Deputado do Chega alvo de buscas por suspeitas de furto de malas no aeroporto

  • ADVOCATUS e Lusa
  • 21 Janeiro 2025

O deputado terá alegadamente ter furtado malas dos tapetes de bagagens das chegadas dos aeroportos de Lisboa e de Ponta Delgada. André Ventura marca reunião de emergência do partido para esta terça.

O deputado do partido Chega Miguel Arruda foi alvo de buscas na sua residência nos Açores, bem como na casa que ocupa em Lisboa, avança o Público. Em causa estão suspeitas de um crime de furto qualificado, por o deputado alegadamente ter furtado, durante vários meses, malas dos tapetes de bagagens das chegadas dos aeroportos de Lisboa e de Ponta Delgada quando viajava no início e no final da semana de trabalhos parlamentares. O crime de furto qualificado é punido com pena de prisão até cinco anos ou 600 dias de multa.

Segundo o Público, a Assembleia da República é obrigada a levantar a imunidade parlamentar do deputado. Assim, o tribunal tem de pedir o levantamento da imunidade ao gabinete do presidente da Assembleia da República para conseguir ouvir Miguel Arruda.

Segundo a Polícia de Segurança Pública, as buscas decorrem desde as 12h00 e estão a ser realizadas pela investigação criminal do Comando Metropolitano de Lisboa no âmbito de um inquérito dirigido pelo Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa.

A PSP refere que a investigação não está relacionada com as funções que Miguel Arruda exerce enquanto deputado na Assembleia da República. A PSP indica ainda que o deputado do Chega não foi detido, sendo necessário o levantamento da imunidade parlamentar.

André Ventura marca reunião de emergência para amanhã

O líder do Chega agendou para esta quarta-feira uma reunião de emergência com a direção nacional do partido e o deputado Miguel Arruda, que foi alvo de buscas por suspeitas de furto de malas em aeroportos, para perceber o que está em causa.

André Ventura disse aos jornalistas que já informou o deputado de que é preciso dar explicações sobre o alegadamente sucedido. “O Chega tem sido um partido particularmente exigente. Os políticos têm os mesmos direitos do que os outros, mas têm mais deveres de explicação do que os outros”, afirmou, em declarações a partir dos Estados Unidos, para onde se deslocou para assistir à tomada de posse do presidente norte-americano, Donald Trump.

O presidente do Chega diz que defende o levantamento da imunidade do deputado, até porque é “do interesse do partido, do país e dos eleitores que tudo seja esclarecido”.

“É preciso que esse levantamento da imunidade seja feito, para que as autoridades judiciais e policiais, possam mostrar aquilo que têm e desenvolverem a sua investigação sem nenhuma limitação”, defendeu o também candidato às presidenciais.

“Vejo com enorme estupefação o conteúdo da notícia em si e quero deixar claro que, para nós, todos têm de cumprir a lei sejam deputados ou não. Essa é a mensagem que, desde o início, temos passado: ninguém está acima da lei e nenhum deputado do Chega também não”, garantiu André Ventura, que regressa amanhã a Lisboa.

(Notícia atualizada às 19h26 com a reação de André Ventura)

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