Linha de Leixões supera 155 mil passageiros nos primeiros três meses após reabrir
Apeadeiro do Hospital São João é o mais utilizado. "A tendência de procura tem sido crescente", indica a CP.
O número de passageiros na Linha de Leixões superou os 155 mil nos primeiros três meses após a reabertura em 9 de fevereiro, divulgou esta segunda-feira a CP à Lusa, sendo o apeadeiro do Hospital São João o mais utilizado.
“Nos primeiros três meses de funcionamento do serviço a passageiros na Linha de Leixões (entre 9 de fevereiro e 9 de maio) foram registadas mais de 155 mil validações de títulos de transporte (155.072). A tendência de procura tem sido crescente”, pode ler-se numa resposta da CP – Comboios de Portugal à Lusa.
Na mesma resposta, a CP refere que das novas paragens, “o novo apeadeiro no Hospital de São João foi o local de maior procura, com o registo de quase 24 mil validações”, seguindo-se “as estações de São Gemil, com 12.628, e de Leça do Balio, com 10.651”.
“Nos dias de maior procura, ultrapassam-se as 2.500 validações. Os dados indicam que há mais passageiros a viajar nos dias de semana do que aos fins de semana. As faixas horárias com maior procura são as das 09:30 às 17:00 e a das 17:00 às 20:00”, refere ainda a transportadora.
A CP aponta ainda que “os títulos Andante representam 87% das validações no troço Campanhã-Leça do Balio”. O serviço de passageiros efetua paragem em Porto-Campanhã, Contumil, São Gemil, Hospital São João (novo apeadeiro) São Mamede de Infesta, Arroteia (novo apeadeiro) e Leça do Balio. Para já, ficou de fora a reabertura até Leixões.
Realizam-se “60 comboios nos dias úteis, 30 em cada sentido, com oferta de dois comboios por hora e por sentido nas horas de ponta da manhã e da tarde”, e “aos sábados, domingos e feriados realizam-se 34 comboios, 17 por sentido”. Em 5 de março entrou em funcionamento uma linha de autocarro da Unir, com uma frequência por hora, entre a estação de Leça do Balio e a Câmara de Matosinhos.
Hoje, a Lusa noticiou que a Infraestruturas de Portugal (IP) contratou a instalação de três dos seus abrigos-tipo nas estações de Leça do Balio e São Mamede de Infesta, na Linha de Leixões. De acordo com informação publicada no portal de contratação pública Base e consultada pela Lusa, a IP contratou à empresa José Pereira Remelhe & Filhos, por 282.182,50 euros, uma empreitada de “melhoria das condições de segurança e conforto” nas estações de Leça do Balio e São Mamede de Infesta, em Matosinhos (distrito do Porto), parte da Linha de Leixões.
Segundo os desenhos do concurso consultados pela Lusa, as intervenções mais relevantes são a instalação de dois abrigos-tipo de betão da IP (com espaço para máquina de venda automática) em São Mamede de Infesta e de um idêntico em Leça do Balio. A empreitada tem um prazo de 90 dias a contar de 22 de maio.
Em 12 de março, a IP já tinha adiantado que as estações de Leça do Balio e São Mamede de Infesta, na Linha de Leixões, iriam receber obras de beneficiação da sinalética, abrigos, mobiliário urbano, informação ao público e máquinas de venda e validação, segundo a Infraestruturas de Portugal.
Em 24 de fevereiro, a Lionesa alertou que a “falta de conforto e infraestruturas de acesso” na Linha de Leixões podem comprometer o sucesso da reativação, mostrando-se disponível para “criar condições” em Leça do Balio, estação próxima ao seu centro empresarial.
“O trajeto ainda carece de intervenção para garantir uma experiência de mobilidade mais eficiente e acessível”, considerando que, “sem um plano de investimento e requalificação que contemple estas necessidades, a linha corre o risco de não atingir o seu verdadeiro potencial como solução estruturante para a mobilidade da região”.
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