Dívida pública engorda 7,5 mil milhões de euros no primeiro trimestre do ano
O stock da dívida pública cresceu 2,8% nos primeiros três meses do ano para mais de 278 mil milhões de euros, alcançando assim o montante mais elevado desde setembro de 2023.
A dívida pública atingiu em março o valor mais elevado desde setembro de 2023, fixando-se em 278,3 mil milhões de euros, equivalente a 96,3% do PIB, após um aumento mensal de 0,4%, que se traduziu em mais mil milhões de euros face a fevereiro.
Em termos homólogos, o stock da dívida pública registou um aumento de 3,2% (2,4 mil milhões de euros) em março, completando seis meses consecutivos de subidas anuais, segundo dados divulgados esta sexta-feira pelo Banco de Portugal.
No acumulado do primeiro trimestre, a dívida pública na ótica de Maastricht cresceu 2,8% (7,5 mil milhões de euros), pressionada por fatores estruturais e conjunturais.
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Segundo o Banco de Portugal, a dívida pública engordou em março, sobretudo por conta do “aumento dos Certificados de Aforro (+0,7 mil milhões de euros), dos títulos de dívida (+0,2 mil milhões de euros) e dos empréstimos (+0,1 mil milhões de euros).”
A tendência de crescimento da dívida pública contrasta com a evolução do PIB, que no primeiro trimestre registou um abrandamento face ao último trimestre de 2024, com a economia a registar um crescimento homólogo de 1,5% entre janeiro e março, após ter crescido 2,1% no último trimestre de 2024.
O Banco de Portugal destaca ainda que “os ativos em depósitos das administrações públicas totalizaram 18,8 mil milhões de euros, o que corresponde a um aumento de 1,3 mil milhões de euros relativamente a fevereiro”, e que deduzida desses depósitos, a dívida pública diminuiu cerca de 200 milhões de euros, para 259,5 mil milhões de euros.
Recorde-se que a República fechou o ano com uma dívida pública equivalente a 94,9% do PIB, e em março esse rácio subiu 1,4 pontos percentuais para 96,3% do PIB.
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