Saldo migratório é positivo desde 2017. População não rejuvenesce

Saldo migratório registado em 2024 foi 8% inferior ao de 2023, destaca Pordata. Há mais pessoas a residir em Portugal, mas rejuvenescimento da população não é uma realidade.

O balanço entre o número de imigrantes em Portugal e de emigrantes tem sido positivo desde 2017, assinala a Pordata numa análise divulgada esta sexta-feira. Ainda assim, destaca que o saldo migratório registado em 2024 foi 8% inferior ao do ano anterior.

A Pordata sublinha que, em 2017 e no ano seguinte, o saldo migratório não conseguiu compensar o saldo natural negativo, mas, desde 2019 tem compensado, contribuindo, assim, para o crescimento populacional do país. Ainda assim, indica “que o saldo migratório registado em 2024 (143.641), embora positivo, foi 8% inferior ao de 2023″.

A análise destaca também que, em 2024, havia 10.749.635 indivíduos a residir em Portugal, uma subida de 109.909 pessoas face a 2023. “Este é o sexto ano consecutivo de crescimento populacional, sendo o segundo com maior aumento absoluto neste período. No entanto, o crescimento global não reflete um rejuvenescimento da população“, refere.

Contudo, assinala, que o crescimento populacional não se registou uniformemente por grandes grupos etários. “Houve uma redução no dos jovens com menos de 15 anos e aumento nos restantes. O grupo etário correspondente à população em idade ativa (15-64 anos) aumentou em mais de 60 mil indivíduos e o da população idosa em mais de 50 mil”, aponta com base em dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).

Em 2024, existiam 3.282 centenários, mais 123 do que em 2023, na sua grande maioria, mulheres (2.686).

O maior crescimento da população registou-se na região de Aveiro e a maior redução no Alto Alentejo. Em dez das atuais 26 regiões NUTS III, o crescimento foi superior ao verificado a nível nacional e em sete houve diminuição da população: Alentejo Central, Tâmega e Sousa, Baixo Alentejo, Terras de Trás-os-Montes, Douro, Alto Tâmega e Barroso, Alto Alentejo.

Paralelamente, em 2024, o índice de envelhecimento era de 192 idosos por cada 100 jovens, ou seja, um aumento de 4,3 pontos percentuais (pp.) face a 2023. Em relação a 2021, o aumento foi de 11,1 pontos quando, entre 2018 e 2021, foi de 18,1 pontos, destaca a Pordata.

Já o índice de sustentabilidade potencial, que se traduz pelo rácio entre o número de pessoas em idade ativa e o número de idosos, voltou a baixar, tendo passado de 2,62 pessoas em idade ativa por cada idoso, em 2023, para 2,59 em 2024. “Apesar da diminuição, que reflete o contínuo envelhecimento da população portuguesa, o decréscimo verificado no último ano, foi ligeiramente menos acentuado do que nos anos mais recentes”, destaca.

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