“Se a esquerda não é capaz de se unir neste momento, então não o compreendeu”, diz Mortágua
Mariana Mortágua sublinhou que se os partidos de esquerda não forem capazes de se unir neste momento, então não o compreenderam.
A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE) Mariana Mortágua sublinhou, esta sexta-feira, que se os partidos de esquerda não forem capazes de se unir neste momento, então não o compreenderam, referindo-se ao ambiente político global.
“A força do BE é a de saber ler o momento em que vivemos e saber compreender como estas eleições não são a repetição de mais umas eleições (…) Há 50 deputados do Chega na Assembleia da República, há um presidente norte-americano com uma política fascizante e autoritária e, se a esquerda não é capaz de se unir neste momento, de trazer toda a sua força, então não compreendeu o momento“, disse em entrevista à RTP3.
Sobre o retorno dos fundadores do BE Francisco Louçã, Fernando Rosas e Luís Fazenda, a líder garante que não significa que a sua geração falhou, mas antes revela que não existe outro partido que o possa fazer. “Fizemos porque compreendemos o mundo em que vivemos”, sublinhou.
Uma das medidas propostas pelo BE é o limite das rendas e, segundo Mariana Mortágua, é a proposta mais sensata que o partido pode propor e a única que permite aceder a habitação. “A ideia de que há muitas casas disponíveis neste momento é uma ideia falsa. Porque as pessoas não conseguem arrendar uma casa e é por isto que estamos a ver pessoas a pagar 150 euros para viver num vão de escada”, nota.
A coordenadora do BE reforçou que os preços de arrendamento não são compatíveis com os salários em Portugal e que a maiorias a maioria das pessoas que trabalham a tempo inteiro não conseguem que trabalha a tempo inteiro não conseguem viver com “dignidade”.
“O que está a acontecer com a crise na habitação é que uma pessoa que trabalha a tempo inteiro neste momento é pobre. Nós temos em Portugal uma maioria de pessoas que trabalham a tempo inteiro e não conseguem viver com dignidade”, disse.
Sobre a polémica que “rebentou” em janeiro referente à investigação do caso das trabalhadoras que foram despedidas do partido após terem sido mães e em que dois casos terão sido alvo de contratos-fantasma, a líder do BE voltou a reforçar que cumpriram a lei e que “não fere a credibilidade” do partido.
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