Americanos injetam 11 milhões na sociedade que investe no Benfica

Lenore Sports Partner recebeu duas injeções de capital durante o mês de maio, mês que marcou a entrada na SAD do Benfica. Ações disparam para o valor mais elevado de sempre.

A Lenore Sports Partners (LSP), o veículo financeiro através do qual os americanos Jean-Marc Chapus e Elliot Hayes estão a investir na SAD do Benfica, recebeu duas injeções de capital no valor total de 11,5 milhões de euros este mês, segundo os documentos enviados às autoridades britânicas.

As informações enviadas à Companies House, a agência do Departamento do Comércio do Governo britânico, mostram que a LSP Lisbon (Scotland) realizou um primeiro aumento de capital no valor de 4,4 milhões de euros no dia 1 de maio. O capital da sociedade foi posteriormente reforçado para 11,5 milhões de euros numa operação que teve lugar no passado dia 23 de maio.

Contactada pelo ECO, a LSP não quis dar informações sobre estas operações, nomeadamente sobre os investidores que participaram nestes aumentos de capital e se o dinheiro injetado na sociedade se destinará ao reforço da participação na SAD encarnada.

Em agosto, a agência Bloomberg noticiou que o grupo americano estava a tentar levantar junto dos investidores cerca de 50 milhões de euros para comprar uma participação superior a 16% na SAD do clube português.

Atualmente, a LSP já controla mais de 5% da SAD do Benfica, segundo as últimas informações públicas, incluindo o lote de ações correspondentes a 3,28% do capital que os americanos adquiriram ao antigo presidente das águias Luís Filipe Vieira ao preço de 7,07 euros por ação no leilão realizado a 7 de maio e cuja transação está a ser contestada pelo clube liderado por Rui Costa, que alega que não lhe foi dada a oportunidade de exercer o direito de preferência.

Os americanos já são o terceiro maior acionista da SAD encarnada, apenas atrás do clube (63,66%) e do empresário José António dos Santos (16,38%), sendo que o restante capital está disperso no mercado.

Após ter anunciado a entrada na estrutura acionista das águias, o grupo americano apenas disse que quer ser um “parceiro produtivo” do clube português e assegurou que não se intrometerá na gestão desportiva. Mas vai manter-se em silêncio até ao terminar da época desportiva.

Ações em máximos históricos

É no contexto da entrada do novo investidor americano na SAD que as ações do Benfica estão a valorizar de forma expressiva nas últimas sessões e estão a cotar em máximos históricos. Esta terça-feira, os títulos dispararam 13,33% para os 6,12 euros, a cotação mais elevada de sempre. Foi a sessão mais movimentada desde 8 de setembro de 2021, com mais de 44 mil títulos a trocarem de mãos, mais de dez vezes mais do que a média diária dos últimos três meses.

Só neste mês de maio, a SAD encarnada acumula uma valorização de 65% em bolsa, que lhe confere uma capitalização bolsista de 140,76 milhões de euros — um valor bem acima do valor de mercado da SAD dos rivais do FC Porto e do que empresas como a construtora Teixeira Duarte.

O que estará por detrás deste entusiasmo em torno das ações das águias? A presença de um investidor que aceitou pagar 7,07 euros por ação e pretende reforçar a sua posição? Ou porque a LSP estará a adquirir títulos na bolsa? O ECO questionou a LSP se está a comprar ações na bolsa, mas não respondeu a esta questão.

Dentro de campo, os resultados não são tão interessantes. O Benfica acabou de perder o campeonato (e o acesso direto à Liga dos Campeões) e a Taça de Portugal para o Sporting. A época para os encarnados ainda não terminou, pois daqui a semanas participam no Mundial de Clubes da FIFA, e só depois vão de férias.

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