Mais de 20% das exportações da UE tiveram como destino os EUA em 2024

UE aumentou o seu excedente comercial em 2024 para 147 mil milhões de euros. EUA são o maior mercado para as exportações do bloco europeu, enquanto a China é o maior mercado de importação.

Os Estados Unidos continuam a ser o principal mercado de exportação da União Europeia, com o país a absorver mais de 20% das exportações que seguiram para fora do bloco, em 2024. Em termos globais, a balança comercial de bens da UE registou um excedente de 147 mil milhões de euros, o que representa um novo recorde, com os países da região a fazerem mais trocas comerciais entre si.

Num momento em que Donald Trump continua a anunciar novas tarifas que ameaçam as empresas europeias que vendem para o país — esta quarta-feira afirmou que vai aplicar uma taxa de 25% sobre as importações do setor automóvel a partir de 2 de abril –, os EUA permanecem como um dos maiores parceiros comerciais da Europa, posicionando-se como o principal destino das vendas da região.

Segundo o Eurostat, os EUA absorveram 20,6% das exportações da UE, no último ano. Na lista dos maiores mercados de exportação seguiu-se o Reino Unido, com 13,2% do total, e a China, com 8,3%.

Exportações para EUA cresceram quase 6% em 2024

Apesar da ameaça das tarifas, as exportações europeias para os EUA aumentaram em 2024. Segundo o Eurostat, entre 2023 e 2024, entre os principais parceiros comerciais, a maior taxa de crescimento anual foi registada nas exportações para os Estados Unidos (5,6%) e o Japão (4,5%), enquanto as exportações para a China (-4,6%) e a Coreia do Sul (-2,7%) foram as que mais caíram.

Já a China lidera a origem de bens que chegam à UE, representando 20,1% das importações. Os EUA surgem também aqui com um lugar de destaque, assegurando 12,9% das importações de bens da UE.

Balança comercial de bens reforça excedente

O bloco dos 27 da UE tem conseguido desequilibrar favoravelmente a balança das exportações e das importações, garantindo um excedente da balança comercial de bens de 147 mil milhões de euros em 2024, o que representa um aumento de 113 mil milhões face a 2023.

Entre 2014 e 2024, a UE registou um excedente comercial todos os anos, à exceção de 2022, quando os elevados preços da energia levaram a um défice significativo. Em todos os outros anos, os excedentes comerciais em máquinas, veículos e produtos químicos superaram os défices causados ​​pelos preços da energia, explica o Eurostat.

O grupo dos produtos químicos e afins registou o maior aumento na última década, duplicando o excedente observado em 2014, de 119,1 mil milhões de euros para 238,1 mil milhões de euros.

A saldo da comida e bebidas também registou um aumento significativo, passando de 33,5 mil milhões para 52,4 mil milhões de euros.

Em sentido contrário, outros bens industriais passaram de um excedente de 35,3 mil milhões de euros em 2014 para um défice de 11,2 mil milhões de euros em 2024.

As importações diminuíram 3,4% face a 2023, após uma diminuição substancial em 2023 (-16,1%) face a 2022. Já as exportações aumentaram ligeiramente 1,1% em 2024, face a 2023, depois de terem caído em 2023 (-0,5%).

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