Lucro do Novobanco cai 1,9% para 177,2 milhões no primeiro trimestre

Novobanco registou um lucro de 177,2 milhões de euros no primeiro trimestre, menos 3,4 milhões do que nos três primeiros meses de 2024. Margem financeira caiu 6,7% e comissões dispararam 12,3%.

O Novobanco registou um lucro de 177,2 milhões de euros no primeiro trimestre, o que representa uma queda de 1,9% em termos homólogos. A instituição liderada por Mark Bourke teve menos 3,4 milhões de euros de lucros, de acordo com os dados revelados esta terça-feira, um dia depois da aprovação da redução de capital, uma das medidas previstas para entrar em bolsa, que devera ser decidida em assembleia-geral a 4 de junho, tal como avança o ECO.

O banco considera que este resultado líquido está “em linha com as expectativas”, tendo sido “impulsionado por um modelo de negócio resiliente e diversificado, apoiado por uma forte franquia corporativa, carteira de hipotecas de baixo risco e elevada adoção digital”.

A margem financeira caiu 6,7% face ao mesmo período do ano passado, ascendendo a 279,1 milhões de euros, refletindo a descida da média da Euribor a seis meses, que passou de 3,9% no arranque de 2024 para 2,49%. Recorde-se que no conjunto de 2024, o banco conseguiu registar uma melhoria da margem financeira, em 3,2%, apesar da descida dos juros.

As comissões continuam em rota ascendente, registando um salto de 12,3% face ao primeiro trimestre de 2024. Os 75 milhões do ano passado subiram para 84,3 milhões no arranque deste ano, com o Novobanco a sublinhar que o crescimento se deu em todos os subsegmentos, incluindo serviços de pagamento, taxas relacionadas com empréstimos, garantias, gestão de ativos e banca-seguros”.

Por outro lado, o produto bancário comercial caiu 2,8%, fixando-se nos 363,4 milhões de euros (uma descida de 10,6 milhões). Já o produto bancário total, que inclui os resultados de operações financeiras e outros resultados de exploração, cresceu 0,4%, para 373,2 milhões.

O banco detido em 75% pelo fundo de investimento norte-americano Lone Star, sendo os restantes 25% detidos (direta e indiretamente) pelo Estado português, na vertente operacional viu os depósitos a crescerem 1,4%, com uma quota de mercado de 10%, e os depósitos também aumentaram com o crédito a empresas a subir 5%, para 16,4 mil milhões líquidos, o crédito a particulares a somar 24,6%, para 1,9 mil milhões e os empréstimos para a compra de habitação a aumentarem 3,1% e superando dez mil milhões.

O crédito malparado (NPL) teve uma redução de 1,5% nos primeiros três meses do ano para 851 milhões de euros, “com a entrada de novos NPL consistentemente baixa”, sublinha o banco. O rácio líquido NPL situou-se em 0,2% (contra os 0,1% do trimestre anterior e de 0,5% um ano antes) e o rácio de NPL bruto em 3,2% (menos 0,1 pontos percentuais face a dezembro de 2024 e menos um ponto face a março de 2024), com um nível de cobertura de 94,2% (dez/24: 96,6%).

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