E deixou a promessa: “No próximo ano vai ser melhor do que é este ano”.

Para essa meta, Montenegro deixa um recado “à visão corporativista” dos médicos e frisa que Portugal “precisa de mais médicos”. Segundo contas do Governo, este ano um “pouco mais 1.500 médicos” vão aposentar-se, um número que se repetirá em 2025. Assim, outra medida passa por aumentar as vagas em medicina nas universidades de Évora e de Trás-os-Montes e Alto Douro.

A terceira medida será a apresentação de um Plano de Mobilidade Verde em setembro, entre as quais consta a criação de um passe ferroviário de 20 euros mensais, que dá acesso a todos os comboios – urbanos, regionais e intercidades. “Quem quiser ir de Braga a Faro, poderá ir por 20 euros por mês”, explicou.

No ano passado, ainda na oposição, Montenegro tinha proposto na Festa do Pontal um “choque fiscal” com a redução das taxas de IRS em todos os escalões, menos no último. A medida avançou mas não como queriam os social-democratas, que entretanto formaram Governo com o CDS-PP. Os socialistas já tinham feito mais de metade do caminho quando aprovaram uma baixa fiscal para este ano no OE2024 e conseguiram – uma vez que têm o mesmo número de deputados que o PSD no Parlamento – atrair votos suficientes para reforçar a redução das taxas de IRS, mas só até ao sexto escalão.

 

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OMS declara mpox emergência global de saúde

  • Lusa
  • 14 Agosto 2024

"Isto é algo que nos devia preocupar a todos... O potencial para uma disseminação além África é muito preocupante", disse o diretor geral da Organização Mundial de Saúde.

A Organização Mundial de Saúde declarou esta quarta-feira o surto de mpox em África como emergência global de saúde, com casos confirmados entre crianças e adultos de mais de uma dezena de países e uma nova variante em circulação.

No início da semana, o Centro Africano de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC África) anunciou que o surto de mpox era uma emergência de saúde pública, com mais de 500 mortes confirmadas, apelando para ajuda internacional para travar a disseminação do vírus. “Isto é algo que nos devia preocupar a todos… O potencial para uma disseminação além África é muito preocupante”, disse o diretor geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, adiantou a Associated Press (AP).

O continente africano tem poucas vacinas disponíveis de momento. O diretor-geral da OMS já tinha anunciado hoje que prolongou por um ano as recomendações permanentes contra o risco crónico do vírus mpox em vários países africanos, na sequência do novo surto.

“Decidi prolongar as recomendações permanentes por mais um ano para ajudar os países a responder ao risco crónico de varíola”, disse Ghebreyesus na reunião do comité de emergência da OMS sobre o novo surto da chamada “varíola dos macacos” na República Democrática do Congo (RDCongo), mas também no Burundi, Quénia, Ruanda e Uganda, que até agora não tinham reportado casos da doença.

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Grândola vai alterar PDM para aumentar intensidade turística

  • Lusa
  • 14 Agosto 2024

A proposta atualiza a intensidade turística do concelho de Grândola de 14.294 para 17.153 camas, graças à celebração de um acordo de redistribuição interconcelhia da intensidade turística.

A proposta de alteração do Plano Diretor Municipal (PDM) de Grândola, em consulta pública, prevê o aumento da intensidade turística em mais 2.859 camas, fruto de um acordo com os municípios de Santiago do Cacém e Odemira. O documento, cujo período de discussão pública decorre até 7 de outubro, atualiza a intensidade turística efetiva (ITCE) do concelho de Grândola, no distrito de Setúbal, de 14.294 para 17.153 camas, graças à celebração de um acordo de redistribuição interconcelhia da intensidade turística.

Segundo o documento, consultado hoje pela agência Lusa, este acordo, que assenta numa norma do Plano Regional de Ordenamento do Território do Alentejo (PROTA), pode ser estabelecido “sempre que é ultrapassada a intensidade turística concelhia efetiva”, ou seja, camas executadas, em execução ou aprovadas.

E dá à Câmara de Grândola a possibilidade de “proceder à negociação para a redistribuição interconcelhia da intensidade turística” através de acordos com os restantes municípios do litoral alentejano. Esta poderá ser a solução encontrada pelo município alentejano para dar resposta ao “elevado número” de Pedidos de Informação Prévia (PIP) “pendentes/suspensos”, que antecipava a “ultrapassagem da ITCE máxima definida no Plano Diretor Municipal (14.915 camas)” do concelho.

Um PIP é um procedimento destinado a obter, a título prévio, informação e deliberação vinculativa sobre a viabilidade de uma operação urbanística concreta ou um conjunto de operações urbanísticas diretamente relacionadas, de acordo com o Regime Jurídico da Urbanização e Edificação (RJUE).

Em abril de 2022, a Assembleia Municipal de Grândola aprovou a suspensão parcial do PDM nas freguesias de Carvalhal e de Melides e na União das Freguesias de Grândola e Santa Margarida da Serra e a adoção de “medidas preventivas” para impedir a especulação imobiliária.

Estas medidas interditavam “a instalação de todos os tipos de novos empreendimentos turísticos isolados (ETI) e de núcleos de desenvolvimento turístico (NDT), bem como quaisquer operações urbanísticas relativas a empreendimentos turísticos com aumento da capacidade autorizada”.

Dois anos volvidos, e de acordo com a proposta de alteração do PDM, foram encetadas “negociações com os cinco concelhos que integram a sub-região do Alentejo Litoral, com vista ao aumento da intensidade turística do Município de Grândola”. Nessas negociações, “foi consensual” que Grândola, “pelas suas características territoriais, é o concelho que apresenta o maior potencial e procura turística do Alentejo Litoral e, em contrapartida, é o segundo concelho com menor ITC máxima”, lê-se no documento.

Com base nesta premissa, os municípios de Santiago do Cacém, distrito de Setúbal, e Odemira, no de Beja, entenderam que “a ITC de que dispõem é superior às suas necessidades turísticas”, pelo que poderão “ceder parte das suas camas, num total de 2.859 camas, que corresponde à percentagem máxima admitida pelo PROTA”. “Considerando a futura ITCE Máxima de 17.153 camas, resulta que ainda existe espaço para o licenciamento de 4.732 camas, a aprovar nos termos e condições estabelecidos na nova redação” do PDM de Grândola, refere o documento.

A proposta de alteração do PDM estabelece ainda a “possibilidade de licenciamento de estabelecimentos hoteleiros e empreendimentos de Turismo de Habitação (TH), localizados em todos os aglomerados urbanos, e o licenciamento de empreendimentos de Turismo em Espaço Rural (TER) e TH em solo rústico (incluindo os aglomerados rurais), com critérios e parâmetros distintos, em função da sua localização”.

“Quanto às camas previstas para empreendimentos turísticos que correspondam à execução de planos territoriais de âmbito municipal, anteriores à data da entrada em vigor do PROTA, estabelece a norma 170 que a intensidade turística definida para cada concelho não prejudica as ações validamente autorizadas, as informações prévias favoráveis válidas [e] os projetos que tenham sido objeto de declaração de impacte ambiental favorável”, lê-se no documento.

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Grupo Mercan Properties com novos hotéis em Beja e Évora

  • Lusa
  • 14 Agosto 2024

Com um investimento de 16,8 milhões de euros, o novo Holiday Inn Beja, de quatro estrelas, vai abrir na segunda-feira. Já o Holiday Inn Express Évora “encontra-se em fim de construção”.

O Grupo Mercan Properties vai abrir um novo hotel, na segunda-feira, em Beja, e prevê inaugurar outro, na segunda quinzena de setembro, em Évora, após um investimento global de 33,6 milhões de euros. As datas previstas para a abertura destas novas unidades hoteleiras, ambas com as insígnias Holiday Inn, foram reveladas pelo Grupo Mercan Properties numa resposta a questões colocadas pela agência Lusa através de correio eletrónico.

Com um investimento de 16,8 milhões de euros, adiantou, o novo Holiday Inn Beja, de quatro estrelas, vai abrir na segunda-feira, dispondo de 95 quartos, bar, restaurante, piscina exterior, parque de estacionamento e espaço comercial com lojas de retalho.

A fachada do Holiday Inn Beja conta com uma obra do reconhecido artista Vhils que honrará a região alentejana”, assinalou, indicando que os pormenores sobre a obra serão apresentados durante a inauguração do hotel. Porém, os dois murais com as caras dos poetas alentejanos Florbela Espanca e Mário Beirão já podem ser vistos na fachada do edifício.

Já o Holiday Inn Express Évora, de três estrelas, com investimento idêntico, “encontra-se em fim de construção” e vai ter 76 quartos, piscina exterior, restaurante, bar e sala de reuniões, precisou o promotor.

O grupo revelou que, no total, “os dois hotéis vão criar 53 postos de trabalho na região, 31 no Holiday Inn Beja e 22 no Holiday Inn Express Évora”, além de “cerca de uma centena [de postos de trabalho] criada durante a construção”. “Ambos os hotéis privilegiam a proximidade aos centros urbanos e aos principais pontos turísticos das cidades”, salientou o Mercan Properties, dando como exemplo o caso do Holiday Inn Beja, localizado próximo do Castelo e da Sé de Beja.

Já o Holiday Inn Express Évora situa-se na zona das Portas de Avis, perto da muralha e do Templo Romano, acrescentou. A gestão hoteleira de ambos os hotéis ficará a cargo da AHM – Ace Hospitality Management, empresa que pertence ao Grupo Mercan Properties.

Estes dois hotéis vão juntar-se ao Hilton Garden Inn Évora, também do Grupo Mercan Properties, inaugurado em 2023, encontrando-se em construção uma outra unidade hoteleira no Alentejo, de quatro estrelas, na Praia da Costa de Santo André, no concelho de Santiago do Cacém (distrito de Setúbal).

O Grupo Mercan Properties desenvolve projetos imobiliários no ramo do turismo em Portugal e conta, atualmente, com 32 projetos no país, nove dos quais já em operação.

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Emprego público atinge novo máximo e sobe para quase 750 mil

No segundo trimestre, o Estado criou mais 3.831 postos de trabalho, em termos homólogos, um aumento de 0,5%, sobretudo à boleia do crescimento do número de funcionários nas autarquias.

O número de funcionários públicos subiu para 749.678, no segundo trimestre do ano, atingindo um novo máximo da série, que se inicia em 2011, segundo a síntese estatística da Direção-Geral da Administração e do Emprego Público (DGAEP), publicada esta quarta-feira. Este crescimento deveu-se sobretudo à criação de postos de trabalho nas câmaras municipais.

São mais 3.831 postos de trabalho na comparação com o mesmo período do ano passado, o que corresponde a um aumento de 0,5%. Face ao trimestre anterior, o número de funcionários praticamente estabilizou, ainda que se tenha registo uma ligeira subida de 0,1% ou de 632. Analisando o início da série, que se reporta a 31 de dezembro de 2011, o salto foi de 3%, o que significa que foram contratados mais 21.977 em relação aos 727.701 funcionários que o Estado empregava na altura.

Este incremento no emprego público deveu-se sobretudo ao aumento de funcionários nas “câmaras municipais (nomeadamente nos técnicos superiores e assistentes operacionais)”, indica o mesmo relatório. Em concreto, as autarquias integraram mais 3.885 funcionários, o que corresponde a uma subida de 2,9% para 137.438, entre abril e junho.

Na administração central foram criados mais 527 postos de trabalho (0,1%), “destacando-se o crescimento do emprego nas Entidades Públicas Empresariais (EPE) do SNS (em resultado da transição dos trabalhadores dos agrupamentos de centros de saúde e outras entidades do setor público administrativo) e nos institutos públicos, neste caso explicado principalmente pela transferência de pessoal de serviços regionais de várias entidades para as comissões de coordenação e desenvolvimento regionais, bem como para o Instituto para os Comportamentos Aditivos e as Dependências, I.P.”, observa a DGAEP.

Em comparação com o final do trimestre anterior, “o emprego no setor das administrações públicas aumentou 632 postos de trabalho (+0,1%), em resultado sobretudo do aumento do emprego na administração local”, onde foram criados 1.168 postos de trabalho, o que se traduziu numa variação em cadeia de 0,9%, “maioritariamente nas câmaras municipais”, de acordo com o documento.

Já na administração central, a evolução trimestral foi praticamente nula, tendo registado uma ligeira descida de 224 trabalhadores. A DGAEP destaca que houve uma diminuição de 755 postos de trabalho na área governativa da Educação, Ciência e Inovação, atingindo maioritariamente docentes, assistentes operacionais e técnicos superiores, e uma redução de 425 lugares na área da Saúde, “sobretudo médicos, refletindo um padrão que se tem verificado ao longo da série, no segundo trimestre”, assinala. Isto poderá indicar, no caso dos professores contratados, o fim do vínculo, com o fim do ano letivo. Já em relação aos médicos, poderá também indiciar algum nível precariedade com o termo dos contratos.

“Em sentido contrário, salienta-se o aumento do número de trabalhadores na Administração Interna (+1.081), refletindo, em parte, as contratações a termo de vigilantes da floresta, de natureza sazonal, bem como de guardas da GNR”, segundo a mesma síntese estatística.

Por carreira, aquela que “registou a maior variação absoluta homóloga foi a de técnico superior, com um aumento de 2.320 trabalhadores (+3%)”. “Os representantes do poder legislativo e de órgãos executivos registaram a maior variação percentual positiva (+4,4%), que se traduziu em mais 178 trabalhadores face ao período homólogo”, indica a DGAEP.

Já “a maior diminuição absoluta face ao 2º trimestre de 2023 ocorreu nas forças armadas e de segurança“, que viram ser destruídos 692 postos de trabalho, o que corresponde a uma queda de 0,9%.

A 30 de junho, mais de metade (53,8%) dos trabalhadores das administrações públicas estavam concentrados nas carreiras de assistente operacional (169,6 mil trabalhadores), professor do ensino básico e secundário (141,6 mil) e assistente técnico (91,7 mil). Se somarmos os técnico superior (80,9 mil), “estas carreiras totalizavam quase dois terços (64,5%) do total de trabalhadores das administrações públicas”, conclui a síntese.

Salário base sobe 7,1% para 1.754,50 euros

Quanto à evolução do salário médio bruto no Estado, o valor da remuneração base média mensal dos trabalhadores a tempo completo no setor das Administrações Públicas situava-se em 1.754,50 euros, em abril, o que corresponde a um aumento de 7,1% ou de 116,4 euros em comparação com o período homólogo, isto é, com abril do ano passado.

O crescimento do ordenado médio deve-se “ao efeito conjugado da entrada e saída de trabalhadores com diferentes níveis remuneratórios, de medidas de valorização remuneratória aprovadas para os trabalhadores em funções públicas” e da atualização do valor do salário mínimo para 820 euros e do valor da base remuneratório da administração pública para 821,83 euros.

Já o ganho médio mensal, que inclui outras parcelas do vencimento, como subsídios, estimado, para abril, em 2.082,6 euros correspondendo a uma variação homóloga de 8,4%, que resulta “do aumento da remuneração base média mensal e das restantes componentes do ganho, como subsídios, suplementos regulares e pagamento por horas de trabalho suplementar”, explica a DGAEP.

Apesar desta análise, o INE publicou esta semana dados mais atualizados com a evolução dos salários na administração pública, uma vez que se reportam a junho e não a abril. De acordo com este instituto “o salário médio bruto no Estado cresceu 6,6%”, no último mês do segundo trimestre, atingindo os 2.484 euros, o que corresponde a uma subida de 154 euros face ao ordenado de 2.330 euros de junho do ano passado.

Analisando a componente regular, que inclui não só o salário como também os subsídios de refeição, diuturnidades e outras prestações pagas todos os meses mas exclui prémios de caráter extraordinário, o impulso remuneratório, segundo o INE, foi de 6,9%, passando de 1.687 para 1.803 euros. E o vencimento base, que se cinge ao ordenado sem contar com outro tipo de subsídios ou prémios, avançou 6,8%, de 1.588 para 1.696 euros.

Porém, e em termos reais, isto é, descontando o impacto da inflação, que abrandou para 2,8%, em junho, “as remunerações total, regular e base aumentaram 3,8%, 4,1% e 4,0%, respetivamente”, escreve o INE.

(Notícia atualizada às 18h57)

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