Pedro Lancastre: “Nunca pensei ser CEO de alguma coisa”

  • ECO
  • 26 Maio 2025

De homem da banca a líder imobiliário, assim foi o percurso de Pedro Lancastre, CEO da Dils. No 31º episódio do podcast "E Se Corre Bem?", conta como se apaixonou pelo setor e revela outras paixões.

Pedro Lancastre, CEO da Dils, é o 31º convidado do podcast “E Se Corre Bem?”, no qual contou como passou de ser um homem da banca a CEO de uma empresa de imobiliário. “Eu acho que nunca me senti muito um homem da banca. Estive três ou quatro anos nesse setor quando acabei o curso. E saio da banca para o setor imobiliário porque fui fazer uma pós-graduação em imobiliário e decidi que era aqui que queria trabalhar nos próximos anos. Entrei e nunca mais saí“, começou por dizer.

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Apesar de admitir não se ter identificado com a indústria e os produtos da banca, Pedro Lancastre reconheceu que o tempo que passou neste setor durante os primeiros anos do seu percurso profissional foi uma “excelente escola” para o futuro que se avizinhava na sua vida. A mudança foi um risco, mas o CEO da Dils confessou que nunca pensou muito nisso: Claro que tenho medo da mudança, mas sempre tive a coragem para arriscar e mudar”.

Da banca passou para a JLL e confessa que foi só aí que passou “a ir todos os dias feliz para o escritório” porque finalmente tinha encontrado um produto com o qual se identificava. Quando entrou, a empresa tinha 40 pessoas, mas quando saiu, já enquanto CEO da mesma, eram 440. Contudo, apesar dos bons resultados e de ter conseguido chegar a uma “posição muito confortável” na JLL, Pedro Lancastre confessou: “Nunca pensei ser CEO de alguma coisa”.

Contudo, não só se tornou CEO da JLL, como também, depois de ter coragem para mudar novamente, acabou por se tornar CEO da Dils, cargo que ocupa atualmente. “Quando fiz 50 anos senti que tinha um próximo ciclo à minha frente. Eu gostava muito do que fazia, era muito bem tratado, mas sentia vontade de fazer alguma coisa mais minha”, justificou.

A Dils, hoje com 160 pessoas, é um lugar onde Pedro Lancastre se tem sentido surpreendido por um “tipo de liderança completamente diferente” da que tinha antes, mas com um fator que impulsiona o seu espírito de coragem, que é a liberdade que lhe dão para pôr em prática as suas ideias. E exemplo disso foi a compra da Castelhana: “Itália vê Portugal com um entusiasmo gigantesco. Querem replicar o que aconteceu em Portugal noutros países porque, em 6 meses, nós compramos uma empresa com 85 pessoas e conseguimos contratar mais 75 pessoas com um talento inacreditável, com muita experiência neste mercado“.

Este sonho Dils foi possível porque eu apaixonei-me pelo projeto e pela junção dele com os meus partners – o Fernando Ferreira e a Patrícia Barão. As pessoas têm uma confiança desmedida no Fernando e na Patrícia. São gigantescos ímanes de talento, pessoas que sabem fazer bem o seu trabalho e dão-me uma segurança gigantesca”, disse.

Mas, além do “sonho Dils”, Pedro Lancastre tem ainda outra grande paixão: o Sporting. Enquanto vice-presidente do clube, garante que cada vez que vai a caminho do estádio, vai “como uma criança que vai para a Disneylândia”, isto porque, apesar de sempre ter adorado o clube, também nunca tinha pensado conseguir chegar a esta posição: “É muito diferente do setor imobiliário, mas a indústria das pessoas no futebol eu consigo rever no imobiliário de há 20 anos atrás”.

Imobiliário e futebol são, por isso, duas grandes paixões, mas ainda há um terceiro projeto que lhe traz muita alegria – a Bolsa Martim Lancastre, que nasce em homenagem ao seu filho Martim Lencastre, que faleceu em 2021. “O Martim tinha 17 anos quando partiu. Tinha o sonho de ir para o Instituto Superior Técnico, para engenharia mecânica, e houve um primo da mãe do Martim que teve esta ideia brutal de pensar que já que o Martim não podia ir para o Técnico, então que pudesse ajudar pessoas carenciadas financeiramente para poderem ter uma vida melhor enquanto estudam lá“, explicou.

Foi assim que surgiu a Bolsa Martim Lancastre, implementada no Instituto Superior Técnico. Ao todo, já foi entregue a cinco estudantes e um deles já a renovou quatro vezes, o que deixa Pedro Lencastre muito realizado: “O dia da entrega das bolsas é das melhores alegrias que tenho durante o ano. E é uma forma de o Martim estar presente. É a pessoa que está mais presente na minha vida, mas de outra forma”.

Este podcast está disponível no Spotify e na Apple Podcasts. Uma iniciativa do ECO, em que Diogo Agostinho, COO do ECO, procura trazer histórias que inspirem pessoas a arriscar, a terem a coragem de tomar decisões e acreditarem nas suas capacidades. Com o apoio do Doutor Finanças e da Nissan.

Pode assistir ao episódio aqui:

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