FC Porto bate recorde de receitas com transferências na primeira época de Villas-Boas

  • Lusa e ECO
  • 9:35

Sob a presidência de André Villas-Boas, os azuis e brancos atingiram 168,45 milhões de euros em vendas de jogadores nas duas janelas de transferências da época 2024/25.

O FC Porto estabeleceu um novo recorde de receitas com vendas de futebolistas na mesma temporada, ao juntar 168,45 milhões de euros nas duas janelas de transferências de 2024/25, as primeiras sob a presidência de André Villas-Boas.

Depois de ter alcançado 58,15 milhões de euros no verão, os “dragões” acumularam 110,3 milhões entre 1 de janeiro e segunda-feira, último dia do período de inscrições de inverno na Primeira Liga, fruto das mudanças do médio espanhol Nico González para o tetracampeão inglês Manchester City, por 60 milhões, e do extremo brasileiro Galeno junto dos sauditas do Al-Ahly, por 50 milhões.

Já o lateral esquerdo Wendell saiu a custo zero rumo ao São Paulo, enquanto o extremo Iván Jaime (Valência) e os pontas de lança Wendel Silva (Santa Clara) e Fran Navarro (Sporting de Braga) foram emprestados pelo FC Porto, que bateu pela segunda vez os três dígitos de proveitos com transações numa época, acima dos 148,15 milhões de 2015/16.

Os “dragões” ficaram à frente do Benfica, que atingiu os 149,92 milhões nos dois períodos de inscrição e libertou já este ano o lateral esquerdo alemão Jan-Niklas Beste (Friburgo, oito milhões), o defesa direito burquinês Issa Kaboré, ao rumar ao Werder Bremen em mais um empréstimo do Manchester City, e Soualiho Meité, novamente cedido ao PAOK Salónica.

Depois de ter amealhado 39,8 milhões no verão, o campeão nacional e líder isolado Sporting vendeu apenas Leonardo Barroso (Chicago Fire, 1,4 milhões) a meio da época e emprestou o extremo inglês Marcus Edwards (Burnley), podendo anunciar em breve a saída de Dário Essugo (Chelsea, 25 milhões), que prosseguirá cedido ao Las Palmas até ao fim de 2024/25.

O Sporting de Braga atingiu 6,5 milhões com a mudança de última hora do extremo Bruma para o Benfica, por entre os empréstimos de Matheus (Ajax), André Horta (Olympiacos), João Marques (Gil Vicente) e Roberto Fernández (Espanyol), a rescisão com Yuri Ribeiro (Blackburn) e o fim antecipado da cedência de Rafik Guitane, regressado ao Estoril Praia.

Já o Vitória de Guimarães teve uma receita recorde de 45,3 milhões em 2024/25, inflacionada no inverno com Alberto Costa (Juventus, 13,8 milhões), Manu Silva (Benfica, 12 milhões) e Kaio César (Al Hilal, nove milhões), cuja opção de 1,5 milhões foi previamente ativada pelos minhotos.

Jorge Fernandes (Al Fateh, 500 mil euros), Nélson da Luz, contratado em definitivo pelo Qingdao West Coast por 200 mil euros, e Tomás Ribeiro (Farense) também deixaram os vimaranenses, que emprestaram ainda Zé Carlos (Farense) e Adrián Butzke (Mirandés).

Fora do espetro dos representantes nacionais nas competições europeias, o Estrela da Amadora fez 8,45 milhões com as saídas de Igor Jesus (Los Angeles FC, quatro milhões), André Luiz (Rio Ave, 2,5 milhões), Tiago Gabriel (Lecce, 1,25 ME) e Danilo Veiga (Lecce, um milhões).

Se Zaydou Youssouf (Al Fateh, seis milhões) e Mory Gbane (Reims, cinco milhões) abandonaram Famalicão e Gil Vicente, o Casa Pia transferiu Beni Mukendi (Vitória de Guimarães, sem valor especificado) e Telasco Segovia (Inter Miami, 2,5 milhões), em contraste com o lanterna-vermelha Boavista, impedido de inscrever novos futebolistas pela quinta janela seguida.

Entre 1 de janeiro e segunda-feira, a Primeira Liga alcançou 185,77 milhões de euros em receitas, acima dos 124,61 milhões no mesmo período da época anterior, num valor que, com a junção dos dois períodos de inscrição, chega aos 566,34 milhões e suplanta os 410,31 milhões totais de 2023/24.

O mercado continuará ativo em países como Áustria, Hungria, Polónia, Roménia, Rússia, Suíça, Sérvia, Turquia, Ucrânia, Brasil, Canadá, Estados Unidos, China, Coreia do Sul, Emirados Árabes Unidos ou Japão, sendo que os futebolistas em final de contrato estão autorizados a comprometerem-se livremente com outro clube para a próxima temporada.

Bruma no Benfica impacta último dia da janela de inverno

A transferência do futebolista internacional português Bruma do Sporting de Braga para o Benfica impactou a Primeira Liga na segunda-feira, último dia da janela de inverno, na qual os primodivisionários investiram 49,95 milhões de euros.

Dois anos depois de ter chegado aos minhotos proveniente dos turcos do Fenerbahçe, assinando em definitivo no verão de 2023, o dianteiro formado no rival lisboeta Sporting rumou por 6,5 milhões às “águias”, que acolheram no mesmo dia por empréstimo o lateral esquerdo sueco Samuel Dahl (ex-Roma) e o ponta de lança italiano Andrea Belotti (ex-Como).

Antes desse trio, o médio defensivo Manu Silva (ex-Vitória de Guimarães, 12 milhões) já tinha sido contratado pelo Benfica, cuja despesa total esta temporada foi de 74,6 milhões, contra os 58,91 milhões do campeão e líder isolado Sporting, que investiu seis milhões no extremo brasileiro Biel Teixeira (ex-Bahia) e viu chegar o guarda-redes Rui Silva (ex-Betis) por cedência.

Na primeira época sob a presidência de André Villas-Boas, o FC Porto libertou 51,71 milhões, dos quais 12 milhões incidiram a meio de 2024/25 no extremo brasileiro William Gomes (ex-São Paulo, nove milhões) e no médio argentino Tomás Pérez (ex-Newell’s Old Boys, três milhões).

Comedido esteve o Sporting de Braga, ao juntar o regressado centrocampista sérvio Uros Racić (ex-Sassuolo) ao avançado espanhol Fran Navarro (ex-FC Porto), ambos cedidos.

Beni Mukendi (Casa Pia, sem valor revelado), Vando Félix (ex-Torreense, 1,2 milhões) e Filipe Relvas (ex-Portimonense, 700 mil euros) rumaram em definitivo ao Vitória de Guimarães, que acolheu os emprestados Úmaro Embaló (ex-Fortuna Sittard) e Hevertton Santos (ex-Queens Park Rangers), já depois de ter exercido uma cláusula de compra de 1,5 milhões por Kaio César — vendido, mais tarde, por nove milhões ao campeão saudita do Al Hilal, de Jorge Jesus.

O top 5 de contratações protagonizadas na Primeira Liga entre 1 de janeiro e segunda-feira foi perseguido por André Luiz, adquirido pelo Rio Ave ao Estrela da Amadora por 2,2 milhões, numa janela que ficou abaixo dos 53,66 milhões investidos no período homólogo de 2023/24.

De regresso ao escalão principal estão Tomás Tavares e Lucas Fernandes, ambos do AVS — que acolheu ainda o ex-capitão do Rio Ave Aderllan Santos e Gerson Rodrigues, cedido pelo Dinamo Kiev –, cenário imitado no Nacional por Ivanildo Fernandes e Joel Tagueu, com o Farense a trazer Rui Costa, o internacional luso Rony Lopes e Yusupha.

Já o lanterna-vermelha Boavista completou a quinta janela de transferências sem poder inscrever novos futebolistas e não teve impacto nos gastos de 238,17 milhões somados em conjunto pelos primodivisionários em 2024/25, contra os 244,96 milhões da época passada.

 

Hugo Viana deixa cargo de diretor desportivo do Sporting

Já Hugo Viana antecipou a saída do cargo de diretor desportivo do Sporting, que estava prevista para o final da temporada, por mútuo acordo com os ‘leões’, anunciou o clube campeão da I Liga portuguesa de futebol.

“A Sporting Clube de Portugal – Futebol, SAD informa que Hugo Viana solicitou a antecipação da sua saída do clube, inicialmente prevista para o final da presente época desportiva. A Sporting Clube de Portugal – Futebol, SAD informa, adicionalmente, que tendo em conta os argumentos apresentados e por entendimento mútuo, o diretor desportivo do Sporting cessou funções após o fecho do mercado de Inverno”, lê-se num comunicado dos ‘leões’.

Em outubro de 2024, o Manchester City anunciou a contratação de Hugo Viana como novo diretor de futebol dos ‘citizens’, para o lugar do espanhol Txiki Begiristain, que vai deixar os ingleses no final da temporada.

O Sporting lembrou que “Hugo Viana desempenhou um papel fundamental no crescimento desportivo do clube durante um período em que a equipa principal de futebol do Sporting conquistou vários títulos”, nomeadamente dois campeonatos, três Taças da Liga, uma Supertaça e uma Taça de Portugal.

“O trabalho do Hugo Viana ao longo destes anos foi fundamental para a concretização de um projeto desportivo sólido e vencedor. Teve um papel crucial na construção de uma equipa que quebrou barreiras e marcou uma das fases mais memoráveis da história recente do nosso clube”, considerou o presidente dos ‘leões’, Frederico Varandas.

Com a saída imediata de Hugo Viana, o novo diretor geral do futebol, Bernardo Palmeiro, e o diretor técnico e de scouting, Flávio Costa, iniciam agora as novas funções no líder da I Liga portuguesa de futebol.

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