Lucro do banco polaco do BCP aumentou 40% para 42,8 milhões no primeiro trimestre

Resultados do Bank Millennium continuam “condicionados pelos encargos relacionados com a carteira de créditos hipotecários denominados em francos suíços” e pela contribuição sobre o setor bancário.

Bank Millennium na Polónia, controlado pelo português BCP, obteve no primeiro trimestre um resultado líquido de 179 milhões de zlótis (42,8 milhões de euros), o que representa um crescimento homólogo de 40%, anunciou ao mercado esta segunda-feira a instituição liderada por Miguel Maya.

Um desempenho que justifica a opção de Miguel Maya de não querer sair da Polónia, à semelhança do Santander. “Não está em cima da mesa sair da Polónia”, disse, em entrevista ao ECO, o presidente executivo do BCP, em reação à estratégia do Santander, que anunciou a venda da quase totalidade da sua participação na sua unidade polaca. BCP está na Polónia desde o ano 2000, quando entrou no capital do BIG Bank GDAŃSKI, rebatizado para Bank Millennium, detendo atualmente uma participação de 50,1%.

O BCP sublinha que os resultados do Bank Millennium continuam “condicionados pelos encargos relacionados com a carteira de créditos hipotecários denominados em francos suíços”. Em causa estão as provisões de mais de 106,2 milhões de euros (445 milhões de zlótis) para o risco legal dos créditos denominados em francos suíços.

A pesar nas contas estiveram também “os custos com a contribuição sobre o setor bancário que ascenderam a 99 milhões de zlótis (23,6 milhões de euros) no primeiro trimestre.

Caso não fossem, sobretudo estas provisões, o lucro do Bank Millennium teria aumentado mais 7% em moeda local (718 milhões de zlótis ou seja, 171,4 milhões de euros).

Em comunicado ao mercado, o BCP revela que o seu banco na Polónia conquistou mais 139 mil clientes particulares, tendo terminado o primeiro trimestre com uma carteira de 3,1 milhões de clientes ativos. Já ao nível das empresas aumentou em 4% o crédito a empresas, face ao período homólogo.

Quanto à margem financeira, o Bank Millennium registou um aumento de 5%, as comissões líquidas recuaram 9% e os custos operacionais subiram 12%. “Excluindo contribuições regulatórias os custos operacionais aumentaram 7% em termos homólogos”, precisa o banco em comunicado.

O banco revela ainda que o rácio de crédito com imparidade (Stage 3) desceu ligeiramente: “fixou-se em 4,5% que compara com 4,6% no primeiro trimestre de 2024”, um desempenho exatamente idêntico ao do conjunto do ano passado, e o custo do risco desceu: “situou-se nos 45 p.b. no primeiro trimestre que compara com 63 p.b. no primeiro trimestre de 2024”. Já o rácio de empréstimos face aos depósitos situou-se em 62,4%.

(Notícia atualizada com mais informação)

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