Lucro do Banco Montepio aumenta 6,7% para 34,2 milhões no primeiro trimestre

Maiores custos de financiamento com a subida dos juros de depósitos pagos a clientes e da dívida emitida reduzem margem financeira do banco.

O Banco Montepio alcançou um resultado líquido consolidado de 34,2 milhões de euros no primeiro trimestre de 2025, traduzindo um aumento de 6,7% face ao mesmo período de 2024 e uma rendibilidade bruta do capital próprio de 10,6%”, revela o banco em nota enviada ao mercado.

A margem financeira dos primeiros três meses de 2025 desceu face há um ano: ascendeu a 85,6 milhões de euros contra os 99,2 milhões no período homólogo. “Esta evolução foi essencialmente determinada pelos maiores custos de financiamento com a subida dos juros de depósitos pagos a clientes e da dívida emitida, num total de 5,3 milhões, que, em ambos os casos, refletem um maior nível de captação de recursos, pela redução de 25,4 milhões nos juros recebidos do crédito a clientes induzida pelo efeito da refixação da taxa de juro dos contratos, que foram parcialmente mitigados pelo aumento das aplicações efetuadas em títulos (+4,1 milhões) e pela variação positiva de 11,2 milhões do impacto líquido das tomadas e cedências de fundos de outras instituições de crédito”, explica a instituição liderada por Pedro Leitão.

Mas se a margem desceu, as comissões subiram 8,6%. As “comissões líquidas totalizaram 32,9 milhões nos primeiros três meses” do ano, o que compara com os 30,3 milhões do período homólogo — um acréscimo de 2,6 milhões (+8,6% YoY), que o banco justifica com o “incremento da atividade comercial e expansão do negócio”.

Os resultados de operações financeiras foram negativos em 4,7 milhões de euros (comparam com um valor igualmente negativo de 0,1 milhões no primeiro trimestre de 2024), porque houve uma “redução dos resultados obtidos com instrumentos derivados líquidos do justo valor de ativos e passivos financeiros em 0,9 milhões, com a reavaliação cambial em 1,8 milhões e com a carteira de títulos em dois milhões”, detalha a instituição.

Por outro lado, os custos operacionais aumentaram — de 64,3 milhões há um ano para 70,8 milhões nos primeiros três meses de 2025 — porque houve uma subida dos custos com pessoal, dos gastos gerais administrativos e das depreciações e amortizações.

Em termos de negócio, o Banco Montepio revela que o crédito a clientes (bruto) aumentou para 12,3 mil milhões, face aos 11,9 mil milhões no final do primeiro trimestre de 2024 (+3,7%) e os depósitos de clientes ascenderam a 15,3 mil milhões, representando uma subida de 1.598 milhões (+11,7%) face ao valor do final do primeiro trimestre de 2024, com o segmento de particulares a representar 69% do total.

Além disso, o banco sublinha a melhoria da qualidade do crédito, com o custo do risco de crédito de -0,4%, que compara favoravelmente com os 0,1% apurados no final de março de 2024 e uma redução das exposições não produtivas (NPE) em 132 milhões (-34% em termos homólogos), colocando o rácio NPE em 2,1%, face aos 3,2% registados em 31 de março de 2024.

(Notícia atualizada com mais informação)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Comentários ({{ total }})

Lucro do Banco Montepio aumenta 6,7% para 34,2 milhões no primeiro trimestre

Respostas a {{ screenParentAuthor }} ({{ totalReplies }})

{{ noCommentsLabel }}

Ainda ninguém comentou este artigo.

Promova a discussão dando a sua opinião