Setor público atira endividamento da economia para novo recorde

829,5 mil milhões de euros: era o valor do endividamento do setor não financeiro no final de abril, um novo máximo de sempre. Ainda assim, estabilizou nos 285% do PIB no final do primeiro trimestre.

O endividamento do setor não financeiro alcançou o valor mais elevado de sempre em abril, atingindo os 829,5 mil milhões de euros, mais 4,43 mil milhões em relação ao mês anterior.

O setor público foi o principal responsável por este aumento: a dívida das administrações públicas registou um crescimento de 4,37 mil milhões de euros naquele mês, atingindo os 369,6 mil milhões.

O Banco de Portugal, que divulgou estes números esta segunda-feira, explica que o aumento do endividamento público ocorreu sobretudo junto do exterior (+2,2 mil milhões de euros), “através da aquisição por não residentes de títulos de dívida pública portuguesa, tanto de curto como de longo prazo”, e perante as administrações públicas (+1,7 mil milhões).

Enquanto isso, a dívida do setor privado somou apenas 58,1 milhões de euros em abril, totalizando os 459,9 mil milhões no final daquele mês.

Aqui estão incluídas as dívidas das famílias e das empresas (excluindo bancos). No primeiro caso, o endividamento aumentou 916,8 milhões para 162,4 mil milhões; já no segundo caso verificou-se um desagravamento de 858,7 milhões para 297,5 mil milhões.

Endividamento estabiliza em função do PIB

Ainda de acordo com os dados atualizados pelo supervisor, o endividamento do setor não financeiro estabilizou no primeiro trimestre do ano no valor mais baixo de sempre.

Embora se tenha agravado em termos absolutos, o desempenho da economia assegurou que o endividamento tenha permanecido na casa dos 285% do Produto Interno Bruto (PIB) no final de março, o mesmo valor do final do ano passado.

Mais relevante é a descida que o rácio do endividamento da economia tem verificado desde o primeiro trimestre de 2021, quando superou os 380% do PIB, sobretudo por conta da resposta do Governo à crise provocada pela pandemia.

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