Jovens lideram no crédito à habitação em novembro. Cerca de 48% dos novos contratos foram feitos a menores de 35 anos

O volume contratualizado em crédito à habitação voltou a bater recordes históricos, com os jovens até aos 35 anos a representarem quase metade dos empréstimos fechados em novembro.

O Banco de Portugal divulgou esta terça-feira os dados mais recentes sobre o crédito concedido aos particulares, revelando uma ligeira desaceleração no setor, mas mantendo níveis historicamente elevados, especialmente no crédito à habitação.

Em novembro, as novas operações de empréstimos a particulares totalizaram 2.982 milhões de euros, registando uma diminuição de 106 milhões face ao mês anterior. Apesar desta redução, o crédito à habitação continua a destacar-se, com o montante de novos contratos a atingir 1.667 milhões de euros.

Este valor representa o segundo mais elevado da série histórica, que se inicia em dezembro de 2014, demonstrando a resiliência do mercado imobiliário português. O regulador destaca que “o crédito concedido a mutuários com menos de 35 anos representou 48% do montante de novos contratos para habitação própria permanente concedidos em novembro”.

“Em novembro, 76% dos novos empréstimos à habitação foram contratados a taxa mista”, refere o Banco de Portugal, notando que este valor represente uma ligeira diminuição de 1 ponto percentual em relação a outubro.

Estes números foram também acompanhados por uma nova descida da taxa de juro média das novas operações de crédito à habitação, que passou de 3,4% em outubro para 3,29% em novembro, marcando o valor mais baixo desde janeiro de 2023. Além disso, “a prestação média mensal dos créditos à habitação diminuiu 3 euros, para 417 euros em novembro, o valor mais baixo desde novembro de 2023”, destaca o Banco de Portugal.

No contexto europeu, Portugal continua a apresentar condições competitivas. “Portugal apresentou a sétima taxa de juro média mais baixa, ficando abaixo da média da área do euro”, que se situou em 3,44%, destaca o Banco de Portugal em comunicado.

Fonte: Banco de Portugal.

Os dados do Banco de Portugal destacam também uma redução de 4,8% do volume de renegociações de crédito, que se fixou em 559 milhões de euros em novembro, com particular foco para as renegociações de crédito à habitação, que decresceram 27 milhões de euros, para 521 milhões de euros.

Além disso, o regulador refere também uma preferência das famílias por empréstimos a taxa mista. “Em novembro, 76% dos novos empréstimos à habitação foram contratados a taxa mista”, embora este valor represente uma ligeira diminuição de 1 ponto percentual em relação a outubro.

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