Bruxelas já tira lições do apagão ibérico. Quer interconexões, armazenamento e modernizar a rede
O Executivo assegurou às ministras da Energia de Portugal e Espanha que terão "todo o apoio" nas investigações que estão a ser desenvolvidas sobre as causas do apagão.
O comissário europeu com a pasta da Energia, Dan Jorgensen, afirma que o Executivo comunitário está disponível para ajudar a investigar as causas do apagão ibérico. No entanto, enquanto estas não são claras, já tira algumas lições desta falha no sistema ibérico: diz ser necessária uma “verdadeira união energética”, pelo que é urgente investir numa maior integração, interconexões e na modernização da rede.
De acordo com o comissário, o executivo europeu assegurou às ministras da Energia de Portugal e Espanha que terão “todo o apoio” nas investigações que estão a ser desenvolvidas de momento sobre as causas do apagão. A rede europeia de operadores de sistemas de transporte de eletricidade (ENTSOE) vai complementar a investigação ao nível ibérico. O resultado deverá ser discutido nas instâncias europeias por um grupo especializado em matérias de eletricidade, no qual a Comissão Europeia participará.
Já se podem retirar as primeiras lições daquilo que o apagão significa para a Europa.
“Já se podem retirar as primeiras lições daquilo que o apagão significa para a Europa“, afere Jorgensen. Nos próximos meses, o comissário espera que se continue a reforçar a segurança energética do bloco de forma “a construir uma verdadeira união energética”.
Além disso, no início do próximo ano, vai ser lançada uma proposta legislativa para rever o enquadramento de segurança de fornecimento. Neste âmbito, deverá refletir-se sobre o papel que a flexibilidade e armazenamento terão no sistema, adiantou, assim como em relação a ameaças físicas e cibernéticas.
Há três áreas nas quais a Comissão Europeia entende que deve focar-se: integração, criando por exemplo um grupo de trabalho que reforce a coordenação; interconexões, que podem ajudar a melhorar a resiliência, prevenindo e respondendo a este tipo de falhas.
Neste campo, “temos de ir mais longe”, defende. E, finalmente, é necessário um foco nos investimentos, para que as redes do século XXI estejam aptas a responder a problemas deste século. “Temos de trabalhar em conjunto para construir uma União Europeia sustentável“, defendeu.
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