Seguradoras começaram o ano com menos custos com sinistros
Ocidental Vida, BPI Vida e Santander Totta registam os maiores cortes nas despesas com sinistros. Ageas Seguros e Allianz andam em contraciclo, registando uma subida da taxa de sinistralidade.
A taxa de sinistralidade agregada das principais seguradoras a operar em Portugal no acumulado de janeiro e fevereiro deste ano fixou-se nos 48,02%, uma queda expressiva face aos 96,29% registados no mesmo período de 2024, segundo dados da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) tratados pelo ECOseguros.
Entre os maiores recuos, sobressaem a Ocidental Vida, que reduziu a sua sinistralidade de 122,79% para 50,32%, uma melhoria de mais de 59 pontos percentuais, e a BPI Vida e Pensões, cuja taxa caiu de 130,48% para 60,17%. Já a Santander Totta Vida registou uma das sinistralidades mais elevadas em 2024 (148,96%), mas em 2025 apresentou uma melhoria significativa para 71,28%.
A taxa de sinistralidade da Fidelidade caiu 31,92 pontos percentuais no acumulado de janeiro e fevereiro de 2025 em termos homólogos, para 60,88%. Esta inversão ocorre apesar de a seguradora ter enfrentado um volume de sinistros ainda elevado, com mais de 487 milhões de euros em montantes pagos de seguros diretos.
A exceção à tendência de descida foi a Ageas Seguros, que viu a sua sinistralidade subir ligeiramente, de 43,93% para 48,31%, acompanhando um aumento da produção. A Allianz também registou uma subida, embora moderada, com a taxa a passar de 56,86% para 62,51%.
A CA Vida, por outro lado, destaca-se pelo contraste mais extremo: passou de uma sinistralidade de 219,52% em 2024 para apenas 13,74% este ano, ainda que com uma base de produção relativamente pequena (74,5 milhões de euros em 2025).
Em termos agregados, estas dez seguradoras representam 78,6% da quota de mercado. Os custos com sinistros, no entanto, caíram de 1,41 mil milhões para 1,23 mil milhões de euros.
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