Sines recebe investimento de dez milhões em casas para talentos na região
Gestora de capital de risco Admar vai investir cerca de 10 milhões de euros num empreendimento habitacional pensado para profissionais que vão chegando à cidade pelos 'data centers' e energia.
Sines vai ter um novo empreendimento habitacional pensado para profissionais de quadros médios e superiores de empresas que trabalham na região, à medida que o literal alentejano capta interesse de mais investidores em áreas como o hidrogénio verde e a tecnologia. A gestora de capital de risco Admar anunciou esta quinta-feira que vai investir cerca de dez milhões de euros num projeto chamado Lumin.
A sociedade portuguesa considera que a cidade se está a afirmar “como um dos principais polos estratégicos e tecnológicos de Portugal”, até porque tem em curso investimentos internacionais como a fábrica de baterias de lítio da chinesa CALB ou o campus de centro de dados da Start Campus.
“Porta de entrada de energia para a Europa, a cidade tem ganho protagonismo graças ao Porto de Sines e aos projetos de produção de hidrogénio verde e distribuição de gás natural liquefeito. Simultaneamente, destaca-se no setor digital, com a instalação de cabos submarinos de dados e a construção de um dos maiores data centers da União Europeia: o Data Center Sines 4.0”, exemplifica a sociedade gestora, referindo-se também ao cabo transatlântico EllaLink.
“O Lumin foi idealizado para acolher quem quer estar presente na transformação de Sines e da própria região, focado em profissionais que procuram um lugar à altura da sua ambição”, afirmou João Cota Dias, administrador da Admar SCR, em declarações divulgadas em comunicado de imprensa. Em causa está um edifício de quatro pisos com 24 apartamentos de tipologias T1, T2 e um T9 com preços a variar entre 297 mil e 825 mil euros.
A Admar SCR, fundada pelo empresário Pedro Carvalho de Almeida, alerta ainda que, apesar da crescente procura de talento e da instalação de empresas de referência na Zona Industrial e Logística de Sines, a oferta de habitação de qualidade direcionada aos seus colaboradores continua limitada.
Além das iniciativas que estão a decorrer, Sines pode ainda vir a receber uma gigafábrica de inteligência artificial. A concorrer com mais 15 Estados-membros e outras 75 manifestações formais de interesse (pré-candidaturas), made in Portugal apresentou-se na corrida de forma “forte e competitiva”, segundo o presidente do Banco Português de Fomento. No total, a potencial instalação tecnológica deverá ter uma área total de 28 mil metros quadrados, está avaliada em quatro mil milhões de euros e previsão de 270 empregos.
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