Portugal volta a pagar menos de 2% por emissão a um ano
O Estado pagou 1,906% para se financiar em 1.000 milhões de euros a um ano, ficando abaixo da última emissão comparável, realizada em maio, estando já a pagar o mesmo que em 2022.
A República regressou esta quarta-feira ao mercado de dívida para se financiar em 1.000 milhões de euros a um ano, ficando assim no limite mínimo do montante indicativo, que se estendia entre 1.000 milhões e 1.250 milhões de euros.
Num leilão promovido esta quarta-feira pela Agência de Gestão de Tesouraria e da Dívida do Estado – IGCP, o Estado pagou por esta emissão 1,906%, realizada através da linha de Bilhetes do Tesouro com maturidade a 17 de julho do próximo ano, que contou com uma procura 2,83 vezes acima da oferta.
“O mercado continua numa trajetória descente nas taxas de curto prazo, numa tentativa de antecipação de um corte de taxas em 25 pontos base por parte do Banco Central Europeu, que a acontecer, deverá ser no pós verão”, refere Filipe Silva, diretor de Investimentos do Banco Carregosa.
Na última operação com características semelhantes, realizada a 21 de maio, o Tesouro pagou 1,949% para emitir 900 milhões de euros, tendo contado na altura com uma procura 2,74 vezes acima da oferta.
Além da operação desta quarta-feira ter resultado num preço ligeiramente inferior ao alcançado no último leilão equiparável, foi a segunda vez consecutiva que a República pagou menos de 2% por uma emissão a um ano. É preciso recuar a 2022 para encontrar preços de financiamento da República desta ordem.
Este foi o oitavo leilão de Bilhetes do Tesouro realizado pelo IGCP desde o arranque do ano, tendo até antes da realização desta operação contabilizado cera de 2.000 milhões de euros de emissões líquidas (diferencial entre emissões e resgates) de Bilhetes do Tesouro.
E segundo o programa de financiado da República para o terceiro trimestre, e já contabilizando a emissão de 1.000 milhões de euros da emissão desta quarta-feira, o Tesouro espera realizar até ao final do ano 2.700 milhões de euros de emissões líquidas.
Notícia atualizada às 12h21 com declarações de Filipe Silva
Assine o ECO Premium
No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.
De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.
Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.
Comentários ({{ total }})
Portugal volta a pagar menos de 2% por emissão a um ano
{{ noCommentsLabel }}