Ranking: Quem ganhou com os Fundos de pensões a crescer 2,1%

  • Lusa e ECO Seguros
  • 30 Janeiro 2025

Quatro dos cinco maiores fundos de pensões geriram menos montantes no ano passado em termos homólogos. Veja o ranking das gestoras e dos fundos.

O valor sob gestão de fundos de pensões superou os 19 mil milhões de euros no final de 2024, um aumento de 2,1% face a 2023, divulgou esta terça-feira a Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF).

Segundo os dados provisórios do regulador, em 31 de dezembro de 2024 existiam 238 fundos de pensões sob gestão, menos um do que no final de 2023, em consequência da extinção de dois fundos de pensões fechados e da constituição de um fundo de pensões PPR.

No ‘ranking‘ das entidades gestoras de fundos de pensões, as primeiras cinco posições, cuja representatividade é superior a 80%, são ocupadas pela Ageas SGFP (quota de 32,5%), BPI Vida e Pensões (17,5%), GNB SGFP (11,8%), Futuro SGFP (10,8%) e SGFP do Banco de Portugal (8,7%).

Duas das destas cinco maiores entidades geriram no ano passado menos montantes em termos homólogos. Os montantes geridos pelo SGFP do Banco de Portugal caíram 5,4% para 1.684 milhões de euros e os sob a alçada do GNB SGFP caíram 2,1% para cerca de 2.272 milhões de euros.

A maior queda foi a Lusitania Vida que a registou. Os montantes que geria caíram quase 38% em termos homólogos, empurrando a empresa da 15.ª para a 16.ª posição no ranking ao gerir pouco mais de 6 milhões de euros. Foi ultrapassada pela Zurich Vida que cresceu 0,6% para mais de 7 milhões de euros.

A Lusitania indicou ao ECOseguros que a redução do valor dos fundos geridos “decorre da transferência de um fundo de pensões para outra entidade” no valor de cerca de 3 milhões de euros e “da extinção de um subfundo gerido, que já não tinha responsabilidades” de cerca 400 mil euros.

Ainda que mantenham a mesma posição que no ano passado, importa salientar a subida de 16,4% dos montantes geridos pela CA Vida e de 18,6% da Golden SGF SGFP.

Já a Victoria Vida trocou de posição com a Allianz passando a ocupar a 13.ª posição e a última desce para a 14.ª. Enquanto a primeira entidade teve que gerir mais 16,5% de montantes em 2024, os geridos pela Allianz caíram 6,5%.

Nota: Se está a aceder através das apps, carregue aqui para abrir o gráfico

Quanto ao ranking dos fundos de pensões, os 25 maiores fundos representam cerca de 81% do total dos montantes geridos, destacando-se, novamente, os fundos de pensões do setor bancário.

As primeiras cinco posições são ocupadas pelo Grupo Banco Comercial Português (com 19,3% de quota de mercado), Banco BPI (9%%), Novo Banco (9,8%), Banco de Portugal Benefício Definido (8,4%%) e Grupo EDP (6,9%).

De acordo com os dados provisórios avançados pelo supervisor, quatro dos maiores cinco fundos de pensões perderam capital sob gestão em termos homólogos. O que ocupa a primeira posição perdeu 3,2%, o BPI e o Novo Banco perderam 1,4% cada e o Banco de Portugal perdeu 5,8%.

Deste modo, o Banco de Portugal cai 2 posições no ranking para o quarto lugar, trocando de posição com o Banco BPI.

O PPR Big Taxa Plus estreia-se no top 25. Deu um salto em 72,4% de fundos geridos em termos homólogos, saltando da 39.ª posição para a 25.ª.

Segundo o Banco Big, esta valorização deve-se à junção de três fatores: recuperação dos mercados de obrigações, reforço da confiança dos aderentes e ambiente de taxas de juro mais equilibrado. Juntos permitiram que “o PPR BiG Taxa Plus consolidasse o seu posicionamento como uma opção atrativa para investidores que procuram segurança e retorno estável a médio e longo prazo.”, completa.

“Depois do sell-off de 2022, os títulos de dívida voltaram a oferecer um desempenho mais previsível e estável, beneficiando diretamente os investidores do fundo”, explica o banco às questões do ECOseguros. Acredita que os clientes confiam no produto pela sua “solidez e transparência” que tem vindo a dar resposta aos investidores que procuram “alternativas de rendimento mais atrativas em comparação com os depósitos bancários tradicionais”.

Por último, o que também contribuiu para a valorização foi “a estabilização da política monetária, as expectativas de rentabilidade do fundo tornaram-se mais consistentes, proporcionando retornos ajustados ao risco que sustentam um crescimento sustentado.”.

Nota: Se está a aceder através das apps, carregue aqui para abrir o gráfico.

A maioria (14) dos principais fundos de pensões são fechados, ou seja, dizem respeito apenas um associado ou a vários que têm entre si um vínculo empresarial, associativo, profissional ou social e a inclusão de novos associados depende desse vínculo.

Nesse sentido, o maior fundo de pensões assegura o pagamento das “pensões de reforma, de pensões de sobrevivência e de subsídios por morte aos trabalhadores admitidos no Banco de Portugal até 2 de março de 2009 e o pagamento dos encargos do Banco de Portugal com contribuições pós-emprego para o Serviço de Assistência Médico-Social (SAMS) respeitante à totalidade dos trabalhadores”, lê-se no site do Banco de Portugal.

Há oito fundos de pensões abertos no ranking. Nestes, não é exigida a existência de qualquer vínculo entre os diferentes aderentes ao fundo e as novas adesões dependem apenas da aceitação por parte da entidade gestora. Consoante as formas de adesão previstas, podem se distinguir três tipos: fundos de adesão coletiva, quando está prevista a adesão de pessoas coletivas, quando associados pretendem financiar planos de pensões para os seus colaboradores, podem se de adesão individual e há aqueles em que está prevista adesão coletiva e individual, explica a Caixa Geral de Depósitos no seu site.

(Notícia atualizada às 12h13 com declaração da Lusitania Vida)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Comentários ({{ total }})

Ranking: Quem ganhou com os Fundos de pensões a crescer 2,1%

Respostas a {{ screenParentAuthor }} ({{ totalReplies }})

{{ noCommentsLabel }}

Ainda ninguém comentou este artigo.

Promova a discussão dando a sua opinião